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19/01/2023 11:02 Saúde e segurança no trabalho

Formas de prevenção de acidentes de trabalho

Introdução

Você já refletiu sobre a importância da prevenção de acidentes de trabalho no contexto


da gestão da qualidade?

O técnico em qualidade atua de modo multidisciplinar e sistêmico com todas as áreas


da organização, uma vez que os sistemas de gestão da qualidade, as certificações e
premiações da qualidade e as auditorias perpassam todos os setores da empresa e
qualquer ação terá reflexos no sistema de gestão, necessitando da atenção do técnico
em qualidade.

Além disso, é importante citar que existe uma certificação ISO (International
Organization for Standardization, ou, em português, Organização Internacional para
Padronização) específica para a saúde e segurança do trabalho (SST), é a NBR ISO
45001 – Sistemas de gestão de segurança e saúde ocupacional. Essa norma tem o
intuito de oferecer orientações para melhorar a segurança no trabalho e auxiliar na
redução de lesões e doenças no local de trabalho em todo o mundo (ABNT, 2018).

Observando os motivos supracitados, é fundamental o estudo de assuntos que reflitam


na saúde do colaborador e na promoção de um ambiente de trabalho seguro,
favorecendo a qualidade de vida no trabalho e os bons resultados organizacionais.

Em se tratando de saúde ocupacional e segurança no trabalho, o


melhor meio de atuação é a prevenção. Construir um ambiente de
trabalho adequado e com colaboradores capacitados é uma ação
relevante quando o assunto é segurança no trabalho.

Portanto, seus estudos neste conhecimento iniciarão nas formas de prevenção de


acidentes de trabalho.

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Formas de prevenção de acidentes de trabalho – Parte 1

Formas de prevenção de acidentes de trabalho – Parte 1

Veja agora um breve histórico sobre os fundamentos da prevenção e do controle de


perdas na saúde e segurança no trabalho.

No início dos anos 1930, em seus estudos, o engenheiro H. W. Heinrich trouxe como
resultado a proporção 1:29:300, ou seja, uma lesão incapacitante para 29 lesões leves
e 300 acidentes sem lesões. Essa proporção originou a pirâmide de Heinrich.

Posteriormente, o engenheiro Frank E. Bird Jr. atualizou a relação de Heinrich,


analisando mais de 90 mil acidentes durante 1959 a 1966. Bird desenvolveu a
proporção 1:100:500, ou seja, uma lesão incapacitante para 100 lesões leves e 500
acidentes com danos a propriedade.

Posteriormente, ampliando seus estudos, Bird analisou acidentes ocorridos em 297


empresas, totalizando 21 grupos de indústrias diferentes, 1.750.000 trabalhadores e 3
bilhões de horas de trabalho. Esses conceitos de Heinrich e Bird são conhecidos e
referências mundiais na área.

A figura a seguir mostra as pirâmides de Heinrich e Bird originadas a partir dos seus
estudos e que são utilizadas pelos profissionais da área.

Figura 1 – Resultados dos estudos de Heinrich e Bird

Fonte: Tavares (2017, p. 9)

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A questão principal desse estudo relaciona-se à gravidade dos acidentes de trabalho. O


conceito é o de que a ação deve ser feita na base da pirâmide, para alargá-la e evitar a
lesão grave. Ou seja, quanto maior for a quantidade de pequenos acidentes e/ou
incidentes identificada na empresa, maiores são as chances de abrangência das
situações de risco que no futuro podem acarretar um acidente grave.

Você sabe, então, o que é um acidente e o que é um incidente?

Observe dois conceitos fundamentais para poder agir e evitar acidentes de trabalho:

Incidente

Tudo o que atinge exclusivamente objetos, provocando, portanto, prejuízos materiais, é


considerado incidente. Por exemplo, a queda de material de uma ponte rolante, sem
atingir os trabalhadores, é caracterizada como incidente.

Incidentes podem também ser chamados de “quase acidentes” em algumas empresas.


Embora os incidentes geralmente passem despercebidos, eles são essenciais para a
identificação dos principais fatores de risco dentro de uma empresa e a antecipação de
futuros acidentes. Diversas empresas adotam programas para identificação,
comunicação, análise de causas e tomada de ações para incidentes que venham a
ocorrer.

