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TEMAS SOBRE ANALISE ACIDENTE TRABALHO

1. Na nr 1 tem algo?

1.4 Direitos e deveres 1.4.1 Cabe ao empregador:

e) determinar procedimentos que devem ser adotados em caso de acidente ou doença relacionada ao trabalho,
incluindo a análise de suas causas;

1.4.2 Cabe ao trabalhador:

a) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde no trabalho, inclusive as ordens de serviço
expedidas pelo empregador;

c) colaborar com a organização na aplicação das NR; e

1.4.2.1 Constitui ato faltoso a recusa injustificada do empregado ao cumprimento do disposto nas alíneas do subitem
anterior.

1.5.5.5. Análise de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho

1.5.5.5.1 A organização deve analisar os acidentes e as doenças relacionadas ao trabalho.

1.5.5.5.2 As análises de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho devem ser documentadas e:

a) considerar as situações geradoras dos eventos, levando em conta as atividades efetivamente desenvolvidas,
ambiente de trabalho, materiais e organização da produção e do trabalho;

b) identificar os fatores relacionados com o evento; e

c) fornecer evidências para subsidiar e revisar as medidas de prevenção existentes.

Evento perigoso: Ocorrência ou acontecimento com o potencial de causar lesões ou agravos à saúde.

Ordem de serviço de segurança e saúde no trabalho: instruções por escrito quanto às precauções para evitar acidentes
do trabalho ou doenças ocupacionais. A ordem de serviço pode estar contemplada em procedimentos de trabalho e
outras instruções de SST

Perigo ou fator de risco ocupacional/ Perigo ou fonte de risco ocupacional: Fonte com o potencial de causar lesões ou
agravos à saúde. Elemento que isoladamente ou em combinação com outros tem o potencial intrínseco de dar origem a
lesões ou agravos à saúde.

Prevenção: o conjunto das disposições ou medidas tomadas ou previstas em todas as fases da

Risco ocupacional: Combinação da probabilidade de ocorrer lesão ou agravo à saúde causados por um evento perigoso,
exposição a agente nocivo ou exigência da atividade de trabalho e da severidade dessa lesão ou agravo à saúde.

NR 4

ANR 4, veja:

4.12. Compete aos profissionais integrantes dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho:

h) analisar e registrar em documento(s) específico(s) todos os acidentes ocorridos na empresa ou


estabelecimento, com ou sem vítima, e todos os casos de doença ocupacional, descrevendo a história e as
características do acidente e/ou da doença ocupacional, os fatores ambientais, as características do agente e as
condições do(s) indivíduo(s) portador(es) de doença ocupacional ou acidentado(s);
A NR 5, veja:

5.33 O treinamento para a CIPA deverá contemplar, no mínimo, os seguintes itens:

b) metodologia de investigação e análise de acidentes e doenças do trabalho;

2. TEXTO 1

Na análise de um acidente de trabalho é importante diferenciarmos acidente, incidente e quase acidente. O acidente é
um evento indesejável que resulta em morte, doença, lesão, dano ou outras perdas.

O QUE É CONSIDERADO ACIDENTE DE TRABALHO?

O acidente de trabalho é um acontecimento não programado durante a atividade profissional e que acarreta lesões
corporais, doenças, mortes ou a perda da capacidade de atuação de um colaborador — de forma definitiva ou
provisória.

Afora os prejuízos em relação aos recursos humanos, o acidente de trabalho pode ocasionar estragos financeiros com
a interrupção da linha produtiva e danos materiais na própria infraestrutura, como incêndios nas instalações ou
quebra de máquinas e equipamentos.

Muitos gestores enfrentam obstáculos para identificar as razões de uma eventualidade profissional desse tipo. Isso
acontece porque raramente esses acontecimentos têm apenas um único item desencadeante.

Vários elementos interferem nesse quadro: a equipe, os indivíduos, as máquinas, o sistema de trabalho, os tipos de
insumos, o cenário no qual as tarefas são exercidas, a maneira como toda a rotina é conduzida pelos gestores, entre
outros inúmeros aspectos.

Por isso, a investigação de acidente de trabalho não deve ser feita de forma apressada nem superficial. Todos os
componentes precisam ser avaliados, o que vai exigir dos responsáveis pela segurança muita dedicação e disciplina.

Desse modo, antes de mais nada, é fundamental entender o conceito e as diferenças entre acidente, incidente e quase
acidente de trabalho. Isso vai ajudá-lo a montar um bom arquivo de como o andamento das atividades vem
acontecendo na empresa. Confira!

ACIDENTE DE TRABALHO

Vamos reforçar o conceito? Acidente de trabalho é um fato casual que traz consequências: pode ser uma lesão, o
dano de um material, a perda da capacidade produtiva, doenças ou até mesmo a morte.

Imagine um trabalhador que está carregando uma caixa pesada com ferramentas. Ele tropeça em algum obstáculo
deixado no chão indevidamente. Com isso, esse funcionário derruba os instrumentos e acaba se cortando com as
peças. Isso é um acidente.

INCIDENTE DE TRABALHO
Um incidente é uma ocorrência com potencial de causar um acidente. Imagine que o mesmo profissional esteja
transportando a mesma caixa e que, ao esbarrar nesse obstáculo no piso, ele perca o equilíbrio.

O colaborador tem dificuldades para ficar de pé, mas consegue se restabelecer sem deixar as ferramentas caírem. O
acidente não aconteceu, mas fica claro que foi por mero acaso. Não foi registrado nenhum prejuízo, uma vez que o
profissional não foi afetado, e também não houve danificações nos instrumentos de trabalho.

Mas isso não significa que uma ocorrência assim deva ser desconsiderada, muito pelo contrário. Quando as
empresas estudam a fundo os seus incidentes, elas têm mais chances de afastar as eventualidades mais graves, isto é,
os acidentes. Infelizmente, é comum que as companhias deixem de lado a investigação sobre os incidentes, o que é
um grande equívoco.

A falta de tempo é um dos motivos, mas o ideal é que a equipe supere esse problema. Dessa forma, é viável criar
estratégias para barrar um evento mais crítico. Nesse caso, bastaria uma singela providência: simplesmente remover
os obstáculos da área de circulação.

QUASE ACIDENTE DE TRABALHO

Já o quase acidente de trabalho é caracterizado por um imprevisto que por muito pouco não resultou em um acidente
de fato. Voltemos à mesma cena do trabalhador carregando uma caixa de ferramentas pesadas.

Esse funcionário topa no obstáculo e sofre uma queda, porém nada acontece com ele nem com os equipamentos da
empresa. Um evento dessa modalidade deve ser classificado como quase acidente e também merece a atenção dos
técnicos da segurança do trabalho.

OS OBJETIVOS DA ANÁLISE DE UM ACIDENTE DE TRABALHO SÃO:

• Prevenir acidentes do trabalho;

• Difundir a compreensão de acidentes do trabalho como fenômenos resultantes de rede de fatores em interação,
superando a visão dicotômica (atos/ condições inseguras);

• Identificação de rede de fatores de acidentes, cuja interação levou ao evento, sobretudo os mais a montante da
lesão relacionados a aspectos organizacionais e gerenciais do sistema em questão;

• Investigação da situação de trabalho habitual e de origens das mudanças e alterações que ocorreram, contribuindo
para o evento, bem como a análise de barreiras existentes e de seu efetivo funcionamento;

• A partir do caso específico, avaliar fatores relacionados ao gerenciamento de riscos adotado na organização de
forma a contribuir com a prevenção de novos eventos. Subsidiar ações de outros órgãos e instituições.

AAT NO GRO - NR 1

A Análise de Acidente de Trabalho agora está na NR-1. Sempre que um acidente de trabalho ocorre, deve ser feita a
AAT. Nas NRs 4 e 5, SESMT e CIPA, é dito que a AAT deve ser feita sempre que um acidente ocorre. Desde
sempre foi assim, mas nem sempre isso era cumprido.

