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PÓS-GRADUAÇÃO EM PSIQUIATRIA

DSM-5: Critérios
diagnósticos dos
principais transtornos
psiquiátricos

GUIA PARA MÉDICOS


Sumário

1. E s q u i z o f re n i a 3

2. Tra n s to r n o s d e p re s s i v o s 5
2.1 D e p re s s ã o m a i o r 5
2.2 Distimia 7

3. Tra n s to r n o a fe t i v o b i p o l a r 8

4. Tra n s to r n o o b s e s s i v o - c o m p u l s i v o 10

5. Tra n s to r n o s d e a n s i e d a d e 11
5.1 Tra n s to r n o d e a n s i e d a d e g e n e ra l i z a d a ( TAG ) 11
5.2 Tra n s to r n o d o p â n i c o ( T P ) 12

6. Tra n s to r n o s d e p e r s o n a l i d a d e 13
Esquizofrenia
Critérios diagnósticos (DSM-5)
A. Dois (ou mais) dos itens a seguir, cada um presente por uma quantidade significativa de
tempo durante 1 mês (ou menos, se tratado com sucesso). Pelo menos um deles deve ser (1), (2)
ou (3):
1. Delírios
2. Alucinações
3. Discurso desorganizado (ex., descarrilamento frequente e incoerência)
4. Comportamento grosseiramente desorganizado ou catatônico
5. Sintomas negativos (expressão emocional diminuída ou avolição)
______________________________________________________________________________________________

B. Por período significativo desde o aparecimento da perturbação, o nível de funcionamento em


uma ou mais áreas importantes do funcionamento, como trabalho, relações interpessoais ou
autocuidado, está acentuadamente abaixo do nível alcançado antes do início (ou quando o início
se dá na infância ou na adolescência, incapacidade de atingir o nível esperado de funcionamento
interpessoal, acadêmico ou profissional).
______________________________________________________________________________________________

C. Sinais contínuos de perturbação persistem durante, pelo menos, 6 meses, período que deve
incluir, no mínimo, 1 mês de sintomas (ou menos, se tratados com sucesso) que precisam satis-
fazer ao critério A (sintomas da fase ativa) e pode incluir períodos de sintomas prodrômicos ou
residuais. Durante esses períodos prodrômicos ou residuais, os sinais da perturbação podem ser
manifestados apenas por sintomas negativos ou por dois ou mais sintomas listados no critério
A presentes em uma forma atenuada (ex., crenças esquisitas, experiências perceptivas inco-
muns).
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D. Transtorno esquizoafetivo e transtorno depressivo ou transtorno bipolar com características


psicóticas são descartados, porque 1) não ocorreram episódios depressivos maiores ou manía-
cos concomitantemente com os sintomas da fase ativa ou, 2) se episódios de humor ocorreram
durante os sintomas da fase ativa, sua duração total foi breve em relação aos períodos ativo e
residual da doença.
______________________________________________________________________________________________

E. A perturbação não pode ser atribuída aos efeitos fisiológicos de uma substância (ex. droga
de abuso, medicamento) ou a outra condição médica.
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F. Se há história de transtorno do espectro autista ou de um transtorno da comunicação inicia-


do na infância, o diagnóstico adicional de esquizofrenia é realizado somente se delírios ou aluci-

D S M - 5 : 5 º e d i ç ã o d o M a n u a l d i a g n ó s t i c o e e s t a t í s t i c o d e t ra n s to r n o s m e n t a i s 03
nações proeminentes, além dos demais sintomas exigidos de esquizofrenia, também estão
presentes por pelo menos 1 mês (ou menos, se tratados com sucesso)

Atualizações CID-11

• A esquizofrenia é descrita como condição que provoca perturbação de múltiplas funções


mentais, como do pensamento, percepção, experiências do eu, cognição, volição, afeto e
comportamento. Os sintomas centrais e definidores do transtorno incluem a presença de
delírios ou alucinações persistentes, distúrbios do pensamento, e vivência de influência,
passividade ou controle.

