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Programa de Prevenção de Fadiga de Ferrosos

PGS-004633, Rev.: 01-17/05/2022

Diretoria Emitente: Diretoria Executiva Ferrosos


Responsável Técnico: Geraldo Cavalcante, Matrícula: 01500700, Área: Gestão de SSMAREC Terceiros Ferrosos
Público Alvo: Liderança Vale e equipe técnica de Saúde e Segurança do trabalho
Necessidade de Treinamento: ( x )SIM ( )NÃO

Resultados Esperados:
 Prevenir, mitigar e monitorar os efeitos relacionados à fadiga (monotonia e sonolência) com objetivo
de reduzir os incidentes relacionados a esses aspectos.

1. OBJETIVO

Estabelecer orientações e critérios quanto à adoção de medidas de prevenção de fadiga para empregados que
executam atividades críticas (RAC 02 e RAC 03) e/ou outras funções que possam conter aspectos relacionados a
fadiga (sonolência e monotonia) identificados por meio de ferramentas preventivas, preditivas, controle e de
monitoramento ou histórico relevante de incidentes, além de monitoramento de indivíduos em condições de fadiga,
visando preservar a saúde e segurança dos empregados.

2. APLICAÇÃO

Este programa é aplicável à todas as Gerências da Diretoria de Ferrosos.

Os primeiros 90 dias após a publicação do documento poderão ser usados para fazer a transição dos
programas de prevenção de fadiga locais para as diretrizes estabelecidas neste procedimento.

3. REFERÊNCIAS

 Portaria 3214/78 do MTE – Norma Regulamentadora 17 – Ergonomia


 Código de Trânsito Brasileiro – CTB Lei Nº 9.503, de 23 de Setembro de 1997;
 CONTRAN – Resolução Nº 425 de 27 de Novembro de 2012.
 NBR ISO 31000 – Gestão de riscos – Princípios e diretrizes
 Manual do Sistema de Gestão Integrado Vale
 POL-0019 – G – Política de Sustentabilidade
 NFN-0001 – Norma de planejamento, desenvolvimento e gestão
 NFN-0009 – Norma de sustentabilidade
 PNR-000070 – Gerenciamento de Eventos de Saúde, Segurança, Meio Ambiente, Comunidades e
Operacionais
 PGS-003285 – Diretrizes corporativas para gestão de ergonomia
 PGS-002533 – Diretrizes de SSMA para Gestão de Mudanças
 PNR-000069 – Requisitios atividades críticas – RAC / Critical Activities Requirements – CAR
 PGS-004099 – Diretrizes para Programa de Prevenção de Fadiga