Agora a documentação da AAT está prevista na NR-1, então é possível que ela tenha um destaque maior.

“1.5.5.5.1 a organização deve analisar os acidentes e as doenças relacionadas ao trabalho

1.5.5.5.2 As análises de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho devem ser documentadas e:

a) considerar as situações geradoras dos eventos, levando em conta as atividades efetivamente desenvolvidas,
ambiente de trabalho, materiais e organização da produção e do trabalho;

b) identificar os fatores relacionados com o evento; e


c) fornecer evidências para subsidiar e revisar as medidas de prevenção existentes. ”

3. TEXTO 3

Análise de Acidentes de Trabalho

O que nunca fazer na análise de acidentes de trabalho? O que as NRs dizem a respeito? Qual o
melhor método de análise? Aprenda isso e mais aqui!

Herbert Bento
18 de outubro de 2022
Rotinas SST, Documentos SST, NR-01, NR-04, NR-05

Tabela de conteúdo  Mostrar 
Que a análise de acidentes de trabalho é um ferramenta essencial para a redução dos
índices de acidente de trabalho, isso você já sabe.

Mas sabe como é…

Uma coisa é ser importante, outra coisa é as empresas colocarem em prática. Quando a
NR-01 nova entrou em vigor em janeiro de 2022 a análise de acidentes de trabalho (que
já era obrigatória) ganhou mais um reforço. Agora a NR-01 se junta as demais NRs e
reforça sua importância e obrigatoriedade.

Nesse post eu apresento uma boa introdução ao tema análise de acidentes de trabalho, e
dou mais referências e dicas para os meus alunos continuaram aprendendo essa
ferramenta tão importante.
Inclusive eu digo também o que NUNCA fazer numa análise de acidentes de trabalho.

O que é a análise de acidentes de trabalho?


Análise de acidentes de trabalho é um método e técnica, que tem o objetivo de dizer
como e porque ocorrem falhas de segurança no ambiente de trabalho. Acidentes não
“simplesmente acontecem”. Muitas vezes são causados por uma série de
comportamentos, passos ou eventos inseguros.

O principal objetivo da análise de acidentes de trabalho é identificar as causas dos


acidentes, para que sejam combatidas e novos danos evitados. É importante avaliar
também os chamados “quase acidentes” e “incidentes” (quando o funcionário não se
prejudica, mas os riscos estavam presentes).

Acidente
de trabalho

A maioria desses fatores pode ser controlada, uma vez que se analisa e identifica o risco
em potencial, subsidiando medidas para eliminar perigos ou melhorar o fluxo de
trabalho.

Desta forma, identifica-se a necessidade de melhorias, que podem vir de diversas formas:

 treinamentos,
 aplicação de regras de limpeza e organização
 aquisição de equipamentos para tornar o trabalho mais seguro
 mudança de procedimento de trabalho
 etc
Diferenças entre “acidente”, “incidente” e
“circunstância indesejada”.
Uma dúvida recorrente sobre o tema, é a diferença
entre “acidente”, “incidente” e “circunstância indesejada”. De acordo com a fonte
“GUIA DE ANÁLISE DE ACIDENTES DO TRABALHO, do MINISTÉRIO DO
TRABALHO E EMPREGO – MTE“, podemos definir esses 3 conceitos da seguinte
maneira:

Acidente
X Incidente X Circunstância indesejada

1. ACIDENTE: ocorrência que resulta em danos à saúde ou integridade física de


trabalhadores ou de indivíduos do público. Exemplo: andaime cai sobre a perna de um
trabalhador que sofre fratura da tíbia.
2. INCIDENTE: ocorrência que, sem ter resultado em danos à saúde ou integridade física
de pessoas, tinha potencial para causar tais agravos. Exemplo: andaime cai próximo a
um trabalhador que consegue sair a tempo e não sofre lesão.
3. CIRCUNSTÂNCIA INDESEJADA: condição, ou um conjunto de condições, com
potencial de gerar acidentes ou incidentes. Exemplo: trabalhar em andaime fixado
inadequadamente (instável).

Sobre o guia do MTE e porque você deve


baixar agora
Esse guia é uma ótima referência para o Profissional SST que precisa fazer análise de
acidentes de trabalho. Você pode baixá-lo gratuitamente na internet, em formato PDF.

Ele tem como objetivo apoiar empresas, instituições, órgãos públicos, profissionais de
segurança e saúde no trabalho e os auditores fiscais do trabalho (AFT) na análise de
acidentes de trabalho.

Na verdade, o conteúdo pode ser usado para analisar quaisquer eventos adversos.
Também são apresentados aspectos relativos à prevenção e à gestão de segurança e saúde
no trabalho.

Veja na imagem abaixo a capa do PDF.


Capa do Guia de
Análise de Acidentes de Trabalho

Segundo o guia, uma investigação efetiva requer uma metodologia estruturada para a
coleta, organização e análise das informações.

A investigação de eventos adversos envolve quatro etapas, apresentadas a seguir:

Etapas da análise de acidentes de trabalho


 Etapa I Coleta de dados
 Etapa II Análise das informações
 Etapa III Identificação de medidas de controle
 Etapa IV Plano de ação

Base legal (Normas Regulamentadoras)


As Normas Regulamentadoras Atualizadas (NRs), consistem em obrigações, direitos e
deveres a serem cumpridos, tanto por empregadores, quanto por trabalhadores. Elas
possuem como principal objetivo, garantir um ambiente de trabalho sadio e seguro,
prevenindo a ocorrência de acidentes e doenças de trabalho.

Segundo as NRs, a análise de acidentes de trabalho é uma ferramenta essencial. Em


várias NRs é possível encontrar menção a ela, mas eu vou citar aqui 3 NRs bem
conhecidas por nós:

NR-01 (GRO)
A NR-01 GRO é a mais importante, não só porque é a primeira. Mas também porque
apresenta os fundamentos do Gerenciamento de Riscos Ocupacionais e também os
requisitos do Programa de Gerenciamento de Riscos, o famoso PGR.
[Atenda Mais Clientes, Fature Alto E Torne-Se A Maior Referência Na Elaboração De PGRs Da Sua Região Com O PGR Na
Prática!]

E é logo na NR-01 que temos a primeira citação nas NRs sobre a obrigatoriedade da
análise de acidentes de trabalho, veja:

“1.5.5.5.1 A organização deve analisar os acidentes e as doenças relacionadas ao trabalho.”


NR-01

NR-04 (SESMT)
A NR-04 SESMT traz os requisitos para o dimensionamento do SESMT (Serviços
Especializados em Segurança e Medicina do Trabalho). E novamente aqui temos outra
menção a obrigatoriedade da análise de acidentes de trabalho. Veja:

“g) promover a realização de atividades de orientação, informação e conscientização dos


trabalhadores para a prevenção de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho;”
NR-04 SESMT item “4.3.1 Compete aos SESMT”

Veja também:

[NR-04 SESMT – Guia Para Iniciantes]


NR-05 (CIPA)
A NR-05 CIPA traz os requisitos para o dimensionamento da CIPA (Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes). A CIPA é constituída por representantes dos empregados e do
empregador.

E aqui também emos outra menção a obrigatoriedade da análise de acidentes de trabalho.


Veja:

“f) acompanhar a análise dos acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, nos termos da
NR-1 e
propor, quando for o caso, medidas para a solução dos problemas identificados;”
NR-05 CIPA item “5.3.1 A CIPA tem por atribuições:”

Outras NRs também mencionam análise de acidentes de trabalho, mas não vou citar
todas aqui para não me estender demais.

Qual o papel da CIPA e do SESMT?


A CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – tem como objetivo promover a
saúde e garantir a proteção dos trabalhadores, prevenindo acidentes, preservando a saúde
e a integridade física.

