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Aula 7 e 8
Avaliação
Função: Avaliar envolve uma anamnese completa e um exame do estado mental do paciente es-
tando atento aos seus sintomas atuais, às suas relações interpessoais, à sua base sociocultural e aos
seus pontos fortes pessoais, além de levar em consideração o impacto da história de seu desenvolvi-
mento da genética, dos fatores biológicos e das doenças médicas.
TCC é recomendado para pessoas que buscam terapia para um transtorno agudo como ansiedade ou
depressão mas há boas evidências que a TCC pode tratar de outros tipos de casos menos demência
avançada, transtornos amnésicos severos, delírio, intoxicação por drogas, pessoas com transtorno de
personalidade antissocial grave, de simulação, quadros clínicos que comprometem o desenvolvi-
mento de uma relação terapêutica colaborativa e baseada na confiança.
Formulação/Conceitualização de Caso
Função: Uma avaliação detalhada leva a uma formulação de caso multidimensional. É um mapa
de orientação onde explicita os esquemas mentais e os processos de raciocínio e pensamento do pa-
ciente, ela reúne informações dos sete domìnios principais apresentados, são eles:
Visão transversal - formulação envolve observar padrões atuais pelos quais os principais precipitan-
tes estimulam os pensamentos automáticos, as emoções e os comportamentos
Avaliação x Conceitualização
Diferenças principais
Aula 9
Estrutura de uma sessão
Resumida:
1. Cumprimente o paciente
2. Realize uma avaliação dos sintomas
3. Estabeleça a agenda
4. Revise a tarefa da sessão anterior
5. Conduza o trabalho da agenda
6. Eduque o paciente (por exemplo no modelo cognitivo)
7. Desenvolva nova tarefa de casa
8. Revise os pontos-chave, dê e solicite feedback e encerre a sessão
- TCC possui uma estrutura de funcionamento flexível porém focado, o que quer dizer que as ses-
sões seguem um raciocício continuado. Mesmo tendo espaços para construções há sempre um racio-
cínio de foco de continuidade.
(Rever a aula de estrutura para ver o que é importante se pensar e qual é seu papel)
Ex: Se o sujeito pode ou não se expressar, se sua subjetividade pode ou não ser recebida, etc.
- Qual seria a estrutura clássica de sessão? Embora haja variação, geralmente a fase inicial: verifica-
ção de humor, link com a sessão anterior, resgate de assunto, definição de agenda/pauta do dia, atua-
lização da última sessão e o que vai fazer de forma colaborativa)
- A estrutura da sessão da TCC está sempre vinculada aos princípios gerais da terapia cognitiva
comportamental (é o norte do psicólogo desta vertente em qualquer dúvida IMPORTANTE REVI-
SITAR)
- A importância do paciente construir esta autonomia durante o processo de terapia
- Fase Intermediária: trabalhar algum problema em questão que já foi preparado para a sessão, po-
dendo ser: diálogo socrático, exposição, ativação comportamental, planilha de atividades, psicoedu-
cação da depressão. Em suma trabalhar com alguns problemas possíveis dentro do tempo.
- Fase Final: apresentar um tipo de resumo do que foi trabalhado, revisar os pontos principais para
passar o plano de ação/exercício de casa/tarefa de casa (Beck mudou o nome para plano de ação)
- (Slide 12 resumo do resumo da sessão) Não existe estrutura certa ou errada mas de forma geral,
ela terá estes pontos centrais terminado com feedback.
Contrato psicológico: o contrato de trabalho psicológico estabelecido entre o teerapeuta e o cliente,
funcionando como um elemento ordenador que propõe normas que regem qualquer tipo de tarefa
entre as duas pessoas estabelecendo limites da identtidade e das possibilidades de ação. Possibilita o
psicólogo perceber aspectos da conduta do entrevistado, principalmente através das dificuldades do
cliente de compreender e/ou respeitar o enquadramento e o contrato de trabalho.
Feedback: Como foi para você falar desse tema? Como você está se sentindo depois de dialogar so-
bre isso? Como foi experimentar e fazer esse plano de ação durante a semana? Como foi trazer isso
para essa sessão? (Perguntas mais dialogadas que ajudam a perceber como a pessoa está estando
preparado para retornos negativos por se tratar de um método mais autônomo, não necessariamente
tem que ser positivo afinal este não é o objetivo da terapia) Nem sempre falar dos problemas é ali-
viador mas é terapêutico, o que não quer dizer que naquele momento possa ser bom para o paciente
e não tem problema.