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4. DEFINIÇÕES

 Atividade: maneira como os resultados são obtidos e os meios utilizados. É como o trabalho é feito. O que
o trabalhador efetivamente faz para dar conta da tarefa (trabalho real).
 Condições de Trabalho: incluem aspectos físicos (de instalações), sociais e administrativos relativos ao
meio no qual um trabalhador exerce a sua atividade profissional.
 Equipe multidisciplinar: equipe composta por representantes das áreas operacionais, Saúde (Medicina e
Higiene Ocupacional), Ergonomia, Segurança, Recursos Humanos e Suprimentos (conforme necessidade).
 Distúrbios do Sono: Os distúrbios do sono são perturbações que afetam a capacidade para adormecer,
dormir de forma contínua ou permanecer acordado ou são comportamentos anômalos durante o sono. Tais
questões podem prejudicar a qualidade do sono, gerando assim um aumento de cansaço e possível
redução do nível de alerta. Dentre os distúrbios, podemos citar:
 Insônia: alteração caracterizada pela dificuldade em iniciar e/ou manter o sono durante pelo menos
um mês, causando prejuízos significativos na vida do indivíduo;
 Hipersonia: caracterizado por sonolência excessiva com consequentes prejuízos significativos na vida
do indivíduo. A sonolência excessiva ocorre mesmo após um sono habitual; uma dificuldade de
permanecer acordado, principalmente, em ocasiões com pouca movimentação física (ex.: ler, ver
televisão, assistir a aulas);
 Narcolepsia: doença de origem genética caracterizada por episódios abruptos de sono intenso
mesmo após sono adequado, que deixa o paciente em perigo durante a realização de tarefas
comuns, como conduzir e operar certos tipos de máquinas e outras ações que exigem concentração.
Isso faz com que a pessoa passe a apresentar dificuldades no trabalho, na escola e, até mesmo, em
casa;
 Parassonias: transtornos comportamentais durante o sono, caracterizados muitas vezes por
movimentos anormais durante o sono, causando interrupções no padrão saudável de repouso e como
consequência gerando sonolência, cansaço e menor desempenho cognitivo e físico durante o dia.
Uma das parassonias é o sonambulismo, transtorno comportamental do sono, durante o qual a
pessoa pode desenvolver habilidades motoras simples ou complexas;
 Síndrome da Apneia do Sono: é um distúrbio do sono no qual a respiração é interrompida
repetidamente durante o sono durante um tempo suficientemente longo a ponto de reduzir a
oxigenação do sangue e do cérebro.
 Fadiga: Estado de exaustão física ou mental reversível que reduz a habilidade da pessoa de desempenhar
o trabalho de forma segura e eficiente. A fadiga pode ocorrer devido ao efeito cumulativo de fatores
relacionados ou não ao trabalho.
 Monotonia: Descrito como um estado de falta de estímulo ou da realização passiva de uma ação ou estado
repetitivo - por exemplo, falta de coisas interessantes para fazer, ouvir, sentir, etc.
 Sobrecarga cognitiva: O uso intenso e frequente, além dos limites individuais dos processos mentais, tais
como percepção, memória, raciocínio e resposta motora que afetam interações entre seres humanos e
outros elementos de um sistema simples ou complexo. Estuda: carga Cognitiva de trabalho, tomada de
decisão, desempenho especializado, erro humano, interação homem computador, stress e treinamento.

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 Sonolência: Estado intermédio entre o sono e a atividade plena dos sentidos, caracterizada por um sono
imperfeito. Pode causado pelo cansaço físico ou por ingestão de drogas (lícitas ou ilícitas).
5. INFORMAÇÕES GERAIS

A cadeia produtiva do minério de ferro, fases mineração, ferrovia e porto envolve algumas atividades críticas,
as quais exigem maior atenção do empregado. Com o intuito de preservar a vida destas pessoas, a Vale
estabeleceu requisitos mínimos para a execução das atividades críticas (RACs). Dentre as 11 RACs, o RAC 02 -
Veículos automotores leves e o RAC 03 - Operação de equipamentos móveis - são foco principal deste programa
conforme definido no PGS 004099 – Diretrizes para Programas de Prevenção de Fadiga. Porém outras atividades
que possam conter aspectos relacionados a fadiga (sonolência e monotonia) também podem ser contempladas,
após identificação por meio de métodos preditivos, preventivos, controle e de monitoramento.
Este programa de prevenção à fadiga, relacionada a monotonia e sonolência, é uma das práticas necessárias
para preservação da saúde e segurança dos empregados, conforme missão, visão e valores Vale.
Considerando os negócios operados dentro da estrutura da Diretoria de Ferrosos considera-se fatores de
riscos comuns nestas operações:

5.1. FATORES DE RISCO

 Fatores relacionados ao turno de trabalho:


• Jornadas de trabalho noturno;
• Jornadas de trabalho superior a 12 horas (incluindo chamadas extras).

 Fatores relacionados às tarefas:


• Trabalhos monótonos ou repetitivos;
• Sobrecarga cognitiva ou mental.

 Fatores relacionados ao ambiente de trabalho:


• Adequações mínimas de ambientes relacionadas às condições ergonômicas (iluminamento,
condições ambientais de conforto, mobiliário e mecanismos de regulagem).

 Fatores relacionados à organização do trabalho:


• Tempo de deslocamento para o trabalho;
• Refeições que possam causar sonolência;
• Fornecimento inadequado de água para hidratação;
• Pausas, rodízio e revezamento inadequados;
• Locais de descanso inadequados.