Além de promover a segurança do trabalho, esta comissão deve agir acompanhando a


análise de acidentes de trabalho, eliminando situações ou condições de riscos que os
funcionários possam estar expostos em seu dia-a-dia.

E cabe a CIPA cobrar dos responsável a realização da análise de acidentes de trabalho,


caso não estejam sendo feitas.
Análise de acidentes
de trabalho – o papel da CIPA e do SESMT

O SESMT – Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho


– tem como principal função proteger a integridade física dos trabalhadores. E assim
evitar acidentes de trabalho por meio de alertas e instruções para os funcionários sobre o
aparecimento de novas doenças ocupacionais e riscos relacionados à sua atividade de
trabalho.

Faz parte das atividades dos SESMT a orientação dos trabalhadores quanto ao uso dos
equipamentos de proteção individual, assim como o registro adequado e análise de
acidentes de trabalho. Além disso, presta assistência aos trabalhadores vítimas de
acidentes de trabalho ou com sintomas das doenças do trabalho.

A diferença entre eles, consiste no fato do SESMT deve ser composto apenas por
profissionais especializados em segurança e saúde no trabalho, enquanto a CIPA pode ser
composta por profissionais especializados e não especializados em SST.

Tanto a CIPA quanto o SESMT devem trabalhar em conjunto para elaboração de análise
de acidentes de trabalho. E mais do isso, devem garantir a implantação de medidas para
que eles não se repitam, ou seja, implementar medidas corretivas.
Por que fazer análise de acidentes de
trabalho?
São muitos os motivos, mas vamos enumerar alguns:

 Prevenção de outros eventos adversos, similares ou não, que possam ter os mesmos
fatores geradores;
 Prevenção de danos ambientais e de impactos negativos na imagem da empresa;
 Evitar perdas econômicas geradas pela redução da capacidade produtiva decorrentes de
eventos adversos repetidos e por indenizações;
 Ampliação das habilidades de solução de problemas;
 Revelar as maneiras nas quais as pessoas estão expostas a riscos que podem afetar sua
segurança e saúde;
 Compreensão do que ocorreu e de como o trabalho realmente aconteceu e de como e
porque as coisas deram errado;
 Identificar as deficiências no controle de riscos no trabalho de forma a possibilitar
alterações e melhorias;
 Permitir a troca de informações sobre os riscos entre empresas, fabricantes e
fornecedores.

Como fazer análise de acidentes de trabalho?


Um funcionário acabou de sofrer uma lesão no ambiente de trabalho e, ferido, recebeu os
cuidados médicos adequados. O que você faz em seguida? O fato é, análise de acidentes
de trabalho mal feitas, podem causar mais acidentes! Isso porque, provavelmente, as
causas-raiz não foram identificadas. Sem esta análise correta, suas ações corretivas
podem ser apenas suposições, pois é ela que avalia qualitativa e quantitativamente os
riscos.

 Se você preparou um procedimento de análise de acidentes de trabalho com


antecedência, se sentirá confiante de que está tomando as medidas corretas para
investigar e resolver as causas, para que possa evitar problemas semelhantes no futuro.

As técnicas de análise de acidentes de trabalho são imprescindíveis para se prevenir


acidentes, ou a repetição deles, e saber qual medida corretiva colocar em prática. Para a
investigação reativa, eu chamo atenção para 2 métodos são:

 Relatório textual e fotográfico


 Diagrama Causa-Efeito ou Ishikawa ou Espinha de Peixe.

Diagrama espinha de peixe ou Ishikawa


Uma técnica das mais utilizadas e que gostaria de aprofundar, é a metodologia da Árvore
de Causas também conhecido como diagrama Ishikawa ou espinha de peixe.

Ela visa identificar fatores que antecederam o incidente ou acidente de trabalho, através
da reconstrução minuciosa e com a maior exatidão possível da história do acidente. O
objetivo é identificar o ponto de desvio do processo habitual que originou a ocorrência
indesejada.

Espinha
de peixe ou Causa/efeito

Este método pode ser subdivido em quatro fases:

1. Coleta e organização de dados (buscar informações): Os acidentes devem ser


investigados imediatamente. Fale com as testemunhas, tire fotos e revise os registros de
manutenção e treinamento.
2. Análise das informações (compreender o problema): Deve-se classificar cada fator que
pode ter influenciado no acidente. Pode-se organizar seis diferentes elementos:
indivíduo, tarefa, matéria-prima, equipamento, local de trabalho e gerenciamento.
3. Identificação e interpretação das medidas de controle (elaborar um diagrama de árvore
de causas): Ao identificar a(s) causa(as), você pode reduzir o risco de ocorrência de um
incidente ou acidente semelhante. A investigação de acidentes e a elaboração do
diagrama de árvore de causas, leva em conta quatro possíveis causas:

1. Equipamento: Está funcionando corretamente? As proteções e outras precauções de


segurança estão presentes e funcionando?
2. Comportamentos de risco: Houve procedimentos de segurança que não foram
implementados? Os procedimentos de segurança são aplicados rotineiramente? O
funcionário trabalhava sozinho?
3. Pessoal: O funcionário foi devidamente treinado para este trabalho específico? Em qual
turno o funcionário estava trabalhando e quanto tempo durou o turno do funcionário? O
funcionário estava usando equipamento de proteção individual?
4. Ambiente: A área de trabalho foi devidamente iluminada? As superfícies de trabalho e o
chão estavam livres de desordem? O barulho foi um problema? E quanto a produtos
químicos ou poeira? O espaço era suficiente para realizar a tarefa? O espaço de trabalho
foi ajustado às necessidades ergonômicas do funcionário?

4. Plano de ação: Aqui é o ensejo para aprender com o ocorrido e tomar medidas que
previnam novas ocorrências. Faça recomendações para remediar cada uma das possíveis
causas identificadas. O plano de ação deve ter qualidades “MARCANTES” (M – A – R
– Cant – ES) para ser bem sucedido: Mensurável, Acordado, Realista, ter Cronograma e
ser Específico. Por exemplo, você pode sugerir mudanças em máquinas, procedimentos
de trabalho, treinamento de funcionários, processo de segurança ou pessoal. Ao analisar
minuciosamente todos os fatores que contribuem para um acidente de trabalho, você
será capaz de eliminar os riscos e fazer mudanças que podem prevenir uma lesão futura.

Relatório textual e fotográfico simples


O objetivo da equipe de investigação é de descrever fatos apresentados, discutir as
implicações do acidente de trabalho sobre a prevenção, identificar os aspectos
organizacionais do trabalho e a concepção dos equipamentos; fatores que podem indicar
caminhos para a melhoria da saúde dos trabalhadores e segurança durante as atividades
laborais.

Como explicado anteriormente, podem ser usadas como instrumentos auxiliares na


investigação:

 entrevista com trabalhadores;


 entrevista com gestores, chefes de turno, supervisores, etc;
 análise de documentos;
 fotografias ou filmagens;
 estudo da situação do trabalho;
 visitas ao local onde ocorreu o acidente;
 etc.

