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Teorias tecnicas psicoterapicas

Terapia cognitivo-comportamental
Estruturada e orientada para o momento presente. Direcionada para a resolução de
problemas e modificações de pensamento e comportamentos disfuncionais
Albert Ellis 

*"A perturbação emocional não é criada pelas situações, mas pelas interpretações
delas."*

- As emoções e os comportamentos de um indivíduo são produtos de suas crenças

Meta terapêutica: identificar os pensamentos disfuncionais e substitui-los por outros


mais racionais e efetivos.

*Sistema ABC* 

*A* = Situação

*B* = sistema de crenças e valores

*C* = Resultados/consequências 

Um modelo de psicoterapia Cognitiva focado em:

- aceitação de eventos inesperados


- separação de evento e reação (tais eventos podem provocar no sujeito comportamentos
que não são automáticos)
- distinção entre pensamentos racionais e irracionais 

*Disfunções Cognitivas*: maneiras erradas de interpretar determinada situação. 


• Disfunções mais comuns:

- Pensamento Dicotômico: define as situaçoes em tudo ou nada

- Pensn. Adivinhatório: Busca adivinhar o futuro

- Negatividade: centrado apenas nos pontos negativos de um acontecimento

- Desqualificação: desconsidera os aspectos positivos

- Desvalorização: minimiza os fatos

- Raciocínio Emocional: não leva em consideração elementos racionais de uma situação

- Rotulação: pensamento que rotula e generaliza.

- personificação: trazer para si tudo o que acontece.


Aspectos característicos do pensamento irracional:
1- Ilógico: não possui fundamentos reais ou adequados
2- Automático: é ligado ao próprio acontecimento inesperado, e não á interpretação
do mesmo.
3- Extremado: situa uma situação como permanente e intensifica emoções
4- Autodestrutivo: produz conseqüências emocionais referentes a transtornos
5- Afeta de forma negativa o alcance dos objetivos.

Aspectos do pensamento RACIONAL


1- Tolerancia: é capaz de espera e analise de um evento inesperado
2- Capacidade de suportar aflições: suporta o medo,tristeza e a impossibilidade,
não transformando em pânico, depressão e ansiedade
3- Não tira conclusões negativas o catastróficas: não produz simbolizações
prejudiciais para si mesmo
4- Fundamenta-se em uma perspectiva positiva sobre o potencial humano sobre as
possibilidades infinitas e passiveis de alcance

LIVROS: How to live with a neurotic : desenvolve sobre o quadro psicológico


(estrutura psíquica que produz pensamentos que não conseguem likar o objetivo com
uma ação que o leve para tal) da neurose com foco na noção de “irracionalidaade”
MUSTurbation: shoul or must be
AARON BECK .
Parte da analise de quadros de depressão
Nos transtornos existe uma “tríade cognitiva” que é promovida por uma desvalorização
do sujeito em relação a si mesmo, da realidade (do outro), e de uma perspectiva futura
A Triade Cognitiva e composta por três tipos de pensamentos decorrentes de erros
cognitivos, frutos de esquemas desenvolvidos no sujeito:
- o paciente crê que “por causa” dos seus supostos defeitos é indesejável e sem valor.
Subestima e critica-se. Crê não ter atributos essenciais a obtenção da felicidade e
contentamento. ERRO COGNITIVO DESENCADEADO PELO ESQUEMA DO
DESAMOR
- O paciente percebe mundo como lhe fazendo solicitações absurdas, ou lhe colocando
em obstáculos insuperaveis para atingir seu objetivo de vida. Interpreta mal sua
interações circundantes, tem demontração de derrota ou privação, esquecendo-se das
interações mais plausíveis, DECORRENTE DO ESQUEMA DE DESVALORIZAÇAO
- Quando são feitas projeções ao longo prazo, o paciente antecipa que suas dificuldades
ou sofrimentos se prolongarão indeterminadamente, prevê sofrimento, frustrações e
privações incessantes. FRUTO DO DESAMPARO.
“esquemas”: estrutura mental que representa algum aspecto do mundo e são usados para
organizar o conhecimento atual e providenciar uma base para compreensão futura. Tem-
se como modelos os estereótipos, papel social e visão de mundo.
“erros cognitivos”: processamentos defeituosos da informação segundo os esquemas de
valor desenvolvidos pelo sujeito
A abordagem cognitivista consiste em experiências de aprendizagem destinadas a
ensinar ao paciente as seguintes operações:
1- Observar e controlar seus pensamentos negativos automáticos
2- Reconhecer vínculos entre: cognição, afeto e comportamento
3- Examinar as evidencias a favor e contra seus pensamentos automáticos
distorcidos
4- Substituir as cognições tendenciosas por interpretação mais orientadas para a
realidade
5- Aprender a identificar e alterar as crenças disfuncionais que o predispõem a
distorcer suas experiências
6- Estabelecer consigo processos de autoquestionamento