 Fatores não relacionados ao trabalho:


• Distúrbios do sono;
• Uso de drogas lícitas ou ilícitas;
• Doenças clínicas diagnosticáveis;

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• Alterações do sono causadas por problemas pessoais;
• Atividades fora do trabalho: jornada dupla de trabalho remunerado ou não remunerado, cursos
profissionalizantes, diversão em excesso.
6. IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA

A implantação do Programa de Prevenção a Fadiga de Ferrosos ocorrerá em 3 etapas:

1ª. Etapa
Mapeamento dos empregados com funções críticas envolvendo operação de veículos automotores e
equipamentos móveis (RAC 02 e 03).

2ª. Etapa
Funções com históricos de incidentes nos quais denotam fatores relacionados a monotonia e sonolência
podendo ou não ter exposição a riscos ergonômicos. Funções com exposição a riscos ergonômicos relacionados a
monotonia ou sonolência também entram nessa etapa.

3ª. Etapa
Mapeamento dos empregados identificados pela equipe de Saúde não relacionados nas duas primeiras etapas,
mas que apresentam fatores individuais de fadiga/sonolência.
Na identificação de outras funções deve-se considerar as organizadas em turno de revezamento, histórico de
incidentes e reporte de quase acidentes nos quais a fadiga foi um dos fatores contribuintes.

Além dos critérios de implantação citados nas 3 etapas, o empregado pode se autodeclarar em situação de
fadiga ou sonolência intensa através do preenchimento do Anexo I – Autodeclaração de Fadiga. Neste caso cabe
ao gestor a decisão imediata sobre a suspensão parcial ou total das atividades e/ou encaminhamento para a equipe
de saúde.

Programa de Prevenção a Fadiga

Empregados
3ª Etapa
2ª Etapa

Funções com a
1ª Etapa

Empregados
mapeados com exposição a riscos identificados pela equipe
funções críticas ergonômicos e de Saúde não
(RAC 02 e 03) históricos de incidentes relacionados nas etapas
nos quais denotam anteriores mas que
fatores relacionados a apresentam fatores
monotonia e sonolência individuais de fadiga
(monotonia e
sonolência).

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7. EXECUÇÃO DO PROGRAMA

A avaliação dos empregados mapeados ocorrerá através de ferramentas preventivas, preditivas, de controle e
monitoramento para identificar possíveis situações, sinais ou sintomas de fadiga na execução das suas atividades,
possibilitando a adequada intervenção, seja na organização do trabalho, fatores pessoais, gestão ou socioculturais
para promoção e preservação da saúde.
As ferramentas preditivas e de controle podem ser implantadas antes da execução das ferramentas
preventivas, a fim de estabelecer uma primeira linha de defesa para os incidentes. Mas as ferramentas preventivas
devem ser empregadas para garantir a prevenção da fadiga/sonolência e a preservação da saúde.
Dentre as ferramentas citadas neste programa, aquelas contidas no item 7.2 “OUTRAS FERRAMENTAS /
MÉTODOS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E MONITORAMENTO DA FADIGA” poderão ser utilizadas como
complementares em todas as áreas abrangidas pelo programa, considerando o que melhor se adapta às condições
de trabalho e recursos disponíveis.

7.1. MÉTODOS E FERRAMENTAS DE PREVENÇÃO, PREDIÇÃO, CONTROLE E MONITORAMENTO DA


FADIGA

7.1.1. Métodos e ferramentas de Prevenção

 Avaliação ergonômica e adequação do posto de trabalho e organização do trabalho;


 Capacitação / conscientização dos empregados (líderes e liderados, com participação de
familiares quando viável).
 Pausas: empregados mapeados em RAC 2, quando operando veículo por longos períodos, devem
fazer, no mínimo, pausa de 15 minutos a cada 3 horas, em local adequado (não podendo apenas estacionar
o veículo e fazer a pausa dentro do veículo). Empregados mapeados em RAC 3, quando em trabalho
noturno, devem fazer, no mínimo, pausa de 15 minutos durante a jornada de trabalho, em local adequado.
Os horários de pausa para empregados mapeados em RAC 3 devem ser separados dos horários de
refeições.

7.1.2. Métodos e ferramentas de Predição

 Avaliação de prontidão pré jornada


É obrigatório para empregados mapeados para RAC 02 e RAC 03 que frequentam áreas restritas. Para
demais empregados, de acordo com análise ergonômica e histórico de incidentes.

