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Escola Técnica Madre Tereza

Professor: Enf. Ailton Aguiar Souza


Especialização de Técnico de Enfermagem do Trabalho
Disciplina: Organização dos Serviços da Saúde do Trabalhador
Carga Horária: 20hrsDefinição de recursos físicos: são as áreas internas e
externas que compõem um serviço de saúde, uma unidade especificamente
compreende ao espaço físico determinado e especializado para o
desenvolvimento de atividades assistenciais, caracterização por dimensões e
instalações diferenciadas. Exemplo Clínicas, Hospitais,etc.
Definição de Recursos Humanos: entende-se como RH o departamento de
uma organização responsável por realizar recrutamento e seleção de
colaboradores, aplicar treinamentos e testes, oferecer feedbacks, definir
política de cargos e salários, formar todos no que diz respeito à higiene e
segurança do trabalho, além de ser um elo de comunicação a empresa e os
profissionais que ali desempenham suas funções. Podemos citar como
exemplos: TI, Médicos, Técnico de Enfermagem e Enfermeiro do Trabalho,
Assistentes Administrativos.
Definição de Recursos Materiais: os recursos materiais são os meios físicos
e concretos que ajudam a conseguir um objetivo. O conceito é habitual no
âmbito das empresas e dos governos. Por exemplo: “Temos grandes
profissionais neste hospital, mas faltam-nos recursos materiais”, “A empresa
realizou um grande investimento para renovar os recursos materiais”, “Quando
os recursos materiais são escassos, deve-se recorrer ao engenho e redobrar
os esforços”. Exemplos: cadeiras, mesas, esfigmomanômetro, estetoscópios,
oxímetros, etc.
Definição de Recursos Financeiros: Um recurso é um meio, podendo ser de
todo o tipo, que permite obter algo que se pretende. O dinheiro, por exemplo, é
um recurso indispensável para comprar uma casa. As finanças, por outro lado,
dizem respeito aos bens, às posses e ao dinheiro que circula. Através desses
recursos podemos pagar funcionários, comprar matérias, pagar fornecedores, é
um recurso de extrema valia.
Perfil do Técnico de Enfermagem do Trabalho:
Coparticipar com o enfermeiro no planejamento, programação, orientação
e execução das atividades de enfermagem do trabalho, nos três níveis de
prevenção, integrando a equipe de saúde do trabalhador.

Atribuições do Técnico de Enfermagem do Trabalho

I.No planejamento, programação e orientação das atividades de


enfermagem do trabalho;
II. No desenvolvimento e execução de programas de avaliação da
saúde dos trabalhadores;
III. Na elaboração e execução de programas de controle das doenças
transmissíveis e não transmissíveis e vigilância epidemiológica
dos trabalhadores;
IV. Na execução dos programas de higiene e segurança do trabalho
e de prevenção de acidentes e de doenças profissionais
Executar todas as atividades de enfermagem do trabalho exceto as privativas
do enfermeiro.
Integrar a equipe de saúde do trabalhador.
Quais exames complementares podem ser realizados pelo
técnico de enfermagem do trabalho?
Embora várias empresas não se enquadrem na obrigatoriedade de
manter um SESMT, todas aquelas que têm funcionários devem custear
exames na admissão, demissão, retorno ao trabalho, mudança de função e
periodicamente.
Descritas no Art. 168 da CLT, essas avaliações servem para atestar a aptidão
ao trabalho, além de prevenir, rastrear e diagnosticar doenças ou agravos
à saúde relacionados à atividade profissional.
Cada avaliação é composta por:
• Uma entrevista com o trabalhador (anamnese);
• Exames de laboratório e de diagnóstico.
Considerando a área de atuação, idade e condições de trabalho do
empregado, a legislação ou o médico do trabalho solicitam exames
complementares.
Um exemplo reconhecido em todo o mundo é o raio X de tórax padrão OIT,
utilizado para rastrear pneumoconioses entre trabalhadores expostos a poeiras
minerais, como amianto e sílica.
Pneumoconioses são doenças ocupacionais que acometem os pulmões,
causando dificuldades respiratórias. Algumas podem levar ao endurecimento
dos órgãos e à morte.
Por se tratar de um exame radiográfico, o raio X de tórax padrão OIT só pode
ser feito por radiologistas ou técnicos em radiologia.
Mas os exames de outras especialidades – cardiologia, pneumologia e
neurologia – podem ser conduzidos por técnicos em enfermagem do trabalho,
desde que laudados por médicos especialistas.Um dos testes complementares
mais populares, o eletrocardiograma pode ser realizado por um técnico em
enfermagem do trabalho.
Eletrocardiograma (ECG)
Responsável pelo bombeamento do sangue por todo o corpo, o músculo
cardíaco se movimenta a partir de impulsos elétricos.
A quantidade, frequência e intensidade desses impulsos são identificadas,
monitoradas e registradas através do eletrocardiograma.
Por ter um papel relevante no diagnóstico de males cardiovasculares, o ECG é
um dos testes complementares mais solicitados por médicos do trabalho.
Eletroencefalograma (EEG)
De forma resumida, o mesmo princípio dos impulsos elétricos está por trás do
funcionamento do cérebro, que comanda cada atividade do organismo.
Através de eletrodos fixados na cabeça do paciente, o EEG colhe e registra
as informações sobre a atividade cerebral, sendo útil na detecção de
doenças neurológicas e distúrbios da consciência.
Espirometria
Também chamado de prova de função pulmonar, o teste mostra a capacidade
dos pulmões do trabalhador, indicando possíveis doenças respiratórias,
como a asma ocupacional.
A asma é uma inflamação crônica que leva ao estreitamento das vias aéreas e
que pode causar falta de ar grave.
PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional– NR 7

A Norma Regulamentadora nº 7 recebe o nome de P CMSO — Programa de


Controle Médico de Saúde Ocupacional. Essa NR estabelece que todos os
empregadores, e instituições que admitam trabalhadores como empregados,
têm a obrigatoriedade de elaborar e implementar o PCMSO. Com o objetivo de
promover e preserva r a saúde de seus trabalhadores, o PCMSO é um
documento escrito que dará base as ações práticas do programa. O PCMSO
não poderá ser implementado de forma isolada. Este programa deverá sempre
levar em consideração o que dizem as demais NR’s. A NR-9(PPRA —
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais), por exemplo, caracteriza o
ruído no ambiente de trabalho, então cabe ao PCMSO determinar à realização
do exame de audiometria. A elaboração e implementação do PCMSO é
obrigatória a todos os empregadores que admitirem trabalhadores como
empregados, em regime de CLT.
PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL
(PCMSO)
É uma das diversas medidas que, obrigatoriamente, as empresas
precisam implementar para preservar a saúde física e mental dos
colaboradores. Uma vez que é um programa obrigatório e de extrema
importância, reunimos neste artigo tudo que você precisa saber sobre o
assunto.
O QUE É PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE
OCUPACIONAL (PCMSO)?
O PCMSO é uma medida obrigatória, prevista na Norma
Regulamentadora 7 (NR-7), para empresas que contratam colaboradores sob o
regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Ele pode ser definido
como um conjunto de ações voltadas à preservação da integridade física e
mental dos trabalhadores.
Portanto, toda organização que possui funcionários em regime CLT
precisa ter esse programa com o intuito de prevenir, diagnosticar e controlar
casos de doença ocupacional. A principal ação aplicada por esse programa é a
realização de exames periódicos, o que ajuda na identificação precoce de
condições médicas causadas pelo trabalho.

QUAL A FINALIDADE E A IMPORTÂNCIA DO PROGRAMA DE


CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL?
O principal objetivo dessa iniciativa é a preservação da saúde dos
profissionais brasileiros empregados pelo regime CLT. Essa é uma medida
importante para que as organizações se comprometam em oferecer um
ambiente de trabalho com segurança psicológica e física.
Afinal, os números de acidentes e doenças ocupacionais no Brasil ainda são
consideráveis. Em 2020, houve 42,2 mil afastamentos por acidentes e 1,6
milhões afastamentos por doenças, segundo dados do Observatório de
Segurança e Saúde no Trabalho (Smartlab).

QUAL A DIFERENÇA ENTRE PCMSO E PPRA?


Ambos os programas visam a preservação da integridade dos
colaboradores e, inclusive, podem ser considerados como complementares. No
entanto, existe uma diferença no foco de cada iniciativa.
Enquanto o PCMSO foca no acompanhamento da saúde das pessoas,
pode-se dizer que o PPRA é direcionado à segurança do trabalho e prevenção
de acidentes.
Isso porque essa outra medida busca identificar e solucionar riscos
existentes na infraestrutura presente no local de trabalho. Por exemplo, em
uma indústria onde há maquinário perigoso, o PPRA direcionaria seus esforços
à avaliação e à manutenção desses equipamentos, diminuindo a probabilidade
de acidentes.

COMO O PCMSO ATUA NAS EMPRESAS?


O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional atua
principalmente como uma medida de preservação da saúde mental e física
dos colaboradores. Sendo que cada parte possui as suas responsabilidades na
implementação desse programa:
• Empresa: deve cumprir com as normas do programa, bem como
ressaltar aos colaboradores os riscos existentes e como eles podem ser
evitados;
• Colaboradores: devem colaborar com as ações implementadas pela
organização, fazendo os exames necessários;
• Governo: deve fiscalizar as medidas para garantir que elas estão sendo
aplicadas de acordo com as normas.
Em geral, o programa atua na prática por meio da aplicação dos exames
obrigatórios, que são os seguintes:
• Exame admissional: realizado antes da pessoa ocupar sua posição
dentro da empresa com o intuito de certificar que seu estado de saúde
permite realizar as funções do cargo;
• Exame periódico: realizado com uma periodicidade determinada pelo
médico do trabalho responsável pelo programa. Possui o objetivo de
identificar e acompanhar casos de doença ocupacional. Em geral,
profissionais de 18 a 45 anos realizam exames a cada dois anos.
Aqueles com mais de 45, fazem a cada um ano. Se a função for de
risco, todos costumam fazer a cada um ano, independentemente da
idade;
• Exame de retorno ao trabalho: colaboradores que ficaram afastados
por 30 dias consecutivos ou mais devem realizar esse exame para
comprovar que o estado de saúde permite o retorno;
• Exame de mudança de função: semelhante ao admissional, realiza-se
um exame para comprovar se o estado de saúde da pessoa possibilita a
realização das atividades. A diferença é que ele é feito quando há uma
mudança de cargo, seja por conta de promoção, troca de departamento
ou qualquer outro motivo;
• Exame demissional: realizado quando o colaborador é desligado da
empresa, independentemente do motivo. O objetivo é confirmar se a
pessoa está saindo em bom estado de saúde, sem doenças
ocupacionais. Porém, caso alguma doença ocupacional seja
identificada, é necessário pagar uma indenização ao trabalhador.
A realização desses exames é acompanhada da emissão do Atestado de
Saúde Ocupacional (ASO).

QUEM É O RESPONSÁVEL POR ELABORAR O PCMSO?


O responsável deve ser um médico do trabalho pertencente ao Serviço
Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT).
Um profissional dessa categoria deve ser indicado pela empresa para
coordenar o programa, seja ele empregado da organização ou não.
Essa norma só é dispensada quando há a comprovação de que não
existem médicos do trabalho na região onde a companhia está instalada.
Nesse caso, pode-se contratar um profissional de outra especialidade,
preferencialmente da área da saúde.
De qualquer forma, o ideal é que o programa seja implementado e coordenado
por um especialista no assunto, por isso a obrigatoriedade pela orientação de
um médico do trabalho. Então, mesmo que não haja um profissional com essas
qualificações na região, busque formar alguém nessa área ou trazer alguém de
outra região.
COMO IMPLEMENTAR NA SUA EMPRESA?
Agora você já sabe o que é e como funciona o Programa de Controle Médico
de Saúde Ocupacional (PCMSO), mas como implementá-lo na sua
organização? A seguir, apresentamos um passo a passo:
• indicação de um médico do trabalho;
• avaliação as condições e riscos da empresa;
• detalhamento do perfil de cada colaborador;
• acompanhamento dos resultados.
1. INDICAÇÃO DE UM MÉDICO DO TRABALHO
Como destacamos no tópico anterior, o responsável pelo PCMSO deve
ser um médico do trabalho. Logo, o primeiro passo para a implementação deve
ser a indicação de um profissional dessa área para coordenar o programa na
sua empresa.
2. AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES E RISCOS DA EMPRESA
Em seguida, o médico deve visitar o local e conversar com as equipes
para entender como estão as condições e quais são os riscos ambientais do
trabalho.
Essa etapa é muito importante, pois o médico pode identificar problemas
e detalhá-los para a organização a fim de solucioná-los. Além disso, essa
análise permite que ele adapte os exames à realidade da organização,
podendo solicitar alguns adicionais que façam sentido.
3. DETALHAMENTO DO PERFIL DE CADA COLABORADOR
Analisar o perfil de cada colaborador é uma espécie de aprofundamento
da etapa anterior. Depois de entender as condições do ambiente, é hora de
compreender a situação atual da saúde dos colaboradores.
Aqui, o médico do trabalho buscará compreender, de forma individual, o
estado de saúde atual, o histórico de saúde e doenças, a função que é
exercida e os riscos envolvidos nas tarefas que executa.
Nesse momento, a realização de exames já é colocada em prática.
Afinal, somente assim o médico conseguirá entender o estado atual de saúde
de cada pessoa.
O conhecimento dessas informações permitirá um acompanhamento
bem próximo da saúde de cada trabalhador, o que pode ajudar na prevenção
de doenças ocupacionais.
4. ACOMPANHAMENTO DOS RESULTADOS
Por fim, é interessante que haja um acompanhamento do impacto que o
programa está tendo na empresa e na saúde dos colaboradores. Isso pode ser
feito por meio do monitoramento de alguns indicadores, como afastamentos do
trabalho e número de casos de doença ocupacional.
O QUE ACONTECE SE NÃO IMPLEMENTAR PCMSO NA SUA
EMPRESA?
E se eu não quiser implementar o Programa de Controle Médico de
Saúde Ocupacional na minha empresa? Bom, se você contrata colaboradores
no regime CLT, isso não é uma opção.
Penalidades podem ser aplicadas caso mesmo assim a organização
siga em frente com essa ideia e negligencie a obrigatoriedade do programa.
Com a comprovação da negligência do programa, a empresa pode ser multada
com um valor variável de acordo com a quantidade de funcionários e a
gravidade da infração.
Além disso, se houver casos de acidentes e doenças ocupacionais, os
profissionais têm o direito de entrar com ações trabalhistas que podem resultar
em elevadas indenizações, bem como responsabilização criminal da
companhia.

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