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Intervenções analítico-
comportamentais
Terapia cognitivo-comportamental
Feedback:
É importante de ser realizado, pois transmite a ideia de que o terapeuta
se incomoda com o que o cliente pensa, sendo esta uma oportunidade
para que ele se expresse livremente.
Para o terapeuta, é uma chance de resolver quaisquer mal-entendidos.
De modo geral, o feedback deve revelar o entendimento e a opinião do
cliente em relação aos aspectos da sessão e o seu grau de adesão ao
processo (o quanto ele se dedica, está empenhado e envolvido com o
estilo colaborativo e ativo da terapia).
Neste sentido, algumas questões podem orientar o feedback: O que você
vivenciou hoje aqui que é importante para você? Fez sentido? Ficou
alguma dúvida sobre a terapia?
Você pode sugerir que o paciente pense em alguma situação durante a
semana, que ele consiga perceber essa mudança de afeto traga para a
terapia
1. Rapport
2. Verificação de humor
3. Ponte com a sessão anterior
4. Revisão da Tarefa de casa
Roteiro da 5. Estabelecimento de uma agenda colaborativa
primeira para a sessão (trabalhar os itens da agenda,
como revisar o modelo cognitivo e verificar se
sessão em existe alguma dúvida. Dar outro exemplo do
diante modelo e explicar sobre a tarefa de casa nova e
de sua importância para o processo)
6. Resumo da sessão (síntese)
7. Tarefa de casa (RPD)
8. Feedback
Como estabelecer uma agenda para a
sessão
Estabelecer um roteiro com o cliente para a sessão. Hoje nossa
sessão será bastante variada. Vamos fazer a verificação do seu
humor, como na semana passada. Vamos conversar sobre o
modelo cognitivo, sobre o seu problema, uso de técnicas e
estratégias cognitivo-comportamentais, estabelecer as tarefas
de casa para a próxima semana e finalizar com o resumo e o
feedback desta sessão.
Inclusão de novos itens da agenda, que serão abordados antes
da educação do cliente sobre o modelo cognitivo e sobre seu
problema. Há algum assunto que você gostaria de incluir na
agenda? Eu (o terapeuta) gostaria de que você me falasse um
pouco sobre um assunto importante (por exemplo: sua vida
escolar, namoro, etc.).
Estabelecimento de agenda
O processo de estabelecimento de agenda corre
paralelamente ao de metas e utiliza muitos dos mesmos
princípios e métodos. Ao contrário deste último, que
abrange o curso inteiro da terapia, o estabelecimento de
agenda é usado para estruturar cada sessão. Como
observamos ao descrever os métodos de estabelecimento
de metas, os pacientes normalmente precisam ser
instruídos quanto aos benefícios e métodos de preparar
uma agenda produtiva. Durante as primeiras sessões, o
terapeuta pode precisar tomar a frente na modelagem da
agenda. No entanto, a maioria dos pacientes aprende
rapidamente o valor de uma agenda e vem às sessões
subsequentes preparada para enfocar preocupações
específicas.
Estabelecimento de agenda
Os tópicos se relacionam diretamente com as metas
gerais da terapia.
Os tópicos são específicos e mensuráveis.
Os tópicos podem ser abordados durante uma única
sessão, havendo uma probabilidade razoável de que se
tire algum benefício.
Os tópicos contêm um objetivo atingível.
Embora a agenda seja um pilar do processo de estruturação, pode
haver inconvenientes ao se segui-la dogmaticamente. Estrutura demais
pode ser algo ruim, se isso bloquear a criatividade, dar um tom
mecanicista à terapia ou impedir que você e o paciente sigam temas
valiosos.
Quando bem utilizadas, a agenda e outras ferramentas de estruturação
criam condições para a proliferação da espontaneidade e da
aprendizagem criativa
Minha Biblioteca: Aprendendo a Terapia Cognitivo-
Comportamental: Um Guia Ilustrado Capítulo 4
Verificação de sintomas
A estrutura básica das sessões de TCC inclui vários
procedimentos padronizados que são realizados a cada
vez que o paciente vem à terapia. Além do
estabelecimento de agenda, a maioria dos terapeutas
cognitivo-comportamentais inclui uma breve verificação
dos sintomas no começo da sessão (Beck, 2011).
Um método simples e rápido é pedir aos pacientes que
classifiquem seu grau de depressão, ansiedade ou outros
estados de humor em uma escala de 0 a 10 pontos, na
qual 10 equivale ao grau mais alto de angústia e 0 a
nenhuma angústia. Ainda melhor, você pode administrar
questionários curtos respondidos pelo próprio paciente
em cada sessão
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Comportamental: Um Guia Ilustrado Capítulo 4
Ponte entre sessões
Embora a maior parte do trabalho de estruturação seja focada no
manejo do conteúdo da sessão, em geral é útil fazer algumas
perguntas que ajudarão o paciente a revisar questões ou temas da
sessão anterior.
As tarefas de casa, um dos elementos-padrão da estruturação,
fazem a ligação entre as sessões e mantêm a terapia focada nas
questões ou intervenções-chave que fluem por várias sessões.
No entanto, recomendamos que você vá além da verificação da
tarefa de casa para ter certeza de que assuntos importantes das
sessões anteriores não foram colocados de lado ou esquecidos
pela pressão de outros mais recentes. Uma maneira útil de fazer a
ponte entre as sessões é tirar alguns minutos antes do horário
marcado para revisar suas anotações e pedir ao paciente que
reveja o seu caderno de anotações em busca de itens a serem
reavaliados na agenda do dia.