• Para receber o diagnóstico, o paciente precisa apresentar os sintomas por um período


mínimo de um mês e estes não devem ser manifestações secundárias de outras condi-
ções de saúde ou provocadas pelo efeito de substâncias ou medicações sobre o sistema
nervoso central.

• Diferentemente da versão anterior, a CID-11 removeu a divisão da esquizofrenia em subti-


pos clássicos (paranoide, hebefrênica, catatônica), porém introduziu a caracterização de
descritores dimensionais (sintomas positivos, negativos, cognitivos, depressivos, manía-
cos, psicomotores) para melhor captar mudanças de apresentação ao longo do tempo e
restringir o diagnóstico equivocado de comorbidades artificiais.

CID-11: 11ª edição da Classificação Internacional de Doenças. 04


Transtornos depressivos
A. Depressão maior

Critérios diagnósticos (DSM-5)


A. Cinco (ou mais) dos seguintes sintomas estiveram presentes durante o mesmo período de 2
semanas e representam uma mudança em relação ao funcionamento anterior; pelo menos um
dos sintomas é (1) humor deprimido ou (2) perda de interesse ou prazer.
Nota: não incluir sintomas nitidamente decorrentes de outra condição médica

1. Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias, conforme indicado por
relato subjetivo ou por observação feita por outras pessoas;
2. Acentuada diminuição do interesse ou prazer em todas ou quase todas as atividades na
maior parte do dia, quase todos os dias;
3. Perda ou ganho significativo de peso sem estar fazendo dieta ou redução ou aumento do
apetite quase todos os dias;
4. Insônia ou hipersonia quase todos os dias;
5. Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias;
6. Fadiga ou perda de energia quase todos os dias;
7. Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada quase todos os dias;
8. Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou indecisão, quase todos os dias;
9. Pensamentos recorrente de morte, ideação suicida recorrentes sem um plano específico,
um tentativa de suicídio ou plano específico para cometer suicídio.

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B. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento


social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
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C. O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância ou a outra condição
médica.

Nota: os critérios A-C representam um episódio depressivo maior

Nota: respostas a uma perda significativa (ex. luto) podem incluir os sentimentos de tristeza inten-
sos, ruminação acerca da perda, insônia, falta de apetite e perda de peso observados no critério A,
que podem se assemelhar a um episódio depressivo. Embora tais sintomas possam ser entendi-
dos ou considerados apropriados a perda, a presença de um episódio depressivo maior, além da
resposta normal a uma perda significativa, também deve ser cuidadosamente considerada.

05
D. A ocorrência do episódio depressivo maior não é mais bem explicada por transtorno esquizo-
afetivo, esquizofrenia, transtorno esquizofreniforme, transtorno delirante, outro transtorno do
espectro da esquizofrenia e outro transtorno psicótico não especificado .
______________________________________________________________________________________________

E. Nunca houve um episódio maníaco ou um episódio hipomaníaco.

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B. Distimia

Critérios diagnósticos (DSM-5)


A. Humor deprimido na maior parte do dia, na maioria dos dias, indicado por relato subjetivo ou
por observação feita por outras pessoas, pelo período mínimo de 2 anos.
Nota: em crianças e adolescentes, o humor pode ser irritável, com duração mínima de 1 ano.
______________________________________________________________________________________________

B. Presença, enquanto deprimido, de 2 (ou mais) das seguintes características:

1. Apetite diminuído ou alimentação em excesso;


2. Insônia ou hipersonia;
3. Baixa energia ou fadiga;
4. Baixa autoestima;
5. Concentração pobre ou dificuldade em tomar decisões;
6. Sentimentos de desesperança.
______________________________________________________________________________________________

C. Durante o período de 2 anos de perturbação, o indivíduo jamais esteve sem os sintomas dos
critérios A e B por mais de 2 meses.
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D. Os critérios para um transtorno depressivo maior podem estar continuamente presentes por
2 anos.
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E. Jamais houve um episódio maníaco ou episódio hipomaníaco e jamais foram satisfeitos os


critérios para transtorno ciclotímico.
______________________________________________________________________________________________

F. A perturbação não é mais bem explicada por transtorno esquizoafetivo, esquizofrenia, trans-
torno esquizofreniforme, transtorno delirante, outro transtorno do espectro da esquizofrenia e
outro transtorno psicótico não especificado
______________________________________________________________________________________________

G. Os sintomas não se devem aos efeitos fisiológicos de uma substância ou a outra condição
médica
______________________________________________________________________________________________

H. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento


social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.