Sendo assim, um relatório de análise de acidentes de trabalho deve ser organizado,


basicamente, da seguinte forma:

1. Dados do empregador;

I – IDENTIFICAÇÃO DA
EMPRESA
(  ) Sim   (  ) Não   Caso seja terceirizada
Terceirizada
identificar, também a contratante

Razão Social:    

Número de
CNPJ    
Funcionários

Ramo de Atividade     CNAE  

Endereço   Número  

Bairro   CEP  

Município   Telefone  
Relatório de análise de acidentes de trabalho – identificação da empresa

 Informações sobre o acidente do trabalho;

II – DADOS SOBRE O
ACIDENTE

(  ) Grave   (  ) Fatal   (  ) Com crianças


Tipo
e adolescente

Número de Acidentados   Data   Hora

Após quantas
Local/ Setor da empresa    
horas trabalhadas

Houve atendimento médico (  ) O atendimento foi de caráter Serviço de Saúde


 
Sim   (  ) Não emergencial (  ) Sim   (  ) Não de Atendimento

Natureza da Lesão (  ) Contusão  (  )


Fratura  (  ) Queimadura  (  ) Causa do óbito no caso de Acidente
 
Ferimentos (  ) Cortantes  (  ) Fatal:
Amputação  (  ) Outro, citar               

Processo de trabalho

O acidentado sofreu acidente de Outros trabalhadores já sofreram


trabalho nos últimos 6 meses (  ) acidentes na empresa e ou no setor ( 
Sim   (  ) Não ) Sim   (  ) Não

Frequência de
Houve treinamento para o Houve atualização do treinamento ( 
atualização do  
acidentado (  ) Sim   (  ) Não ) Sim   (  ) Não
treinamento

Havia o uso de
Possui Ordem de Serviço (  ) Sim  
Possui PPRA  (  ) Sim   (  ) Não EPI  (  ) Sim   (  )
(  ) Não
Não
Existe a comunicação/identificação
Há metas ou exigências de
dos riscos da atividade (  ) Sim   (  )
produção (  ) Sim   (  ) Não
Não
Relatório de análise de acidentes de trabalho – informações sobre o acidente

 Informações sobre o acidentado;

III – IDENTIFICAÇÃO DO(S) ACIDENTADO(S)

Nome  

Doc.de Identidade   CPF  

Estado Civil   Escolaridade  

Data de Nascimento   Sexo  

Ocupação   Idade  

Data de Admissão   Tempo na função  

Endereço   Número  

Bairro   CEP  

Município   Telefone  
Relatório de análise de acidentes de trabalho – informações do acidentado

 Descrição do local do acidente.

Por exemplo: “O local era composto por três galpões onde o trabalhador realizava a
trocas das telhas. O galpão onde ocorreu o acidente já estava com as telhas trocadas e o
trabalhador estava caminhando sobre esta telha quando a mesma ruiu ocasionando sua
queda e lesão…”

 Descrição da atividade.

Por exemplo: “A atividade que o trabalhador executava na hora do acidente, era realizar a
retirada das telhas antigas, a aproximadamente 10 metros de altura e a substituição por
telhas novas. As telhas novas eram amarradas a uma corda e içadas por uma roldana
fixada nas tesouras de concreto”…

 Descrição do acidente.

Por exemplo: “O acidente ocorreu no telhado de um dos galpões que já possuíam as


telhas trocadas. O trabalhador estava caminhando sobre o telhado novo, sem a utilização
de equipamentos de proteção, quando a telha em que pisava ruiu”…
 Fatores que contribuíram para ocorrência do acidente

Por exemplo: “Deixar de instalar cabo-guia ou cabo de segurança para fixação de


mecanismo de ligação por talabarte acoplado ao cinto de segurança tipo paraquedista, no
trabalho em telhados ou coberturas. Realizar serviço de execução ou manutenção ou
ampliação ou reforma em telhado ou cobertura sem que sejam precedidos de inspeção e
de elaboração de Ordens de Serviço ou Permissões para Trabalho, contendo os
procedimentos a serem adotados. Deixar de promover treinamento teórico e prático para
trabalho em altura. Deixar de exigir o uso dos equipamentos de proteção individual…”

 Condutas da auditoria fiscal do trabalho (AFT)

Caso o acidente tenha levado a uma visita de AFT, você pode registrar a conduta. Por
exemplo: “Após a inspeção física e verificação do maior número possível de documentos
no local, a auditoria fiscal do trabalho chegou à conclusão de que a situação de momento
no local, para execução de trabalho na obra, consistia em risco grave e iminente a
segurança dos trabalhadores, especificamente quanto à ausência de equipamentos de
segurança, treinamentos, sinalização e procedimentos de trabalho. Assim, procedeu-se a
lavratura de Termo de Embargo de todo e qualquer trabalho na obra…”

 Medidas adotadas pela empresa

Por exemplo: “A empresa está adotando as seguintes medidas para evitar novas
ocorrências; – Reciclagem de treinamentos da NR35, NR18, NR10 e demais normas
relacionadas aos procedimentos da construção civil. – Acompanhamento de um
profissional técnico de segurança no trabalho para verificar e exigir o uso de todos
os equipamentos de proteção individual durante o trabalho, realização de mapas de risco
e demais procedimentos de segurança no trabalho…”

Um relatório fotográfico e textual é uma ótima forma de fazer análise de acidentes de


trabalho, sem cair nas complicações da árvore de causa e efeito.

O importante da análise de acidentes de trabalho é o resultado dela, ou seja, as medidas a


serem adotadas para que não se repita mais. O método adotado é secundário.

Aprenda a fazer Análise de Acidentes de


Trabalho
As situações de acidente são todas diferentes e as ações apropriadas podem diferir com
base nas especificidades. É de suma importância que o profissional SST responsável pela
análise de acidentes de trabalho seja capacitado e esteja bem treinado. Especialize-se no
assunto com o nosso curso de Análise de Acidentes de Trabalho.
Sabe quanto custa esse curso? Ele é dado de graça, sim, é um BÔNUS no nosso Pendrive
Especialista GRO/PGR.

O que nunca fazer na análise de acidentes de


trabalho?
Bem, esse vai ser um tópico polêmico.

Precisamos agora abrir um debate sobre o tal do ato inseguro.

Qual o problema do ato inseguro?


Muitas empresas começaram a usar o ato inseguro para colocar a culpa do acidente no
trabalhador.

Aconteceu um acidente? Pronto, foi ato inseguro do trabalhador.

Assunto encerrado, a empresa não precisa mudar nada, vida que segue.

Infelizmente esse conceito de ato inseguro foi deturpado.

No acidente de trabalho a culpa nunca é do trabalhador. Na análise de acidentes de


trabalho busque sempre chegar nas causas raiz, e nunca atribua a culpa ao trabalhador.
Pois se este cometeu um erro, é porque, no final das contas, a empresa falhou em algum
momento antes.
O
problema do ato inseguro

Pense nisso!

Existe sigla para análise de acidentes de


trabalho?
Não existia, mas quando eu criei o meu curso Especialista GRO/PGR eu me senti quase
que obrigado a criar uma sigla: AAT. Bom, na verdade eu não posso dizer que eu
inventei, não existe patente para siglas.

Mas eu nunca havia visto ninguém se referir a análise de acidentes de trabalho como
AAT, então, eu acho que inventei, mas não posso garantir.

E já tem gente por aí usando essa sigla, que ótimo! Sinal que estão aprendendo com meus
conteúdos 😉

Confira também: Siglas de segurança do trabalho

Para aprender mais


SST é uma área muito abrangente e complexa. Aqui no Blog Escola da Prevenção você
encontra conteúdo relevante e gratuito. Visite os posts indicados abaixo para continuar
aprendendo.

Análise custo X benefício na segurança do trabalho


Análise preliminar de risco – APR

PGR – Programa de gerenciamento de riscos

Normas Regulamentadoras Atualizadas

“GUIA DE ANÁLISE DE ACIDENTES DO TRABALHO, do MINISTÉRIO DO


TRABALHO E EMPREGO – MTE“. Trata-se de um PDF que eu amo e vai ser muito
útil para você também. Parte do que apresentei aqui tem como fonte esse guia.
TEXTO 4

Formulário de Investigação de
Acidentes do Trabalho: o que não
pode faltar?
Você sabe realizar um Formulário de Investigação de Acidentes do Trabalho eficaz?
Existem algumas informações que não podem ficar de fora deste documento, e hoje
vamos mostrar com detalhes quais são e o porquê de serem essenciais neste processo.

