Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Responsável Técnico: Geraldo Cavalcante, Matrícula: 01500700, Área: Gestão de SSMAREC Terceiros Ferrosos
Resultados Esperados:
Prevenir, mitigar e monitorar os efeitos relacionados à fadiga (monotonia e sonolência) com objetivo
de reduzir os incidentes relacionados a esses aspectos.
1. OBJETIVO
Estabelecer orientações e critérios quanto à adoção de medidas de prevenção de fadiga para empregados que
executam atividades críticas (RAC 02 e RAC 03) e/ou outras funções que possam conter aspectos relacionados a
fadiga (sonolência e monotonia) identificados por meio de ferramentas preventivas, preditivas, controle e de
monitoramento ou histórico relevante de incidentes, além de monitoramento de indivíduos em condições de fadiga,
visando preservar a saúde e segurança dos empregados.
2. APLICAÇÃO
Os primeiros 90 dias após a publicação do documento poderão ser usados para fazer a transição dos
programas de prevenção de fadiga locais para as diretrizes estabelecidas neste procedimento.
3. REFERÊNCIAS
4. DEFINIÇÕES
Atividade: maneira como os resultados são obtidos e os meios utilizados. É como o trabalho é feito. O que
o trabalhador efetivamente faz para dar conta da tarefa (trabalho real).
Condições de Trabalho: incluem aspectos físicos (de instalações), sociais e administrativos relativos ao
meio no qual um trabalhador exerce a sua atividade profissional.
Equipe multidisciplinar: equipe composta por representantes das áreas operacionais, Saúde (Medicina e
Higiene Ocupacional), Ergonomia, Segurança, Recursos Humanos e Suprimentos (conforme necessidade).
Distúrbios do Sono: Os distúrbios do sono são perturbações que afetam a capacidade para adormecer,
dormir de forma contínua ou permanecer acordado ou são comportamentos anômalos durante o sono. Tais
questões podem prejudicar a qualidade do sono, gerando assim um aumento de cansaço e possível
redução do nível de alerta. Dentre os distúrbios, podemos citar:
Insônia: alteração caracterizada pela dificuldade em iniciar e/ou manter o sono durante pelo menos
um mês, causando prejuízos significativos na vida do indivíduo;
Hipersonia: caracterizado por sonolência excessiva com consequentes prejuízos significativos na vida
do indivíduo. A sonolência excessiva ocorre mesmo após um sono habitual; uma dificuldade de
permanecer acordado, principalmente, em ocasiões com pouca movimentação física (ex.: ler, ver
televisão, assistir a aulas);
Narcolepsia: doença de origem genética caracterizada por episódios abruptos de sono intenso
mesmo após sono adequado, que deixa o paciente em perigo durante a realização de tarefas
comuns, como conduzir e operar certos tipos de máquinas e outras ações que exigem concentração.
Isso faz com que a pessoa passe a apresentar dificuldades no trabalho, na escola e, até mesmo, em
casa;
Parassonias: transtornos comportamentais durante o sono, caracterizados muitas vezes por
movimentos anormais durante o sono, causando interrupções no padrão saudável de repouso e como
consequência gerando sonolência, cansaço e menor desempenho cognitivo e físico durante o dia.
Uma das parassonias é o sonambulismo, transtorno comportamental do sono, durante o qual a
pessoa pode desenvolver habilidades motoras simples ou complexas;
Síndrome da Apneia do Sono: é um distúrbio do sono no qual a respiração é interrompida
repetidamente durante o sono durante um tempo suficientemente longo a ponto de reduzir a
oxigenação do sangue e do cérebro.
Fadiga: Estado de exaustão física ou mental reversível que reduz a habilidade da pessoa de desempenhar
o trabalho de forma segura e eficiente. A fadiga pode ocorrer devido ao efeito cumulativo de fatores
relacionados ou não ao trabalho.
Monotonia: Descrito como um estado de falta de estímulo ou da realização passiva de uma ação ou estado
repetitivo - por exemplo, falta de coisas interessantes para fazer, ouvir, sentir, etc.
Sobrecarga cognitiva: O uso intenso e frequente, além dos limites individuais dos processos mentais, tais
como percepção, memória, raciocínio e resposta motora que afetam interações entre seres humanos e
Página 2 de 12
Programa de Prevenção de Fadiga de Ferrosos
A cadeia produtiva do minério de ferro, fases mineração, ferrovia e porto envolve algumas atividades críticas,
as quais exigem maior atenção do empregado. Com o intuito de preservar a vida destas pessoas, a Vale
estabeleceu requisitos mínimos para a execução das atividades críticas (RACs). Dentre as 11 RACs, o RAC 02 -
Veículos automotores leves e o RAC 03 - Operação de equipamentos móveis - são foco principal deste programa
conforme definido no PGS 004099 – Diretrizes para Programas de Prevenção de Fadiga. Porém outras atividades
que possam conter aspectos relacionados a fadiga (sonolência e monotonia) também podem ser contempladas,
após identificação por meio de métodos preditivos, preventivos, controle e de monitoramento.