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Transtorno afetivo bipolar
Critérios diagnósticos para episódio maníaco (DSM-5)
A. Um período distinto de humor anormal e persistentemente elevado, expansivo ou irritável e
aumento anormal e persistente da atividade dirigida a objetos ou da energia, com duração
mínima de 1 semana e presente na maior parte do dia, quase todos os dias (ou qualquer duração,
se a hospitalização se fizer necessária);
______________________________________________________________________________________________

B. Durante o período de perturbação do humor e aumento da energia ou atividade, 3 (ou mais)


dos seguintes sintomas (4, se o humor é apenas irritável) estão presentes em grau significativo
e representam uma mudança notável no comportamento habitual:

1. Autoestima inflada ou grandiosidade


2. Redução da necessidade de sono
3. Mais loquaz que o habitual ou pressão para continuar falando
4. Fuga de ideias ou experiência subjetiva de que os pensamentos estão acelerados
5. Distratibilidade conforme relatado ou observado
6. Aumento da atividade dirigida a objetivos ou agitação psicomotora;
7. Envolvimento excessivo em atividades com elevado potencial para consequências dolo-
rosas.
______________________________________________________________________________________________

C. A perturbação do humor é suficientemente grave a ponto de causar prejuízo acentuado no


funcionamento social, profissional ou para necessitar de hospitalização a fim de prevenir dano a
si mesmo ou a outras pessoas, ou existem características psicóticas
______________________________________________________________________________________________

D. O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância ou a outra condição
médica.
Nota:um episódio maníaco completo que surge durante tratamento antidepressivo, mas que
persiste em um nível de sinais e sintomas além do efeito fisiológico desse tratamento, é evidência
suficiente para um episódio maníaco e, portanto, para um diagnóstico de tratamento afetivo bipolar
(TAB) tipo I.

Critérios diagnósticos para episódio hipomaníaco (DSM-5)


A. Um período distinto de humor anormal e persistentemente elevado, expansivo ou irritável e
aumento anormal e persistente da atividade ou energia, com duração mínima de 4 dias consecu-
tivos e presente na maior parte do dia, quase todos os dias;

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B. Durante o período de perturbação do humor e aumento da energia e atividade, 3 (ou mais)
dos seguintes sintomas (4, se o humor é apenas irritável) estão presentes em grau significativo
e representam uma mudança notável no comportamento habitual e estão presentes em grau
significativo:

1. Autoestima inflada ou grandiosidade;


2. Redução da necessidade de sono;
3. Mais loquaz que o habitual ou pressão para continuar falando;
4. Fuga de ideias ou experiência subjetiva de que os pensamentos estão acelerados;
5. Distratibilidade conforme relatado ou observado;
6. Aumento da atividade dirigida a objetivos ou agitação psicomotora;
7. Envolvimento excessivo em atividades com elevado potencial para consequências dolo-
rosas.
______________________________________________________________________________________________

C. O episódio está associado a uma mudança clara no funcionamento que não é característica
do indivíduo quando assintomático
______________________________________________________________________________________________

D. A perturbação no humor e a mudança no funcionamento são observáveis por outras pesso-


as.
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E. O episódio não é suficientemente grave a ponto de causar prejuízo acentuado no funciona-


mento social, profissional ou para necessitar de hospitalização. Existindo características psicóti-
cas, por definição, o episódio é maníaco.
______________________________________________________________________________________________

F. O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância ou a outra condição
médica.

Nota: um episódio hipomaníaco completo que surge durante tratamento antidepressivo, mas que
persiste em um nível de sinais e sintomas além do efeito fisiológico desse tratamento, é evidência
suficiente para um diagnóstico de episódio maníaco. Recomenda-se, porém, cautela para que 1 ou
2 sintomas não sejam considerados suficientes para o diagnóstico de episódio hipomaníaco nem
necessariamente indicativos de uma diátese bipolar.