A Segurança do Trabalho é primordial para garantir o bom funcionamento de uma


empresa e a qualidade de vivência dos colaboradores neste ambiente, evitando qualquer
acidente que possa vir acontecer com estas pessoas. Mas, sabemos que nem sempre é
possível prever e evitar estes acidentes. 
Investigação de Acidentes do trabalho

Mesmo com todos os cuidados, eles acontecem, e a partir deste momento devem ser
tomadas medidas que vão auxiliar na resolução desta ocorrência, tanto para prover o
necessário ao acidentado, quanto para identificar possíveis falhas do sistema
pelos profissionais de Segurança do Trabalho.

Neste momento, é hora de realizar o Formulário de Investigação de Acidentes do


Trabalho. Uma análise detalhada das condições do ambiente e indivíduo, que vai conter
todas as informações importantes para as próximas medidas cabíveis. 

Esse texto é um guia para o preenchimento de formulário de investigação de acidentes do


trabalho. Leia até o final e saiba os detalhes essenciais que não podem faltar na hora de
realizar a análise do caso e esteja preparado para os desafios da SST em 2023.

O que pode ser considerado um acidente do


trabalho?
Antes de ver os detalhes do Formulário de Investigação de Acidentes do Trabalho,
devemos entender o porquê ele existe. Chamamos de Acidente do Trabalho tudo aquilo
que ocorre com o empregado no exercício da sua atividade profissional e que lhe cause
algum dano, como lesão corporal, dano, perturbação funcional, doença ocupacional
afastamento temporário ou permanente, ou até mesmo a morte. 

Investigação de Acidentes do trabalho

Digamos que tudo o que venha a interromper o processo normal de uma atividade do
colaborador, pode ser considerado evento adverso e exigirá algumas medidas para ser
evitado e analisado, caso venha a acontecer.

O evento adverso pode ser: acidente, incidente ou quase acidente. O ideal é que todos
sejam analisados, mas, ao pé da letra das regulações da NR-01, apenas os acidentes
precisam ser analisados. Toda esta análise deve ser realizada em conjunto com os
colaboradores que fazem parte do setor atingido e pessoas que estavam no momento, a
fim de que sejam encontradas as respostas necessárias.

Por que fazer investigação de acidentes de


trabalho?
A investigação de acidentes do trabalho é muito importante para evitar recorrência, ou
seja, para evitar que o acidente aconteça de novo. Sempre que acontecer um acidente, é
de suma importância iniciar imediatamente a investigação para que evidências
importantes não sejam perdidas.
Isso para mim já seria motivo suficiente, mas, se for necessário, vou te dar dois
argumentos baseados na legislação: investigar acidente de trabalho é dever do SESMT e
da CIPA! (você pode comprovar consultando a Norma Regulamentadora 04 e Norma
Regulamentadora 05). Use esse material gratuito para fazer sua investigação de acidentes
do trabalho. 

Para que quando haja algum acidente na sua empresa você possa usar este modelo que
vamos apresentar abaixo e alguns cuidados que são precisos tomar no momento de
realizar a Investigação de Acidentes do Trabalho, saber exatamente o ocorrido, quais são
as tratativas com a área médica no atendimento e demais procedimentos que devem ser
adotados.

Investigação de Acidentes do Trabalho

Muito bem, sem mais delongas, vamos ao que interessa. A seguir vou destrinchar o
documento em várias partes e comentar sobre cada uma em separado, para que você
possa entender todos os passos e preencher da forma correta.

Formulário de Investigação de Acidentes do


Trabalho
É uma ficha relativamente simples, e hoje existem diversas ferramentas que podem ser
utilizadas para realizar a investigação de acidentes do trabalho. Apesar de simples, exige
algumas informações para que sejam montados os indicadores e a identificação do
ocorrido da melhor maneira possível. 
Lembrando que o objetivo desta investigação não é achar um culpado, mas identificar o
que ocorreu, talvez por uma possível falta de treinamento, falta de manutenção,
sinalização, medidas administrativas ou qualquer outro fator que possa ter contribuído no
acidente. O causador do acidente nem sempre é uma pessoa, mas um item fora da ordem
ideal.

1 e 2 – Dados iniciais e do acidentado


Nesse momento inicial você deve identificar o acidentado e o acidente. Informe data e
hora do acidente, local de ocorrência, se houve óbito, nome, matrícula, função, etc. Essas
são informações básicas e primordiais para a primeira identificação.

Como fadiga (após longas horas de trabalho) e distração (logo no início do turno) são
causas comuns de acidentes, anote também após quantas horas de trabalho ocorreu o
acidente.

3 a 6 – Atendimento médico
Aqui você vai dar dados que serão fornecidos pela área médica. Ou seja, ao encaminhar-
se ao ambulatório ou hospital, o responsável pelo preenchimento do formulário vai estar
junto ao médico registrando as informações sobre o estado da vítima.

Indique que tipo de cuidados foram tomados, qual a área do corpo foi tratada, que
medidas de primeiros socorros foram tomadas, se foi levado para hospital, e também
estimativas de quantos dias haverá de afastamento se for o caso.
Informe também se há alguma restrição para o retorno ao trabalho e se há necessidade de
mudança de função. Esses detalhes deixarão os próximos passos mais esclarecidos para a
organização do grupo a partir do acontecido.

7 a 10 – Descrição do evento
Na segunda página, nos campos 7 a 10, temos a etapa mais descritiva do formulário. Faça
uma descrição sucinta, mas sem esquecer detalhes relevantes. Indique os fatores que
contribuíram para a situação, ou seja, qualquer fator que tenha contribuído para o fato.

Relate se houve algum desvio em relação a procedimentos existentes. Em outras


palavras, o acidentado trabalhou conforme os procedimentos e mesmo assim ocorreu o
acidente? Se não, de que maneira ele desrespeitou o procedimento?
Se houve desvio de procedimento, por que motivo ocorreu o desvio. Você pode usar
entrevistas com testemunhas. Pode também buscar vídeos no sistema interno de
segurança, se houver.

11 – Onde houve a falha?


Nesse campo, você vai identificar e marcar um ou mais elementos da segurança onde
pode ter ocorrido a falha. Fatores que vão desde procedimentos técnicos à falhas na
comunicação entre os funcionários do setor. 
Se deseja realizar um formulário de Investigação de Acidentes do Trabalho bem feito,
deve ser detectado a causa raiz do problema, especialmente para evitar recorrências. Aqui
é onde você pode encontrar esta resposta.

Um bom Programa de Gerenciamento de Riscos, ou PGR, pode ser essencial para


entender quais os principais fatores de risco de um determinado ambiente antes que um
acidente aconteça. 

12 – Resultado da investigação
A área de resultado da investigação será a conclusão baseada em todas as informações
prestadas acima. Nesse campo, você deve apontar as causas do acidente, o que levou a
acontecer e o porquê.

Se possível, fale com o acidentado para recolher as informações e condições que se


encontrava quando ocorreu o episódio, dando o máximo de detalhes que podem ser
usados para o preenchimento de demais áreas. 
13 e 14 – Registro de perdas
Registre as perdas que o acidente trouxe para a empresa. É importante evidenciar os
prejuízos causados, tais como as perdas reais, potenciais e desvio

O preenchimento deste campo serve também para reforçar a necessidade da próxima


etapa, que é a das ações que serão tomadas após a realização da Investigação de
Acidentes do Trabalho.

15 e 16 – Ações pós investigação


Esses campos talvez sejam os mais importantes. Afinal, para que se faz a investigação?
Para entender detalhadamente e corretamente o que ocorreu, para então, melhorar o
método de trabalho de forma que um acidente futuro não volte a ocorrer.
Então aqui deveremos registrar as ações que iremos tomar, e também o responsável e o
prazo de implementação. Muito importante também registrar como as ações serão
auditadas para verificar se foram de fato implementadas.