Acidente

Considera-se acidente do trabalho aquele que ocorre pelo exercício do trabalho, a


serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a
morte ou perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.
Incluem-se nessa definição, entre outros:

Doenças do trabalho

Acidentes de trajeto

Acidentes no pátio das empresas

Acidentes em viagens na quais o funcionário está a serviço da empresa

Atos de agressão

Sabotagem ou terrorismo

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Basicamente, se, em algumas dessas situações, ocorrerem lesões físicas ao


trabalhador, está caracterizado o acidente de trabalho. Para evitar essas situações, é
importante a empresa trabalhar preventivamente, com ações para mitigar potenciais
acidentes de trabalho.

Neste contexto, para prevenir os acidentes de trabalho, é importante que a


organização conheça suas atividades, seus produtos e serviços que possam vir a
provocar acidentes e doenças. É nesse ponto que a qualidade e a saúde e segurança no
trabalho se encontram, uma vez que a qualidade assume um papel fundamental na
gestão da SST, reduzindo os números de acidentes e afastamentos, trabalhando com o
diagnóstico das causas e buscando, pela melhoria contínua, o que a própria OHSAS
(Occupational Health and Safety Assessment Series, ou, em português, Série de
Avaliação de Segurança e Saúde Ocupacional) propõe com o espiral do sistema de
segurança e saúde no trabalho.

Figura 2 – Espiral do sistema de segurança e saúde no trabalho

Fonte: OHSAS (2007)

Para interpretação dessa imagem, considere melhoria contínua como atividade


recorrente para aumentar a capacidade de atender a requisitos. Processo recorrente de
se avançar com o sistema de gestão da SST, com o propósito de atingir o

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aprimoramento do desempenho da SST geral, coerente com a política de SST da


organização. Lembre-se: não é necessário que o processo seja aplicado
simultaneamente a todas as áreas de atividade.

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Formas de prevenção de acidentes de trabalho – Parte 2

Formas de prevenção de acidentes de trabalho – Parte 2

A prevenção de acidentes do trabalho pode ser realizada de diversas maneiras, o que


inclui estudos de riscos aos quais os colaboradores estão expostos, utilização de
equipamento de proteção individual (EPI) e equipamento de proteção coletiva (EPC),
treinamentos, instruções e regras para manuseio de máquinas e equipamentos. Essas
ações estão disponíveis para as empresas utilizarem de acordo com a necessidade de
proteção ao ambiente de trabalho e também a necessidade de cumprimento da
legislação vigente.

Conheça agora algumas dessas ações:

Programa 5S

O programa 5S é uma ótima metodologia da qualidade, o qual auxilia na prevenção de


acidentes, apresentando a filosofia de construir um ambiente de trabalho digno e
seguro aos trabalhadores, com o objetivo específico de melhorar as condições de
trabalho e criar o ambiente da qualidade (SILVA, 1996).

Entre os resultados desse programa estão: redução do índice de acidentes, ambiente


de trabalho seguro, formação da cultura de respeito e cuidado ao ambiente de trabalho
e autodisciplina para o cumprimento das normas de segurança estabelecidas pela
empresa.

Entre algumas possíveis ações do programa 5S na prevenção de acidentes estão:


mudança de leiaute, desobstrução de corredores e passagens, organização de objetos
e materiais (considerando a guarda em local adequado, a movimentação desnecessária
e a melhoria no fluxo de materiais), limpeza do ambiente de trabalho, promoção de
atividades práticas e educacionais em relação à saúde (SILVA, 1996).

Lembre-se de que essas ações estão relacionadas com a metodologia 5S, que
desenvolve os cinco sensos (utilização, organização, limpeza, saúde e autodisciplina)
para obter os resultados mencionados.

Folha de verificação

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A folha de verificação é a conferência de um material ou equipamento. A análise


durante uma consulta médica ou qualquer outro tipo de checagem tornam-se mais
confiáveis e fidedignos com a utilização de uma lista de perguntas básicas. Essa lista,
na gestão da qualidade, é conhecida como folha de verificação ou checklist.

Essa metodologia contribui para a garantia da rotina segura do processo, de modo que
a organização a utilize preventivamente dentro de um plano de manutenção. Outro
fator relevante do checklist é a sua empregabilidade nas demais ferramentas da
qualidade, sendo em alguns casos fundamental.