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Transtorno obsessivo-
compulsivo (TOC)
Critérios diagnósticos (DSM-5)
A. Presença de obsessões, compulsões ou ambas.
______________________________________________________________________________________________

B. As obsessões/ compulsões tomam tempo ou causam sofrimento/ prejuízo no funcionamento


social, profissional ou outras áreas importantes da vida.
______________________________________________________________________________________________

C. Os sintomas obsessivos/compulsivos não se devem aos efeitos fisiológicos de uma substân-


cia ou a outra condição médica.
______________________________________________________________________________________________

D. A perturbação não é mais bem explicada pelos sintomas de outro transtorno mental.
______________________________________________________________________________________________
Especificar se:

• Com insight bom ou razoável: o indivíduo reconhece que as crenças do TOC são definiti-
vas ou provavelmente não verdadeiras ou que podem ou não ser verdadeiras;
• Com insight pobre: o indivíduo acredita que as crenças do TOC são provavelmente verda-
deiras;
• Com insight ausente/ crenças delirantes: o indivíduo está completamente convencido de
que as crenças do TOC são verdadeiras.

Especificar se:

• Relacionado a tiques.

Atualizações CID-11

• Criação de um subgrupo específico denominado “transtorno obsessivo-compulsivo e


relacionados”, que passou a agrupar TOC juntamente com transtornos como tricotiloma-
nia e o transtorno dismórfico corporal;
• Antes agrupado em conjunto com transtornos de ansiedade, em um amplo subgrupo
denominado “transtornos neuróticos, relacionados ao estresse somatoformes”, a nova
classificação levou em conta avanços no entendimento da psicopatologia e neurobiolo-
gia do TOC, que conferem a ele particularidades em relação aos transtornos ansiosos.
• Na CID-11, a nova definição de TOC coloca ênfase no prejuízo funcional para que seja
feito o diagnóstico do transtorno;

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• Como inovação em relação à CID-10, a nova versão passou a considerar também a sensa-
ção de completude como um dos possíveis objetivos de realizar compulsões, incorporan-
do, portanto, o conceito de fenômenos sensoriais;
• Os atos mentais - não somente os motores - também passaram a ser considerados com-
pulsões, como frequentemente observado na clínica;
• Deixaram de existir os subtipos com ou sem compulsões, vista a baixa relevância clínica
dessa classificação.

Transtornos de ansiedade
A. Transtorno de ansiedade generalizada (TAG)

Critérios diagnósticos (DSM-5)


A. Ansiedade e preocupação excessivas, ocorrendo na maioria dos dias por pelo menos 6
meses, com diversos eventos ou atividades.
______________________________________________________________________________________________

B. O indivíduo considera difícil controlar a preocupação.


______________________________________________________________________________________________

C. A ansiedade e a preocupação estão associadas com 3 (ou mais) dos 6 sintomas seguintes
(com pelo menos alguns deles presentes na maioria dos dias nos últimos 6 meses).

1. Inquietação ou sensação de "nervos à flor da pele";


2. Fatigabilidade;
3. Dificuldade em concentrar-se ou sensação de branco na mente;
4. Irritabilidade;
5. Tensão muscular;
6. Perturbação do sono.
______________________________________________________________________________________________

D. A ansiedade, a preocupação ou sintomas físicos causam sofrimento clinicamente significati-


vo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do
indivíduo.
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E. A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos de uma substância ou a outra condição
médica.

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F. A perturbação não é mais bem explicada por outro transtorno mental.