7.1.3. Métodos e ferramentas de Controle/monitoramento

a) Ferramentas de Monitoramento
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Tecnologia de “detecção" de sinais comportamentais que possam indicar alterações sobre os níveis de
sonolência e estado de alerta através de imagens e micro vídeos. Aplicada durante a jornada de trabalho,
objetiva a identificação precoce de algumas das possíveis condições que podem declinar a capacidade de
execução da atividade do empregado, dentre elas a sonolência, podendo avaliar outros comportamentos e/ou
emissão de alerta precoce que fornece para os usuários um sistema de monitoramento que dá suporte com
informações em tempo real sobre os níveis de alerta e o risco de um incidente causado por sonolência durante a
atividade.

 Avaliação médica
 Identificada em avaliação clínica realizada em um atendimento ocupacional ou assistencial;
 Avaliação por questionários de Saúde (EPWORTH) (Anexo II), durante realização de exames
ocupacionais do público elegível do programa. Questionário realizado durante os exames
ocupacionais para a avaliação de sonolência;
 Demais avaliações complementares já realizados na rotina médica, poderão ser utilizadas na
identificação de casos;

É responsabilidade das áreas gestoras das ferramentas elaborar procedimentos de gestão dos indicadores
desses sistemas.

A aplicação de dispositivos de monitoramento deve ser acompanhada pelo estabelecimento de fluxos e


processo de gestão das informações geradas a curto, médio e longo prazo, bem como as ações a serem tomadas
diante dos alertas emitidos. Além disso, é necessário garantir a comprovação científica de eficácia do mesmo
durante o desempenho.
Caberá à área deliberar, juntamente com representantes da saúde, segurança e, quando necessário,
engenharia, manutenção e operação qual o modelo de sistema de monitoramento a ser utilizado nas respectivas
operações.

b) Ferramentas de Controle

Os controles serão definidos mediante alterações identificadas nas ferramentas preventivas, preditivas e de
monitoramento após abordagem inicial ou triagem do empregado.
Em caso de alteração nas ferramentas de monitoramento a decisão imediata é responsabilidade da liderança
que define sobre a suspensão parcial ou total das atividades e/ou encaminhamento para a equipe de saúde.

As equipes de saúde local, de acordo com os indicadores das ferramentas e métodos de monitoramento, bem
como outras informações acerca dos empregados, poderão convocar estes para triagem e posterior avaliação e
acompanhamento nos casos necessários.

Para alteração identificada nos questionários de saúde o empregado passará pela avaliação clínica para
diagnóstico e acompnhamento caso necessário.

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 Tipos de Controle

 Higiene específca do sono


Será utilizada nas intervenções com empregado que seja identificado por tempo insuficiente
de sono, buscando melhor aprofundar nas questões culturais, costumes locais, cenário econômico
da região e pessoal, nível de instrução do empregado e família, habitação, meio de transporte,
tempo de deslocamento, hábitos familiares, aspectos relacionados a qualidade de sono entre
outros.
Para esta avaliação devem ocorrer visitas nas residências dos empregados com escuta ativa
individualizada com o empregado e familiares, se necessário.

 Avaliação Clínica
Identificação nos exames ocupacionais e /ou assistenciais de condições relacionadas à
fadiga.
 Adequações ergonômicas
É necessario analisar ergonomicamente os postos de trabalho, bem como apresentar as
recomendações para corrigir os riscos advindos dos agentes ergonômicos presentes nos
ambientes, atividades, operações e postos de trabalho. Além de, também, atender aos requisitos
da NR-17 – Ergonomia, da Portaria nº 3.214/78 – Segurança e Medicina do Trabalho.

7.2. OUTRAS FERRAMENTAS / MÉTODOS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E MONITORAMENTO DA FADIGA

Outras ferramentas tais como estudo inespecífico de escala, estudo de cronotipo, perfil profissional,
actigrafia e núcleo clínico de fadiga poderão ser utilizadas como ferramentas complementares.

8. TREINAMENTO / CONSCIENTIZAÇÃO

É indispensável o treinamento para os empregados mapeados em qualquer uma das etapas de implantação
do programa (item 6 deste documento) e para liderança.
O treinamento para empregados e liderança deve obedecer conteúdo mínimo definido no PGS-004099
Diretrizes para Programa de Prevenção de Fadiga.
Conscientizar familiares sobre aspectos que contribuem para a fadiga, convívio social, qualidade do sono,
nutrição.
A reciclagem deve ocorrer no mínimo a cada 2 (dois) anos.