LIVROS: TERAPIA COGNITIVA DA DEPRESSÃO

JEFFREY YOUNG
Desenvolve melhor o conceito de esquemas.
O componente cognitivo da personalidade tem como uma de suas possíveis origens
a herança filogenética, ou seja, as estrategias ‘geneticamente’ determinadas, as quais
poderiam facilitar a sobrevivência e reprodução seriam, presumivelmente,
favorecidas pelo processo de seleção natural. Tais estratégias dependem, entre
outros fatores, da avaliação que o individuo realiza acerca das demandas de uma
situação, que precede e desencadeia uma estratégia especifica, seja ela adaptativa ou
não. Alem disso, a maneira pela qual esta avaliação se configura vai depender, em
grande parte de crenças que são importantes para o individuo, com as quais se
identifica. Tais crenças, por sua vez, se encontram inseridas em estruturas
cognitivas relativamente estáveis.
A origem dos esquemas são resultantes de necessidades emocionais não supridas na
infância.
O esquema é: uma estrutura cognitiva básica, fundamental da personalidade, cujo
conteúdo é composto por dados fornecidos pela experiência do individuo, junto com
seus aspectos constitucionais, e
se referem aos fatores mais importantes que ele desenvolve, os quais norteiam a sua
compreensão de si mesmo, do mundo e de suas vivencias. Norteiam não somente as
avaliações cognitivas, mas também as reações emocionais e estratégias
comportamentais manifestadas pelo individuo no seu cotidiano. “traços de
personalidade” poderiam ser considerados a expressão manifesta dos esquemas
cognitivos.
Domínios básicos dos esquemas:
- desconexão, rejeição
-autonomia – desempenho prejudicado
- limites prejudicados
- orientação para outro
- supervigilancia e inibição

Estes ao serem ativados levam ao surgimento das estratégias cognitivas e


comportamentais que atuam no sentido de fazer o individuo estruturar sua vida,
seus relacionamentos e sua forma de interpretar o que lhe acontece de maneira
rígida e pouco adaptativa e saudávdel.
a) Estrategias de manutenção do esquema: reforçam o esquema, mantendo-o
intacto e atuante
b) Estratégias de evitação do esquema: evitam ativar o esquema protegendo a
pessoa de entrar em contado com o mesmo
c) Estratégia de compensação do esquema: implicam,aparentemente, estilos
(cognitivos ou comportamentais) opostos ao esquema ativado de forma que a
pessoa novamente não se da conta da existência do esquema.

Estas estratégias visam lidar certos domínios dos esquemas.


Ao permanecerem inflexíveis e se tornarem repetitivas, tais estratégias podem
contribuir para a manutenção de esquemas cujos conteúdos são negativos, rígidos e
não adaptativos. São os EIDS (esquemas iniciais desaptativos), os quais podem
gerar psicopatologias,como o transtorno de personalidade.
Suas características são:
1- Os EIDS são rígidos e autoperpetuados, o que os torna difíceis de serem
modificados
2- São verdades implícitas, que se referem ao próprio individuo, bem como ao
ambiente no qual ele se encontra inserido.
3- Geram sofrimento psicológico porque tem temas que são disfuncionais
4- Podem ser ativados em certas circunstancias e, quando isso ocorre, a pessoa
experimenta uma emoção intensa e negativa
5- Resultam de experiências nocivas vividas pela criança desde os primeiros anos
de vida.