Tarefa de casa/plano de ação: dever de casa que ser para desenvolver habilidades em TCC para lidar
com problemas em situações reais. Todavia, também é usada para dar mais estrutura à terapia, ao fa-
zer da tarefa um item rotineiro de agenda para cada sessão e ao servir como uma ponte entre as ses-
sões.
Intervenções específicas para a Ansiedade
- Ansiedade é mais que uma sintomatologia simplista, tem um constructo cognitivo muito complexo
que leva o sujeito a ter prejuízos até na memória e na atenção, na capacidade de concentração.
- 1º Como acalmar essa biologia quando o paciente trás domínios ansiosos no processo inicial. Ins-
trumentalizar o sujeito com ferramentas de desaceleração do organismo (respiração fragmática e re-
laxamento progressivo muscular de Jacobson)
- Existem variações, podendo se ensinar um pouco por sessão, parcial, pede para fazer em casa, in-
dependente disso é importante que o paciente saiba que existe essa psicoeducação da ansiedade, de
saber como funciona, o nível de ansiedade na escala que for usar, cabe avaliação psiquiátrica ou
não)
- Habilidade de esquiva pode ser utilizada pois a pessoa com ansiedade não sabe como enfrentar es-
ta dificuldade.
Lembrete
- TCC não é um emaranhado de técnicas, apesar de parecer, a TCC é uma intervenção psicológica e
como tal requer uma avaliação minuciosa da história de vida e saúde do sujeito, da construção do
seu sistema de crenças, da construção dos seus traumas, das suas dificuldades, que recorre a inter-
venções psiquiátricas quando necessário, interações medicamentosas e interações de doenças. Tudo
é do ponto de vista da psicologia e intervenção clínica, independente da técnica usada.
- Obviamente este método não foca em ferramentas como testes projetivos pois eles emanam análi-
se e TCC trabalha com descrição e identificação do mundo de significações do sujeito, trabalha com
aspecto fenomenológico do que o sujeito consegue compreender de sua realidade, até onde sua con-
sciência alcança mesmo tendo a ideia do inconsciente cognitivo, não se trabalha mitologias ou aná-
lises complexas.
- Inconsciente cognitivo: está ligado a uma terminologia utilizada na neuropsicologia quando os
eventos acontecem sem que o sujeito se dê conta por eles estarem tão automatizados e acionarem re-
giões cerebrais que estão muito longe dos processos de reflexão (ex: região do córtex pré-frontal on-
de aciona a racionalidade, que consegue refletir, pausar, planejar, não são utilizadas nos pensamen-
tos automáticos ou filtros distorcidos/distorções cognitivas)
- Ver a TCC como algo além do que apenas uma matéria mas como uma prática, mais.
- A importância na forma de comunicar o que quer e como quer comunicar algo.
- Distração - gerar imagens mentais positivas e calmantes para atuar a intensidade dos pensamentos
guiados pela ansiedade
- Exposição - exposição a estímulos desencadeadores de ansiedade para que com a exposição gradu-
al possa se superar a ansiedade. Exposição à imaginação - geração de imagens mentais para a expo-
sição gradual. Exposição in vivo - confrontação direta do estímulo que suscita medo no paciente.
Itens da A1
Crenças intermediárias, crenças centrais, pensamentos automáticos
Pensamentos automáticos (muito vistos nas patologias trabalhadas no semestre como depressão e
ansiedade): são rápidos, espontâneos, acompanhados de forte emoção e sem questionamento quanto
a sua veracidade, são ativados por eventos externos ou internos, podem vir em em forma de ima-
gem. Distorcidos ou disfuncionais tem papel importante na psicopatologia, uma das maiores evidên-
cias de que os pensamentos automáticos podem estar ocorrendo é a presença de emoções fortes.
Crenças centrais: nível mais profundo, tem origem na infânica, são absolutistas e rígidas. São mol-
dadas e fortalecidas ao longo da vida, são nossas ideias mais enraizadas acerca de nós mesmos, do
mundo e do futuro. São ativadas nos transtornos emocionais ou eventos (gatilho) Disfuncionais: de-
samparo, desamor e desvalor
Crenças intermediárias: regras condicionais como afirmações do tipo se-então, que influenciam a
autoestima e a regulação emocional (3 frases que complementam o mesmo pensamentos) Pressupos-
tos: se; Regras: então; Estratégias disfuncionais: consequência