17 a 19 – Encerramento
Muito importante registrar os profissionais que participaram da investigação. Caso
consultores externos tenham sido usados também pode-se registrar aqui.
Você deve datar o relatório. Havendo a necessidade de uma revisão caso surja um novo
dado no futuro, este dado também deve ser documentado e poderá ser arquivado como
anexo posteriormente.

Como tornar a Investigação de Acidentes do


Trabalho efetiva?
O primeiro passo para que uma Investigação de Acidentes do Trabalho seja efetiva e que
o setor contribua para o formulário, é mudar a cultura organizacional de que este
preenchimento é uma burocracia cansativa e desnecessária. Muito pelo contrário, a
abertura do CAT e todas as informações são extremamente essenciais para o bom
funcionamento da empresa e prevenção de novos incidentes.
Investigação de Acidentes do trabalho

Baseie-se no fato de que o seu trabalho vai salvar vidas e tornar este ambiente seguro
para os colaboradores que estão à frente dos processos mais arriscados. Uma análise bem
feita poupará que pessoas sejam feridas ou até mesmo venham a óbito, além de
proporcionar que aquele ambiente viva em seu perfeito funcionamento, sem desfalque de
trabalhadores. 

Outro passo é a importância de levar a investigação a sério, coletando evidências do local


e testemunhas sempre que possível. Esteja em cima de fatos e não realize pré-
julgamentos. Dessa forma, estará aberto a receber as informações reais do
acontecimento. 

Por fim, a CIPA, SESMT e toda a organização deve estar comprometida com a cultura de
bem-estar dos seus funcionários, facilitando os processos burocráticos e tornando todos
os membros importantes para o bem-estar geral da organização.

Leia também: 22 Documentos de Segurança do Trabalho Segundo as NRs

CAT: Comunicação de Acidente de Trabalho


A CAT é o que chamamos este comunicado de acidente do trabalho pelas empresas ou
empregadores, sob pena de sofrer algumas consequências. Baseado na legislação Nº
8213/91: 

“Art. 22.  A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente do


trabalho à Previdência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso
de morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite
mínimo e o limite máximo do salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas
reincidências, aplicada e cobrada pela Previdência Social.”

Segundo este artigo, o comunicado deve ser realizado em qualquer caso que o
colaborador tenha sofrido um acidente de trabalho, seja ele de qualquer espécie. Então,
veja abaixo a importância de realizar a Investigação de acidentes do trabalho.

Investigação de Acidentes do trabalho

A investigação do acidente de trabalho tem um caráter prevencionista, ou seja, evitar que


ocorra de novo. Já a CAT é uma obrigação legal da empresa para atender a legislação
previdenciária. Aqui deixamos em detalhes os motivos para realizar uma Análise de
Acidente de Trabalho. A CAT por si só não ajuda na prevenção, mas deve ser feita visto
que é uma obrigação legal.

Perguntas frequentes
Algumas perguntas são frequentes entre profissionais de Segurança do Trabalho que
desejam realizar os processos e análises dentro de todas as regularidades, e sempre
deixamos aqui as respostas que podem ajudar você a tirar suas dúvidas sobre o
Formulário de Identificação de Acidentes do Trabalho e demais procedimentos.

1. Qual a primeira atitude quando acontece um acidente?


O Formulário de Investigação de Acidentes do Trabalho é super importante de ser
realizado assim que se tem ciência do ocorrido. Mas destacamos que a prioridade
no momento é o atendimento à vítima e encaminhamento direto ao ambulatório ou
hospital. Por isso, o técnico de Segurança do Trabalho deve estar habilitado a
realizar os primeiros socorros, bem como é interessante passar essa instrução a
todos os demais funcionários. 
2. Quem deve conduzir a investigação de acidentes do
trabalho?
Conforme é encontrado na Norma Regulamentadora 04: “4.3.1 Compete aos
SESMT: i) conduzir ou acompanhar as investigações dos acidentes e das doenças
relacionadas ao trabalho, em conformidade com o previsto no PGR”. Segundo a
legislação, o SESMT e a CIPA devem realizar as análises de acidente de
trabalho. Saiba tudo sobre esta norma: NR-04 SESMT – Guia Para Iniciantes e
Profissionais SST 

3. Acidente de trajeto abre CAT?


A Lei 8.213/91 – art.21 já classifica há muitos anos como espécie de acidente de
trabalho o acidente de trajeto. Porém, em 2019 houve uma medida provisória (MP
905/19), tentando estabelecer o Contrato de Trabalho Verde e Amarelo.
Esta medida trouxe a flexibilização de diversos direitos trabalhistas e entre eles as
regras para acidentes de trajeto. Mas esta lei vigorou apenas entre 12 de novembro
de 2019 a 20 de abril de 2020. Mas, para período posterior, a regra vale conforme
já estava previsto anteriormente. O CAT deve ser aberto em casos de acidente de
trajeto.

4. Acidente de trabalho sem afastamento abre CAT?


De um modo geral, muitas empresas não abrem CAT pelo acidente não gerar
afastamento, pressupondo alguma vantagem inexistente. Mas baseado na lei Nº
8213/91, que já citamos algumas vezes neste artigo, não há distinção alguma sobre
casos que devem ou não ser comunicados. Ou seja, todos os acidentes devem ser
comunicados com realização do Formulário de Investigação de Acidentes do
Trabalho.
TEXTO 5

DA DECISÃO DE INVESTIGAR O ACIDENTE

A tabela abaixo te ajudará a determinar o nível da análise de acidente mais apropriada para o nível do evento
adverso ocorrido.É importante lembrar que mesmo um acidente leve acontecido hoje, pode ter potência para se
tornar um grave acidente amanhã.

Mesmo acidentes que não causaram vítimas hoje, por uma questão de sorte, podem vitimar gravemente uma ou
mais pessoas amanhã.

INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO EM NÍVEL MÍNIMO


Em uma análise de acidente mínima, serão observadas as circunstâncias em que o acidente aconteceu para
aprendizado. Buscando evitar que o mesmo se repita.

INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO EM NÍVEL BAIXO

Numa investigação de acidente em nível baixo já devemos buscar envolver as lideranças do setor.Já devemos
mergulhar de forma mais profunda na análise em si, para aprender as lições gerais deixadas pelo acidente.

INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO EM NÍVEL MÉDIO

Uma análise de acidente em nível médio deve envolver ainda mais o superior e todas as lideranças formais e
informais da empresa.O foco deve ser encontrar as causas imediatas, subjacentes e raízes do acidente.

INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO EM NÍVEL ALTO

Uma investigação de alto nível envolverá uma investigação em equipe.

Envolvendo, por exemplo, os líderes formais e informais do setor, de preferência, envolver alguns dos
empregados também, os consultores de saúde e segurança.

Será realizado sob a organização do setor de segurança, e procurarão as causas imediatas, subjacentes e causas
raízes.

CAUSA DOS EVENTOS ADVERSOS

Eventos adversos podem ter muitas causas. O que na linguagem popular pode ser visto como má sorte, nas
análises de acidente é visto como falha, erros, desvios…

Muitos dos erros e falhas cometidos no ambiente de trabalho quase inevitavelmente levar ao evento adverso.

– Causas imediatas: o agente de lesão ou doença (a lâmina, a substância, a poeira, etc.);

– Causas subjacentes: atos inseguros e condições inseguras (sistema de barreiras removido, a ventilação
desligada etc.);

– Causa raiz: a falha da qual todas as outras se alimentam. Essa é sempre a principal a ser combatida (estrutura
de andaime mal dimensionada, falta de aterramento de equipamento elétrico, falta de escoramento em corte de
terras, etc.).

Para se livrar das ervas daninhas, você deve desenterrar a raiz. Se você apenas cortar a folhagem, o erva
daninha vai crescer novamente.

