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FERRAMENTAS DE PREVENÇÃO AOS

ACIDENTES DE TRABALHO

Início as 19:15h
 No atual cenário trabalhista brasileiro, observa-se a existência de muitos acidentes

causados pelo descaso com as normas de segurança.


 Pode-se relacionar isto a falta de fiscalização por parte dos órgãos públicos, ou até mesmo

pela falta de uma visão sobre prevenção de acidentes do trabalho por parte da diretoria das

empresas.
 Porém essa realidade muda a cada ano que passa, e com aumento das fiscalizações, as

empresas cada vez mais iniciam um processo de eliminação dos riscos de acidentes, e

buscam adequar-se as normas de segurança.


 Outro instrumento que o Governo em parceria com a Receita Federal, Ministério do trabalho e

emprego, INSS, e Caixa, está colocando em pratica é o e-social, essa é uma plataforma on-line, e

tem o objetivo de interligar todas informações, e acabar com a repetição de envios, o e-social irá

abranger todas as informações que a empresa já fornece separadamente a vários órgãos públicos, e

incluirá os dados dos funcionários ao que diz respeito a seguridade trabalhista, ou seja, seus

exames de PCMSO, além do PPRA, análise ergonômica, entre outros; e assim o acompanhamento

dos programas e dos funcionários será visualizado mês a mês e com isso já será possível filtrar

muitas irregularidades.
 Esse estudo vislumbra uma rotina a ser seguida no que tange o uso de

ferramentas de prevenção aos acidentes de trabalho desde a

conscientização através de divulgação do SIPAT (semana interna de

prevenção de acidentes no trabalho), mapa de risco, divulgação de

medidas preventivas, EPI’s, EPC’s, até propriamente as ferramentas de

prevenção como:
 DDS (diálogo diário de segurança)

 Check-list’s de segurança

 Investigação de Acidentes

 PPRA (programa de Prevenção de riscos ambientais) NR – 09

 Inspeções de segurança (geral, parcial, rotina, periódica, eventual, oficial, especial.)

 PCMSO (programa de controle médico e saúde ocupacional) NR-07

 APR (análise preliminar de risco)

 PT/PTE (permissão de trabalho/permissão de trabalho especial)

 Treinamentos e o Cumprimento das normas de segurança.


DDS – DIÁLOGO DIÁRIO DE SEGURANÇA
 O DDS é uma ferramenta de conscientização e busca a prevenção de acidentes através do

diálogo, realizando palestras de 5 a 15 minutos, no próprio local de trabalho com temas

focados nos riscos que estão presentes nos ambientes de trabalho.


 Segundo FILHO, (1974: 479;480);

 O supervisor, em contato diário com seus subordinados, está em

excelente posição para atuar junto a eles, a fim de que adquiram

“mentalidade de segurança”, evitando, assim, a prática de atos

inseguros; de outro lado, é responsável também pela remoção das

condições inseguras existentes em sua área de trabalho.


 Pode-se embasar o DDS dentro da obrigatoriedade da legislação, porém

deve se entender que nenhuma norma regulamentadora fala sobre o tema,

porém é possível encontrar várias normas indicando que o empregador é

obrigado a informar os riscos ambientais de trabalho aos empregados, bem

como as medidas preventivas e nesse caso pode-se optar pelo uso do DDS.
Os exemplos de normas que citam o exposto acima são:
 NR-1.7 – Cabe ao empregador:

 C) Informar aos trabalhadores

 I) os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho;

 II) os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela empresa;
 NR-9.5.2 – Os empregadores deverão informar os

trabalhadores de maneira apropriada e suficiente sobre os riscos

ambientais que possam originar-se nos locais de trabalho e sobre

os meios disponíveis para prevenir ou limitar tais riscos e para

proteger-se dos mesmos.


 Outros pontos a se citar para a boa manutenção e longevidade do programa são:

1. Deve ser feito antes do início do expediente;

2. Observe sempre as características dos trabalhadores, e utilize temas atuais;

3. Organize um calendário de palestras e divulgue;

4. Respeite a capacidade de entender dos participantes, não use termos muito técnicos;

5. Não estenda por muito tempo o DDS, para não atrasar a produção;

6. Cumpra o tempo que foi combinado.


 E por fim para cumprir a obrigatoriedade da NR-1, realize um

registro do DDS, pois esse tem peso de documento. Então crie uma

lista com ficha de presente informando o assunto abordado, isso

auxiliará também em não repetir temas.