9. PLANO DE IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA

Cada diretoria com auxílio da saúde/segurança se necessário, deverá elaborar um plano de ação para
implantação do Programa de Prevenção de Fadiga devendo o mesmo ser atualizado anualmente com a definição
de novas ações, se necessário.

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Prazo para aplicação de métodos e ferramentas:

Sistema de detecção de sonolência - Conforme previsto Anexo V do PNR-0000069 – Requisitos de


Atividades Críticas.

10. IDENTIFICAÇÃO E ELIMINAÇÃO DE FATORES DE RISCO CONTRIBUINTES PARA A FADIGA NA


GESTÃO DE MUDANÇA E CONCEPÇÃO DE NOVOS PROCESSOS E PROJETOS

Em atendimento ao PGS - 004099 Diretrizes para Programa de Prevenção de Fadiga e PGS 002533 Diretrizes
de Saúde, Segurança e Meio Ambiente para Gestão de Mudanças, para a adoção de mudanças organizacionais e
de processos que interfiram diretamente nas questões relacionadas à fadiga, deve-se ter uma Equipe
Multidisciplinar que deve ser formada por empregados especialistas em temas relacionados abaixo. Devem possuir
representantes da Saúde, Ergonomia, Higiene Ocupacional, Segurança, Recursos Humanos e Suprimentos
(conforme necessidade) para análise e validação da mudança. Todos os integrantes da equipe devem ter
conhecimento das ferramentas de gerenciamento de risco e gestão de mudança.

11. INCIDENTES COM FATORES CONTRIBUINTES RELACIONADOS A FADIGA

Nos casos de incidentes em que fatores relacionados a fadiga/sonolência forem identificados como
contribuintes é indispensável a criação de um comitê multidisciplinar ou a inclusão do evento em outro comitê de
Saúde e Segurança que possa definir ações com intuito de esclarecer o evento para investigar, analisar o incidente
e planejar as ações.

A área da saúde deve acompanhar sempre que solicitado as análises de incidentes com o objetivo de
assegurar que os fatores humanos contrinuintes (incluindo fadiga) estão sendo adequadamente identificados
abordados.

12. EXAME MÉDICO DE APTIDÃO

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Os exames de aptidão dos empregados serão realizados no periódico (PCMSO). Quando o mapeamento do
empregado para a atividade crítica RAC 2 ou RAC 3 for realizado após a realização do periódico, o empregado
deve ser encaminhado para realizar os exames complementares devidos.

13. DIVULGAÇÃO DE BOAS PRÁTICAS EM PREVENÇÃO DE FADIGA

As boas práticas devem ser compartilhadas entre as áreas de Ferrosos com objetivo de trazer a melhoria
contínua ao Programa de Prevenção de Fadiga de Ferrosos e termos um procedimento dinâmico, padronizado e
atualizado.

14. INDICADORES E MONITORAMENTO DO PROGRAMA

14.1. INDICADORES DE RESULTADO


 % Alteração no monitoramento contínuo de fadiga/sonolência
 % Alteração na avaliação pré jornada;
 % Alteração no Epworth;
 % Cenários de risco de fadiga alto e muito alto com ações para eliminação;
 % aderência aos planos de ação para eliminação dos cenários de risco de fadiga alto e muito alto
 Número de desvios de fadiga identificados nas inspeções de área;
 Aderência da liderança ao treinamento de fadiga;
 Aderência dos empregados ao treinamento de fadiga.
 Aderência dos empregados ao uso da avaliação pré jornada
 Aderência dos empregados ao uso do monitoramento continuo de sonolência

14.2. INDICADORES DE ESFORÇO


 % capacitação da ferramenta de monitoramento
 % aplicação da ferramenta de monitoramento
 % desvios reportados da ferramenta de monitoramento

15. AVALIAÇÃO DE MATURIDADE

Para aprimoramento do programa é recomendado realizar avaliação de maturidade anualmente para


identificar a aderência aos requisitos do programa. A avaliação de maturidade deverá ser realizada utilizando o
anexo V do PGS-004099 – Diretrizes para Programa de Prevenção de Fadiga.