.
Da mesma forma para evitar acidentes de trabalho (eventos adversos) é importante fornecer medidas eficazes
de controle de risco. Medidas que abordem as causas imediatas, subjacentes e raízes.

INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO – O ENVOLVIMENTO DAS PARTES

Todas as empresas que possuem uma gestão de SST madura possuem algo em comum: a segurança do trabalho
não patrimônio apenas do setor de SST.

Quanto mais o setor de SST busca resolver tudo sozinho, mais isolado e fraco ele fica!

INVESTIGAÇÃO DE INCIDENTES

Enquanto a análise de acidentes de trabalho se mostra um fato importante, é preciso lembrar que analisar
incidentes também é importante.Essa é uma ferramenta pouco utilizada, mas, muito poderosa!A própria
Pirâmide de Bird apresenta uma preocupação muito grande com os incidentes. E mostra que em muitos casos,
para um incidente se tornar um acidente faltou apenas sorte.

O QUE UMA BOA ANÁLISE DE ACIDENTE ENVOLVE?

A investigação deve envolver a análise de todas as informações disponíveis.A cena do acidente (aspecto físico),
entrevista com testemunhas (verbalização), análise dos riscos, processos de trabalho, manuais da empresa
(escrita).

Com base nas informações levantadas descobrir o que saiu errado. E descobrir os passos para evitar que o
acidente ocorra novamente.

O OJETIVO DA ANÁLISE DE ACIDENTES NÃO É BUSCAR CULPADOS

Uma investigação de acidentes que conclui que operador errou raramente é aceitável. A menos que o acidente
tenha sido criminoso!

Um erro humano é geralmente resultado de uma situação que um operador ou uma equipe não puderam fazer o
que era certo por razões ligadas a concepção, interface, a organização, a formação, etc.

Um trabalhador que coloca que ao colocar sua mão numa área cortante de uma máquina (mesmo recebendo
orientação para não fazê-lo), e por isso tem sua mão amputada nem sempre será o culpado pelo próprio
acidente.

Em muitos casos a própria empresa patrocina o comportamento inseguro e irresponsável do empregado.


.

Ela patrocina ações inadequadas, por exemplo, quando sabe (através do líder imediato do empregado) que ele
comete ações inadequadas (desvios) frequentemente, e mesmo assim não coíbe o comportamento.

Muitas vezes os manuais de SST da empresa são lindos, mas na prática o que se vê em relação ao ambiente é
desordem e falta de prioridades com quesitos de saúde e segurança do trabalho.

QUANDO COMEÇAR A ANÁLISE DE ACIDENTES?

A urgência de uma investigação de acidente de trabalho depende da gravidade do acidente, de quem são os
envolvidos (se estão presentes ou quando estarão presentes).

Tão logo a correria de socorro ao acidentado passe, e assim que possível, o profissional de SST já deve começar
a pensar em como deverá conduzir a análise do acidente.

REQUISITOS DO INVESTIGADOR

– Capacidade lógica e dedutiva:

– Conhecimento dos processos de produção da empresa:

– Conhecimento de segurança do trabalho:

– Capacidade de diálogo mesmo em temas difíceis.

NÃO ANALISE O ACIDENTE JÁ COM UMA CONCLUSÃO PRÉ-CONCEBIDA

Um erro comum nas análises de acidente é focar o resultado da investigação em crenças pré-concebidas.

É muito difícil abandonar a primeira impressão, se você já começar a análise do acidente com uma crença pré-
concebida sobre a causa do acidente, isso pode colocar toda investigação de acidente de trabalho a perder. Seria
melhor, nesse caso, delega-la a outra pessoa…

CUIDADOS NA COLETA DE INFORMAÇÕES

A coleta de informações deve privilegiar deve ser feita pensando em encontrar todas as variáveis que levaram
ao acidente de trabalho, e sendo assim:

– Explora todas as linhas razoáveis de investigação: o avaliador não deve ficar na superfície. Deve aprofundar
na análise do acidente.

– É oportuno:
– É estruturado: definindo claramente o que é conhecido, o que não é conhecido e registra o todo o processo
investigativo:

COMO FAZER A ANÁLISE DO ACIDENTE

Agora que você já teve acesso ao mínimo de teoria necessária. Já conhecemos os cuidados que devemos adotar
para ter uma análise eficiente. É hora de estudarmos o passo a passo da investigação.

Os passos apresentados abaixo podem variar de ordem, ou mesmo inexistir em algumas investigações. Todo
esse passo a passo depende do tipo de acidente, da profundidade da investigação e de vários outros fatores.

1 – Cuidar do acidentado: obviamente se houve acidente, houve vítima. Se houve vítima, deve ser acionado os
primeiros socorros. E em caso de óbito, comunicar as autoridades competentes.

2 – Preservar a cena do acidente (se for possível): se o local do acidente é importante para a produção, em
alguns casos será impossível mantê-lo preservado por longo período.

3 – Abrir a CAT (Comunicação de Acidente do Trabalho).

4 – Anotar nomes de pessoas que viram o acidente acontecer. E se não houver, de pessoas que conversaram ou
socorreram o acidentado.

5 – Definir a linha de ação adotada na investigação:

6 – Analisar a cena do acidente: analisar o local, de preferência com escrita e registro fotográfico.

7 – Levantar dados de hora e local exato do ocorrido.

8 – Descrever as condições de trabalho: maquinário, equipamentos e postura adotada pelo acidentado no


momento do acidente.

9 – Como ocorreu o acidente: descobrir todas as possíveis causas e ir afunilando para a causa raiz do meio para
o final.

10 – Fazer simulado: peça para o acidentado ou para as testemunhas (caso o acidentado não possa fazer)
simularem a situação em que ocorreu o acidente. Mas cuidado para que na simulação não ocorra outro acidente.

Se a simulação for arriscada demais, tente simular apenas imitando.

11 – Na análise do local, descreva:

– O que poderia ter sido feito para evitar o acidente.

– As condições de trabalho ou outras que deveriam existir.

– A forma de trabalho que deveria ter sido adotada para evitar o acidente.

.
12 – Perguntas para facilitar a análise:

– Qual é o local do acidente?

– Qual parte do corpo do trabalhador foi atingida?

– Qual foi o objeto causador, penetrante, cortante, áspero, etc.?

– O maquinário ou condição de trabalho favorecia evitar o acidente? Por quê?

– O que permitiu que as condições de trabalho se tornassem ou estivessem inadequadas?

A premissa “o acidente só acontece onde a prevenção falha” deve sempre ser lembrada durante a investigação
do acidente de trabalho.

“O acidente não acontece por acaso e sim por descaso”. Nossa missão é descobrir qual foi a falha, erro,
descaso, causa raiz em questão…

– O trabalhador utilizava todos os EPIs necessários?

– Ele tinha treinamento compatível com a função?

– Os riscos do ambiente de trabalho eram conhecidos por todos?

– Algum procedimento foi ignorado por ele? Qual?

– Existiu erro do trabalhador? Qual foi esse erro?

– No dia do acidente existia alguma novidade (maquinário, condições de trabalho, etc.) interferindo na
atividade do trabalhador?

– Qual a sequência de eventos que levou ao acidente?

A ideia é que através dessas perguntas tenhamos um desenho nítido das condições de trabalho.

Tenhamos um desenho nítido do que levou ao acidente de trabalho.

CUIDE DA VERACIDADE DAS INFORMAÇÕES

Se você notar que uma testemunha relata algo contrário a que outra relatou, tente colher mais testemunhas para
ter o relato mais fiel possível do que realmente aconteceu.

CUIDADOS NA HORA DE CONVERSAR COM O ACIDENTADO

Conversar com a testemunha e ou com o acidentado deve ser feito de forma oportuna, sem pressa e nem
pressão.

.
A ideia é deixar o entrevistado à vontade, para assim conseguir o melhor desenho possível da situação em que o
acidente aconteceu.