CHECK LIST’S
 Utilizado em diversos segmentos, a lista de checagem tem como

objetivo dentro da segurança do trabalho observar veículos,

máquinas, equipamentos, EPI’s, a segurança desses e dos locais de

trabalho e serve até para o funcionamento de órgãos como SESMT e

CIPA.
 Existe os check list’s de NR’s com a função de adequar a empresa às

exigências das NR’s utilizada como fonte do próprio check list.


 Sua principal função é evitar que tarefas longas possam resultar em

esquecimento de itens importantes, e se faz presente em verificações de

segurança, equipamentos que possam gerar risco sem a devida

manutenção, para verificar condições de instalações, assim como,

organizar e verificar o funcionamento de algum órgão interno de

segurança da empresa. Exemplo SESMT, CIPA.


 Se realizado em máquinas deve-se conhecer bem o equipamento,

saber detalhes sobre o funcionamento, assim é possível identificar

defeitos que possam causar acidentes.

 É importante ter nesse Check List as seguintes terminologias:


 Conforme: Representada pela letra “C”, indica que o

equipamento/máquina está em condições de operação e segurança;

 Não Conforme: Representada pelas letras “NC”, indica que o

equipamento/máquina não está nos padrões e necessita cuidados.


 Não Aplicável: Representada pelas letras “NA”, indica que o item

do check list não se aplica a situação, isso acontece por motivos

diversos.
 Itens Críticos: Grande parte dos check list’s não contemplam esse item

apesar de ter extrema importância, ele se refere aos itens do

equipamento/máquina que se não estiverem em conformidade podem

causar acidentes graves e levar até a morte, quando estiver em

funcionamento. Este item serve para impossibilitar o funcionamento da

mesma caso identifique a irregularidade.


 Sendo assim, em posse do formulário com as informações citadas

acima, pode-se alimentar o mesmo com itens da máquina com

consciência do que realmente é importante para a operação com

segurança.
INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES
 A investigação de acidentes tem o objetivo de buscar o

entendimento sobre o acidente afim que o mesmo não ocorra

novamente.
 Apesar de não ser uma pratica comum pelo fato de levantar questões

que apresente uma falha nos processos de segurança do trabalho é

de extrema importância, e na maioria das vezes é um equívoco esse

pensamento, pois a tarefa da área de segurança é evitar, mas isso não

garante que o acidente não possa acontecer.


 A investigação de acidentes está amparada pela legislação, e deve

ser realizada pelo SESMT (onde houver), ou CIPA.


 Quanto ao dever do SESMT, segundo a NR-4 no item 4.12. letra:

 h) Analisar e registrar em documento(s) específico(s) todos os acidentes ocorridos na

empresa ou estabelecimento, com ou sem vítima, e todos os casos de doença

ocupacional, descrevendo a história e as características do acidente e/ou da doença

ocupacional, os fatores ambientais, as características do agente e as condições do(s)

indivíduo(s) portador(es) de doença ocupacional ou acidentado(s);


 Quanto ao dever da CIPA, segundo a NR-5 no item 5.16. letra:

 l) Participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o

empregador da análise das causas das doenças e acidentes de

trabalho e propor medidas de solução dos problemas identificados;


 A investigação do acidente do trabalho deve seguir alguns itens básicos,
São eles:

a) Descobrir o que aconteceu no momento do acidente;

b) Descobrir o que saiu errado;

c) Encontrar a causa do acidente;

d) Determinar os riscos existentes;

e) Evitar que aconteça novamente agindo preventivamente;


 Se possível crie um formulário.

 Ainda é muito importante que se conheça o local de trabalho, para entender quais

são os movimentos necessários, quais são os locais de trânsito de pessoas, e se

existe trânsito de máquinas, deve sempre buscar informações sobre o andamento

das operações com os responsáveis pelo setor.


 Deve se obedecer alguns critérios para o levantamento de informações, sobre:

1. O ambiente;

2. Realizar entrevistas com as pessoas do setor envolvido;

3. Complementar com exames médicos;

 Ao final deve-se elaborar um relatório pequeno com todas as informações coletadas, com
texto de fácil entendimento não ultrapassando 2 folhas A4.
PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS
AMBIENTAIS (PPRA) NR-9
 Esse programa é fundamental para proteção e saúde dos trabalhadores, assim como, para
uma boa gestão de segurança e medicina do trabalho nas empresas.