16. RESPONSABILIDADES

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Prevenção de fadiga não é um assunto exclusivo de saúde e segurança. Para alcançar resultados satisfatórios,
é importante compreender os fatores que contribuem para a fadiga e, a partir destes, estabelecer papéis e
responsabilidades.

Quem O que
Liderança  Planejar processos e organização do trabalho;
 Assegurar que as recomendações e orientações deste plano estejam
inseridas no planejamento dos processos e organização do trabalho;
 Disponibilizar os recursos necessários;
 Planejar o regime de trabalho (turnos, forma de rotação etc.);
 Planejar as tarefas e adequar o ambiente de trabalho;
 Implementar medidas de controle (incluindo requisitos de atividades críticas
relacionadas a prevenção e mitigação de fadiga/sonolência);
 Estabelecer diálogo aberto e transparente com equipes de trabalho sobre a
importância de não exceder os limites físicos e/ou mentais individuais de cada
empregado;
 Realizar gestão de horas de trabalho de acordo com acordo coletivo local e
parecer da Saúde

Saúde e Segurança  Suportar tecnicamente na estruturação do programa e análises de risco;


 Prestar assessoria técnica para treinamentos;
 Oferecer suporte técnico na análise de incidentes que tenham
fadiga/sonolência como fator contribuinte.
 Produzir, analisar e disponibilizar os indicadores definidos nesse documento
de forma padronizada em Ferrosos.

Recursos  Acionar as equipes de Saúde e Segurança, sempre que houver a alteração,


Humanos/Relações criação ou mudança das escalas e turnos de trabalho para verificar os
potenciais impactos relacionados a fadiga
trabalhistas
 Monitorar gestão de horas de trabalho de acordo com acordo coletivo local e
parecer da Saúde

Empregados  Reportar sintomas de fadiga e situações de risco;


 Não utilizar medicamentos sem prescrição médica, em especial aqueles que
causam alteração no seu estado de atenção e alerta;
 Cumprir as orientações deste plano;
 Informar à área médica sobre eventuais tratamentos aos quais esteja sendo
submetido e restrições pessoais anres ou durante a atividade;
 Realizar as pausas no trabalho conforme recomendado;
 Nunca trabalhar sob influência de álcool, drogas e substâncias que diminuam
a aptdão para o trabalho.

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17. REGISTROS ASSOCIADOS

Anexo Recuperação Tempo de Local Arquivo Disposição após


Retenção tempo retenção

Anexo I – Autodeclaração Prontuário 20 anos após Saúde Local Reciclagem


de Fadiga Médico desligamento do
empregado
Anexo II – Formulário Prontuário 20 anos após Saúde Local Reciclagem
EPWORTH Médico desligamento do
empregado

18. ANEXOS

 Anexo I – Autodeclaração de Fadiga

 Anexo II – Formulário EPWORTH

19. DISPOSIÇÕES FINAIS

O presente documento, não esgota completamente o assunto podendo ser modificado, por sugestões dos
responsáveis pela sua elaboração ou indiretamente envolvidos na sua aplicação, ou por eventuais alterações nos
métodos e processos de trabalho ou resultados das avaliações.
Para atendimento ao Programa de Prevenção de Fadiga de Ferrosos, as empresas contratadas devem seguir
as diretrizes estabelecidas neste procedimento, sob a responsabilidade do gestor ou fiscal do contrato.

20. ELABORADORES

NOME EMPRESA MATRÍCULA

Alexandre Fragoso Martins Junior Vale 81002691


George Muniz Scabello Vale 01516795
Raíni Rosa Ferreira Vale 01535296
Flávia Lessa Rossi Vale 01498863
Márcia Pereira Vale 01551790
Antonio de Campos Santos Junior Vale 01863498
Laila Oliveira Vale 01047315
Saulo Martins Ferreira Vale 01514458
Gilda Castro Vale 01974774
Alessandra Correia Santos Vale 01747055

Bruno Rodrigo Carias Assis Vale 81020224

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Leonardo Tavares Camara Vale 01488008

Geraldo Cavalcante Vale 01500700

Bruno Gyordanno Tavares Belmod Costa Vale 81020088

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