Feedback
Em algumas formas de psicoterapia, é dada pouca
ênfase em prover feedback ao paciente. No entanto, os
terapeutas cognitivo-comportamentais se esforçam
bastante para dar e solicitar feedback, a fim de ajudar a
manter a sessão estruturada, construir a relação
terapêutica, promover incentivo adequado e corrigir
distorções no processamento de informações.
Feedback
Costuma-se recomendar que os terapeutas cognitivo-
comportamentais parem em vários pontos de cada sessão
para obter um feedback e verificar a compreensão. Para
tanto, são feitas perguntas ao paciente, como, por
exemplo: “Como você acha que a sessão está indo até
agora?”, “Antes de continuarmos, quero fazer uma pausa
para ver se estamos indo pelo mesmo caminho... Você
poderia resumir os principais pontos que estamos tratando
hoje?”, “O que você gosta na terapia?”, “Quais são as
suas sugestões para coisas que você gostaria que eu
fizesse diferente?” ou “Quais pontos você vai levar da
sessão hoje?”.
Feedback
Também é dado ao paciente feedback construtivo.
Muitas vezes, o feedback é apenas uma frase ou duas, no
contexto da sessão. Por exemplo, o terapeuta pode dizer:
“Estamos progredindo bastante hoje, mas acho que
aproveitaremos melhor a sessão se adiarmos a discussão
sobre o seu emprego até a próxima semana e nos
concentrarmos no problema com sua filha”. Seria melhor
se a essa afirmação se seguisse um pedido de feedback
por parte do paciente: “O que você acha disso?”.
Ao fornecer feedback, pode haver uma linha tênue entre
dar incentivo adequado e fazer afirmações que poderiam
ser percebidas como sendo ou extremamente positivas ou
críticas.
Feedback
Parte do impulso por atenção ao processo de feedback na
TCC veio dos estudos extensivos acerca do processamento
de informações na depressão (Clark et al., 1999).
O peso das evidências provenientes dessas investigações
sugere que pessoas com depressão ouvem menos
feedback positivo do que aquelas não deprimidas e que
esse viés no processamento de informações pode ter um
papel na persistência de cognições depressogênicas (Clark
et al., 1999).
Por exemplo, um indivíduo com agorafobia pode ter ouvido
muitas vezes de familiares e amigos que seus medos são
infundados, mas a mensagem não é processada.
Feedback
Importante manter esses achados de pesquisas em
mente ao dar feedback aos pacientes. Pode ser
necessário ajudá-los a entender que a depressão ou a
ansiedade podem colocar um filtro em suas percepções
e que as coisas que você e outras pessoas lhes dizem
podem não ser ouvidas do modo como se pretendia.
Também pode ser que você queira ajudar os seus
pacientes a trabalharem nas habilidades de dar e
receber feedback adequadamente.
Tarefa de casa ou plano de ação
A tarefa de casa serve a muitos propósitos na TCC. Sua
função mais importante é desenvolver habilidades em TCC
para lidar com problemas em situações reais. Todavia,
também é usada para dar mais estrutura à terapia, ao fazer
da tarefa um item rotineiro de agenda para cada sessão e ao
servir como uma ponte entre as sessões.
Por exemplo, se foi sugerido na sessão anterior o
preenchimento de um registro de pensamentos para uma
situação estressante prevista (p. ex., reunir-se com o chefe,
tentar enfrentar uma situação social temida ou resolver um
conflito com um amigo), essa tarefa seria colocada na agenda
para a sessão atual. Mesmo se o paciente não completar a
tarefa ou tiver dificuldade em realizá-la, geralmente há
benefícios em discuti-la.
Tarefa de casa ou plano de ação
Quando as tarefas de casa funcionam bem, pode-se delinear
pontos de revisão para que o aprendizado seja reforçado
durante a sessão. Vinculações à agenda da sessão atual ou
ideias e questões estimuladas pela tarefa de casa podem
sugerir novos itens para a agenda. Quando são encontrados
problemas para realizar as tarefas de casa, geralmente é útil
explorar os motivos pelos quais elas não foram feitas ou não
funcionaram conforme o planejado. Talvez você não tenha
explicado claramente a tarefa. É possível que tenha sugerido
uma atividade que foi percebida como muito difícil, muito
fácil ou irrelevante para os desafios do paciente?
Tarefa de casa ou plano de ação
Uma estratégia que normalmente funciona bem é explorar
quaisquer barreiras que o paciente tenha na realização da
tarefa. Ele estava se sentindo tão sobrecarregado de
trabalho que achou que não conseguiria tirar um tempo para
fazê-la? Ele temia que seus colegas, filhos ou outras
pessoas a vissem? Ele se sentia tão exausto que não
conseguiu se organizar para começar o exercício? Há um
padrão crônico de procrastinação? A expressão tarefa de
casa ativou algumas associações negativas com as
experiências na escola? Pode haver várias razões para os
pacientes não fazerem sua tarefa de casa. Se conseguir
discernir por que isso acontece, você a tornará uma
experiência mais bem-sucedida.
Em suma
Aprofundando elementos de uma sessão
• Estabelecendo agenda
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