 Através desse programa é possível mapear e controlar as áreas de riscos existentes nos
locais de trabalho.
 Nesse contexto, Wertzner Decio; (2015)

 O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA visa a preservação da saúde e da integridade dos

trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de

riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a

proteção do meio ambiente e dos recursos naturais, devendo estar articulado com o disposto nas demais

normas regulamentadoras, em especial com o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional –

PCMSO previsto na norma regulamentadora nº 07.


 Apesar de muitos Programas de prevenção de riscos ambientais constarem os cinco riscos

ambientais, (físico, químico, biológico, ergonômico, acidentes), no item 9.1.5 a norma esclarece:

 Para efeito desta NR, consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos

existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou

intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador.


 Sobre a estrutura a norma indica que:

 9.2.1 O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deverá conter, no mínimo, a


seguinte estrutura:

 a) planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma;

 b) estratégia e metodologia de ação;

 c) forma do registro, manutenção e divulgação dos dados;

 d) periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA.


 E seu desenvolvimento deverá incluir as seguintes etapas a luz da norma no item 9.3.1. letras:

 a) antecipação e reconhecimentos dos riscos;

 b) estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle;

 c) avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores;

 d) implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia;

 e) monitoramento da exposição aos riscos;

 f) registro e divulgação dos dados.


 Esse documento tem validade de 1 ano, após deve ser realizado um novo programa ou

antecipado caso identifique um risco novo no ambiente do trabalho, porém apesar de não

ter mais validade deve ser guardado por 20 anos, conforme indica a norma no item 9.3.8.2,

e deve saber que o Decreto-Lei número 5.452, de 1º de Maio de 1943, artigo 630 inciso 4º -

os documentos que dizem respeito à fiscalização do trabalho (que é o caso do PPRA)

devem permanecer nos locais de trabalho a disposição da fiscalização.


 Considerado um dos maiores desafios do PPRA o cumprimento do cronograma deve

atender a todas as irregularidades identificadas durante a elaboração do mesmo, ainda deve

ter um responsável para cada item identificado em não conformidade com a legislação e a

empresa fica responsável de propor uma data para a regularização desses itens.
 Pode dizer que o PPRA é um programa de ação continua, e com isso caso não se dê a

devida importância a ele, fica evidente que a empresa conhecia os riscos e mesmo assim,

não tomou as devidas orientações para eliminar as irregularidades, indicando omissão e

culpa.
INSPEÇÕES DE SEGURANÇA
 Utilizada com técnica e recursos apropriados, torna-se possível identificar os riscos

causadores de acidentes e doenças ocupacionais. Uma vez que foi realizado o mapeamento

dos riscos, determina-se as medidas preventivas e corretivas para eliminar os riscos.


 Segundo Tavares, Cláudia (2009)

 Quase todo acidente de trabalho pode ser considerado, em princípio, um caso de

incompetência profissional de qualquer natureza, frequentemente, relacionado

com a falta ou deficiência de alguma Instrução de Trabalho. Daí a necessidade

de um plano permanente de análise do trabalho, visando à elaboração e revisão

constantes dessas Instruções, o que se faz através das inspeções de segurança.


TIPOS DE INSPEÇÃO

 As inspeções de segurança podem ser realizadas por diversos motivos, programadas ou

sem programação, e com intervalos variáveis, e são classificadas da seguinte forma:


 Geral: Envolve todos os setores da empresa ou grande parte dela, normalmente esse tipo
de inspeção é previamente definida.

 Parcial: É feita em setores de trabalho, maquinários, ou partes específicas.

 De rotina: São inspeções eventuais ou feitas em intervalos regulares curtos e previamente


definidos. Esse tipo de inspeção é muito usado por profissionais de segurança do trabalho.
 Periódica: É realizada com data e local previamente definido. Adotando-se para tanto um cronograma que indicará os locais e
periodicidade de inspeção adotada para cada setor listado. Tem como objetivo dar atenção às condições de segurança dos
diversos setores existentes em uma empresa.

 Eventual: Feitas sem previsão de data. É o tipo de inspeção que depende da sensibilidade do profissional. Normalmente surte
bons resultados por causa do fator surpresa.

 Oficial: São realizadas por órgão governamentais do trabalho como Ministério do Trabalho, Bombeiros, e empresas
particulares como seguradoras e parceiros de trabalho.

