Você está na página 1de 11

MENTES COGNITIVAS

APRESENTA

TERAPIA
COGNITIVA
COMPORTAMENTAL
GUIA INTRODUTÓRIO E CONCEITOS BÁSICOS

EMANUEL MARINHO
FERNANDO MELO
PEDRO PATRÍCIO
LÍGIA ANDRADE

JANEIRO 2021
O QUE É A TERAPIA
COGNITIVO-COMPORTAMENTAL (TCC) ?

A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é um modelo de


psicoterapia fundado por Aaron Beck, Psiquiatra americano e
professor da Universidade da Pensilvânia, na década de 60.

Na busca de estabelecer bases empíricas para os seus estudos


psicanalíticos, desenvolveu um método de trabalho inicialmente
direcionado para o tratamento da depressão. Posteriormente
Beck e outros autores adaptaram com sucesso essa terapia para
diversas populações e uma ampla abrangência de transtornos e
problemas.

A TCC está baseada na relação


terapêutica colaborativa, voltada para
o momento presente, por meio de
sessões estruturadas, focadas em
metas e soluções de problemas
atuais, buscando a modificação de
pensamentos e comportamentos
disfuncionais (inadequados e/ou
desnecessários).

Segundo a teoria da TCC, o que nos afeta emocionalmente não


são os acontecimentos e eventos em si, mas sim a maneira como
os interpretamos e lidamos com eles. O indivíduo adquire, através
de experiências pessoais e aprendizados ao longo de sua vida, um
certo modo de pensar, sentir e se comportar,

O tratamento tem como base a


conceituação ou compreensão acerca de
cada paciente (suas crenças e padrões
comportamentais específicos). Busca uma
mudança cognitiva (modificação de
pensamentos e no sistema de crenças do
paciente) a fim de promover também uma
mudança emocional e comportamental
duradoura.
Em poucas palavras, o modelo cognitivo propõe
que o pensamento disfuncional (que influência o
humor e o pensamento do paciente) é comum a
todos os transtornos psicológicos. Ajudar as pessoas
a avaliarem melhor seu pensamento, de forma
mais realista e adaptativa, possibilita uma melhora
em seu estado emocional e no comportamento.

O QUE SÃO
AS TERAPIAS DE TERCEIRA ONDA ?

As terapias de terceira onda são abordagens que foram surgindo


a partir da Terapia Cognitivo Comportamental clássica. Cada uma
tem como base a modificação de comportamentos mal
adaptativos seguindo suas estratégias. São as principais dentre
elas: Terapia dos Esquemas, Terapia da Aceitação e Compromisso
(ACT – Acceptance and Commitment Therapy), Terapia
Comportamental Dialética (DBT – Dialectical Behavior Therapy) e
Mindfullness (Atenção Plena)

Terapia dos Esquemas – Inicialmente criada por Jeffrey Young em


1990, tem como pressuposto que cada indivíduo pode adotar três
tipos de postura com a finalidade de manutenção do esquema.
Os tipos de postura são: Esquiva – evitar determinadas situações;
Compensação – apresentar comportamentos que perpetuem o
esquema e Manutenção – busca por experiências similares ao
padrão de comportamento já apresentado. O principal objetivo
da Terapia dos Esquemas é permitir ao paciente uma nova
maneira de encarar, interpretar situações aversivas (esquemas)
para apresentar comportamentos mais adaptativos e funcionais
Terapia da Aceitação e Compromisso –
Criada por Steven Hayes em 1999, é uma
vertente da TCC que visa modificar a
forma disfuncional vivida em situações
do passado para aprender lidar melhor
no presente. Essa metodologia convida
o paciente a encarar o seu sofrimento
interno, sem criar apego ou julgamentos
em relação a dor, para aceitar a situação
ocorrida e dar um novo significado
visando alcançar os objetivos de vida
estabelecidos.

Terapia Comportamental Dialética – Tem como


sua fundadora Marsha Lineham em 1993. É uma
terapia com uma ótima eficácia em casos no
qual há uma intensa desregulação emocional.
Apresenta uma divisão em cinco etapas para os
pacientes sendo elas: Tratamento individual
(modelo tradicional de consulta terapêutica),
Grupo de treinamento de habilidades (grupo de
pacientes reunidos para desenvolver habilidades
sociais funcionais para diferentes situações e
contextos), treinamento por telefone (o
terapeuta se coloca à disposição do paciente
para auxiliar em momentos de crises
independente do horário), medidas adicionais
de tratamento (quando há a necessidade de
incluir fármacos ou tratamentos auxiliares) e
equipe de consulta para terapeutas ( o terapeuta
é supervisionado com regularidade por outros
terapeutas sobre suas habilidades e manejos).
O QUE É MINDFULNESS?

Mindfulness vem da junção dos conhecimentos budistas e das


práticas de ioga que foi fundado pelo Jon Kabat-Zinn, onde ele
criou um protocolo de oito semanas para ajudar pessoas a
lidarem melhor com o estresse, dores crônicas, depressão e
ansiedade. O mindfulness é um estado de viver no presente, com
a mente aberta para o que está ali acontecendo no momento, em
volta de você e por dentro de você. É colocar toda a sua intenção
na prática, sem julgamentos e sem críticas.