Quanto ao gerenciamento da segurança e saúde, o checklist é fundamental para


avaliação de risco, inspeção rotineira, entre outras atividades que, com seu resultado,
fortalecem a cultura da segurança.

Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)

A CIPA está oficializada em norma regulamentadora, a NR-5, e tem como objetivo dar
atenção a fatores que podem gerar acidentes. O trabalho da CIPA é proporcionar
constantemente um ambiente de trabalho seguro aos empregados.

A comissão é formada por um grupo de colaboradores representantes da empresa


(selecionados por indicação) e por um grupo de colaboradores representantes dos
empregados (selecionados por votação).

Como exemplos de ações realizadas pela CIPA com vistas à prevenção de acidentes
está a Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (Sipat), constituída por
uma semana de treinamentos e conscientização da saúde e segurança aos
colaboradores da empresa.

Equipamentos de prevenção individual e coletiva

Os EPIs são todos os dispositivos utilizados pelo trabalhador para proteção de riscos
advindos do exercício de sua função.

A correta utilização desses equipamentos protege o trabalhador de possíveis riscos ou


danos à sua saúde. Por exemplo: para mitigar a exposição ao ruído, o trabalhador
utiliza protetor auricular, evitando assim prejuízos à sua audição em decorrência de seu
trabalho.

Os EPCs são todos os dispositivos utilizados na proteção de riscos que envolvem um


grupo ou todos os trabalhadores.

A correta utilização desses equipamentos oferece um ambiente de trabalho seguro.


Exemplos desses equipamentos são os detectores de fumaça nas instalações da
empresa e a sinalização de piso molhado.

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NR 9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA)

Antes de iniciar o assunto sobre o PPRA, cabe destacar que, até a data de elaboração
deste material, o texto da NR-9 estava em vigor no Brasil com o título “Programa de
Prevenção de Riscos Ambientais”. Salienta-se que está prevista para 03/01/2022 uma
atualização dessa NR. Dessa forma, a NR passará a ser denominada “Avaliação e
Controle das Exposições Ocupacionais a Agentes Físicos, Químicos e Biológicos”.

Essa atualização apresenta o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR),


subsidiando as medidas de prevenção para os riscos ocupacionais.

Ambos os programas estão voltados para a prevenção de acidentes no ambiente de


trabalho, mas a diferença está na abrangência de análise desses riscos. Os programas
referem-se aos levantamentos qualitativo e quantitativo e à proposição de controles de
todos os riscos ambientais de uma organização. Profissionais especializados identificam
os riscos e elaboram um plano de ação para mitigar estes.

Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO)

O PCMSO é o programa que, em termos gerais, identifica e indica os exames médicos


necessários aos trabalhadores de acordo com as funções por eles exercidas e os riscos
ambientais associados a essas funções. As diretrizes do programa estão contidas na
NR-7 e é obrigatório às empresas esse controle.

Para identificar quais são os exames médicos necessários a cada colaborador, o médico
do trabalho avalia o PPRA e realiza a recomendação dos tipos de exames médicos
necessários para cada função na empresa e a frequência com que esses exames devem
ser realizados.

O PCMSO também prevê, após a realização dos exames médicos conforme


determinado no plano, a emissão do atestado de saúde ocupacional (ASO) para os
trabalhadores. Quando os exames estão em conformidade com critérios médicos para o
funcionário exercer aquela função, o médico cita no ASO que o funcionário está apto ao
trabalho.

Permissão de entrada e trabalho (PET)

A PET é uma ferramenta muito usual nas empresas e, normalmente, aplicada nos
casos de realização de atividades de risco, como, por exemplo em espaços confinados,
com eletricidade, solda, entre outros. O termo PET é previsto pela NR-33 para
realização de atividades em espaços confinados.

No entanto, algumas empresas podem utilizar outros termos para essa ferramenta: PT
(permissão de trabalho), PSE (permissão de serviços especiais), APT (análise
preliminar da tarefa), entre outros.