 Especial: É o tipo de inspeção mais aprofundada, que requer equipamentos ou aparelhos especiais.
PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO E SAÚDE OCUPACIONAL (PCMSO) NR-7
 Esse programa visa a preservação da saúde do conjunto de trabalhadores, aliado aos demais

programas soma força em favor da saúde dos trabalhadores.


 Neste contexto, Miranda e Dias; (2004)

 O PCMSO, cuja obrigatoriedade foi estabelecida pela NR-7 da Portaria 3.214/78, é

um programa médico que deve ter caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico

precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho. Entende-se aqui por

“diagnóstico precoce”, segundo o conceito adotado pela Organização Mundial da

Saúde (OMS), a detecção de distúrbios dos mecanismos compensatórios e

homeostáticos, enquanto ainda permanecem reversíveis alterações bioquímicas,

morfológicas e funcionais.
 Além disso o PCMSO, serve como balizador, assim é possível saber se as ações e medidas

de segurança estão sendo eficientes ou não, ainda pode-se indicar que cada ambiente de

trabalho deve ter seu documento de trabalho, observando suas particularidades, pois

independente das atividades serem similares a layout e o local podem ser diferentes

trazendo assim riscos diferentes.


 É de responsabilidade do empregador as custas do PCMSO, conforme diz a NR-7 no item

7.1.1. “Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece a obrigatoriedade de elaboração e

implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam

trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional

- PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus

trabalhadores.”
 O empregador deve indicar um médico responsável pelo desenvolvimento do PCMSO,

ficando isento de contratar o médico salvo pela questão de dimensionamento da empresa

previsto na NR-4. Respeitando o dimensionamento pode o empregador contratar o serviço

médico terceirizado para elaborar o programa previsto no item 7.3.1. da NR-7:


 7.3.1. Compete ao empregador:

 a) garantir a elaboração e efetiva implementação do PCMSO, bem como zelar pela sua eficácia;

 b) custear sem ônus para o empregado todos os procedimentos relacionados ao PCMSO;

 c) indicar, dentre os médicos dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do


Trabalho – SESMT, da empresa, um coordenador responsável pela execução do PCMSO;

 d) no caso de a empresa estar desobrigada de manter médico do trabalho, de acordo com a NR 4, deverá o
empregador indicar médico do trabalho, empregado ou não da empresa, para coordenar o PCMSO;

 e) inexistindo médico do trabalho na localidade, o empregador poderá contratar médico de outra


especialidade para coordenar o PCMSO.
 O programa de controle médico e saúde ocupacional (PCMSO) NR-7, é realizado com base

no programa de prevenção de riscos ambientais (PPRA) NR-9, com isso todas as

informações, dados e análises realizadas no PPRA servem para definir as estratégias que

serão realizadas na execução do PCMSO.

 Sendo os dois programas de saúde conclui a importância de trabalhar em sincronia, e ainda

a necessidade de uma excelente análise e elaboração do PPRA.


 Referente a validade a NR-7 no item 7.4.6. diz:

 “O PCMSO deverá obedecer a um planejamento em que estejam previstas as ações de


saúde a serem executadas durante o ano, devendo estas ser objeto de relatório anual.”

 Sobre os documentos a NR-7 determina que:

 7.4.5. Os dados obtidos nos exames médicos, incluindo avaliação clínica e exames
complementares, as conclusões e as medidas aplicadas deverão ser registradas em
prontuário clínico individual, que ficará sob a responsabilidade do médico-coordenador
do PCMSO.
 Ainda a NR-7 no item 7.4.5.1. determina:

 “Os registros a que se refere o item 7.4.5 deverão ser mantidos por período mínimo de 20
(vinte) anos após o desligamento do trabalhador.”
 Caso o empregador deixe de cumprir as obrigações referentes medicina e segurança do

trabalho, a NR-28 usa uma tabela indicando os valores das multas aplicadas a cada falta,

além disso deve ressaltar que a ausência desse programa ou a má qualidade dele pode

implicar em diversos outros problemas, como a empresa contratar um funcionário doente e

devido o exame admissional não ter sido feito de maneira correta, não identificar essa

doença o que pode levar ao afastamento do funcionário e consequentemente a explicação

por parte da empresa que o mesmo não adquiriu a doença na empresa.


ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCO (APR)
 O APR é uma técnica de antecipação e detalhamento de todas as etapas do trabalho, e visa

a prevenção antecipada dos riscos de acidentes que possam acontecer na jornada de

trabalho.
 De acordo com Cicco e Fantazzini (2003).

 A APR surgiu na área militar, onde a análise foi requerida como uma revisão a

ser feita nos novos sistemas de mísseis projetados para uso de combustíveis

líquidos. A análise foi desenvolvida com o objetivo de evitar o uso

desnecessário de materiais, projetos e procedimentos de alto risco, ou, caso

fosse inevitável, para assegurar que medidas preventivas fossem incorporadas.


 Para sua elaboração é necessário observar e relatar todos os riscos do ambiente de trabalho,

com o auxílio do PPRA, checklist’s, e outros formulários é possível efetuar um APR mais

eficiente.
 Pode-se citar alguns itens que não podem faltar na APR:

– Responsáveis: Responsáveis pela aplicação da APR.

– Data: Deve ser a data de aplicação da APR.

– Nome da empresa:

– Tarefa a ser executada:

– Riscos do trabalho: Deve ter o maior detalhamento possível, pois através da APR que iniciará as medidas de

prevenção dos mesmos.


– EPI’s: Quais EPI’s em quais setores é necessário o uso.

– Equipamentos usados durante o trabalho: Todos equipamentos geram risco, deve ser detalhado por menor que

seja.

– Normas de segurança a serem observadas: Deve ser ilustrado para o conhecimento do funcionário, e

documentação.

– Etapas de trabalho: Cada etapa tem seu risco específico e deve ser observado e listado, ainda deve conter separado

etapa, risco, medida preventiva, e nível de risco.

– Revisão: A cada revisão deve ser alterada a ordem numérica da APR.


 As etapas a serem seguidas para melhor eficiência da análise preliminar de risco serão

citadas de acordo com Loewe e Kariuki; (2007)

(i) Identificação dos riscos em potencial;

(ii) Avaliação dos controles aplicáveis aos eventuais riscos de processos (incluindo a avaliação

de erros humanos);

(iii)Identificação das possíveis consequências devido a falhas no controle.


 Quanto a validade, varia de empresa para empresa, essa determina a vigência da APR, seja

mensal, quinzenal, semanal, etc.

 O desenvolvimento deve seguir a composição de análise dos elementos da APR.


 Neste contexto Amorim, Eduardo (2010);

 Equipamentos perigosos: sistemas de alta pressão e de armazenamento de energia;

 Materiais perigosos: materiais combustíveis, substâncias químicas altamente reativas e substâncias


tóxicas;

 Fatores externos: vibração, temperaturas extremas, descargas eletrostáticas e umidade;

 Procedimentos: procedimentos de operação, teste, manutenção e parada, comissionamento e


emergência;

 Layout da instalação: disposição dos equipamentos de controle e dos equipamentos de proteção


contra acidentes;

 Elementos de apoio à instalação: armazenamento, equipamentos de teste, treinamento e utilidades;

 Equipamentos/Sistemas de segurança: sistemas de atenuação e redundância, extintores de incêndio


e equipamentos de proteção pessoal;

 Erros humanos: erros operacionais ou de manutenção.


 A assinatura e a aplicação devem ser realizadas por pessoas que conheçam segurança do
trabalho, desejável que seja da CIPA e/ou SESMT.

 De acordo com Aguiar (2011) os seguintes membros são necessários para o


desenvolvimento da técnica:
 Líder: pessoa com domínio da técnica e responsável por guiar o estudo,
podendo ser pessoal próprio ou terceirizado.
 Coordenador: pessoa responsável pelo evento. Normalmente uma pessoa da
disciplina de SMS da empresa.
 Especialistas: engenheiros das disciplinas de processo, automação,
instrumentação, segurança e elétrica, além de projetistas, técnicos e
operadores. Podendo ser pessoas que possuam informações importantes sobre
a unidade em estudo e/ou que possuam experiência em unidades similares.
 Relator ou Secretário: responsável pelo preenchimento da planilha da APR
durante as reuniões.
 A análise preliminar de riscos proporciona a melhoria contínua, desde que siga sempre em
pauta a qualquer modificação, deve ser reavaliada.

