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na Terapia Cognitivo-Comportamental
descreve também como um terapeuta pode organizar-se para elaborar um plano bem
estruturado, quais as etapas que deve seguir, além de apresentar um modelo para
dificuldades deste paciente, o que ele gostaria de mudar e quais estratégias podem ser
Reflexões como essas, dentre milhares de outras, podem colaborar para um bom
paciente? Será que existe uma maneira de fazer essa tarefa de forma mais sistemática
apresenta-se como um importante guia para o terapeuta ter uma visão geral do
para cada sessão. Sem essa visão geral, torna-se muito inviável avaliar as
terapêutico.
metas e na avaliação das melhores estratégias para alcança-las. Segundo Cully e Teten
(2008), esse plano deve descrever, de maneira clara e sucinta, os problemas e/ou
deve aderir a ele, revisando-o periodicamente e/ou conforme necessário (Beck, J.,
possibilitando até mesmo evitar retrocessos no tratamento (Cully & Teten, 2008).
Assim, vimos até então que o plano de tratamento tem múltiplas importâncias,
sendo elas: ter uma visão geral do processo terapêutico; auxiliar na elaboração de
planos específicos para cada sessão; organizar metas e ações efetivas de mudanças;
Mas ainda temos uma questão importante diante desse quadro: Como organizar
um plano de tratamento?
“Avaliação do paciente” e a “Intervenção que será realizada”, sendo esta uma fase
etapas devem ser seguidas e/ou etapas anteriores devem ser bem elaboradas.
Pressupõe-se por exemplo, que logo após a avaliação inicial, uma boa formulação de
caso já deve ter sido feita por parte do terapeuta com suas principais hipóteses e a
medida que o tratamento evolua, mais detalhes são acrescentados a formulação, assim
et al., 2011).
mente que será necessário organizá-la de uma maneira que facilite o seu trabalho.
Uma das formas de organização pressupõe a divisão das metas em quatro fases: Fase
cotidiano, de forma mais eficaz e independente, que até então, o paciente pode ter
perdido, devido às suas dificuldades atuais. Devem ser trabalhadas aquelas metas que
terapêutica; que elevam o humor e trazem alivio para o paciente; que fundamentarão
o paciente, ou seja, fazer com que o paciente mude a sua forma de interpretar a
deixaremos todas as metas que alcançarão estes objetivos. São exemplos de metas a
aquelas cuja resolução é de longo prazo; aquelas que dependem da atuação intensiva
na fase inicial.
alcançada com a psicoterapia. Nesta fase, o terapeuta deve atentar-se para as possíveis
devem ser espaçadas ao longo do período, a ser combinado com o paciente, até a alta
propriamente dita. Esta fase irá envolver também, a finalização das metas de longo
prazo e/ou metas pontuais que podem eventualmente aparecer no final do processo;
paciente, por meio da Lista de dificuldades e metas (LDM), das metas terapêuticas e o
de tratamento para aquele paciente específico. Para isso, quatro questões ajudam a
Questão Procedimento
O que trabalhar?
→ Organizar os dados obtidos na
Determina a dificuldade especifica a ser
Avaliação Inicial
trabalhada
Como trabalhar?
seguir cada meta planejada para obtenção do sucesso terapêutico. Neste caso, se uma
das metas for a não utilização da substância, o paciente deve em mente que apesar de
Formulação de um caso, irá nortear o terapeuta sobre qual caminho devemos tomar
trabalhar com cada meta do paciente, tendo a visão geral do funcionamento desse
paciente.
na prática clínica por ser de fácil compreensão, além de poder ser utilizado como
para intervenções.
Assim, a partir dessa elaboração das hipóteses da Formulação do Caso,
decidir de maneira mais eficiente quando trabalhar com cada uma delas. Além disso,
possível prever obstáculos que podemos nos deparar no decorrer do processo, ligados
ao funcionamento do paciente.
encontra e elementos importante sobre seu histórico de vida, que o levou até ali. Após
levantar elementos sobre o que trabalhar com o paciente em cada fase do tratamento
em questão.
estar ligado, e interferindo, nas queixas em outras áreas da vida. Porém, para
paciente, para alcançar essa mudança, pois o nível de motivação desse paciente, por
estar com sintomas graves de depressão, pode estar muito baixo; por isso, o primeiro
passo seria, nesse caso, incitar esperança através da conquista dessas pequenas metas.
estratégias escolher para alcançar essas, é necessário que o paciente consiga descrever
objetivamente quais são suas dificuldades, e diante dessas dificuldades, quais são suas
ferramenta SMART, criada por Per Drucker (1967), que, embora seu intuito não tenha
● Como organizar?
Vimos até aqui que a elaboração de um Plano de Tratamento deve ser dividida
principais fases, com metas específicas para cada uma dessas fase, norteado por
Fase Inicial
Fase Intermediária
Fase Final
Para melhor ilustrar essa organização, segue, na tabela 4, a um exemplo fictício
constantemente, e/ou a cada seis sessões, para o paciente: quanto desse problema já
conseguimos resolver? Quanto ainda precisa ser trabalhado? Será que essa meta
precisa ser modificada? Há outras metas para serem incluídas? (Cormier & Cormier,
Conclusão
comportamental com alguns possíveis caminhos para uma elaboração mais eficaz de
tarefa fácil, mas por outro lado, é apresentada como uma ferramenta indispensável no
seus atendimentos, direciona o processo terapêutico para uma linha mais segura e
o “quando”, “o que”, “por quê” e “como”, trabalhar com cada caso em específico,
Médicas.
MIRECC.
Guilford Press.
London: Heinemann.
Artmed Editora.
Wenzel, A. (2018). Inovações em Terapia Cognitivo-Comportamental: