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Acidentes do trabalho

Nesta aula você aprendeu

 Os acidentes de trabalho podem ser divididos como:


1. Típicos: é o acidente de trabalho que ocorre tanto no local
de trabalho quanto no horário do trabalho, ou seja, ocorre
integralmente na empresa e no horário de serviço.

2. Atípicos: é o acidente que não necessariamente ocorrerá


no local do trabalho, porém é ocasionado devido à
ocupação do trabalhador, das condições e do trabalho em
que é desenvolvido.

3. De trajeto: é o acidente que ocorre no trajeto do


trabalhador de casa até o trabalho, tanto na ida quanto na
volta e independe do meio de locomoção que o
trabalhador utilize.
 Existem diferentes causas de acidentes dentro das
organizações. Podemos destacar: A falta de fiscalização por
parte dos órgãos competentes, a resistência ao uso dos EPIs e
a falta de adequação e análises de riscos para cada atividade
por parte das empresas.

 O impacto de pessoa contra objeto é a maior situação geradora


de acidentes no Brasil.
 O dedo é a parte do corpo mais atingida em acidentes de
trabalho. Enquanto isso, ferramenta, máquina, equipamento e
veículo são os principais agentes causadores de acidentes.

 A agenda 2030 é uma proposta com ações para a promoção


do desenvolvimento sustentável. A segurança e saúde do
trabalhador é um dos objetivos básicos definidos em tal
agenda.

 Ao ocorrer um acidente de trabalho, o empregador deve


disponibilizar a comunicação de acidente de trabalho (CAT). O
CAT é um documento que deve ser preenchido
obrigatoriamente, segundo a lei 8.213/92, sempre que ocorrer
um acidente de trabalho e deve ser registrado pelo INSS.

 O programa de controle médico de saúde ocupacional, mais


conhecido como PCMSO, é estabelecido pela CLT por meio da
NR7. O principal objetivo é proteger e promover a saúde dos
trabalhadores.

 A criação do PCMSO deverá seguir as diretrizes da avaliação


de riscos do Programa de Gerenciamento de Risco da
organização.

Como aplicar na prática o que aprendeu

O CAT pode ser preenchido por meio do site do INSS.


Acesse: https://cadastro-cat.inss.gov.br/CATInternet/faces/pages/cad
astramento/cadastramentoCat.xhtml para saber o que é preciso para
preencher o CAT. Apesar de poder ser registrado em uma unidade
física do INSS, por meio do site é mais simples.

Dica quente para você não esquecer

O acidente de trabalho de trajeto só ocorre se o trabalhador não tiver


realizado desvios discrepantes, e o tempo de percurso do trajeto
deve ser compatível com a distância percorrida.

Referência Bibliográfica

Camisassa, M.Q. Segurança e Saúde no Trabalho - NRs 1 a 37


Comentadas e Descomplicadas, Método; 8ª edição, 2022.

MOEN, R.D. AND NORMAN, C.L. Circling Back: Clearing Up Myths


About the Deming Cycle and Seeing How It Keeps Evolving. Quality
Progress, 2010.

Sistema de Gestão de
Segurança e Saúde no
Trabalho
Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho

Nesta aula você aprendeu

 A gestão de riscos é fundamental para o engenheiro de


segurança do trabalho.

 Perigo e risco são conceitos diferentes. O risco é quando existe


uma exposição maior ao perigo. Dessa forma, podemos
lembrar dessa diferença pensando como se fosse a seguinte
forma:

 Um sistema de gestão é um processo proativo no qual um


conjunto organizado de componentes permite que uma
organização atinja um conjunto de metas.

 Um SGSST é uma estrutura que permite que uma organização


identifique e controle consistentemente seus riscos de saúde e
segurança, reduza o potencial de incidentes, ajude a alcançar a
conformidade com a legislação de saúde e segurança e
melhore continuamente seu desempenho.

 As vantagens incluem um local de trabalho mais seguro,


melhor moral dos funcionários, custos reduzidos, confiança das
partes interessadas e muito mais. Os SGSSTs mais bem-
sucedidos são baseados em um conjunto comum de
elementos-chave. Estes incluem:

 liderança gerencial

 participação dos funcionários

 identificação de perigos

 prevenção e controle de perigos

 educação e treinamento

 avaliação e melhoria do programa.

 Avaliar regularmente o desempenho de sua organização no


que diz respeito ao cumprimento de suas metas de saúde e
segurança é essencial para melhorar seu sistema de gestão de
sistema de segurança no trabalho (SST). A manutenção de
registros precisos das atividades do seu sistema de gestão de
SST fornecerá informações úteis para ajudá-lo a melhorar
continuamente.

 Uma metodologia muito utilizada é a implementação do método


PDCA, do inglês Plan, Do, Check, Act, que significa: planejar,
fazer, verificar, agir ou corrigir.
 Na década de 1950, o consultor administrativo Dr. William
Edwards Deming desenvolveu um método para identificar por
que alguns produtos ou processos não funcionam como
esperado. Desde então, sua abordagem se tornou uma
ferramenta de estratégia popular, usada por muitos tipos
diferentes de organizações. Isso lhes permite formular teorias
sobre o que precisa mudar e depois testá-las em um "ciclo de
feedback contínuo".

 O Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) é um


programa que busca a melhoria contínua das condições dos
trabalhadores por meio de ações multidisciplinares e
sistematizadas.
Como aplicar na prática o que aprendeu

Procedimentos e práticas de trabalho seguro garantem que todos na


organização conheçam suas responsabilidades e possam
desempenhar suas funções de forma eficaz. Dessa forma, crie
procedimentos de trabalho seguros em nível organizacional, como
conduzir uma avaliação de risco, por exemplo.

Dica quente para você não esquecer

O ciclo PDCA é um ciclo contínuo de planejamento, execução,


verificação (ou estudo) e ação. Ele fornece uma abordagem simples
e eficaz para resolver problemas e gerenciar mudanças. O modelo é
útil para testar medidas de melhoria em pequena escala antes de
atualizar procedimentos e práticas de trabalho.
A abordagem começa com uma fase de Planejamento em que os
problemas são claramente identificados e compreendidos, e uma
teoria para melhoria é definida. As soluções potenciais são testadas
em pequena escala na fase Do, e o resultado é então estudado e
verificado. Passe pelos estágios Do e Check quantas vezes
forem necessárias antes que a solução completa e polida seja
implementada, na fase Act do ciclo.

Referência Bibliográfica

CAMISASSA, M.Q. Segurança e Saúde no Trabalho - NRs 1 a 37


Comentadas e Descomplicadas, Método; 8ª edição, 2022.

MOEN, R.D. AND NORMAN, C.L. Circling Back: Clearing Up Myths


About the Deming Cycle and Seeing How It Keeps Evolving. Quality
Progress, 2010.

Aspectos gerais da
engenharia de segurança
do trabalho
Nesta aula você aprendeu
 Preservar a segurança e integridade mental e física dos
colaboradores de uma empresa são alguns dos objetivos
principais da engenharia e segurança do trabalho. Isso pode
ser feito por meio da prevenção e conscientização de riscos de
acidentes e planos de contenção, buscando sempre a diminuir
ao máximo ou até mesmo eliminar os incidentes.

 O papel do especialista de segurança do trabalho vai além de


só seguir as legislações e sim implementar a cultura de
segurança do trabalho dentro das organizações e setores da
empresa.

 De forma mais prática, podemos destacar as seguintes práticas


da função do especialista de segurança do trabalho:

 Avaliar a eficácia das normas de segurança em vigor

 Criar programas de segurança

 Estabelecer planos, programas e medidas de segurança

 Verificar o desempenho da equipe de trabalho

 Efetuar análises de risco

 Inspecionar equipamentos, máquinas e instalações

 Criar programas de segurança


 Testar métodos, processos e procedimentos

 Elaborar laudos, pareceres e relatórios técnicos

 Elaborar planos de contenção e gestão de riscos

 Registrar dados e incidentes

 Como engenheiro ou engenheira de segurança do trabalho,


você será responsável por criar ações e medidas de curto,
médio e longo prazo para prevenir riscos de doenças e
acidentes ocupacionais no ambiente de trabalho, através de
sistemas de segurança, planos de contenção de risco,
programas de conscientização e orientação, além de outras
medidas específicas de cada empresa ou setor.

 Em 1919 surgiu a primeira lei brasileira em favor do infortúnio


laboral em que responsabilizava o empregador pelos riscos
derivados da atividade da empresa. Uma vez que ele é
privilegiado pelos lucros da empresa, ele deve responder por
tais riscos que submete o empregado.

 Segundo o artigo 200 da CLT, o Ministério do Trabalho tem


como função criar algumas normas exclusivas relacionadas à
segurança, saúde, higiene e medicina no trabalho que são
chamadas de NORMAS REGULAMENTADORAS.
 A International Organization for Standardization (conhecida
como ISO para abreviar, em português: Organização
Internacional para Padronização) é uma organização global
criada em 1946 que trabalha para fornecer padronização em
uma variedade de produtos e empresas. A ISO facilita a
coordenação das normas industriais.

 Localizada em Genebra, na Suíça, os membros da ISO são, na


verdade, órgãos de padronização e uma rede de organizações.
Cada país tem um representante ISO, e existem 163
organismos de normalização que são membros da ISO. Isso
significa que você ou sua empresa não podem ser membros
individuais, mas o membro nacional tem a capacidade de
influenciar a direção da ISO.

 A ISO não é um órgão de governo, nem tem o poder de fazer


cumprir leis ou regulamentos. Mas as empresas em todo o
mundo seguem suas diretrizes para fornecer processos
simplificados, eficientes e seguros. Pense no cinto de
segurança: como você se sentiria se o padrão fosse diferente
para cada veículo? É importante que os padrões sejam
seguidos. Quando você ouve sobre as diretrizes ISO,
geralmente há um número que acompanha isso. Por exemplo,
ISO 9001, ISO 27000, ISO 31000, etc. Estas são certificações:
uma empresa pode ser certificada pela ISO 9001, por exemplo,
o que significa que ela segue as etapas e estruturas descritas
pela diretriz.
 Na década de 1830, a determinação no Parlamento de regular
as condições das fábricas havia se fortalecido. Em grande
parte, foi impulsionado pela batalha pela reforma política (que
resultou no famoso Ato de Reforma de 1832) e pela campanha
antiescravagista. Os ativistas não hesitaram em comparar o
tratamento dos trabalhadores das fábricas, incluindo as
crianças, com o dos escravos.

 Pela lei da fábrica nenhuma criança deveria trabalhar em


fábricas com menos de nove anos de idade (embora neste
estágio os números fossem poucos). Foi estabelecida uma
semana de trabalho máxima de 48 horas para os 9 a 13 anos,
limitada a oito horas diárias; e para crianças entre 13 e 18 anos
foi limitado a 12 horas diárias. A lei também exigia que crianças
menores de 13 anos recebessem o ensino fundamental por
duas horas por dia.
Como aplicar na prática o que aprendeu

Um stand-down de segurança (parada de segurança) é um evento


voluntário para os empregadores conversarem diretamente com os
funcionários sobre segurança. Você pode realizar ao menos uma vez
por um ano um evento desse na empresa, buscando melhorar a
prevenção de acidentes da sua organização.

Dica quente para você não esquecer

A cada 15 segundos morre uma pessoa no mundo em razão de


uma doença ou acidente de trabalho. No Brasil, uma pessoa sofre
um acidente a cada minuto enquanto desempenha a função à qual
foi contratada. Esses dados servem para mostrar a importância da
segurança do trabalho dentro das organizações e o quão importante
é o papel do especialista em segurança do trabalho.

Referência Bibliográfica

MOTA, M.C.Z. Psicologia aplicada em segurança do trabalho.


LTR. Brasil, 2022.

Introdução à Higiene do
Trabalho e Ergonomia
Nesta aula você aprendeu

 A ergonomia é a ciência de adequar as condições do local de


trabalho e as demandas do trabalho à capacidade da
população trabalhadora.

 O objetivo da ergonomia é reduzir o estresse e eliminar lesões


e distúrbios associados ao uso excessivo dos músculos, má
postura e tarefas repetidas.

 Um programa de ergonomia no local de trabalho pode ter como


objetivo prevenir ou controlar lesões e doenças, eliminando ou
reduzindo a exposição do trabalhador a fatores de risco de
doenças ocupacionais usando controles administrativos e de
engenharia. O EPI também é usado em alguns casos, mas é o
controle menos eficaz do local de trabalho para lidar com os
riscos ergonômicos.

 Os fatores de risco incluem posturas inadequadas, repetição,


manuseio de materiais, força, compressão mecânica, vibração,
temperaturas extremas, ofuscamento, iluminação inadequada e
duração da exposição. Por exemplo, funcionários que passam
muitas horas em uma estação de trabalho podem desenvolver
problemas relacionados à ergonomia, resultando em distúrbios
musculoesqueléticos.

 Existem os agentes de risco:

 Físico

 Químico

 Biológico

 As contribuições de Richard Schilling marcam um momento


decisivo na discussão da relação entre doença e trabalho. A
classificação original de Schilling (1984) é composta por três
grupos:

 Grupo I: doenças em que o trabalho é causa necessária, como


acidentes de trabalho e doenças profissionais legalmente
reconhecidas (como intoxicação por chumbo e silicose);
 Grupo II: doenças em que o trabalho é um fator contribuinte
(por exemplo, lesão por esforço repetitivo [LER/distúrbios
musculoesqueléticos relacionados ao trabalho DORT; e

 Grupo III: doenças agravadas pelo trabalho ou casos em que o


trabalho provoca um distúrbio latente (por exemplo, asma ou
dermatite alérgica).

A quarta categoria, embora menos conhecida, é digna de menção e


não é citada por todos os autores. Foi introduzida pelo autor em 1989
e abrange doenças em que o trabalho oferece fácil acesso a perigos
potenciais (por exemplo, cirrose hepática em bartenders; suicídio em
trabalhadores de laboratórios médicos, médicos intensivistas e
anestesiologistas).

Como aplicar na prática o que aprendeu

Os empregadores são responsáveis por fornecer um local de


trabalho seguro e saudável para seus trabalhadores. No local de
trabalho, o número e a gravidade de doenças ocupacionais
resultantes do esforço físico excessivo e seus custos associados
podem ser substancialmente reduzidos caso você, especialista em
segurança do trabalho, consiga aplicar de maneira assertiva os
princípios ergonômicos.

Dica quente para você não esquecer

 Saúde e doenças são termos e conceitos diferentes:


Referência Bibliográfica

CAMISASSA, M.Q. Segurança e Saúde no Trabalho - NRs 1 a 37


Comentadas e Descomplicadas, Método; 8ª edição, 2022.

SCHILLING, R.S.F. More effective prevention in occupational


health practice? J Soc Occup Med., 1984.
Conceitos e Princípios de
Administração
Introdução

Para compreender a prática profissional do Serviço Social na


atualidade, é necessário ampliar o olhar sobre o processo histórico
do mundo do trabalho, uma vez que todas as pessoas são afetadas
pelas significativas mudanças societárias que vêm ocorrendo, com
reflexos no desenvolvimento econômico, cultural e social no mundo.
Diante desse contexto, cabe realizar uma releitura do terreno sócio-
histórico e das formas de produção até os dias atuais, em que as
metamorfoses ocorridas no mundo do trabalho impactam a vida dos
trabalhadores.

Neste módulo, você será situado historicamente em relação ao


trabalho no mundo e no Brasil, e identificar os processos e modelos
de produção (taylorismo, fordismo e toytismo) implementados nas
organizações ao longo do tempo, a partir da racionalidade capitalista
vivenciada nesses ambientes.

Objetivos da aula

 Definir conceitos básicos de Administração.

 Discutir as teorias da administração e organizações.

 Mostrar a importância da Administração.

Resumo

Olá, caro aluno, tudo bem? Neste texto vamos apresentar os


principais temas do primeiro módulo. Vamos nesta?

O trabalho sempre existiu, mesmo que o homem não tivesse


consciência do que era trabalho propriamente dito. Com o passar do
tempo e a evolução da espécie, criou-se a necessidade de buscar
por regras e conceitos relacionados à segurança trabalhista.

Invenções como o surgimento do fogo, a criação da lança e o


surgimento da roda foram fundamentais para ajudar no avanço da
segunda. Historicamente é nítido que o homem passou por três
grandes revoluções: agrícola, industrial e tecnológica. Em cada uma
das revoluções o homem sofria um tipo de pressão diferente que
podia prejudicá-lo de alguma forma.

Segundo apresenta Ruppenthal (2013):

“A indicação mais remota a respeito da


necessidade de segurança no trabalho, referente à
preservação da vida e saúde do trabalhador, data
de um registro em um documento egípcio, o papiro
Anastácius V, onde descreve a situação de
trabalho de um pedreiro: “Se trabalhares sem
vestimenta, teus braços se gastam e tu te devoras
a ti mesmo, pois, não tens outro pão que os seus
dedos”. Desta forma, o homem evoluiu para a
agricultura e o pastoreio, do artesanato e chegou a
era industrial, sempre acompanhado de diferentes
riscos que afetam sua vida e saúde” (Ruppentha
2013, p.15).
Previamente à Revolução Industrial, os acidentes mais graves eram
normalmente causados por quedas, afogamentos, queimaduras ou
ferimentos causados por animais domésticos, já que na época a
força empregada era, em geral, a humana ou a tração animal. A partir
da utilização da energia hidráulica à manufatura, sucedida da
máquina a vapor e eletricidade, houve um grande progresso na
invenção de máquinas novas e mais eficientes para que pudessem
acompanhar a industrialização, mas trouxe também novos riscos e
tornou os acidentes de trabalho maiores e mais numerosos. Ainda
assim, mal se falava em saúde ocupacional.

Com o desenvolvimento tecnológico e controle de forças cada vez


mais abrangentes, há uma série de situações perigosas em que
máquina, engrenagens, produtos químicos, gases, envolvem o
homem de tal maneira que o forçam a ter cautela enquanto exerce
suas funções laborais, já que nesse contexto estava suscetível a
sofrer alguma lesão irreparável ou vir a óbito (ALBERTON, 1996).

A Revolução Industrial Inglesa, por volta de 1760 e 1830,


proporcionou o surgimento da primeira máquina de fiar, o que mudou
profundamente a história da humanidade. Conforme afirma Alberton
(1996), o aparecimento das máquinas que podiam fiar em um ritmo
infinitamente superior ao do mais hábil artesão, a improvisação das
fábricas e os operários destreinados, que em sua maioria era
composta por mulheres e crianças, sucedeu em problemas
ocupacionais extremamente graves. O número de acidentes de
trabalho passou a ser alto devido a fatores como: inexistência de
proteção das máquinas ruidosas, falta de treinamento em sua
operação, ausência de uma jornada de trabalho e as más condições
do ambiente de trabalho como um todo. Ao passo que novas fábricas
eram inauguradas e novas atividades industriais se iniciavam,
também crescia o número de acidentes e doenças, tanto
ocupacionais quanto não-ocupacionais.

Perante a grande pressão a opinião pública e o intenso e crescente


número de acidentes na indústria, foi criado no Parlamento Britânico,
dirigido por sir Robert Peel, uma comissão de inquérito que, em 1802,
conseguiu aprovar a primeira lei de proteção aos trabalhadores, a
chamada “Lei de Saúde e Moral dos Aprendizes”, que estabelecia a
jornada diária de doze horas de trabalho, a proibição de trabalho
noturno e a obrigação por parte dos empregadores a lavar as
paredes das fábricas uma vez por semestre e estabelecia a
ventilação obrigatória. Após isso, diversas outras leis
complementares foram seguidas, ainda assim, devido à forte
oposição dos empregadores, apenas uma parcela mínima do
problema foi resolvida. (ALBERTON, 1996)

Após algumas décadas, passaram a existir algumas funções


médicas específicas na fábrica, dadas as necessidades da época, o
profissional seria responsável desde o exame admissional e periódico
até a orientação de doenças ocupacionais e não-ocupacionais. Disso
em diante, com o grande desenvolvimento industrial, em especial na
Grã-Bretanha, mas também em outros países da Europa, uma
sucessão de medidas legislativas, que foram estabelecidas em prol
da segurança e saúde do trabalhador (ALBERTON, 1996).

O processo de trabalho no Brasil é reconhecido a partir do marco


histórico da abolição da escravatura, ocorrida em 1888, quando os
escravos foram libertados e os imigrantes europeus deslocaram-se
para o Brasil, incentivados pelo governo, que procurava atraí-los,
subsidiando a passagem de navio e estabelecendo contratos com
empresas e particulares, a fim de que os imigrantes explorassem a
agricultura neste novo país.

Os imigrantes enfrentaram péssimas e impostas condições de


trabalho, e instalaram-se nos núcleos coloniais ou nas fazendas, na
condição de empregados. Isso, em consequência da ausência do
trabalho servil dos escravos, que desde então deveriam ser pagos
para realizar a atividade na lavoura. Os fazendeiros, em todo o
território do país, estavam sofrendo com a falta de mão de obra e
com a desorganização do trabalho, tendo sido grandes as perdas
nas lavouras de café por falta de colhedores. Fazendeiros e elite
preferiram pagar aos imigrantes a pagar o trabalho dos negros, agora
livres, ou aos imigrantes africanos, pois isso restabeleceria o tráfego
negreiro.

No Brasil, a utilização da mão de obra imigrante na agricultura era


utilizada em grande escala, fato que levou o Presidente Getúlio
Vargas a aprovar a Lei de Cotas de Imigração. A Lei citada serviu
para dificultar a emigração. Após alguns anos, na década de 30,
tivemos um deslocamento da massa trabalhadora do campo para as
indústrias.

Na segunda metade do século XIX, ocorreu o surgimento dos


primeiros grandes empreendimentos industriais brasileiros, em
número significativo, constituindo a base da industrialização do país.
Em 1889, havia pouco mais de 600 estabelecimentos industriais e,
em 1920, já eram mais de 14.000, predominantemente de
propriedade nacional, concentrados nos setores de bens de
consumo não duráveis, principalmente empresas têxteis, de
alimentos e de bebidas (BIRCHAL, 2004).

Cabe salientar que, no período entre as duas grandes guerras, a


presença do capital estrangeiro era significativa no Brasil. O capital
inglês controlava as principais empresas de fumo, fósforo e papel,
com investimentos no setor têxtil, calçadista e em moinhos. O capital
americano estava presente nos setores de alimentos, equipamentos
ferroviários, lâmpadas, transformadores, cimento. No setor
automotivo, a Ford, a General Motors e a Chrysler já haviam
estabelecido unidades de montagem de automóveis no País; o
capital suíço, nos setores de curtume e alimentos; e os franceses, no
segmento químico. Na área farmacêutica e química, a presença
maior era de empresas alemãs, francesas, americanas e britânicas
(BIRCHAL, 2004).

Neste período tivemos grandes marcos como a criação do Ministério


do Trabalho, implementado em 1930. Além disso, tivemos também,
em 1934, com o auxílio da Constituição Brasileira, diretrizes tratando
do direito ao salário-mínimo, à carteira de trabalho, sindicado dos
trabalhadores, férias remuneradas, proteção ao trabalho infantil e
feminino bem como estabelecimento da jornada de trabalho.

Como aplicar na prática o que aprendeu


Como podemos perceber na figura 1, o corte da madeira com serra
circular sem proteção pode ser perigoso uma vez que a parte
cortante da serra está sem proteção, o marceneiro pode distrair-se e
amputar o dedo com a serra.

Figura 1 – Serra cortante para madeira sem proteção.

Porém, com a observação das atividades do marceneiro, o


engenheiro pode compreender como esse profissional desenvolve
suas atividades e projetar uma máquina que desenvolva a mesma
função e tenha a serra protegida, conforme mostra a Figura 2.
Figura 2 – Serra cortante para madeira com proteção.

Conteúdo bônus

Tópicos avançados

Pode-se dizer que não há separação nítida entre o passado e o


presente no que diz respeito à teoria e à prática administrativa das
organizações. Ao contrário, o passado é sombra do presente, explica
Hampton (1983). Porém, a teoria administrativa contemporânea
enfatiza a natureza das organizações, como sistemas, nos quais tudo
está interligado.

Racionalidade capitalista significa colocar o foco na otimização de


todos os recursos, inclusive dos recursos humanos (as pessoas),
explorando ao máximo a sua eficiência, reconhecendo o capital
humano como um capital invisível, composto de ativo intangível — o
capital intelectual.
O valor de mercado de uma empresa não depende mais apenas do
seu valor patrimonial físico ou de seu capital financeiro, mas,
principalmente, do valor do seu capital intelectual, em que o
conhecimento se transforma no recurso mais importante da
organização.

O conceito de gestão do conhecimento nasceu na década de 1990 e


passou a fazer parte da estratégia empresarial. Porém, o
conhecimento não é puro e simples, ele existe dentro dos sujeitos,
por isso é complexo e intangível (SVEIBY, 1998).

Referência Bibliográfica

ALBERTON, A. Uma metodologia para auxiliar no


gerenciamento de riscos e na seleção de alternativas de
investimentos em segurança. Programa de pós-graduação em
engenharia de produção. Florianópolis: UFSC, 1996.

Anzolin, A. Segurança do trabalho na marcenaria: riscos e


prevenções. Disponível
em: https://blog.leomadeiras.com.br/seguranca-do-trabalho-na-
marcenaria/ Acessado em: 16 de Novembro.

BIRCHAL, S. Globalização e nacionalização das empresas


brasileiras: 1990 a 1999. Minas Gerais, Ibmec: 2004. Disponível em:
https://www.abphe.org.br/arquivos/sergio-birchal.pdf. Acesso em: 5
out. 2022.
HAMPTON, D. R. Administração contemporânea: teoria, prática e
casos. 2. ed. São Paulo: McGraw-Hill,1983.

RUPPENTHAL, Janis Elisa. Gerenciamento de riscos. Santa


Maria: Universidade Federal de Santa Maria, Colégio Técnico
Industrial de Santa Maria ; Rede e-Tec Brasil, 2013.

SVEIBY, K. E. A nova riqueza das organizações. Rio de Janeiro:


Campus, 1998.

Política e Programa de
Engenharia de Segurança
do Trabalho
Introdução

Com o passar do tempo e com o advento da revolução industrial que


intensificou as jornadas de trabalho e aumentou a periculosidade do
ambiente, passou-se a intensificar também as legislações de
trabalho, surgindo então leis que proibiam o trabalho infantil, e
adequavam as mulheres, idosos e mulheres gravidas de acordo com
sua capacidade de produção. Além das leis, grandes organizações,
como a OIT (Organização Internacional do Trabalho) passaram a
atuar no cenário mundial. Neste módulo estudaremos algumas das
principais organizações e sua influência nas legislações trabalhistas e
também conceitos importantes relacionados a norma ISO 45001
onde entenderemos do que se trata, a quem se aplica e suas
particularidades.

Objetivos da aula

 Conhecer os requisitos para um sistema de gestão de saúde e


segurança do trabalho que permite à organização eliminar ou
minimizar riscos às pessoas e a outras partes interessadas que
possam estar expostas aos perigos associados às suas
atividades.

 Discutir aspectos fundamentais da norma ISO que dispõe


sobre o Sistema de Gestão da Saúde e Segurança
Ocupacional (SGSSO) enquanto elemento fundamental da
estratégia de gestão de risco organizacional.

 Discutir a função e o conteúdo de uma Política de segurança


do trabalho a nível organizacional e nacional.
Resumo

A primeira vez que líderes e autoridades ordenaram que seus


trabalhadores utilizassem equipamentos de segurança, segundo
registros históricos, foi durante a idade média. Houve inclusive um
levantamento das doenças causadas pelos trabalhos existentes que
mais tarde serviram como base para novos registros de segurança
do trabalho durante o renascimento. Destacam-se nesse período:
Samuel Stockausen como pioneiro da inspeção médica no trabalho e
Bernardino Ramazzini como sistematizador do conhecimento
acumulado sobre segurança (FERREIRA et. al. 2012).

Ritti e Pinto (2016) relatam em sua obra que, em 1779, já constava


em seus anais e congressos trabalhos com temas relacionados à
medicina e saúde do trabalho. Em Milão, no mesmo ano, houve a
função de uma sociedade que tinha como objetivo o bem-estar do
trabalhador uma vez que a revolução industrial passou a exigir esse
cuidado.

Ainda de acordo os autores Ritti e Pinto, o movimento de prevenção


tomou conta primeiro dos Estados Unidos no início do século XX,
enquanto, no resto do mundo (África, Ásia, Austrália e o resto da
América), o movimento de prevenção nasceu logo após a fundação
da organização internacional do trabalho (OIT) em 1919.

A OIT visava uniformizar questões trabalhistas relacionadas a


escravidão, condições subumanas, limitação da jornada de trabalho,
proteção a maternidade, trabalho noturno para mulheres, idade
mínima para admissão de crianças e o trabalho noturno para
menores (JUNIOR, 2011).

Em 1919, por meio do Decreto Legislativo nº 3.724, implantaram-se


serviços de medicina ocupacional com fiscalização por parte do
governo nas empresas e indústrias e essa fiscalização aumentou
após a Segunda Guerra Mundial, uma vez que o senso humanitário
cresceu com o fim da guerra. Ainda após a segunda guerra, foi
assinada a Carta das Nações Unidas em São Francisco, que previa a
preservação das condições de vida das futuras gerações
(PINHEIRO, 2012).

Também após a segunda guerra mundial, em 1948, criou-se a


Organização Mundial da Saúde (OMS) e com ela veio o conceito de
que saúde é o completo bem-estar físico, mental e social e não
somente a ausência de algum tipo de enfermidade ou doença. A
OMS diz ainda que o gozo do grau máximo de saúde que se pode
alcançar é um dos direitos fundamentais do trabalhador (JUNIOR,
2011).

Moraes (2011) em seu livro diz que no ano de 1948 a Assembleia


Geral das Nações Unidas, aprova a Declaração Universal dos
Direitos Humanos do Homem. A declaração garante ao trabalhador a
aplicação das normas jurídicas relacionadas ao direito ao trabalho, à
livre escolha de emprego as condições justas e favoráveis de
trabalho e à proteção contra ao desemprego; o direito ao repouso e
ao lazer, limitação de horas de trabalho, férias periódicas
remuneradas, além de padrão de vida capaz de assegurar a si e a
sua família saúde e bem-estar.

Ainda de acordo com Moraes (2011) com a ânsia dos países de se


reerguerem pós segunda guerra, houve uma série de problemas
relacionados a acidentes e doenças no meio industrial. Era
necessária a criação de novos meios de intervenção nas causas dos
problemas. Em 1949 a Inglaterra deu início a pesquisa de ergonomia
com o objetivo de organizar o ambiente de trabalho com base na
realidade do homem trabalhador.
Em 1952, com a fundação da Comunidade
Européia do Carvão e do Aço -CECA, as
questões voltaram-se para a segurança e
medicina do trabalho nos setores de carvão e
aço, que até hoje estimula e financia projetos no
setor. Na década de 60 inicia-se um movimento
social renovado, revigorado e redimensionado,
marcado pelo questionamento do sentido da
vida, o valor da liberdade, o significado do
trabalho na vida, o uso do corpo, notadamente
nos países industrializados como a Alemanha,
França, Inglaterra, Estados Unidos e Itália,
(ESQUERDO, 2016, p. 11)

No que se refere a saúde e segurança do trabalhador, temos ainda o


Sistema de Gestão da SST (Saúde e Segurança do Trabalho) que é
parte integrante de um sistema de gestão de toda e qualquer
organização, o qual proporciona um conjunto de ferramentas que
potenciam a melhoria da eficiência da gestão dos riscos da SST,
relacionados com todas as atividades da organização.

Os sistemas de gestão de SST estão normalmente apoiados em


políticas com uma visão mais generalista. Um exemplo de política
generalista é apresentado pela Organização Internacional do
Trabalho (ILO-OSH 2001), que possui um espectro amplo de
aplicações em organizações de diferentes nacionalidades, porém
não contempla, de forma detalhada, as orientações necessárias para
o estabelecimento de um programa ou sistema voltado à gestão da
SST, cujo papel tem sido assumido por normas mais específicas em
cada país, como, por exemplo, a extinta norma BS 8800:1996, a
OHSAS 18001:1999 e a ISO 45001:2018.

Cada organização deve refletir, a partir de seu porte e natureza de


seus riscos, e adequar os aspectos referidos, em face das suas
características e especificidades, com o propósito de definir, tornar
efetiva, rever e manter a política da SST da organização, com base
na qual se poderá definir e estabelecer: a estrutura operacional; as
atividades de planejamento; as responsabilidades; as práticas; os
procedimentos; os processos; os recursos.

A norma ISO 45001 especifica os requisitos para um Sistema de


Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho (SGSST) e fornece
orientações para o seu uso, para possibilitar que as organizações
ofereçam locais de trabalho seguros e saudáveis, contribui para a
prevenção de lesões e doenças relacionadas ao trabalho, bem como
para o aprimoramento do desempenho do SGSST.

A norma ISSO 45001 serve para:

1) Auxiliar no entendimento a organização e seu contexto

2) Auxiliar no entendimento às necessidades e expectativas dos


trabalhadores e partes interessadas

3) Auxiliar na determinação do escopo do sistema de gestão de


segurança e saúde no trabalho
4) Sistema de gestão de segurança e saúde no trabalho

A organização deve levar em conta a hierarquia de controles e as


saídas do sistema de gestão de SST quando planeja a tomada de
ações. Ao planejar suas ações, a organização deve considerar as
melhores práticas, opções tecnológicas e requisitos financeiros,
operacionais e de negócio.

Eliminando os perigos e reduzindo os riscos de segurança e saúde


ocupacional, a organização deve estabelecer, implementar e manter
um processo para eliminar os perigos de risco e reduzir os riscos de
SST, adotando a seguinte hierarquia de controles:

a) eliminação do perigo;

b) substituição do processo por processos, operações, materiais e


equipamentos menos perigosos;

c) adoção de controles de engenharia e reorganização do trabalho;

d) adoção de controles administrativos, incluindo treinamento;

e) uso de EPI adequado. Nota: Em muitos países, requisitos legais e


outros requisitos incluem o fornecimento de EPI aos trabalhadores
sem qualquer custo para estes.

Como aplicar na prática o que aprendeu


A utilização dos equipamentos de proteção individual
(EPIs) é fundamental para garantir a proteção do trabalhador no
meio laboral, tendo o empregador e o empregado deveres quanto a
esse dispositivo tão importante para a vida do colaborador e
evidenciado na norma regulamentadora. Assim, cabe
ao empregador informar sobre a utilização dos EPIs e medidas de
proteção coletiva, bem como ceder esses dispositivos ao
colaborador. Já em relação aos empregados, é seu dever utilizar os
EPIs cedidos pelo empregador, responsabilizando-se por sua guarda
e conservação, cumprindo as determinações estipuladas pelo
empregador acerca de seu uso adequado e informando-o sobre
qualquer alteração que danifique o EPI.

Todas as atividades profissionais que possam gerar algum tipo de


risco físico para o trabalhador devem ser executadas com o auxílio
de EPIs, evitando consequências negativas em casos de acidentes
de trabalho.

Conheça, a seguir, o estudo de caso sobre o equipamento de


proteção individual.

Estudo de caso: Equipamentos de proteção individual:

Para uma empresa de limpeza é essencial, como para quaisquer


outros serviços, a utilização dos equipamentos individuais para a
proteção dos funcionários que estão diretamente em contato com
alguns riscos, sendo o maior deles o risco químico, devido ao contato
com diversas substâncias químicas de limpeza.
Os principais EPIs utilizados nesta atividade laboral são:

- Luvas de borracha;

- Avental impermeável;

- Botas ou calçados fechados.

Uma empresa de comércio e serviços. de médio porte, localizada na


cidade de Limeira. tem 60 colaboradores. Por motivo de redução de
custos, a empresa parou de fornecer os EPIs para os colaboradores
da higienização, devido à falta de conservação dos EPIs fornecidos
pela empresa.

Uma colaboradora com 15 anos de trabalho, ciente dos seus direitos,


negou-se a trabalhar sem os devidos EPIs, sendo desligada por justa
causa por insubordinação.

Para o levantamento das causas dos motivos da falta de


conservação dos EPIs, algumas atitudes podem ser tomadas:

- Realizar uma reunião envolvendo todos os colaboradores.

- Ouvir os envolvidos juntamente com profissionais da saúde do


trabalho para identificar as causas.
- Identificar a principal causa que tem corroborado para a falta de
conservação dos EPIs.

- Solicitar que os profissionais sinalizem soluções para o problema.

- Planejar ações para evitar recorrências.

- Avaliar os resultados das ações.

- Mensurar e divulgar resultados.

Contudo, alguns itens deveriam ser analisados quanto ao problema


de custos referentes aos EPIs, como:

- Verificar a conservação dos equipamentos, ações como a prática


da limpeza e o armazenamento adequado podem aumentar a vida
útil e a qualidade do equipamento.

- Treinar os trabalhadores quanto à conservação, para que seja


executada de maneira correta.

- Definir quais EPIs são fundamentais para a empresa.

Existem muitas técnicas e estratégias que podem ser usadas para


análise de causa raiz, como, por exemplo, a abordagem dos cinco
porquês. Para este estudo de caso, têm-se:

1° POR QUE
- Por que os EPIs não duram o tempo previsto?

R: Porque os colaboradores os armazenavam de maneira errada.

2° POR QUE

- Por que os colaboradores os armazenavam de maneira errada?

R: Porque os colaboradores guardavam os EPIs molhados.

3° POR QUE

- Por que os colaboradores guardavam os EPIs molhados?

R: Porque não receberam as orientações necessárias para uso,


guarda e conservação dos EPIs;

4° POR QUE

- Por que os colaboradores não receberam as orientações sobre uso,


guarda e conservação dos EPIs?

R: Porque o treinamento periódico dos EPIs não foi realizado pela


empresa.

5° Por que o treinamento periódico do EPI não foi realizado pela


empresa?
R: Porque a empresa queria diminuir os custos, garantindo somente
a entrega do EPI ao colaborador. (Esse último item revela o processo
falho que geralmente pode ser corrigido).

Normas Regulamentadoras:

Nesse caso, a empresa passará por sanções legais por estar


desrespeitando a legislação Normas Técnicas e as Normas
Regulamentadoras, em específico a NR 6, item 6.6.1, que trata de
"orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e
conservação O auto de infração, concedendo prazo não superior a
60 «sessenta) dias para adequação da irregularidade, podendo
prorrogar por 120 (cento e vinte) dias, mediante solicitação a
autoridade regional competente.

Conteúdo bônus

Tópicos avançados

O estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto


Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020, e da emergência de saúde
pública de importância internacional decorrente do coronavírus
resultou em algumas medidas legais que afetam as relações de
trabalho e demandam acompanhamento específico considerando
suas características temporais.
A MEDIDA PROVISÓRIA N º 927/2020 flexibilizou alterações nas
relações de trabalho com aditivos contratuais que viabilizaram de
imediato: o teletrabalho; a antecipação de férias individuais; a
concessão de férias coletivas; os usos de feriados; o banco de horas;
exigências de segurança e do diferimento do FGTS.

A MEDIDA PROVISÓRIA Nº 946, DE 7 DE ABRIL DE 2020


Extingue o Fundo PIS-Pasep, instituído pela Lei Complementar nº
26, de 11 de setembro de 1975, transfere o seu patrimônio para o
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, e dá outras providências.
LEI Nº 14.020, DE 6 DE JULHO DE 2020: Instituiu o Programa
Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda.

DECRETO Nº 10.470, DE 24 DE AGOSTO DE 2020: prorrogou os


prazos para celebrar os acordos de redução proporcional de jornada
de trabalho e de salário e de suspensão temporária de contrato de
trabalho e para efetuar o pagamento dos benefícios emergenciais.

Observação: Este conteúdo não será cobrado nas avaliações e


estará, obrigatoriamente, presente nas videoaulas. Fique tranquilo(a)!

Referência Bibliográfica
ESQUERDO, M. C. SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO.
Universidade Candido Mendes AVM: Faculdade Integral - Pós-
Graduação "Lato Sensu". Rio de Janeiro, 2012.

FERREIRA, B. L. A., NETO, F. G. V., FRANCO. H. M. S., et.


al. SEGURANÇA NO TRABALHO: UMA VISÃO GERAL. Ciências
Exatas e Tecnológicas. ISSN: 1980-1777. V. 1, n.15, p. 95-101, 2012.

JUNIOR, A. S. M. Apostila - O Ambiente e as doenças do trabalho.


IESP. João Pessoa, 2011.

MORAES, G. Normas Regulamentadoras Comentadas e


Ilustradas - Legislação de Segurança e Saúde no Trabalho.
Gerenciamento Verde Editora. 1° Edição. Rio de Janeiro, 2011.

PINHEIRO, C. S. INTRODUÇÃO À SEGURANÇA DO


TRABALHO. Instituto de Formação - Cursos Técnicos
Profissionalizantes. Barra da Estiva, 2012.

RITTI, H. F., PINTO, V. C. Os trabalhadores e a história do


Prevencionismo. e-TEC Brasil. 2016.
Organização dos Serviços
Especializados de
Segurança do Trabalho
Introdução

Neste módulo destacam-se conceitos que envolvem grupos e


processos relacionados à segurança e saúde ocupacional. A NR 4
está relacionada ao Serviço Especializado em Engenharia de
Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), uma entidade de
grande importância para as empresas e uma grande conquista para
os trabalhadores, devido à sua importância. Pontos que valem
destaque são: a formação do SESMT, número de funcionários e
obrigações.

Além disso, vale o destaque também para a NR 5, conhecida como


Organização da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
(CIPA). A CIPA, assim como o SESMT, é uma conquista dos
trabalhadores e, assim como foi discutido para a NR 4, vale-se a
discussão dos seguintes pontos: quem deve fazer parte, como agem
os membros e como se dá a especialização de cada um dos
membros.

Objetivos da aula
 Discutir os objetivos, a importância, composição, organização,
bem como as atribuições e o funcionamento da CIPA no
contexto da segurança e saúde do trabalho.

 Compreender a estruturação, o dimensionamento e as


competências do SESMT.

 Discutir como se organiza o PCMSO, sua função e explanar


sobre o ambulatório de saúde ocupacional.
Resumo

Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em


Medicina do Trabalho (SESMT) devem ser constituídos por
profissionais com formação plena na área prevencionista, sendo que
eles serão os responsáveis por aplicar o conhecimento técnico em
benefício da qualidade do ambiente de trabalho, dentre claro, entre
outras diversas funções como vistoria do uso de EPIS e da utilização
correta. Todas as atribuições legais referentes ao SESMT estão
estabelecidas e dispostas na NR 4 disponível no site do Ministério do
Trabalho (BRASIL, 2016).

O item 4.2, presente na NR 4, especifica como deve ocorrer o


dimensionamento do SESMT em uma empresa, nesse item estão
presentes as determinações de quantidade de profissionais da área
de saúde e segurança do trabalho que a empresa deve possuir em
seu corpo de funcionários para tratar de serviços relacionados ao
assunto. Entre os cargos, podemos citar: técnicos em segurança do
trabalho, auxiliares ou técnico em enfermagem do trabalho,
engenheiros de segurança do trabalho, médicos e enfermeiros do
trabalho. O dimensionamento irá ocorrer de acordo com o nível de
periculosidade das atividades que a empresa realiza e da quantidade
de funcionários que a empresa mantém presentes no ambiente
(FERREIRA E PEIXOTO, 2012).

Para o dimensionamento do quadro de funcionários, é necessário


primeiro consultar as tabelas presentes na NR 4. Na norma há uma
tabela estabelecendo o grau de risco da atividade a ser desenvolvida
e outra relacionando o grau de risco ao número de funcionários.

Já a CIPA, abreviação para “Comissão Interna de Prevenção de


Acidentes", é um grupo composto por funcionários de uma empresa
para representar os funcionários de um modo geral e o empregador
em assuntos relacionados à colaboração na prevenção de acidentes.
A CIPA tem como filosofia que o acidente de trabalho é sempre fruto
de causas que podem ser evitadas, amenizadas ou eliminadas
(BRASIL, 2019).

De acordo com Ferreira e Peixoto (2012), em 1940, o Governo


Federal criou a CIPA com o intuito de minimizar a grande quantidade
de acidentes de trabalho que havia acontecendo em empresas, os
autores afirmam que o objetivo era encontrar soluções que fossem
capazes de proporcionar maior segurança ao trabalhador e ao local
de trabalho. O “cipeiro” é a pessoa responsável na realização da
ligação entre o empregado e o empregador, isso porque é ele que
está presente nos locais de trabalho, realizando o levantamento de
riscos e discutindo com os superiores as devidas medidas a serem
tomadas. Ainda de acordo com os autores, o “cipeiro” é um forte e
importante aliado ao técnico de segurança do trabalho. Cabe aos
membros da CIPA levantarem ambientes de risco e discutirem
soluções.

Além da CIPA e do SESMT já citados e comentados, temos uma


importante ferramenta que é o PCMSO (Programa de Controle
Médico de Saúde Ocupacional), parte integrante do conjunto mais
amplo de iniciativas da organização no campo da saúde de seus
empregados, devendo estar harmonizado com o disposto nas
demais NRs.

O PCMSO tem o objetivo de prevenir doenças, rastrear e


diagnosticar, precocemente, os agravos à saúde relacionados ao
trabalho, elaborado pelo Médico do Trabalho. De acordo com a NR7,
O PCMSO deve incluir ações de:

a) vigilância passiva da saúde ocupacional, a partir de informações


sobre a demanda espontânea de empregados que procurem
serviços médicos;

b) vigilância ativa da saúde ocupacional, por meio de exames


médicos dirigidos que incluam, além dos exames previstos nesta NR,
a coleta de dados sobre sinais e sintomas de agravos à saúde
relacionados aos riscos ocupacionais.

Ainda de acordo com a NR-7, o PCMSO deve ser elaborado


considerando os riscos ocupacionais identificados e classificados
pelo PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos). 7.5.2 Inexistindo
médico do trabalho na localidade, a organização pode contratar
médico de outra especialidade como responsável pelo PCMSO. O
PCMSO deve incluir a avaliação do estado de saúde dos
empregados em atividades críticas, considerando os riscos
envolvidos em cada situação e a investigação de patologias que
possam impedir o exercício de tais atividades com segurança.

A organização deve garantir que o PCMSO descreva os possíveis


agravos à saúde relacionados aos riscos ocupacionais identificados e
classificados no PGR; Além disso, o PCMSO deve conter o
planejamento de exames médicos clínicos e complementares
necessários, conforme os riscos ocupacionais identificados,
atendendo ao determinado nos Anexos desta NR e os critérios de
interpretação e planejamento das condutas relacionadas aos
achados dos exames médicos.

Como aplicar na prática o que aprendeu

Dentro das empresas, o SESMT implementa as leis e normatizações


voltadas à saúde e à segurança ocupacional de acordo com a
habilitação de cada profissional.

Existem algumas atividades que podem ser desenvolvidas, e a


equipe deve conhecer o limite de sua atuação e contribuir para a
proteção da integridade física dos trabalhadores. Por exemplo, em
uma empresa de construção civil:

 Engenheiro de segurança do trabalho: terá obrigações como o


cálculo de sustentação de uma linha de vida;
 Médico do trabalho: Elaborará o PCMSO e fará os exames
ocupacionais;

 Técnico em Segurança do trabalho: capacitações para o uso


de equipamento de proteção individual;

 Auxiliar de enfermagem: Fará a triagem dos funcionários para a


realização dos exames;

 Enfermeiro do trabalho: Fará grupos de promoção à saúde


direcionados a incidentes na empresa.
Já quando tratamos da CIPA, a mesma é responsável por auxiliar na
identificação de situações que colocam em risco a integridade física
dos trabalhadores. Por exemplo: o equipamento de proteção
individual (EPI) é indispensável para o trabalhador que presta
serviços em ambientes insalubres, pois seu objetivo é eliminar ou
minimizar os causadores de prejuízo à saúde.

A CLT, no Art. 166, obriga a empresa a fornecer gratuitamente aos


empregados EPIs adequados ao risco da atividade. Os EPIs devem
estar em perfeito estado de conservação e funcionamento. É de
responsabilidade do patrão observar se o funcionário está usando o
equipamento. Se não estiver adequadamente equipado, cabe ao
patrão advertir o funcionário, suspendê-lo ou ficando a seu cargo,
dispensá-lo por justa causa.

Conteúdo bônus
Tópicos avançados

As lesões resultantes das condições ergonômicas inadequadas são


chamadas de LER/DORT (lesões por esforços repetitivos ou
distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho), que são um
conjunto de doenças que atingem músculos, tendões e nervos,
geralmente membros superiores (dedos, mãos, punhos, antebraços,
braços e pescoço), e têm relação direta com as condições de
trabalho. Pode ocorrer também em membros inferiores e na coluna
vertebral. Representa cerca de 70% do conjunto das doenças
profissionais registradas no Brasil e provoca dor e inflamação,
podendo alterar a capacidade funcional da região comprometida. Os
fatores de risco são os mesmos citados antes como riscos
ergonômicos.

Algumas das patologias que podem ter relação com o trabalho e


podem ser consideradas LER/DORT são:

 Tendinite: inflamação aguda ou crônica dos tendões.


Geralmente é provocada por movimentação frequente e
período de repouso insuficiente.

 Síndrome do túnel do carpo: compressão do nervo mediano no


túnel do carpo. As causas mais comuns desse tipo de lesão
são a exigência de flexão e extensão do punho.
Para evitarmos essas lesões, é importante controlar o ritmo de
trabalho, reduzir as horas extras, adequar os postos de trabalho,
realizar tarefas diversas, realizar exames médicos voltados aos
aspectos clínicos e relativos a ossos e articulações, fazer
alongamentos, eliminar os movimentos e a postura crítica, fazer
revezamento, melhorar o método de trabalho e a organização do
sistema de trabalho, orientar o trabalhador quanto à postura correta e
realizar pausas para a recuperação.

Referência Bibliográfica

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Secretaria de Inspeção


do Trabalho. Departamento de Segurança e Saúde no
Trabalho. COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE
ACIDENTES: NR-5. Brasília: SIT/DSST, 2019.

FERREIRA, L. S., PEIXOTO, N. H. SEGURANÇA DO TRABALHO


I. e-Tec Brasil.

Organização dos Serviços


Especializados de
Segurança do Trabalho
Introdução

Neste módulo destacam-se conceitos que envolvem grupos e


processos relacionados à segurança e saúde ocupacional. A NR 4
está relacionada ao Serviço Especializado em Engenharia de
Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), uma entidade de
grande importância para as empresas e uma grande conquista para
os trabalhadores, devido à sua importância. Pontos que valem
destaque são: a formação do SESMT, número de funcionários e
obrigações.

Além disso, vale o destaque também para a NR 5, conhecida como


Organização da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
(CIPA). A CIPA, assim como o SESMT, é uma conquista dos
trabalhadores e, assim como foi discutido para a NR 4, vale-se a
discussão dos seguintes pontos: quem deve fazer parte, como agem
os membros e como se dá a especialização de cada um dos
membros.

Objetivos da aula

 Discutir os objetivos, a importância, composição, organização,


bem como as atribuições e o funcionamento da CIPA no
contexto da segurança e saúde do trabalho.

 Compreender a estruturação, o dimensionamento e as


competências do SESMT.

 Discutir como se organiza o PCMSO, sua função e explanar


sobre o ambulatório de saúde ocupacional.
Resumo
Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho (SESMT) devem ser constituídos por
profissionais com formação plena na área prevencionista, sendo que
eles serão os responsáveis por aplicar o conhecimento técnico em
benefício da qualidade do ambiente de trabalho, dentre claro, entre
outras diversas funções como vistoria do uso de EPIS e da utilização
correta. Todas as atribuições legais referentes ao SESMT estão
estabelecidas e dispostas na NR 4 disponível no site do Ministério do
Trabalho (BRASIL, 2016).

O item 4.2, presente na NR 4, especifica como deve ocorrer o


dimensionamento do SESMT em uma empresa, nesse item estão
presentes as determinações de quantidade de profissionais da área
de saúde e segurança do trabalho que a empresa deve possuir em
seu corpo de funcionários para tratar de serviços relacionados ao
assunto. Entre os cargos, podemos citar: técnicos em segurança do
trabalho, auxiliares ou técnico em enfermagem do trabalho,
engenheiros de segurança do trabalho, médicos e enfermeiros do
trabalho. O dimensionamento irá ocorrer de acordo com o nível de
periculosidade das atividades que a empresa realiza e da quantidade
de funcionários que a empresa mantém presentes no ambiente
(FERREIRA E PEIXOTO, 2012).

Para o dimensionamento do quadro de funcionários, é necessário


primeiro consultar as tabelas presentes na NR 4. Na norma há uma
tabela estabelecendo o grau de risco da atividade a ser desenvolvida
e outra relacionando o grau de risco ao número de funcionários.
Já a CIPA, abreviação para “Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes", é um grupo composto por funcionários de uma empresa
para representar os funcionários de um modo geral e o empregador
em assuntos relacionados à colaboração na prevenção de acidentes.
A CIPA tem como filosofia que o acidente de trabalho é sempre fruto
de causas que podem ser evitadas, amenizadas ou eliminadas
(BRASIL, 2019).

De acordo com Ferreira e Peixoto (2012), em 1940, o Governo


Federal criou a CIPA com o intuito de minimizar a grande quantidade
de acidentes de trabalho que havia acontecendo em empresas, os
autores afirmam que o objetivo era encontrar soluções que fossem
capazes de proporcionar maior segurança ao trabalhador e ao local
de trabalho. O “cipeiro” é a pessoa responsável na realização da
ligação entre o empregado e o empregador, isso porque é ele que
está presente nos locais de trabalho, realizando o levantamento de
riscos e discutindo com os superiores as devidas medidas a serem
tomadas. Ainda de acordo com os autores, o “cipeiro” é um forte e
importante aliado ao técnico de segurança do trabalho. Cabe aos
membros da CIPA levantarem ambientes de risco e discutirem
soluções.

Além da CIPA e do SESMT já citados e comentados, temos uma


importante ferramenta que é o PCMSO (Programa de Controle
Médico de Saúde Ocupacional), parte integrante do conjunto mais
amplo de iniciativas da organização no campo da saúde de seus
empregados, devendo estar harmonizado com o disposto nas
demais NRs.
O PCMSO tem o objetivo de prevenir doenças, rastrear e
diagnosticar, precocemente, os agravos à saúde relacionados ao
trabalho, elaborado pelo Médico do Trabalho. De acordo com a NR7,
O PCMSO deve incluir ações de:

a) vigilância passiva da saúde ocupacional, a partir de informações


sobre a demanda espontânea de empregados que procurem
serviços médicos;

b) vigilância ativa da saúde ocupacional, por meio de exames


médicos dirigidos que incluam, além dos exames previstos nesta NR,
a coleta de dados sobre sinais e sintomas de agravos à saúde
relacionados aos riscos ocupacionais.

Ainda de acordo com a NR-7, o PCMSO deve ser elaborado


considerando os riscos ocupacionais identificados e classificados
pelo PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos). 7.5.2 Inexistindo
médico do trabalho na localidade, a organização pode contratar
médico de outra especialidade como responsável pelo PCMSO. O
PCMSO deve incluir a avaliação do estado de saúde dos
empregados em atividades críticas, considerando os riscos
envolvidos em cada situação e a investigação de patologias que
possam impedir o exercício de tais atividades com segurança.

A organização deve garantir que o PCMSO descreva os possíveis


agravos à saúde relacionados aos riscos ocupacionais identificados e
classificados no PGR; Além disso, o PCMSO deve conter o
planejamento de exames médicos clínicos e complementares
necessários, conforme os riscos ocupacionais identificados,
atendendo ao determinado nos Anexos desta NR e os critérios de
interpretação e planejamento das condutas relacionadas aos
achados dos exames médicos.

Como aplicar na prática o que aprendeu

Dentro das empresas, o SESMT implementa as leis e normatizações


voltadas à saúde e à segurança ocupacional de acordo com a
habilitação de cada profissional.

Existem algumas atividades que podem ser desenvolvidas, e a


equipe deve conhecer o limite de sua atuação e contribuir para a
proteção da integridade física dos trabalhadores. Por exemplo, em
uma empresa de construção civil:

 Engenheiro de segurança do trabalho: terá obrigações como o


cálculo de sustentação de uma linha de vida;

 Médico do trabalho: Elaborará o PCMSO e fará os exames


ocupacionais;

 Técnico em Segurança do trabalho: capacitações para o uso


de equipamento de proteção individual;

 Auxiliar de enfermagem: Fará a triagem dos funcionários para a


realização dos exames;

 Enfermeiro do trabalho: Fará grupos de promoção à saúde


direcionados a incidentes na empresa.
Já quando tratamos da CIPA, a mesma é responsável por auxiliar na
identificação de situações que colocam em risco a integridade física
dos trabalhadores. Por exemplo: o equipamento de proteção
individual (EPI) é indispensável para o trabalhador que presta
serviços em ambientes insalubres, pois seu objetivo é eliminar ou
minimizar os causadores de prejuízo à saúde.

A CLT, no Art. 166, obriga a empresa a fornecer gratuitamente aos


empregados EPIs adequados ao risco da atividade. Os EPIs devem
estar em perfeito estado de conservação e funcionamento. É de
responsabilidade do patrão observar se o funcionário está usando o
equipamento. Se não estiver adequadamente equipado, cabe ao
patrão advertir o funcionário, suspendê-lo ou ficando a seu cargo,
dispensá-lo por justa causa.

Conteúdo bônus

Tópicos avançados

As lesões resultantes das condições ergonômicas inadequadas são


chamadas de LER/DORT (lesões por esforços repetitivos ou
distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho), que são um
conjunto de doenças que atingem músculos, tendões e nervos,
geralmente membros superiores (dedos, mãos, punhos, antebraços,
braços e pescoço), e têm relação direta com as condições de
trabalho. Pode ocorrer também em membros inferiores e na coluna
vertebral. Representa cerca de 70% do conjunto das doenças
profissionais registradas no Brasil e provoca dor e inflamação,
podendo alterar a capacidade funcional da região comprometida. Os
fatores de risco são os mesmos citados antes como riscos
ergonômicos.

Algumas das patologias que podem ter relação com o trabalho e


podem ser consideradas LER/DORT são:

 Tendinite: inflamação aguda ou crônica dos tendões.


Geralmente é provocada por movimentação frequente e
período de repouso insuficiente.

 Síndrome do túnel do carpo: compressão do nervo mediano no


túnel do carpo. As causas mais comuns desse tipo de lesão
são a exigência de flexão e extensão do punho.
Para evitarmos essas lesões, é importante controlar o ritmo de
trabalho, reduzir as horas extras, adequar os postos de trabalho,
realizar tarefas diversas, realizar exames médicos voltados aos
aspectos clínicos e relativos a ossos e articulações, fazer
alongamentos, eliminar os movimentos e a postura crítica, fazer
revezamento, melhorar o método de trabalho e a organização do
sistema de trabalho, orientar o trabalhador quanto à postura correta e
realizar pausas para a recuperação.

Referência Bibliográfica
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Secretaria de Inspeção
do Trabalho. Departamento de Segurança e Saúde no
Trabalho. COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE
ACIDENTES: NR-5. Brasília: SIT/DSST, 2019.

FERREIRA, L. S., PEIXOTO, N. H. SEGURANÇA DO TRABALHO


I. e-Tec Brasil.

Organização dos Serviços


Especializados de
Segurança do Trabalho
Introdução

Neste módulo destacam-se conceitos que envolvem grupos e


processos relacionados à segurança e saúde ocupacional. A NR 4
está relacionada ao Serviço Especializado em Engenharia de
Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), uma entidade de
grande importância para as empresas e uma grande conquista para
os trabalhadores, devido à sua importância. Pontos que valem
destaque são: a formação do SESMT, número de funcionários e
obrigações.

Além disso, vale o destaque também para a NR 5, conhecida como


Organização da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
(CIPA). A CIPA, assim como o SESMT, é uma conquista dos
trabalhadores e, assim como foi discutido para a NR 4, vale-se a
discussão dos seguintes pontos: quem deve fazer parte, como agem
os membros e como se dá a especialização de cada um dos
membros.

Objetivos da aula

 Discutir os objetivos, a importância, composição, organização,


bem como as atribuições e o funcionamento da CIPA no
contexto da segurança e saúde do trabalho.

 Compreender a estruturação, o dimensionamento e as


competências do SESMT.

 Discutir como se organiza o PCMSO, sua função e explanar


sobre o ambulatório de saúde ocupacional.
Resumo

Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em


Medicina do Trabalho (SESMT) devem ser constituídos por
profissionais com formação plena na área prevencionista, sendo que
eles serão os responsáveis por aplicar o conhecimento técnico em
benefício da qualidade do ambiente de trabalho, dentre claro, entre
outras diversas funções como vistoria do uso de EPIS e da utilização
correta. Todas as atribuições legais referentes ao SESMT estão
estabelecidas e dispostas na NR 4 disponível no site do Ministério do
Trabalho (BRASIL, 2016).
O item 4.2, presente na NR 4, especifica como deve ocorrer o
dimensionamento do SESMT em uma empresa, nesse item estão
presentes as determinações de quantidade de profissionais da área
de saúde e segurança do trabalho que a empresa deve possuir em
seu corpo de funcionários para tratar de serviços relacionados ao
assunto. Entre os cargos, podemos citar: técnicos em segurança do
trabalho, auxiliares ou técnico em enfermagem do trabalho,
engenheiros de segurança do trabalho, médicos e enfermeiros do
trabalho. O dimensionamento irá ocorrer de acordo com o nível de
periculosidade das atividades que a empresa realiza e da quantidade
de funcionários que a empresa mantém presentes no ambiente
(FERREIRA E PEIXOTO, 2012).

Para o dimensionamento do quadro de funcionários, é necessário


primeiro consultar as tabelas presentes na NR 4. Na norma há uma
tabela estabelecendo o grau de risco da atividade a ser desenvolvida
e outra relacionando o grau de risco ao número de funcionários.

Já a CIPA, abreviação para “Comissão Interna de Prevenção de


Acidentes", é um grupo composto por funcionários de uma empresa
para representar os funcionários de um modo geral e o empregador
em assuntos relacionados à colaboração na prevenção de acidentes.
A CIPA tem como filosofia que o acidente de trabalho é sempre fruto
de causas que podem ser evitadas, amenizadas ou eliminadas
(BRASIL, 2019).

De acordo com Ferreira e Peixoto (2012), em 1940, o Governo


Federal criou a CIPA com o intuito de minimizar a grande quantidade
de acidentes de trabalho que havia acontecendo em empresas, os
autores afirmam que o objetivo era encontrar soluções que fossem
capazes de proporcionar maior segurança ao trabalhador e ao local
de trabalho. O “cipeiro” é a pessoa responsável na realização da
ligação entre o empregado e o empregador, isso porque é ele que
está presente nos locais de trabalho, realizando o levantamento de
riscos e discutindo com os superiores as devidas medidas a serem
tomadas. Ainda de acordo com os autores, o “cipeiro” é um forte e
importante aliado ao técnico de segurança do trabalho. Cabe aos
membros da CIPA levantarem ambientes de risco e discutirem
soluções.

Além da CIPA e do SESMT já citados e comentados, temos uma


importante ferramenta que é o PCMSO (Programa de Controle
Médico de Saúde Ocupacional), parte integrante do conjunto mais
amplo de iniciativas da organização no campo da saúde de seus
empregados, devendo estar harmonizado com o disposto nas
demais NRs.

O PCMSO tem o objetivo de prevenir doenças, rastrear e


diagnosticar, precocemente, os agravos à saúde relacionados ao
trabalho, elaborado pelo Médico do Trabalho. De acordo com a NR7,
O PCMSO deve incluir ações de:

a) vigilância passiva da saúde ocupacional, a partir de informações


sobre a demanda espontânea de empregados que procurem
serviços médicos;

b) vigilância ativa da saúde ocupacional, por meio de exames


médicos dirigidos que incluam, além dos exames previstos nesta NR,
a coleta de dados sobre sinais e sintomas de agravos à saúde
relacionados aos riscos ocupacionais.

Ainda de acordo com a NR-7, o PCMSO deve ser elaborado


considerando os riscos ocupacionais identificados e classificados
pelo PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos). 7.5.2 Inexistindo
médico do trabalho na localidade, a organização pode contratar
médico de outra especialidade como responsável pelo PCMSO. O
PCMSO deve incluir a avaliação do estado de saúde dos
empregados em atividades críticas, considerando os riscos
envolvidos em cada situação e a investigação de patologias que
possam impedir o exercício de tais atividades com segurança.

A organização deve garantir que o PCMSO descreva os possíveis


agravos à saúde relacionados aos riscos ocupacionais identificados e
classificados no PGR; Além disso, o PCMSO deve conter o
planejamento de exames médicos clínicos e complementares
necessários, conforme os riscos ocupacionais identificados,
atendendo ao determinado nos Anexos desta NR e os critérios de
interpretação e planejamento das condutas relacionadas aos
achados dos exames médicos.

Como aplicar na prática o que aprendeu

Dentro das empresas, o SESMT implementa as leis e normatizações


voltadas à saúde e à segurança ocupacional de acordo com a
habilitação de cada profissional.
Existem algumas atividades que podem ser desenvolvidas, e a
equipe deve conhecer o limite de sua atuação e contribuir para a
proteção da integridade física dos trabalhadores. Por exemplo, em
uma empresa de construção civil:

 Engenheiro de segurança do trabalho: terá obrigações como o


cálculo de sustentação de uma linha de vida;

 Médico do trabalho: Elaborará o PCMSO e fará os exames


ocupacionais;

 Técnico em Segurança do trabalho: capacitações para o uso


de equipamento de proteção individual;

 Auxiliar de enfermagem: Fará a triagem dos funcionários para a


realização dos exames;

 Enfermeiro do trabalho: Fará grupos de promoção à saúde


direcionados a incidentes na empresa.
Já quando tratamos da CIPA, a mesma é responsável por auxiliar na
identificação de situações que colocam em risco a integridade física
dos trabalhadores. Por exemplo: o equipamento de proteção
individual (EPI) é indispensável para o trabalhador que presta
serviços em ambientes insalubres, pois seu objetivo é eliminar ou
minimizar os causadores de prejuízo à saúde.

A CLT, no Art. 166, obriga a empresa a fornecer gratuitamente aos


empregados EPIs adequados ao risco da atividade. Os EPIs devem
estar em perfeito estado de conservação e funcionamento. É de
responsabilidade do patrão observar se o funcionário está usando o
equipamento. Se não estiver adequadamente equipado, cabe ao
patrão advertir o funcionário, suspendê-lo ou ficando a seu cargo,
dispensá-lo por justa causa.

Conteúdo bônus

Tópicos avançados

As lesões resultantes das condições ergonômicas inadequadas são


chamadas de LER/DORT (lesões por esforços repetitivos ou
distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho), que são um
conjunto de doenças que atingem músculos, tendões e nervos,
geralmente membros superiores (dedos, mãos, punhos, antebraços,
braços e pescoço), e têm relação direta com as condições de
trabalho. Pode ocorrer também em membros inferiores e na coluna
vertebral. Representa cerca de 70% do conjunto das doenças
profissionais registradas no Brasil e provoca dor e inflamação,
podendo alterar a capacidade funcional da região comprometida. Os
fatores de risco são os mesmos citados antes como riscos
ergonômicos.

Algumas das patologias que podem ter relação com o trabalho e


podem ser consideradas LER/DORT são:
 Tendinite: inflamação aguda ou crônica dos tendões.
Geralmente é provocada por movimentação frequente e
período de repouso insuficiente.

 Síndrome do túnel do carpo: compressão do nervo mediano no


túnel do carpo. As causas mais comuns desse tipo de lesão
são a exigência de flexão e extensão do punho.
Para evitarmos essas lesões, é importante controlar o ritmo de
trabalho, reduzir as horas extras, adequar os postos de trabalho,
realizar tarefas diversas, realizar exames médicos voltados aos
aspectos clínicos e relativos a ossos e articulações, fazer
alongamentos, eliminar os movimentos e a postura crítica, fazer
revezamento, melhorar o método de trabalho e a organização do
sistema de trabalho, orientar o trabalhador quanto à postura correta e
realizar pausas para a recuperação.

Referência Bibliográfica

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Secretaria de Inspeção


do Trabalho. Departamento de Segurança e Saúde no
Trabalho. COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE
ACIDENTES: NR-5. Brasília: SIT/DSST, 2019.

FERREIRA, L. S., PEIXOTO, N. H. SEGURANÇA DO TRABALHO


I. e-Tec Brasil.
Inter-relacionamento da
Engenharia de Segurança
com outras Áreas
Introdução

A International Organization for Standardization (ISO) é uma entidade


de padronização e normatização cuja finalidade é desenvolver e
aprovar normas internacionais em todos os campos técnicos,
facilitando a coordenação internacional e a unificação dos padrões
industriais, as relações econômicas e o intercâmbio de bens e
serviços em todo o mundo.

Dentre as várias normas existentes, destaca-se a ISO 9001, 14006 e


26000 que se referem a qualidade do produto, gestão ambiental e
responsabilidade social. Nos aprofundaremos em cada uma das
ISOs, estudando suas particularidades e destacando seus pontos de
maior interesse.

Objetivos da aula

 Conhecer e analisar as diretrizes das certificações relevantes


no âmbito empresarial no que tange à Qualidade.
 Conhecer e analisar as diretrizes das certificações relevantes
no âmbito empresarial no que tange ao Meio ambiente.

 Conhecer e analisar as diretrizes das certificações relevantes


no âmbito empresarial no que tange à responsabilidade social e
saúde e segurança do trabalho.

Resumo

Conceitos básicos da ISO 9001: o que é e para que serve?

A organização, segundo a ISO 9001, tem como requisitos gerais:


determinar os processos necessários para o SGQ (Sistema de
Gestão da Qualidade) e sua aplicação por toda a organização;
determinar a sequência e interação desses processos; determinar os
critérios e métodos necessários para assegurar que a operação e o
controle desses processos sejam eficazes; assegurar a
disponibilidade de recursos e informações necessárias para apoiar a
operação e o monitoramento desses processos; monitorar e medir
onde é aplicável e analisar esses processos; implementar as ações
necessárias para atingir os resultados planejados e a melhoria
contínua desses processos.

Além disso, quanto à documentação, a ISO menciona que devem


ser incluídos: declarações documentadas de uma política da
qualidade e dos objetivos da qualidade; manual de qualidade,
procedimentos documentados e registrados; documentos que
assegurem o planejamento, a operação e o controle da organização.
Para a ISO 9001, a alta direção deve fornecer evidência do seu
comprometimento, implementando o SGQ e buscando a melhoria
contínua. Ainda, a alta direção deve buscar satisfação dos clientes,
com atendimento dos requisitos por eles impostos. Deve também
cuidar do planejamento dos objetivos e lutar para que sejam
atingidos. Por fim, a alta direção deve assegurar que as
responsabilidades e a autoridade sejam definidas e comunicadas em
toda a organização, analisando criticamente o sistema de gestão.

Ainda, a ISO 9001 prevê que a organização deve planejar e


desenvolver os processos necessários para realização do produto,
para: determinar objetivos; verificar, validar, medir e monitorar o
processo de realização dos produtos; planejar e controlar o projeto e
desenvolvimento do produto; analisar dados; buscar a melhoria
contínua.

O processo de avaliação pela qual uma empresa de auditoria avalia


o sistema de qualidade de uma organização interessada em obter
um certificado pode se dar pelo processo de certificação do sistema
da qualidade ISO 9001.

A certificação atesta que o SGQ da organização condiz com o


modelo previsto na ISO 9001 e que a organização implementa
atividades da gestão de qualidade consideradas necessárias para
atendimento dos requisitos dos clientes.

Devemos enfatizar ainda que a ISO não emite os certificados,


apenas define o padrão da gestão de qualidade. Quem emite o
certificado são organismos credenciados, como a Apcer no caso dos
cartórios.

É importante ressaltar ainda que o certificado ISO 9001 não certifica


a qualidade do produto ou serviço, mas apenas atesta que a
organização emprega um SGQ, com objetivo principal de satisfação
dos clientes.

A ISO 9001 prevê que a organização deve buscar colaboradores


competentes (oferecendo treinamentos), provendo e mantendo a
infraestrutura necessária, bem como um ambiente de trabalho
saudável para alcançar a conformidade com os requisitos do produto,
garantindo maior segurança aos trabalhadores.

Conceitos básicos da ISO 14001: o que é e para que serve?

A proteção do meio ambiente e o desenvolvimento ambiental


equilibrado são preocupações constantes de organizações de todos
os tipos ao redor do mundo. O controle dos impactos ambientais tem
sido cada vez mais exigido por governos e sociedades, que
desenvolvem políticas e medidas visando à proteção do meio
ambiente e ao desenvolvimento sustentável.

Essa proteção do meio ambiente visa não apenas prevenir os


impactos ambientais oriundos da poluição, mas também preservar o
meio ambiente dos danos provocados pela produção de produtos e
serviços das organizações, como geração de rejeitos, emissão de
calor, radiação e ruído, lançamentos na terra e na água, emissões no
ar, entre outros.

Diversas medidas foram tomadas com o propósito de garantir a


sustentabilidade e a disponibilidade dos recursos naturais, por meio
de ações de preservação e certificação. Nessa linha, a norma ABNT
NBR ISO 14001, simplesmente designada de ISO 14001, foi criada
para oferecer princípios de gestão ambiental eficientes, a partir do
estabelecimento de critérios, regras e requisitos que visam garantir a
preservação e a correta utilização dos recursos naturais.

No Brasil, a ISO 14001 é mantida e editada pela ABNT. Para


alcançar os resultados em relação ao desempenho ambiental, é
preciso que as organizações implantem um sistema de gestão
ambiental (SGA) que atenda aos requisitos e normas da ISO 14001.
Um SGA pode ser definido como um conjunto inter-relacionado de
políticas, objetivos e processos que tem o propósito de melhorar o
desempenho ambiental da organização, por meio do controle e da
redução dos impactos ambientais (SCHWANKE, 2013).

A sustentação de um sistema de gestão ambiental se baseia no ciclo


PDCA (planejar, fazer, checar e agir, do inglês plan, do, check and
act). PDCA é uma metodologia que representa um processo iterativo
de gestão, que compreende esses quatro passos executados
continuamente, visando ao controle eficiente e à melhoria contínua
de processos e atividades, conforme detalhado na Figura 1.
A empresa certificada pela ISO 14001 terá inúmeros benefícios ao
melhorar o impacto de suas atividades no meio ambiente, como:
redução de custos de produção, pelo uso mais eficaz de seus
recursos; redução de custos de gerenciamento de resíduos, devido
ao controle de sua geração; maior intimidade com todos os aspectos
ambientais relevantes na atividade da empresa; melhoria da imagem
da empresa perante a sociedade; obtenção de mais oportunidades
no mercado, devido ao reconhecimento do padrão internacional;
melhoria dos processos internos, devido a um controle mais eficiente
e maior segurança para os funcionários da empresa que irão
trabalhar em um ambiente com tratativas corretas bem como maior
segurança para a sociedade externa que não irá sofrer com as
consequências de descarte indevido de resíduos.
Conceitos básicos da ISO 26000: o que é e para que serve?

Dentre as normas ISO, está a ISO 26000, que foi a primeira norma
internacional sobre Responsabilidade Social Empresarial, lançada
em 2010. O Brasil foi um dos países que liderou o grupo de trabalho
que elaborou a ISO 26000, publicando a versão em português da
norma, a ABNT NBR ISO 26000, ainda em dezembro de 2010
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2010).

A grande dificuldade para a implantação de um padrão sobre esse


assunto estava nas características culturais de cada um dos 91
países-membros da ISO que participaram da sua elaboração, por
isso essa norma precisou de alguns anos para ser construída e de
muita negociação entre os responsáveis pela sua criação. Ao todo,
foram mais de 500 pessoas envolvidas na definição da ISO 26000.

Para garantir que as opiniões de diferentes partes da sociedade,


níveis econômicos, características ambientais e culturais fossem
levadas em conta na elaboração da ISO 26000, houve a
preocupação de nivelar a composição da equipe de responsáveis
entre os gêneros e os segmentos da sociedade.

A norma ISO 26000 começou a ser pensada quando ficou evidente


que a maneira como as organizações se comportam internamente,
na execução dos seus processos e na produção dos seus
resultados, têm grande impacto externamente, na sociedade, no
meio ambiente e na economia.
Para compreender melhor essa ideia, basta imaginar que uma
organização de grande porte envolve uma grande quantidade de
recursos humanos e materiais e pode ter clientes espalhados por
diversos países, além de receber matéria-prima de fornecedores que
também podem estar longe. Certamente esses elementos todos
juntos produzirão riquezas, mas o impacto na sociedade e no meio
ambiente também serão enormes.

A preocupação com questões sobre meio ambiente, direitos


humanos e comportamento da sociedade passaram a chamar
atenção para a importância de se ter organizações comprometidas
com uma atuação socialmente responsável, e foi nesse contexto que
surgiu a ISO 26000.

O propósito geral da ISO 26000 é que as organizações atuem com


responsabilidade social, visando ao desenvolvimento sustentável.

O fato de uma organização ter a certificação certamente é um


diferencial que serve de destaque com relação aos concorrentes,
pois a conformidade, a qualidade e a segurança com as quais a
organização trabalha ficam evidentes. Além disso, a qualidade e a
segurança exigidas elevam o nível dos resultados apresentados,
reduzem perdas e melhoram a gestão do processo produtivo. Os
engenheiros de segurança do trabalho possuem forte ligação em
todo o processo de implementação e acompanhamento, para
garantir as corretas análises e aplicações das ferramentas de
segurança.
Como aplicar na prática o que aprendeu

A Unilever orienta suas atividades com enquadramento das


certificações internacionais de responsabilidade social.

A empresa está presente há 85 anos na vida dos brasileiros, com


marcas que transformaram comportamentos e inspiram pessoas
com pequenas atitudes que, somadas, fazem uma grande diferença
para o mundo.

Nela, o conceito de responsabilidade social é entendido como o


processo de melhoria contínua da relação da empresa com
colaboradores, comunidades e parceiros.

Veja como se deu a aplicação das diretrizes e o alinhamento com a


SA 8000 e IS0 26000

A empresa demonstra sua preocupação com o bem-estar de seus


colaboradores.

As ações da Unilever estão alinhadas com o tema central na ISO


26000 - Práticas trabalhistas - no que condiz com as relações do
trabalho; condições de trabalho e proteção social; diálogo social;
saúde e segurança no trabalho; desenvolvimento humano e
treinamento no local de trabalho.

Além disso, notam-se os aspectos também guiados pela SA 8000 no


Requisito 3. Saúde e Segurança - Critério 3.1, "A organização deve
proporcionar um ambiente de trabalho seguro e saudável".
Repudia qualquer discriminação.

Tais pontos estão alinhados com a ISO 26.000 em seu critério 5.


Discriminação:

"A organização não deve se envolver ou apoiar a discriminação na


contratação, remuneração, acesso a treinamento, promoção,
encerramento de contrato ou aposentadoria, com base em raça,
origem nacional, territorial ou social, classe social, nascimento,
religião, deficiência, sexo, orientação sexual, responsabilidades
familiares, estado civil, associação a sindicato, opinião política, idade
ou qualquer outra condição que poderia dar enseio à discriminação”

Está alinhada com diretrizes da norma ISO 26000 e com a SA 8000.

Destaca-se a ação "Saúde e Segurança" como uma ação que


atende à norma AS 8000 no que tange à "Saúde e Segurança" pois
se refere a proporcionar um ambiente de trabalho seguro e saudável
e deve tomar medidas eficazes para prevenir potenciais incidentes à
saúde e segurança e lesões ocupacionais ou doença que surjam,
estejam associados ou que ocorram no curso do trabalho.

Sendo assim, deve minimizar ou eliminar, tanto quanto seja


razoavelmente praticável, as causas de todos os perigos inerentes
ao ambiente do local de trabalho, tendo-se em mente o
conhecimento reconhecido sobre saúde e segurança do setor
industrial e de quaisquer perigos específicos.
Destaca-se a ação "Educação para o consumo consciente" como
uma ação que atende à norma ISO 26000 no que tange ao
"Envolvimento e desenvolvimento da comunidade", pois se refere ao
envolvimento da comunidade; educação e cultura; geração de
emprego e capacitação; desenvolvimento tecnológico e acesso a
tecnologias; geração de riqueza e renda; saúde e investimento social.

Está atenta aos stakeholders

Todos seus parceiros têm como premissa o alinhamento da


responsabilidade social da empresa, que envolve as práticas leais de
operação. Além disso, a cadeia de suprimentos está alinhada com a
I50 26000, pois se preocupa com os direitos humanos, sendo este
um dos temas centrais, que reconhece a importância e a
universalidade dos direitos humanos.

Atende aos princípios fundamentais para a responsabilidade social.

As ações de governança e transparência, ética e práticas de gestão


estão de acordo com o que estabelece a normativa no item
Governança organizacional, que trata de processos e estruturas de
tomada de decisão, delegação de poder e controle.

O investimento social realizado pela Unilever caracteriza o


envolvimento e o desenvolvimento da comunidade, estabelecido na
normativa, e refere-se ao envolvimento da comunidade; educação e
cultura; geração de emprego e capacitação; desenvolvimento
tecnológico e acesso a tecnologias; geração de riqueza; renda e
saúde.
Conteúdo bônus

Tópicos avançados

Um sistema de gestão global de uma empresa pode (e deve) incluir


um SGQ, com objetivos e propósitos específicos, voltados para dirigir
e controlar a empresa em todos os seus processos com relação à
qualidade. Ferramentas e sistemas de gestão são mecanismos
simples e fundamentais no SGQ, e podem ser aplicados por meio de
programas, métodos ou técnicas que promovem a melhoria e
agregam valor. Eis a seguir uma síntese dos programas e
ferramentas de qualidade mais utilizados pelas empresas e seus
respectivos objetivos:

5S — minimizar desperdícios e custos, aumentando a produtividade


via melhoria da qualidade de vida dos funcionários e alterações no
ambiente de trabalho.

5W2H — auxilia na criação de planos de ação a partir de


questionamentos (O quê? Quem? Quando? Onde? Por quê?
Como? Quanto?).

Benchmarking — consiste em avaliar e emular o trabalho das


organizações que são consideradas referências no quesito
qualidade.
Brainstorming — uma ferramenta para ser utilizada em grupos, em
que os participantes devem emitir ideias sem restrições, de forma
livre e em grande quantidade.

Diagrama de causa e efeito — uma ferramenta que permite a


visualização de possíveis causas de um problema específico ou um
efeito de causa específica.

Fluxograma — ilustração que representa os processos e atividades,


permitindo uma fácil visualização de possíveis problemas e de qual
etapa se originam.

Gráfico de Pareto — uma ferramenta gráfica que organiza os dados


de acordo com as prioridades.

Histograma — outra ferramenta gráfica que ilustra a distribuição de


frequência.

Seis Sigma — utilizada para redução contínua da variação dos


processos e produtos, considerando a situação atual, especificada
pelos clientes.

Observação: Este conteúdo não será cobrado nas avaliações e


estará, obrigatoriamente, presente nas videoaulas. Fique tranquilo(a)!

Relação Custo – Benefício


Introdução
O trabalho possui um papel importante na vida do homem; é capaz
de produzir benefícios e bem-estar para quem o desempenha, sua
família e para a comunidade. A prática do trabalho pode transformar
uma vida, desenvolver um país e subsidiar conhecimentos, produção
científica e tecnológica. Em razão disso, o trabalho deve ser
desenvolvido com cuidado e segurança, sendo permeado por
condições saudáveis para o seu exercício. O mesmo trabalho que
traz dignidade ao indivíduo e desenvolvimento econômico para um
país é também capaz de produzir malefícios para sua vida laboral e
para sua saúde.

Nesse contexto, podem ser citados os acidentes, que são as


principais causas de afastamento do trabalho. Eles são responsáveis
por muitas das aposentadorias por invalidez, além de mortes,
fraturas, mutilações, doenças, entre outros. Os acidentes de trabalho
possuem particularidades que precisam ser observadas e
minimizadas nos ambientes laborais, em prol de um ambiente
saudável para o trabalhador.

Objetivos da aula

 Compreender o aspecto legal do acidente de trabalho e a


importância do prevencionismo.

 Reconhecer o impacto causado pelos custos com acidentes de


trabalho e doenças ocupacionais.
 Examinar as etapas da Gestão de risco e sua importância para
a organização.
Resumo

Com o crescente desenvolvimento econômico, os avanços


tecnológicos e os fatores inerentes à produção do capital, o
trabalhador passou a ter mais exigências em seu ambiente de
trabalho. Essas exigências são oriundas de formações específicas
para o desenvolvimento do processo de trabalho; no entanto, nem
todas as empresas oferecem tal formação para o trabalhador, o que
pode resultar em acidentes do trabalho.

De acordo com os dados de 2014 da Organização Internacional do


Trabalho (SINAIT, 2014), as mortes por acidentes e doenças no
trabalho são maiores do que as ocorridas em guerras. Desponta,
assim, entre as tragédias humanas, como uma das que mais afetam
a sociedade, gerando também um alto impacto financeiro para todos.

Acidentes do trabalho são aqueles que ocorrem na prática do


trabalho a serviço da empresa ou pela prática do trabalho dos
segurados, que podem provocar consequências como lesões
corporais e/ou perturbação funcional. Isso pode gerar perda ou
diminuição das habilidades laborais de forma permanentes,
temporárias ou, no pior dos casos, levar à morte.

Além dos conceitos anteriores, também são considerados como


acidentes do trabalho (BRASIL, 2019a): os acidentes ligados ao
trabalho; os ocorridos pelo segurado no local e no horário do
trabalho; as doenças oriundas de contaminações acidentais do
trabalhador em sua atividade; os acidentes sofridos pelo trabalhador
a serviço da empresa ou no trajeto da residência para o trabalho ou
deste para a residência.

É com base nessas características de acidentes que é calculado o


Fator Acidentário de Prevenção (FAP), que foi criado pelo Ministério
da Fazenda, em 2017. Esse fator é um multiplicador da alíquota de
1%, 2% ou 3%, de acordo com o enquadramento do
estabelecimento. O objetivo do FAP é incentivar a melhoria nas
condições de trabalho e de saúde dos trabalhadores, a fim de
incentivar as empresas a implementar políticas mais efetivas de
saúde e segurança no trabalho (SERCON, 2017).

Os conceitos relacionados aos acidentes do trabalho são


classificados de acordo com suas especificidades. Para cada tipo de
acidente e suas características, existe uma conceituação
determinada nas normas regulamentadoras. No Quadro 1, a seguir,
você pode identificar os principais conceitos e suas características.

Quadro 1. Conceitos e significados dos acidentes do trabalho

Conceitos de acidentes do
Características
trabalho
Correspondente ao número de
Acidente com comunicação de
acidentes cuja CAT foi cadastrada
acidentes do trabalho (CAT)
no Instituto Nacional de Seguridade
registrada
Social (INSS).

Correspondente ao número de
Acidente sem CAT registrada acidentes cuja CAT não foi
cadastrada no INSS.

São acidentes provenientes da


característica do exercício
Acidentes típicos
profissional executado pelo
acidentado.

São acidentes ocorridos no trajeto


da residência para o trabalho ou
Acidente de trajeto
deste para a residência do
segurado.

São acidentes provocados por


algum tipo de doença profissional
Acidentes devido às doenças do
típico de determinado ramo do
trabalho
exercício, constante na tabela da
Previdência Social.

Acidente liquidado Relaciona-se ao número de


acidentes com processos
encerrados pelo INSS após
completado o tratamento e
indenizadas as sequelas.

Correspondente aos trabalhadores


segurados que receberam somente
Assistência médica atendimento médico para sua
recuperação para a prática do
exercício laboral.

Relacionado aos trabalhadores que


ficam temporariamente
Incapacidade temporária
incapacitados para a atividade
laboral.

Refere-se aos segurados que


continuaram permanentemente
incapacitados para as atividades
Incapacidade permanente
laborais do trabalho, sendo que a
incapacidade pode ser parcial ou
total.

Corresponde a quantidade de
trabalhadores segurados que
Óbito
faleceram em decorrência do
acidente do trabalho.

Fonte: Adaptado de Brasil (2019b).


Os acidentes de trabalho representam um grave problema de saúde
pública. Em muitos setores industriais, ocorreu a redução de
acidentes de trabalho, enquanto na área da saúde houve um
aumento, principalmente em ambientes hospitalares. Isso porque os
trabalhadores da área da saúde estão, frequentemente, expostos a
fatores de riscos ocupacionais. Nos ambientes laborais em que
atuam, é frequente a ocorrência de acidentes ocupacionais advindos
da manipulação constante de seringas, agulhas e secreções
corporais por parte dos trabalhadores (MAGAGNINI; ROCHA;
AYRES, 2011).

É importante lembrar que os acidentes podem ser evitados. Ao


conhecer os conceitos dos acidentes, torna-se possível explorar e
promover sua notificação. Ocorre que muitos trabalhadores não
conhecem os conceitos de acidente do trabalho e, assim, deixam de
notificar os acidentes, causando uma falha no sistema de notificação,
que promoveria conhecimento e estatísticas sobre as principais
causas dos acidentes. A partir disso, é possível traçar ações de
proteção, segurança e promoção da saúde dos trabalhadores nos
ambientes de trabalho.

Como aplicar na prática o que aprendeu

Na ocorrência do acidente de trabalho, assim que a empresa tiver


ciência, deve prestar os primeiros socorros ao trabalhador, podendo
fazer o encaminhamento à assistência médica.Após, deve-se
conversar com o trabalhador para identificar as possíveis causas do
acidente e coletar dados para investigação.

Neste momento, emite-se a Comunicação de Acidente do Trabalho


(CAT), na qual será informado à previdência social sobre a ocidente,
mas não está comprovado que o acidente está relacionado ao
trabalho. A previdência Social identifica, através de perícias, se o
acidente está relacionado ao trabalho

Importante atentar-se na comunicação, pois, desde 1º de março de


2011, a empresa que deixar de emitir a CAT no prazo indicado, se
sujeita ao pagamento de multa sucessivamente aumentada nas
reincidências, aplicada e cobrada pela Previdência Social, de acordo
com a Portaria MF/MPS nº 115/2011.

Conteúdo bônus

Tópicos avançados

A prevenção dos acidentes de trabalho é um fator importante para a


determinação da saúde do trabalho. Com as ações de prevenção, é
possível que o trabalhador tenha condições mais favoráveis para
executar suas atividades laborais. Contudo, quando não há tais
ações, o trabalhador fica exposto constantemente aos agentes de
riscos ocupacionais e passível de acidentes de trabalho. Por isso, é
de suma importância que os profissionais da área de saúde do
trabalhador examinem os riscos ocupacionais presentes no ambiente
de trabalho e promovam ações de prevenção, promoção e
segurança no trabalho (SECCO, 2006).

Observe, no Quadro 2, as medidas de proteção consideradas pelas


NRs 9, 10 e 12.

Quadro 2. Medidas de proteção

Equipamentos de
proteção coletiva:
placas de sinalização;
sensores de presença;
Medidas de segurança
cavaletes; fita de
adotadas para diminuir
Medidas de proteção sinalização; chuveiro
ou eliminar os riscos
coletiva lava-olhos; sistema de
ambientais
ventilação e exaustão;
identificados.
proteção contra ruídos
e vibrações; sistema de
iluminação de
emergência.

Medidas de proteção Protege a integridade Equipamentos de


individual física do trabalhador e proteção coletiva:
minimiza danos à capacete de segurança,
saúde. capuz, balaclava,
óculos de proteção,
máscaras, protetor
auricular, abafadores
de ruídos, respirador,
coletes, luvas de
segurança, braçadeiras,
calçados de segurança,
calças.

Medidas
administrativas:
mudança de turno ou
de horário de trabalho,
redução do tempo de
exposição do
trabalhador,
Medidas de segurança
substituição de
Medidas administrativas adotadas pela empresa
produtos tóxicos,
ou de organização do para promoção da
alternância de
trabalho saúde e segurança do
atividades ou de áreas
trabalhador.
de trabalho,
substituição de
máquinas,
equipamentos ou
ferramentas, mudança
do processo de
trabalho.

Fonte: Adaptado de Brasil (2019c).


Observação: Este conteúdo não será cobrado nas avaliações e
estará, obrigatoriamente, presente nas videoaulas. Fique tranquilo(a)!

Referência Bibliográfica

BRASIL. Cai número de acidentes de trabalho e aumenta


afastamentos por transtornos mentais. Previdência em questão,
n. 59, 2019a. Disponível em: http://sa.previdencia.gov.
br/site/arquivos/office/4_120326-105114-231.pdf. Acesso em: 5 out.
2022.

BRASIL. Ministério da Economia. Secretaria de Inspeção do


Trabalho. Normatização — SST — NR. 2019c.Disponível
em: https://enit.trabalho.gov.br/portal/index.php/seguranca--e-saude-
no-trabalho/sst-menu/sst-normatizacao/sst-nr-portugues?
view=default. Acesso em: 5 out. 2022.

BRASIL. Ministério da Economia. Secretaria de Previdência. Seção


IV — Acidentes de trabalho: texto. 2019b. Disponível
em: http://www.previdencia.gov.br/dados-abertos/aeps-2010-anuario-
estatistico-da-previdencia-social-2010/secao-iv-acidentes-do- -
trabalho-texto/. Acesso em: 5 out. 2022.

MAGAGNINI, M. A. M.; ROCHA, S. A.; AYRES, J. A. O significado


do acidente de trabalho com material biológico para os
profissionais de enfermagem. Revista Gaúcha de Enfermagem, v.
32, n. 2, p. 302–308, jun. 2011. Disponível
em: http://www.scielo.br/pdf/ rgenf/v32n2/a13v32n2.pdf. Acesso em:
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SECCO, I. A. O. Acidentes e cargas de trabalho dos


trabalhadores de enfermagem de um hospital universitário do
norte do Paraná. 2006. 291 f. Tese (Doutorado em Enfermagem
Fundamental) — Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto,
Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006. Disponível
em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-
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SERCON. FAP 2018 já está disponível para consulta. 2017.


Disponível em: hhttp://ttps://serconmed. com.br/index.php/fap-2018-
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Referência Bibliográfica

SCHWANKE, C. Educação Ambiental. In: Schwanke, C. (org.).


Ambiente: Conhecimentos e Práticas. Porto Alegre: Bookmann,
2013.

ABNT. ISO. ABNT NBR ISO 26000. Diretrizes sobre


responsabilidade social. 1ª ed., 2010.
Aspectos Ergonômicos do
trabalho
Introdução

Em cenários cada vez mais competitivos, detalhes são fundamentais.


No processo de produção, não é diferente. Executar as tarefas com
máxima eficiência não é uma tarefa simples. As equipes de trabalho
espelham a eficiência da empresa e, portanto, devem receber
treinamento e monitoramento constantes, já que podem ser peças-
chave no sistema produtivo.

Neste módulo, você vai verificar a importância da análise ergonômica


do trabalho (AET) nos processos produtivos e identificar os
processos que fazem parte dessa análise, bem como a sua
sequência lógica. Por fim, vai reconhecer as situações em que a
análise pode ser aplicada.

Objetivos da aula

 Discutir a metodologia de análise ergonômica do trabalho


elucidando conhecimentos acerca da realidade do trabalho das
pessoas e questões cognitivas relevantes.

 Descrever o processo de análise ergonômica do trabalho.


 Discutir a sequência lógica da análise ergonômica do trabalho
para resolver problemas no ambiente de trabalho.
Resumo

A intervenção ergonômica promove mudanças nos meios físico e


organizacional e no ambiente de trabalho. Conforme citado no tópico
anterior, são realizados três tipos de análises: análise da demanda,
análise da tarefa e análise da atividade, todas amplamente
consagradas na literatura. Somente assim podem ser estabelecidos
programas de treinamento e aperfeiçoamento e pode-se obter dados
de produtividade fundamentados. Aqui, vamos abordar as etapas da
AET, as quais devem estar presentes em todos os estudos de caso.

Análise da demanda

O processo de AET, de acordo com a NR nº. 17, inicia-se pela


demanda (SÃO PAULO, 2007). Essa etapa deve contextualizar e
expor o problema proposto e os entraves encontrados. Existem
algumas hipóteses fundamentais que devem ser propostas para que
a intervenção ergonômica ocorra. Se realizada corretamente, as
informações geradas na análise da demanda serão de qualidade, o
que é fundamental para o processo de intervenção ergonômica. Por
outro lado, as falhas nessa etapa podem resultar em intervenções
nulas ou até negativas na organização do trabalho. Portanto, essa
fase é considerada a mais expressiva da AET, devendo ser
considerados os seguintes itens no seu desdobramento, de acordo
com Wisner (1987 apud CORRÊA, 2015):representatividade do autor
da demanda; origem da demanda; problemas aparentes e
fundamentais; perspectivas de ação e meios disponíveis.
Em síntese, a análise da demanda, quando elaborada corretamente,
torna possível verificar se os problemas ocorrem por falta de
treinamento, por exemplo. Assim, o objetivo a ser atingido é
compreender os reais motivos da origem dos erros, buscando
soluções para intervir de forma adequada na organização do
trabalho.

Análise da atividade

Na análise da atividade, é verificada a real condição de trabalho,


questionando-se o motivo da atividade e como as tarefas estão
sendo cumpridas. É realizada por meio da observação das atividades
físicas e mentais exercidas pelo trabalhador.

A análise das atividades mentais está relacionada ao nível de


discriminação e interpretação das informações. Já a análise das
atividades físicas está relacionada à postura e aos deslocamentos
necessários para a execução das tarefas. Ao avaliar a atividade, é
possível verificar se existe procedência no questionamento da
demanda. A pesquisa da análise da atividade deve analisar as
características do trabalhador, os fatores do ambiente que
influenciam o trabalho e a forma como os colaboradores recebem as
informações e as assimilam. Portanto, a análise é resultado desse
conjunto de fatores, sendo possível inserir o trabalhador no centro do
processo e torná-lo um princípio ativo, para atender a novas
demandas de produção.

Análise da tarefa
Nessa etapa, devem ser compreendidos e identificados dois pontos:
a prescrição (instrução de trabalho) e os requisitos físicos envolvidos
na execução da tarefa. Na prescrição da tarefa estão envolvidos os
elementos do ambiente no qual a tarefa está inserida, o que
compreende o leiaute, o mobiliário, os níveis de ruído, a iluminação,
os equipamentos, entre outros elementos presentes no local de
trabalho. Os requisitos físicos da tarefa estão associados com o
trabalho muscular propriamente dito (estático/dinâmico), a postura
requerida para a execução do trabalho e o acesso às informações e
aos dispositivos de controle, por exemplo.

A análise da tarefa também pode ser interpretada como uma forma


de apreensão real do trabalho, visando a diminuir o trabalho
improdutivo e a aumentar o trabalho produtivo. Essa interpretação
amplia a importância da análise em questão, pois esse pode ser o
meio de aumentar o nível de eficiência da produção.

Diagnóstico e recomendações

A qualidade do trabalho e do trabalhador depende muito da


organização do trabalho. Nesse sentido, as empresas investem em
inúmeras ferramentas para corrigir falhas e antecipar problemas — a
AET é uma delas. O diagnóstico da AET é um importante dispositivo
para a empresa e o trabalhador, possibilitando a ambos se
protegerem. O diagnóstico deve apontar os problemas encontrados
nos postos de trabalho e sugerir mudanças para a melhoria do
processo. As melhorias têm vários enfoques: podem significar o
aumento do conforto do trabalhador, a adaptação do posto de
trabalho para obter maior segurança ou o aperfeiçoamento do
conforto ambiental (ruídos, vibrações, temperatura e luminosidade),
por exemplo. Enfim, podem ser propostas várias sugestões de
melhorias.

No diagnóstico, devem ser registradas as diferenças e adaptações


necessárias para a atividade em questão. O caderno de encargos e
recomendações ergonômicas é o documento no qual devem ser
inseridas as sugestões de mudanças e indicadas as adequações da
atividade e/ou da tarefa. Por fim, o diagnóstico deve representar um
resumo da AET, citando todas as fases da análise e identificando a
origem do problema.

Resolução de problemas com a AET

Conforme mencionado nos tópicos anteriores, a intervenção no


trabalho pode ocorrer de diversas formas. As empresas se
preocupam em manter um nível de produção constante e, para isso,
a organização do trabalho com o objetivo de antecipar os problemas
e corrigir falhas iniciais no processo é fundamental.

A AET pode ser aplicada em uma orquestra sinfônica, por exemplo.


O trabalho dos violinistas provoca uma série de dores devido à
quantidade de horas envolvidas na execução da atividade e ao
grande número de movimentos executados. De acordo com Costa
(2003), em um estudo realizado na orquestra sinfônica vinculada ao
governo do Distrito Federal, foram estudadas as dores relatadas
pelos violinistas: dos seis integrantes que participaram do estudo,
cinco apresentavam queixas de dores e já haviam procurado ajuda
médica em diferentes momentos da carreira.
Para explicar e evidenciar os motivos das queixas, foi aplicada a AET
com foco na atividade. Realizada a AET, foi possível evidenciar a
necessidade que os músicos têm de gerenciar a dor para continuar
no exercício da profissão, caracterizando uma condição “normal” da
profissão. A organização do trabalho avaliada deixa pouca margem
para minimizar a ocorrência das dores, pois picos de demanda
associados com alto grau de perfeição e períodos reduzidos de
descanso após as intensas solicitações impedem a recuperação dos
profissionais, forçando-os, dessa forma, a ultrapassar os seus
próprios limites, e fazendo-os conviver continuamente com dores e
desconforto.

Esses fatores corroboram com a literatura indicada no estudo,


evidenciando que a organização do trabalho tem uma provável
interferência nas doenças dos trabalhadores.

Já Maia (1999) realizou um estudo analisando a AET no trabalho de


enfermeiros lotados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). De
acordo com a pesquisa, os maiores fatos geradores de estresse são
o conteúdo do trabalho, as condições de trabalho e os fatores
organizacionais. Como uma das conclusões da pesquisa, vale
destacar a necessidade de mudança dos fatores organizacionais: a
concepção da unidade ainda usava conceitos de Taylor, o qual
acreditava na divisão absoluta da tarefa. O estudo ainda apontou a
necessidade de implementar um dos objetivos da ergonomia na
unidade: trazer o ser humano para dentro do processo, torná-lo
integrante do sistema de produção.
Nota-se, portanto, a relevância e os inúmeros lugares de aplicação
da AET, bem como as diferentes conclusões retiradas de cada
estudo. Os estudos corroboram também a necessidade de se
estudar os problemas de maneira aprofundada. Conforme já citado,
as análises simples e as respostas fáceis possivelmente vão induzir a
análises erradas ou superficiais.

Como aplicar na prática o que aprendeu

Muitas vezes, as intervenções ergonômicas não surtem os efeitos


almejados. Por mais que, aparentemente, as mudanças propostas
resultem em uma melhora na postura geral do trabalhador, elas
podem não repercutir positivamente nas queixas da equipe,
inclusive acarretando novas condições de dor que antes não
existiam.

Confira a seguir, a situação vivenciada pelo fisioterapeuta e


ergonomista Gustavo, que precisou atuar em um laboratório de
análises clínicas, tendo trabalhadores sofrendo com altos índices de
dor lombar e afastamentos.

ASPECTOS ERGONÔMICOS POSTURAIS

Gustavo atua como ergonomista em um laboratório, no qual foi


solicitada uma intervenção ergonômica no posto de análises clínicas,
pois havia muitas queixas de dor nas costas e afastamentos dos
funcionários.
Inicialmente, conversou com os trabalhadores para compreender o
que eles realizam e fez suas anotações. Nesse momento, ele
percebeu que as queixas eram basicamente na região lombar e que
precisavam usar os microscópios em ortostase, permanecendo
longos períodos em flexão do tronco.

Sendo assim, iniciou suas coletas com os fatores ambientais e


percebeu que todos os índices estavam normais. Afinal, o ambiente
do laboratório é o motivo de cuidado intenso dos gestores.

DESTACA-SE

A organização do trabalho trouxe que não havia condições que


pudessem imprimir risco aos trabalhadores e que estivessem
relacionados às queixas. Não era feito nenhum serviço que
precisasse carregar peso ou que envolvesse o manuseio de cargas,
por exemplo.

FERRAMENTA REBA

Aplicou-se a ferramenta REBA, com o intuito de avaliar o risco laboral


relacionado à postura dos trabalhadores.

Em sua análise, verificou cervical em extensão, ombro fletido próximo


aos 45° com braços apoiados, cotovelos fletidos em 45°, com punhos
fletidos a mais de 15° com desvio ulnar, tronco fletido com mais de
60° com inclinação para direita e joelhos fletidos a 30° e apoio do
corpo sobre apenas um membro inferior.
Movimentos considerados repetitivos por serem realizados mais de
quatro vezes por minuto.

Escore final 10 = risco alto

PROPOSTA 1

As atividades devem ser realizadas em sedestação. Entretanto,


antes de reproduzir a sugestão em todos os postos de trabalho,
Gustavo estruturou as mudanças em somente um posto, no qual
trabalhavam quatro pessoas, e acompanhou os relatos dos
trabalhadores por um mês.

As queixas de dor lombar foram minimizando, ao passo que dores


cervicais acompanhadas de tensão muscular em cintura escapular e
cefaleias aumentavam suas incidências.

Na busca de entender o motivo, o ergonomista verificou que, na


posição sentada, os trabalhadores precisavam realizar flexão cervical
para fazer as análises clínicas junto à bancada, os antebraços
ficaram desapoiados e, para manusear o foco do microscópio, era
necessário fletir os cotovelos acima de 90º e, ainda, elevar os
ombros.

Sendo assim, Gustavo aplicou novamente a ferramenta REBA para


analisar o possível risco postural. Para sua surpresa, o escore se
manteve em 10, ou seja, as mudanças sugeridas não foram capazes
de alterar o risco ergonômico relacionado à postura.

PROPOSTA 2

Em reunião com a equipe de saúde ocupacional, gestão de pessoas


e lideranças, Gustavo apresentou os resultados de seu estudo e
mostrou que, das opções possíveis para aquela determinada
situação, com o que ele tinha o poder de modificar o layout de
trabalho, o risco ergonômico relacionado à postura não havia surtido
efeito.

SUGESTÃO

Como sugestão, ele apresentou um modelo de microscópio que


permite ao trabalhador realizar as análises de forma confortável, com
cervical alinhada, bem como o apoio para antebraços e punhos na
posição neutra, que rebaixaria o escore final de 10 (risco alto) para 3
(risco baixo).

Os gestores ficaram surpresos com os resultados e manifestaram o


interesse de compra do novo equipamento, porém para o ano
seguinte.
Durante esse período, Gustavo estruturou pausas durante a jornada
de trabalho e ginástica laboral.

Além disso, foi contratado, duas vezes por semana, um profissional


para realizar a quick massage (massagem rápida com duração de 20
minutos) em toda a equipe, e foi realizada a parceria com uma
academia da região, onde os trabalhadores. do laboratório recebiam
50% de desconto nos planos mensais e semestrais para qualquer
atividade realizada no espaço.

CONCLUSÃO

Em um período de três meses, as queixas reduziram


significativamente e, passados dez meses da reunião, os novos
microscópios chegaram. Ao final de 12 meses, não havia mais
queixas musculoesqueléticas naquele setor, que correspondia a 60%
do número de funcionários daquela organização

Conteúdo bônus

Tópicos avançados

De uma forma geral, o trabalho muscular estático é mais desgastante


que o dinâmico, causando fadiga rapidamente, principalmente em
esforços maiores. E a força máxima de um músculo, ou grupo de
músculos, depende da idade; do sexo; da constituição física; do grau
de condicionamento físico; e da motivação do momento (KROEMER;
GRANDJEAN, 2005).

Por conta dos diversos fatores envolvidos no trabalho muscular,


Kroemer e Grandjean (2005) estabelecem sete regras para definição
dos locais de trabalho:

1. Evitar qualquer postura curvada ou não natural do corpo. A


curvatura lateral do tronco ou da cabeça força mais do que a
curvatura para frente.

2. Evitar a manutenção dos braços estendidos para frente ou para os


lados. Estas posturas geram não só́ fadiga rápida, mas também
reduzem significativamente o nível geral de precisão e destreza das
operações realizadas com as mãos e os braços.

3. Procurar, na medida do possível, sempre trabalhar sentado. Mais


recomendável ainda seriam locais de trabalho onde se poderia ter
alternância de trabalho sentado com o trabalho de pé.

4. O movimento dos braços deve ser em sentidos opostos cada um,


ou em direção simétrica. O movimento de um braço sozinho gera
cargas estáticas nos músculos do tronco. Além disso, os movimentos
em sentidos opostos ou movimentos simétricos facilitam o comando
nervoso da atividade.

5. A área de trabalho deve ser de tal forma que esteja na melhor


distância visual do operador.
6. Pegas, alavancas, ferramentas e materiais de trabalho devem
estar organizados de tal forma que os movimentos mais frequentes
sejam feitos com os cotovelos dobrados e próximos do corpo. A
maior força e destreza é exercida quando a distância olho-mão é de
25 a 30 cm, e com os cotovelos baixados e dobrados em angulo reto.

7. O trabalho manual pode ser facilitado com o uso de apoio para os


cotovelos, os antebraços e as mãos. Os suportes devem ser forrados
com feltro ou outro material termo isolante e macio. Os apoios devem
ser reguláveis para que possam se adaptar às diferenças
antropométricas.

Observação: Este conteúdo não será cobrado nas avaliações e


estará, obrigatoriamente, presente nas videoaulas. Fique tranquilo(a)!

Referência Bibliográfica

CORRÊA, V. M. Ergonomia: fundamentos e aplicações. Porto


Alegre: Bookman, 2015.

COSTA, C. P. Quando tocar dói: Análise ergonômica do trabalho


de violistas de orquestra. 2003. 147 f. Dissertação (Mestrado) —
Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia. Brasília: UNB, 2003.

KROEMER, K. H. E.; GRANDJEAN, E. Manual de ergonomia:


adaptando o trabalho ao homem. 5. ed. Porto Alegre: Bookman,
2005.
MAIA, S. C. Análise ergonômica do trabalho do enfermeiro na
unidade de terapia intensiva: proposta para a minimização do
estresse e melhoria da a qualidade de vida no trabalho. 1999. 167 f.
Dissertação (Mestrado) — Universidade Federal de Santa Catarina,
Centro Tecnológico. Florianópolis: UFSC, 1999.

SÃO PAULO. Tribunal Regional do Trabalho. Norma


Regulamentadora NR nº. 17 — Ergonomia (117.000-7). 2007.
Disponível em: http://www.trt02.gov.br/geral/tribunal2/. Acesso em: 5
out. 2022.

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