B. Transtorno do pânico (TP)

Critérios diagnósticos (DSM-5)


A. Ataques de pânico recorrentes e inesperados. Um ataque de pânico é um surto abrupto de
medo intenso ou desconforto intenso que alcança um pico em minutos e durante o qual ocorrem
4 (ou mais) dos seguintes sintomas:

1. Palpitações, coração acelerado, taquicardia;


2. Sudorese;
3. Tremores ou abalos;
4. Sensação de falta de ar ou sufocamento;
5. Sensação de asfixia;
6. Dor ou desconforto torácico;
7. Náusea ou desconforto abdominal;
8. Sensação de tontura ou desmaio;
9. Calafrios e ondas de calor;
10. Parestesias;
11. Desrealização ou despersonalização;
12. Medo de perder o controle ou "enlouquecer”;
13. Medo de morrer.

Nota: podem ser vistos sintomas culturalmente específicos (ex., tinido, cefaleia, choro incontrolá-
vel). Esses sintomas não devem contar como um dos 4 sintomas exigidos.
______________________________________________________________________________________________

B. Pelo menos um dos ataques foi seguido de 1 mês (ou mais) de uma ou de ambas seguintes
características:

1. Apreensão ou preocupação persistentes acerca de ataques de pânico adicionais ou


sobre suas consequências.

2. Uma das mudanças desadaptativa significativa no comportamento relacionada aos


ataques
______________________________________________________________________________________________

C. A perturbação não é consequência de efeitos psicológicos de uma substância ou de outra


condição médica.
______________________________________________________________________________________________

D. A perturbação não é mais bem explicada por outro transtorno mental.

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Transtornos de
personalidade (TP)
Critérios diagnósticos gerais ( sem especificar subtipo) no DSM-5
A. Um padrão persistente de experiência interna e comportamento que se desvia acentuada-
mente das expectativas da cultura do indivíduo. Esse padrão manifesta-se em duas (ou mais)
das seguintes áreas:

1. Cognição
2. Afetividade
3. Funcionamento interpessoal
4. Controle de impulsos
______________________________________________________________________________________________

B. O padrão persistente é inflexível e abrange uma faixa ampla de situações pessoais e sociais.
______________________________________________________________________________________________

C. O padrão persistente provoca sofrimento clinicamente significativo e prejuízo no funciona-


mento de áreas importantes da vida do indivíduo.
______________________________________________________________________________________________

D. O padrão é estável e de longa duração, e seu surgimento ocorre pelo menos a partir da adoles-
cência ou do início da fase adulta.
______________________________________________________________________________________________

E. O padrão persistente não é mais bem explicado como uma manifestação ou consequência de
outro transtorno mental.
______________________________________________________________________________________________

F. O padrão persistente não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância ou a outra
condição médica.

Atualizações CID-11

• Na nova classificação, determina-se primeiro a gravidade do transtorno de personalidade


(leve, moderado ou severo), considerando os graus de:
- Disfunção do self;
- Disfunção interpessoal;
- Desregulação emocional, cognitiva e comportamental;
- Sofrimento individual e prejuízo psicossocial.

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Em seguida, o diagnóstico é complementado pelos trações mal adaptativos de personali-
dade encontrados no paciente:
- Afetividade negativa;
- Anancasticismo;
- Antagonismo;
- Desinibição;
- Distanciamento.
• Na CID-11, o transtorno de personalidade esquizotípico não é classificado como um
transtorno da personalidade e passou a ser considerado um transtorno psicótico primá-
rio, no espectro da esquizofrenia;
• O transtorno de personalidade borderline foi mantido na forma de um especificador para
transtornos de personalidade moderados e severos.

Observação: A 11ª edição da Classificação Internacional de Doenças


(CID-11) entrará em vigor em 1º de janeiro de 2022.

Referência: FERNANDES, F, et al., Clínica Psiquiátrica - Guia Prático. 2 ed. São Paulo: Manole,
2020.

American Psychiatric Association. (2014). Manual diagnóstico e estatístico de transtornos men-


tais: DSM-5 [Recurso eletrônico]. (5a ed.; M. I. C. Nascimento, Trad.). Porto Alegre, RS: Artmed.

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