A TCC tem alguns princípios importantes,


vale destacar:

• Desenvolvimento contínuo dos problemas dos


pacientes e conceituação;
• Busca a modificação de pensamentos e
comportamentos disfuncionais (inadequados);
• Colaboração ativa;
• Orientada para objetivos e focada no
problema;
• Enfatiza primeiramente o presente;
• É educativa (ensinar o paciente a ser seu
próprio terapeuta);
• Limitada no tempo;
• Estruturada;
• Utiliza várias técnicas para mudança de
pensamento, humor e comportamento.
O MODELO COGNITIVO

Parte do pressuposto que as emoções, os comportamentos e a


fisiologia de uma pessoa têm influências de suas percepções
sobre os eventos. Estrutura-se da seguinte forma:

SITUAÇÃO

PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS

REAÇÃO (EMOCIONAL, COMPORTAMENTAL, FISIOLÓGICA)

O QUE SÃO
PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS E CRENÇAS?

Todos nós temos pensamentos automáticos. Eles têm a


característica de serem rápidos, breves, avaliativos, não resultantes
de raciocínio. Parecem surgir espontaneamente, podendo ser
quase imperceptíveis. Geralmente, os aceitamos sem nenhuma
crítica porque acabamos acreditando que são verdadeiros.

COMO ELES INFLUENCIAM O


NOSSO COMPORTAMENTO?

A maneira que agimos e como nos


sentimos está diretamente ligada à forma
como interpretamos as situações ou como
pensamos sobre uma situação. Não é a
situação por si que define como você irá se
sentir, mas sim como você interpretará
esse evento.
Esses pensamentos podem ser realistas ou não. Quando este são
irrealistas, considera-se como disfuncionais, negativos ou
inadequados, pois promovem muito sofrimento e fazem com que
a pessoa enxergue as situações de maneira negativa.

O QUE SÃO AS CRENÇAS?


Assim como os pensamentos automáticos,
todos nós possuímos crenças e estas são
desenvolvidas na infância. Quando crianças,
criamos ideias sobre nós mesmos e sobre
outras pessoas e seu mundo. Com isso, vai se
construindo um sistema de crenças e algumas
são mais centrais ou nucleares.

As crenças centrais são rígidas, duradouras e tão profundas que,


muitas vezes, nem mesmo a pessoa que as desenvolveu,
consegue acessá-las. Geralmente, essas crenças são percebidas
como verdade absolutas.

Por exemplo, uma pessoa pode ter uma crença central de “sou
incapaz de ser amada” ou “sou incompetente”.
Por conta dessa crença, ela acaba enxergando tudo a sua volta
com as lentes da sua crença e assim, estas influenciam nos
pensamentos automáticos que, por sua vez, reforçam essas
crenças.

Por exemplo:
Uma pessoa com a crença de “eu sou incapaz”, pode
diante de um teste da faculdade, mesmo tendo
estudado, ter o seguinte pensamento automático “eu
não vou conseguir, sou burra”. Isso porque ela só está
percebendo a situação pela lente da incapacidade e
ainda não aprendeu a identificar e a criticar seus
pensamentos automáticos. E é isso que vamos
aprender, assim poderemos ter uma interpretação
mais racional e realista da realidade.
E O QUE SÃO
CRENÇAS INTERMEDIÁRIAS?

Desenvolvem-se por meio das crenças centrais e se traduzem em


forma de atitudes, regras e pressupostos e também reforçam e
sustentam a crença nuclear.
Exemplo (vamos continuar com a crença de “eu sou incapaz”):

Pressuposto:
“Se eu me arriscar em fazer esse teste difícil, eu não vou
conseguir. Mas se eu evitar e não fizer, vou ficar bem”.

Regra:
“Eu vou sempre desistir quando que for muito difícil”

Atitude:
“É horrível errar”
Por fim, temos a seguinte relação entre pensamentos e
crenças:

Pensamentos
Automáticos

Crenças
Intermediárias

Crenças
Centrais
Que tal vermos um exemplo
mais prático e completo?

Situação:

Teste da faculdade

Pensamentos automáticos:

“Essa prova é muito difícil, eu jamais vou conseguir”


“eu vou fracassar”
“eu sou burro (a)”
“eu não consigo entender nada”

Crenças intermediárias:

Pressuposto - “Se eu me arriscar em fazer esse teste difícil, eu


não vou conseguir. Mas se eu evitar e não fizer, vou ficar bem”
Regra - “Eu vou sempre desistir quando que for muito difícil”
Atitude - “É horrível errar”

Crença central:

“eu sou incapaz”

Reação:

Emocional – desânimo
Fisiológica: Aceleração cardíaca, peso no corpo
Comportamental: Evita de ir fazer a prova e finge que está doente
para ficar em casa
Sobre Nós

Lígia Lécia Lima Andrade - CRP 11/10679


Formada pela Universidade de Fortaleza
Especialista na Terapia Cognitivo Comportamental
Instrutora MBCT em andamento
Psicóloga Clínica

Pedro Antônio Lira Patrício - CRP 06-159716


Formado pela Universidade de Fortaleza
Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental,
Mestre em Psicobiologia pela USP
Doutorando em Psicobiologia pela USP
Psicólogo Clínico

Emanuel Sales Marinho Rocha - CRP: 11/10667


Formado pela universidade de fortaleza
Especialista em Terapia cognitivo-comportamental
Especialista em Psicodiagnostico
Psicólogo Clínico

Fernando José Martins de Melo - CRP: 11/14144


Formado pela universidade de fortaleza
Especialista em Terapia cognitivo-comportamental em
andamento
Psicólogo Clínico
REFERENCIAL TEÓRICO

Esperamos que esse e-book tenha agregado


valor na sua caminhada de conhecimento e que
tenha ajudado de alguma forma.

Fizemos com carinho e pensando em você!

Mais informações
+85 988491895
ligialeciaandrade@gmail.com

Você também pode gostar