Uma sacada importante na hora de entrevistar o acidentado ou às testemunhas é buscar fazer perguntas abertas.
Perguntas que podem ser respondidas com um simples “sim” ou “não” devem ser evitadas.

Exemplos de perguntas:

– Onde você estava no momento do acidente?

– O que você estava fazendo no momento exato do acidente?

– Explique o que você viu. Explique o que ouviu.

– Quais eram as condições do ambiente no momento da ocorrência do acidente (barulho, poeria, luminosidade,
etc.)?

– Na sua opinição o que causou o acidente?

– O que imagina que devemos fazer para evitar acidentes parecidos?

– O que mais acredita que eu deveria ter perguntado e não o fiz?

– Deseja compartilhar mais alguma informação sobre o ocorrido

FORMULÁRIO DE INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO

Você pode criar o seu ou adaptar o que disponibilizamos em nosso site.

Basta baixar e se necessário atualizá-lo com base nas necessidades e realizade da sua empresa.

Ficha de Investigação de Acidente – Download

Formulário para Investigação de Acidente de Trabalho

RECEBENDO E ANALIZANDOS OS DADOS DO ACIDENTE

A análise de acidentes acaba não na investigação, se não forem tomadas medidas para evitar que o acidente se
repita ele poderá se repetir…

É importante que todos os empregados envolvidos diretamente ou que presenciaram o acidente saibam que a
empresa estará ou está organizando e implementando ações para evitar que o acidente se repita.

Após o recebimento e análise das informações do acidente de trabalho, os profissionais envolvidos devem
caminhar no rumo de identificar a causa raiz do acidente e as subjacentes.

E logo depois do relatório, é hora de partir para as medidas de controle/correção.


.

Investigação de Acidente de Trabalho

Se a medida de controle indicada é treinamento, possivelmente isso indica que a análise do acidente de trabalho
focou em buscar um culpado e não a causa raiz…O treinamento até pode ser uma das medidas de controle, mas
nunca será a única e nem a principal!A busca por culpado pode existir se o acidente foi causado por vontade
própria ou de terceiros (se foi criminoso).

Basicamente a análise de acidente busca identificar onde o acidente aconteceu, com quem aconteceu, quando
aconteceu, porque aconteceu, e o que fazer para evitar que se repita.

RELATÓRIO DE MELHORIAS

Existem vários planos de ação interessantes. Nesse final de artigo falarei sobre o SMART e 5W2H.

Todo plano de ação precisa conter itens que “forcem” as partes relacionadas a agir. O efeito básico é esse!

META SMART

A SMART é um dos meus modos preferidos de criar plano de ação.

A meta SMART se baseia em que, toda meta deve ser:

– Specific (Específica): Ter um objetivo, um alvo bem definido.

– Mensurable (Mensurável): Ter uma ou mais formas de medir. De avaliar numericamente, se possível a
conclusão.

– Attainable (Alcançável): Se uma empresa tem em média 100 acidentes de trabalho por ano, dificulmente ela
conseguirá chegar a zero acidente já no próximo ano.

Então a meta zero acidentes para ela, dentro de uma ano, não é alcançável.

– Relevant (Relevante): Se a empresa tem média de 100 acidentes de trabalho por ano, e colocar como meta
para os próximos 3 anos, chegar a 99 acidentes de média. A princípio podemos dizer que a meta dela é
irrelevante.

– Time-Based (Temporal): Ter um prazo para andamento e conclusão do projeto ou ação.

PLANO DE AÇÃO 5W2H

Outro método interessante de plano de ação é o 5W2H. Ele busca conduzir as ações de forma lógica e
sequencial.

Você pode baixar um plano de ação como o mostrado no artigo Plano de Ação 5w2h – Planilha para baixar
grátis.
O 5w2h é um plano de ação que se baseia nas perguntas: O que? Porque? Como? Onde? Quem? Quando?
Quanto?

O 5w2h é uma forma simples de qualquer pessoa ou empresa conseguir estruturar seus objetivos, planos e
metas. E claro, é muito indicado que seja aplicado logo após a análise de acidente de trabalho.

CONCLUSÃO

A análise de acidente de trabalho é uma tarefa muito importante. Lembre-se que o objetivo não é ficar na
superfície! Não é buscar culpados ou assumir como verdade a primeira causa raiz que aparecer.

Investigação de Acidente de Trabalho

O objetivo é mergulhar a fundo é descobrir a causa ou as causas raízes para assim, poder implementar as
medidas corretivas ou de controle necessárias.As medidas de controle/correção devem ser claramente indicadas,
buscando um detalhamento tão grande ou maior do que o da investigação de acidente de trabalho.

TEXTO 6 DNV

A investigação é dirigida à definição dos fatos e circunstâncias relacionadas ao evento, à


determinação das causas, e ao desenvolvimento de ações corretivas para controlar os riscos.

Conduzir uma investigação de acidentes e quase acidentes deve englobar as seguintes


técnicas: 

 Reconhecer e usar os sete passos na reação inicial a um acidente;


 Coletar evidências usando os quatro P’s: Posição, Pessoas, Partes, e Papéis;
 Identificar e usar métodos para preservar evidências de posição;
 Usar diretrizes para uma entrevista efetiva;
 Identificar as evidências de partes;
 Identificar as evidências de papel contidas em diversos registros;
 Aplicar o Modelo de Causalidade de Perdas/Solução de Problemas para analisar as
evidências;
 Identificar as perdas, os contatos, as causas imediatas, as causas básicas e a falta de
controle no acidente (uso da Técnica de Análise Sistemática de Causas da DNV);
 Desenvolver e categorizar as ações corretivas específicas como “temporárias” ou
“permanentes”;
 Completar as informações apropriadas no relatório de investigação de acidentes.

TEXTO 7

Como é um curso

Curso Investigação e Análise de Acidente de Trabalho


Análise preliminar;
Razões para realizar a investigação de eventos adversos;
Riscos decorrentes da atividade;
Riscos ergonômicos;
Avaliação do acidente;
Análise de posto de trabalho (levantamento de peso, postura);
Equipamentos envolvidos no acidente;
Conformidade do equipamento quanto às Normas Regulamentadoras;
Aptidão do profissional;
Método Tripod;
Metodologia de investigação;
Atos inseguros;
Tipos Gerais de Falhas (TGF);
Teoria do Tripé Beta;
Medidas de prevenção de acidentes adotadas pela organização;
Consequências dos eventos adversos;
Nível dos danos causados ao trabalhador;
Possibilidade de nova ocorrência;
Construção de diagramas do evento adverso;

Complementos da Atividade:
Conscientização da Importância:
APR (Análise Preliminar de Riscos);
PAE (Plano de Ação de Emergência;
PGR (Plano de Gerenciamento de Riscos);
Compreensão da necessidade da Equipe de Resgate;
A Importância do conhecimento da tarefa;
Prevenção de acidentes e noções de primeiros socorros;
Proteção contra incêndios;
Percepção dos riscos e fatores que afetam as percepções das pessoas;
Impacto e fatores comportamentais na segurança;
Fator medo;
Como descobrir o jeito mais rápido e fácil para desenvolver Habilidades;
Como controlar a mente enquanto trabalha;
Como administrar e gerenciar o tempo de trabalho;
Porque equilibrar a energia durante a atividade afim de obter produtividade;
Consequências da Habituação do Risco;
Causas de acidente de trabalho;
Noções sobre Árvore de Causas;
Noções sobre Árvore de Falhas;
Entendimentos sobre Ergonomia;
Análise de Posto de Trabalho;
Riscos Ergonômicos;
Padrão de Comunicação e Perigo (HCS (Hazard Communiccation Standard) – OSHA;

Exercícios Práticos;
Registro das Evidências;
Avaliação Teórica e Prática;
Certificado de Participação.

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