 Todos os registros devem estar documentados e devidamente arquivados, com assinatura


dos responsáveis, para posterior ser possível a avaliação das melhorias.
Permissão de Trabalho (PT) ou
Permissão de Trabalho Especial (PTE)
 A permissão de trabalho é um formulário, e neste consta a liberação para
trabalhos de risco alto, por um tempo determinado. Essa ferramenta utiliza
dados para sustentar os possíveis riscos de trabalho e doenças
ocupacionais.
 Uma das ferramentas que a permissão de trabalho utiliza é a análise
preliminar de riscos, e normalmente é utilizada em trabalhos com
temperatura elevada, espaços confinados, com produtos químicos, em
locais com gases ou explosivos, em altura, movimentação de produtos
perigosos, escavações, etc.
 Como é uma ferramenta de autorização deve ser utilizada antes do início
das atividades, ou antes do trabalhador entrar nas áreas de risco.

 Tem a validade apenas para o trabalho especifico, e na jornada do


mesmo dia, ainda o emitente tem que ficar com uma cópia, e o
trabalhador deve ler e estar ciente do que se trata essa autorização.
 Apesar de não ter uma norma especifica, a permissão de trabalho está em algumas
normas sendo elas:

 NR-35

 35.1.2. Considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de 2,00 m (dois
metros) do nível inferior, onde haja risco de queda.

 b) assegurar a realização da Análise de Risco - AR e, quando aplicável, a emissão da


Permissão de Trabalho - PT;

 35.4.7. As atividades de trabalho em altura não rotineiras devem ser previamente


autorizadas mediante Permissão de Trabalho.
 NR-34

 34.2.1. Cabe ao empregador garantir a efetiva implementação das


medidas de proteção estabelecidas nesta Norma, devendo:

 d) providenciar a realização da Análise Preliminar de Risco - APR e,


quando aplicável, a emissão da Permissão de Trabalho - PT;
 34.4.2 Consiste a Permissão de Trabalho - PT em documento escrito que
contém o conjunto de medidas de controle necessárias para que o
trabalho seja desenvolvido de forma segura, além de medidas
emergência e resgate, e deve:

 a) ser emitida em três vias, para: afixação no local de trabalho, entrega à


chefia imediata dos trabalhadores que realizarão o trabalho, e arquivo de
forma a ser facilmente localizada;
 b) conter os requisitos mínimos a serem atendidos para a execução dos
trabalhos e, quando aplicável, às disposições estabelecidas na APR;

 c) ser assinada pelos integrantes da equipe de trabalho, chefia imediata e


profissional de segurança e saúde no trabalho ou, na inexistência desse,
pelo responsável pelo cumprimento desta Norma;
 d) ter validade limitada à duração da atividade, restrita ao turno de
trabalho, podendo ser revalidada pelo responsável pela aprovação nas
situações em que não ocorram mudanças nas condições estabelecidas
ou na equipe de trabalho.
 NR-33

 33.2.1 Cabe ao Empregador:

 f) garantir que o acesso ao espaço confinado somente ocorra após a


emissão, por escrito, da Permissão de Entrada e Trabalho, conforme
modelo constante no anexo II desta NR;
 33.3.3 Medidas administrativas:

 e) adaptar o modelo de Permissão de Entrada e Trabalho, previsto no


Anexo II desta NR, às peculiaridades da empresa e dos seus espaços
confinados;
 Outras observações a respeito de permissão de trabalho é que a análise
deve ter o foco do ambiente, respeitando detalhadamente suas
particularidades, essa deve ter caráter de proibição a determinadas áreas
e/ou equipamentos que apresente elevado risco ao trabalhador.
 Ainda quem executar o trabalho fica responsável por portar a
autorização, sempre que o trabalhador deixar o posto a permissão deve
ser encerrada, e nas trocas de turnos ou interrupção do trabalho a
permissão deve ser revalidada.
 E por fim as permissões devem ser guardadas, indicando que a empresa
tem um acesso controlado e que se preocupa com o controle sobre as
áreas que apresentam riscos.
TREINAMENTOS E O CUMPRIMENTO DAS
NORMAS DE SEGURANÇA.
 Os treinamentos são responsáveis pela capacitação e reciclagem dos
trabalhadores e tem um ótimo retorno, pois trabalhadores instruídos de
informações referente a segurança, e sobre os riscos que estão expostos
tendem a não sofrerem acidentes.
 A norma regulamentadora no item 1.7. diz que cabe ao empregador
cumprir e fazer cumprir as Normas de Segurança e Medicina do Trabalho.
Sendo assim as empresas tem por obrigação orientar os trabalhadores
através de cursos de capacitação e reciclagem.

 Mudanças na Nova NR1.

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