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Como o próprio nome já define, a permissão de entrada e trabalho é uma análise


realizada antes da execução de cada tarefa, podendo ou não haver a liberação do
serviço. O conceito relaciona-se à execução de uma avaliação da atividade e dos
possíveis riscos de acidentes, abordando os itens: especificação da atividade/serviço,
data de realização (início e fim), riscos ambientais, controle necessários, medições
quantitativas necessárias, assinaturas dos responsáveis, se o serviço está ou não
liberado, ações que devem ser tomadas para liberação do trabalho, entre outros.

Normalmente, associado à PET existe um checklist com os itens de segurança básicos a


serem verificados para liberação do serviço.

Ordens de serviço de segurança e saúde no trabalho

São instruções por escrito quanto às precauções para evitar acidentes do trabalho ou
doenças ocupacionais. A ordem de serviço pode estar contemplada em procedimentos
de trabalho e outras instruções de SST (BRASIL, 2020). Veja a seguir um modelo de
ordem de serviço.

ORDEM DE SERVIÇO

Nome do colaborador:

Função:

Setor:

Descrição das atividades/responsabilidades:

Agentes ambientais encontrados nos locais de trabalho:

Tecnologias de proteção:

Instruções de saúde e segurança do trabalho:

Data de emissão: Assinatura:

Análise preliminar de riscos (APR)

Essa análise tem como objetivo identificar os riscos de uma tarefa, analisando cada
etapa do processo, sendo considerados:

As atividades relacionadas para aquela tarefa

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Os riscos de cada atividade

As possíveis causa e consequência para estes riscos

As formas de controle

Comumente, a APR é utilizada para tarefas que são esporádicas na empresa (por
exemplo, a realização de solda no telhado e a realização de manutenção elétrica no
forro) ou aquelas com um grau de risco elevado e a possibilidade iminente de
ocorrência de acidentes de trabalho (por exemplo, realização de solda próximo ao
depósito de inflamáveis).
A tabela a seguir ilustra um modelo de APR:

Formas de
Tarefa Atividade Riscos Causa Consequência
controle

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Realização Uso de

de solda escada

no telhado adequada

Escada

inadequada Traumatismo Uso de linha


1. Subir ao
Queda de vida
telhado
Quebra de Lesões graves

telhas Uso de EPIs:

capacete,

cinto, trava-

quedas

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Aterramento

Verificações

de corrente

antes da

Fugas de realização do

2. Preparar corrente Queimadura, trabalho

equipamento Choque parada

elétrico de elétrico Máquina cardiorrespiratória, Uso de EPIs:

solda sem morte luvas,

aterramento capacete e

óculos de

segurança

específicos

para

eletricidade

Uso de EPIs:

máscara para

Gases de solda, luvas e

solda Gases, Problemas avental de

radiação e respiratórios raspa,

3. Realização Radiação calor respirador

da solda não proveniente Cegueira para gases

ionizante do processo de solda

de solda Queimaduras

Calor Uniforme

mangas

cumpridas

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Uso de

escada

adequada;

4. Traumatismo Uso de linha


Quebra de
Conferência Queda de vida
telhas
do trabalho Lesões graves

Uso de EPIs:

capacete,

cinto, trava-

quedas

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Formas de prevenção de acidentes de trabalho – Parte 3

Identificação, investigação e análise de acidentes e incidentes

O objetivo dessa análise é abranger as atividades necessárias para a implementação da


comunicação, a investigação e a análise de acidentes do trabalho, assegurando que
todos os níveis gerenciais e de supervisão tenham consciência da importância de suas
ações e das ações de seus subordinados na prevenção de acidentes/incidentes e na
redução ou minimização de danos às instalações e aos equipamentos. Portanto, essa
análise visa a que todos os colaboradores sejam responsáveis pela prevenção de
acidentes de trabalho na empresa.

As premissas dessa análise são:

Sempre que ocorre um acidente e/ou um incidente, um dos pontos principais é a


comunicação deste. Nessa ocorrência, é necessário emitir a comunicação de
acidente de trabalho (CAT), documento que formaliza as informações sobre o
acidente.