5 NECESSIDADES EMOCIONAIS FUNDAMENTAIS:


1- Vínculos seguros com outros indivíduos (inclui segurança, estabilidade, cuidado
e aceitação)
2- Autonomia, competência e sentido de identidade.
3- Liberdade de expressão, necessidades e emoções válidas
4- Espontaneidade e lazer
5- Limites realistas e autocontrole

Objetivo terapêutico: ajudar os pacientes a encontrar formas adaptativas de satisfazer


suas necessidades emocionais fundamentais.
PRINCIPAIS TECNICAS COGNITIVAS COMPORTAMENTAIS
- TAREFAS DE CASA
O terapeuta propõe tarefas de casa para o paciente, visando que o mesmo utilize o
tempo fora das sessões para novas experiências e exercícios corretivos de suas crenças e
comportamentos disfuncionais

- REGISTRO DIARIO DE PENSAMENTOS DISFUNCIONAIS (RPD)


Estimula o paciente a anotar seus pensamentos disfuncionais associados com seus
momentos de sofrimento relacionados a queixa, para posterior exame ou para que o
próprio paciente tente reestruturados.

- QUESTIONAMENTO SOCRATICO
Perguntas que o terapeuta faz para o paciente buscando questionar os fundamentos
deseus pensamentos automáticos e que, reconhecendo a ausência deles, possa modifica-
los. Buscam-se as evidencias que sustentam ou não as crenças e os pensamentos
automáticos, bem como sobre outras possíveis alternativas de interpretar as situações.
Este questionamento deve focalizar os pensamentos, em que depois de reconhece-los, o
paciente deve-se perguntar (ou o terapeuta deve pergunta-lo)
- que evidencias tenho de que aquilo que passou pela minha cabeça naquele momento é
verdadeiro?
- que evidencias são contrarias ao que pensei?
- existem explicações alternativas?
- que provas eu tenho de que de fato o que imainei na ocasião vai acontecer?
- e se acontecer o que eu pensa? Qual significado isso terá para mim?
- quais as possíveis formas queeu tenho para enfrentar as situações que vivo?
-o que outras pessoas pensariam na mesma ocasião?
-EXPERIMENTOS COMPORTAMENTAIS
Exercício que tem por objetivo modificar comportamentos e desfiar crenças em
situações praticas. Nesse exercício a crença é considerada uma hipótese em que o
paciente rejeita ou confirma, conforme testado na pratica, em situações reais. Por meio
destes pode-se pedir por exemplo que uma paciente que possua crenças do tipo: “nada
do que falar em grupo será interessante”, teste na pratica essa sua crença falando algo
em uma situação social e observando a resposta de outras pessoas as suas falas. Após a
observação a crença será questionada.

- RELAXAMENTO MUSCULAR PROFUNDO E OUTROS EXERCICIOS DE


CONTROLE DA ANSIEDADE
Conjunto de exercícios musculares, respiratorios e de imaginação, cujo objetivo é levar
o paciente a desenvolver estratégias de controle da sua ansiedade. São praticados de
forma rotineira pelo paciente, de forma que sua pratica acaba por diminuir os sintomas
de ansiedade e outros estados emocionais intensos.
- PREVENÇÃO DE RECAIDA
Esses procedimentos, embora mais amplamente utilizados nos programas de tratamento
da drogadiaçao podem ser utilizados nos programas de mudança de comportamento
geral. Por meio de ações como as da autovigilancia pelas quais o paciente deve prestar
atenção ao seu comportamento e inibir o comportamento habitual, identificando
situações de alto risco em que a recaída é provável. Trabalha-se com habilidades de
enfrentamento que são bem importantes nesse momento, na medida em que os pacientes
as podem utilizar nas situações de alto risco para eles, na quais sentem que podem
perder o controle. Procedimentos de treinamento em relaxamento também são
utilizados nesse momento.
- TREINAMENTO DAS HABILIDADES SOCIAIS (THS)
Por habilidades sociais se entende o conjunto de capacidades comportamentais que
foram aprendidas, e que são as “regulagens” ou os fundamentos para que se dêem as
interações sociais. O individuo que as domina tem um comportamento adequado e
respeitoso em relçao a atitudes, desejos, sentimentos, opiniões e crenças próprias e de
terceiros. Por meio do THS se procura que o sujeito alcance a redução da ansiedade em
situações sociais problemáticas, e consiga realizar uma reestruturação cognitiva, como
fazer um treinamento em solução de problemas, e que resulte no desenvolvimento de
comportamentos socialmente mais funcionais
- planejamento de atividades diárias