Este programa de prevenção à fadiga, relacionada a monotonia e sonolência, é uma das práticas necessárias
para preservação da saúde e segurança dos empregados, conforme missão, visão e valores Vale.
Considerando os negócios operados dentro da estrutura da Diretoria de Ferrosos considera-se fatores de
riscos comuns nestas operações:
Página 3 de 12
Programa de Prevenção de Fadiga de Ferrosos
1ª. Etapa
Mapeamento dos empregados com funções críticas envolvendo operação de veículos automotores e
equipamentos móveis (RAC 02 e 03).
2ª. Etapa
Funções com históricos de incidentes nos quais denotam fatores relacionados a monotonia e sonolência
podendo ou não ter exposição a riscos ergonômicos. Funções com exposição a riscos ergonômicos relacionados a
monotonia ou sonolência também entram nessa etapa.
3ª. Etapa
Mapeamento dos empregados identificados pela equipe de Saúde não relacionados nas duas primeiras etapas,
mas que apresentam fatores individuais de fadiga/sonolência.
Na identificação de outras funções deve-se considerar as organizadas em turno de revezamento, histórico de
incidentes e reporte de quase acidentes nos quais a fadiga foi um dos fatores contribuintes.
Além dos critérios de implantação citados nas 3 etapas, o empregado pode se autodeclarar em situação de
fadiga ou sonolência intensa através do preenchimento do Anexo I – Autodeclaração de Fadiga. Neste caso cabe
ao gestor a decisão imediata sobre a suspensão parcial ou total das atividades e/ou encaminhamento para a equipe
de saúde.
Página 4 de 12
Programa de Prevenção de Fadiga de Ferrosos
3ª Etapa
1ª Etapa
2ª Etapa
mapeados com exposição a riscos identificados pela equipe
funções críticas ergonômicos e de Saúde não
(RAC 02 e 03) históricos de incidentes relacionados nas etapas
nos quais denotam anteriores mas que
fatores relacionados a apresentam fatores
monotonia e sonolência individuais de fadiga
(monotonia e
sonolência).
7. EXECUÇÃO DO PROGRAMA
A avaliação dos empregados mapeados ocorrerá através de ferramentas preventivas, preditivas, de controle e
monitoramento para identificar possíveis situações, sinais ou sintomas de fadiga na execução das suas atividades,
possibilitando a adequada intervenção, seja na organização do trabalho, fatores pessoais, gestão ou socioculturais
para promoção e preservação da saúde.
As ferramentas preditivas e de controle podem ser implantadas antes da execução das ferramentas
preventivas, a fim de estabelecer uma primeira linha de defesa para os incidentes. Mas as ferramentas preventivas
devem ser empregadas para garantir a prevenção da fadiga/sonolência e a preservação da saúde.
Dentre as ferramentas citadas neste programa, aquelas contidas no item 7.2 “OUTRAS FERRAMENTAS /
MÉTODOS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E MONITORAMENTO DA FADIGA” poderão ser utilizadas como
complementares em todas as áreas abrangidas pelo programa, considerando o que melhor se adapta às condições
de trabalho e recursos disponíveis.
Página 5 de 12
Programa de Prevenção de Fadiga de Ferrosos
a) Ferramentas de Monitoramento
Tecnologia de “detecção" de sinais comportamentais que possam indicar alterações sobre os níveis de
sonolência e estado de alerta através de imagens e micro vídeos. Aplicada durante a jornada de trabalho,
objetiva a identificação precoce de algumas das possíveis condições que podem declinar a capacidade de
execução da atividade do empregado, dentre elas a sonolência, podendo avaliar outros comportamentos e/ou
emissão de alerta precoce que fornece para os usuários um sistema de monitoramento que dá suporte com
informações em tempo real sobre os níveis de alerta e o risco de um incidente causado por sonolência durante a
atividade.
Avaliação médica
Identificada em avaliação clínica realizada em um atendimento ocupacional ou assistencial;
Avaliação por questionários de Saúde (EPWORTH) (Anexo II), durante realização de exames
ocupacionais do público elegível do programa. Questionário realizado durante os exames
ocupacionais para a avaliação de sonolência;
Demais avaliações complementares já realizados na rotina médica, poderão ser utilizadas na
identificação de casos;
É responsabilidade das áreas gestoras das ferramentas elaborar procedimentos de gestão dos indicadores
desses sistemas.
Página 6 de 12
Programa de Prevenção de Fadiga de Ferrosos
Os controles serão definidos mediante alterações identificadas nas ferramentas preventivas, preditivas e de
monitoramento após abordagem inicial ou triagem do empregado.
Em caso de alteração nas ferramentas de monitoramento a decisão imediata é responsabilidade da liderança
que define sobre a suspensão parcial ou total das atividades e/ou encaminhamento para a equipe de saúde.
As equipes de saúde local, de acordo com os indicadores das ferramentas e métodos de monitoramento, bem
como outras informações acerca dos empregados, poderão convocar estes para triagem e posterior avaliação e
acompanhamento nos casos necessários.