O planejamento de atividades diárias consiste em desenvolver junto com o cliente um


programa diário de atividades que aumente o seu nivel de ação, a probabilidade de
reforçamento e a possibilidade de refutação de suas crenças disfuncionais.
- Enfrentamento gradual

Tem base no conceito de inibição recíproca, em que o enfrentamento de situações


ansiógenas é pareado com a utilização de técnicas de relaxamento. O enfrentamento é
planejado de forma que o paciente inicie pelas situações consideradas mais fáceis, por
gerarem um pequeno grau de ansiedade. A cada vez que o paciente enfrenta
satisfatoriamente (com um grau cada vez menor de ansiedade), o mesmo passa para a
situação seguinte, na qual o grau de desconforto é levemente maior do que na primeira
situação. Repete-se o mesmo procedimento para todas as situações apontadas como
geradoras de ansiedade.

- ensaio comportamental

Conforme Caballo (1996) aponta, o ensaio comportamental é um procedi mento que


visa a que maneiras apropriadas e efetivas sejam desenvolvidas no indivíduo para que
este consiga enfrentar as situações problemáticas para ele na sua vida real. Consiste no
aprendizado de novas respostas que substituirão respostas não adaptativas. O ensaio
comportamental concentra-se na mudança de comportamento e não na identificação e
expressão de supostos conflitos. O ensaio comportamental, segundo Rangé (2001b),
focaliza a modelagem de estratégias que o indivíduo pode empregar numa situação em
particular
- Role-Playing

Terapeuta e paciente se comportam imitando o comportamento de alguma pessoa


relevante no ambiente natural do sujeito ou fazendo uma representação do
comportamento do próprio sujeito em alguma situação social. Serve para treinar o
paciente a interagir adequadamente em situações sociais (RANGE, 2001b).

- Feedback e reforçamento

O reforçamento, presente em todas as sessões do THS, serve para que o ciente adquira
novos comportamentos e aumente aqueles considerados adaptau vos, em que o terapeuta
recompensará as aproximações sucessivas do paciente. O feedback, por sua vez,
proporciona informação específica ao sujeito, buscando que o mesmo desenvolva e
melhore uma habilidade.

- A dessensibilização sistemática

Conforme Turner em Caballo (1996), a dessensibilização sistemática é uma intervenção


terapêutica desenvolvida para, dentre outras coisas, eliminar as sín dromes de evitação
(comportamento de esquiva, fuga). A exposição aos estímulos sociais pode ser
concretizada por meio da imaginação, de ensaios comportamen tais e nas situações
reais. Essa técnica consta de quatro passos principais:

a) Treinamento no emprego da escala “SUDS”, a qual é uma ferramenta


que avalia o nível de ansiedade;
b) Uma análise completa comportamental e o desenvolvimento de uma
hierarquia de medos:
c) Treinamento do relaxamento muscular profundo ou algum outro
procedimento de relaxamento:
d) A combinação da exposição pela imaginação à hierarquia de medos junto
com o estabelecimento de uma resposta de relaxamento profundo no
paciente. Conforme coloca Rangé (2001b), à medida que o paciente
passa a não mais reagir com ansiedade à apresentação de um
determinado nível de estímulos, atinge-se o critério para apresentar o
estímulo seguinte da lista hierarquizada. Os estímulos dessensibilizados
em consultório tendem a se generalizar para as situações reais.

- Resolução de problemas
Resolver um problema é um evento comportamental. Os vários tipos de atividades que
promovem o aparecer de uma solução são formas de comportamento. O comportamento
de resolução de problema se destina a fortalecer ou enfraquecer uma resposta já
identificada. A aplicabilidade do modelo de solução de problemas se estende a:
pacientes psiquiátricos; individuos com problemas de uso de drogas, de fumar, de
obesidade; depressão clínica, estresse; ansiedade proveniente de indecisão vocacional,
da agorafobia, da hipertensão e da raiva: problemas conjugais: idosos; grupos da
comunidade; agressividade em deficientes mentais; facilitação da competência geral
entre indivíduos “normais”; e em terapeutas comportamentais.

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