Para alteração identificada nos questionários de saúde o empregado passará pela avaliação clínica para
diagnóstico e acompnhamento caso necessário.
Tipos de Controle
Avaliação Clínica
Identificação nos exames ocupacionais e /ou assistenciais de condições relacionadas à
fadiga.
Adequações ergonômicas
É necessario analisar ergonomicamente os postos de trabalho, bem como apresentar as
recomendações para corrigir os riscos advindos dos agentes ergonômicos presentes nos
ambientes, atividades, operações e postos de trabalho. Além de, também, atender aos requisitos
da NR-17 – Ergonomia, da Portaria nº 3.214/78 – Segurança e Medicina do Trabalho.
Outras ferramentas tais como estudo inespecífico de escala, estudo de cronotipo, perfil profissional,
actigrafia e núcleo clínico de fadiga poderão ser utilizadas como ferramentas complementares.
8. TREINAMENTO / CONSCIENTIZAÇÃO
Página 7 de 12
Programa de Prevenção de Fadiga de Ferrosos
Cada diretoria com auxílio da saúde/segurança se necessário, deverá elaborar um plano de ação para
implantação do Programa de Prevenção de Fadiga devendo o mesmo ser atualizado anualmente com a definição
de novas ações, se necessário.
Em atendimento ao PGS - 004099 Diretrizes para Programa de Prevenção de Fadiga e PGS 002533 Diretrizes
de Saúde, Segurança e Meio Ambiente para Gestão de Mudanças, para a adoção de mudanças organizacionais e
de processos que interfiram diretamente nas questões relacionadas à fadiga, deve-se ter uma Equipe
Multidisciplinar que deve ser formada por empregados especialistas em temas relacionados abaixo. Devem possuir
representantes da Saúde, Ergonomia, Higiene Ocupacional, Segurança, Recursos Humanos e Suprimentos
(conforme necessidade) para análise e validação da mudança. Todos os integrantes da equipe devem ter
conhecimento das ferramentas de gerenciamento de risco e gestão de mudança.
Nos casos de incidentes em que fatores relacionados a fadiga/sonolência forem identificados como
contribuintes é indispensável a criação de um comitê multidisciplinar ou a inclusão do evento em outro comitê de
Saúde e Segurança que possa definir ações com intuito de esclarecer o evento para investigar, analisar o incidente
e planejar as ações.
A área da saúde deve acompanhar sempre que solicitado as análises de incidentes com o objetivo de
assegurar que os fatores humanos contrinuintes (incluindo fadiga) estão sendo adequadamente identificados
abordados.
Página 8 de 12
Programa de Prevenção de Fadiga de Ferrosos
Os exames de aptidão dos empregados serão realizados no periódico (PCMSO). Quando o mapeamento do
empregado para a atividade crítica RAC 2 ou RAC 3 for realizado após a realização do periódico, o empregado
deve ser encaminhado para realizar os exames complementares devidos.
As boas práticas devem ser compartilhadas entre as áreas de Ferrosos com objetivo de trazer a melhoria
contínua ao Programa de Prevenção de Fadiga de Ferrosos e termos um procedimento dinâmico, padronizado e
atualizado.
Página 9 de 12
Programa de Prevenção de Fadiga de Ferrosos
16. RESPONSABILIDADES
Prevenção de fadiga não é um assunto exclusivo de saúde e segurança. Para alcançar resultados satisfatórios,
é importante compreender os fatores que contribuem para a fadiga e, a partir destes, estabelecer papéis e
responsabilidades.
Quem O que
Liderança Planejar processos e organização do trabalho;
Assegurar que as recomendações e orientações deste plano estejam
inseridas no planejamento dos processos e organização do trabalho;
Disponibilizar os recursos necessários;
Planejar o regime de trabalho (turnos, forma de rotação etc.);
Planejar as tarefas e adequar o ambiente de trabalho;
Implementar medidas de controle (incluindo requisitos de atividades críticas
relacionadas a prevenção e mitigação de fadiga/sonolência);
Estabelecer diálogo aberto e transparente com equipes de trabalho sobre a
importância de não exceder os limites físicos e/ou mentais individuais de cada
empregado;
Realizar gestão de horas de trabalho de acordo com acordo coletivo local e
parecer da Saúde
Página 10 de 12
Programa de Prevenção de Fadiga de Ferrosos
18. ANEXOS
O presente documento, não esgota completamente o assunto podendo ser modificado, por sugestões dos
responsáveis pela sua elaboração ou indiretamente envolvidos na sua aplicação, ou por eventuais alterações nos
métodos e processos de trabalho ou resultados das avaliações.
Para atendimento ao Programa de Prevenção de Fadiga de Ferrosos, as empresas contratadas devem seguir
as diretrizes estabelecidas neste procedimento, sob a responsabilidade do gestor ou fiscal do contrato.
20. ELABORADORES
Página 11 de 12
Programa de Prevenção de Fadiga de Ferrosos
Página 12 de 12