A partir disso, deve ser realizada uma investigação das causas do acidente para
que sejam tomadas ações a fim de evitar novas ocorrências. No momento dessa
investigação, é possível utilizar algumas ferramentas da qualidade, como, por
exemplo: diagrama de árvore, cinco porquês e diagrama de causa e efeito. Essas
metodologias auxiliarão a identificar as possíveis causas que geraram o
acidente/incidente de trabalho. O PDCA (plan, do, check e act) e o 5W2H (what – o
que será feito?, why – por que será feito?, where – onde será feito?, when –
quando será feito?, who – por quem será feito?, how – como será feito?, how much
– quanto vai custar?) também podem ser utilizados, sendo o PDCA utilizado para
acompanhar as ações de prevenção advindas das análises de causas e o 5W2H
para estruturar as ações a serem realizadas.

O próximo passo é a divulgação da ocorrência e das causas desta ocorrência para


todos os colaboradores. O objetivo não é identificar pessoas e sim o que aconteceu.

Inspeções de segurança do trabalho

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A vistoria nas instalações em intervalos planejados é sim um método de prevenção de


acidentes muito usual pelas empresas e com resultados satisfatórios.

Em inspeções, podem ser observadas desde atitudes inapropriadas de trabalhadores e


que podem ocasionar acidentes de trabalho (por exemplo: trabalhos em altura sem
utilização de cinto de segurança), até questões de equipamentos que necessitam de
manutenção e/ou falhas em proteção de máquinas.

Observe alguns exemplos de áreas/equipamentos a serem inspecionados:

Equipamentos de emergência

Estado de conservação de hidrantes, extintores, alarmes de


incêndio, maca etc.

Desobstrução de equipamentos de emergência

Identificação de rotas de fuga

Máquinas e equipamentos

Identificação de dispositivo de partida, parada e emergência de


máquinas

Localização dos comandos de máquinas para evitar acidentes

Estado de pés de mesas e cadeiras

Proteção em partes expostas energizadas de máquinas

Aterramento de equipamentos

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Condições prediais

Sistema de ventilação do local de trabalho

Condições de iluminação

Condições de piso

Instalações elétricas

Condições do telhado

Sinalizações

Armazenamento de inflamáveis

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Formas de prevenção de acidentes de trabalho – Parte 4

Cultura de segurança dos trabalhadores

Uma abordagem bem atual e que vem se difundindo dentro das organizações é a
cultura da segurança. Confira agora brevemente os aspectos atuais e relevantes sobre
o tema.

É fundamental que as empresas criem essa cultura voltada para a segurança, pois,
desta forma, a empresa garante o seu sucesso e desenvolve colaboradores engajados
com o processo de segurança. Para isso, é necessário o comprometimento de todos,
assumindo postura e comportamento em prol da segurança.

A segurança deve ser um dos valores da organização, sendo considerada na tomada de


decisões de todos os setores.

Segundo a empresa 3M:

Com uma ênfase cada vez maior na responsabilidade social,


muitas das maiores empresas do mundo estão focando em
aprimorar seus sistemas de prevenção de acidentes e de
proteção do trabalhador. O compromisso da liderança pode fazer
muita diferença em atingir resultados sustentáveis na prevenção
de acidentes. Os líderes devem partir da filosofia de que todo
acidente pode ser evitado. O compromisso da liderança com o
trabalho seguro é demonstrado por meio de ações visíveis, como
sua participação direta e regular em treinamentos e atividades
de segurança – além do estímulo constante à participação dos
funcionários.

A cultura da segurança só é possível quando as lideranças estimulam o


envolvimento dos colaboradores no sistema de prevenção de
acidentes, sugerindo ideias para a execução do processo de

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segurança, a fim de melhorá-lo e garantindo a sua execução


corretamente.

Outra maneira de desenvolver a cultura da segurança é organizando treinamentos.


Estes podem ser desenvolvidos pelos próprios colaboradores de diferentes setores da
organização e, desta forma, a organização valoriza os conhecimentos internos sobre
SST.

Portanto, um diferencial na abordagem da prevenção de acidentes tem sido a


organização desenvolver a cultura e gestão da segurança por meio de seus valores e
atitudes.

Interessou-se por este assunto?

Então, aprofunde seus estudos e pesquise na Internet os seguintes


artigos:

Cultura e Gestão da Segurança no Trabalho: uma Proposta de


Modelo, dos autores Anastacio Pinto Gonçalves Filho e José Célio
Silveira Andrade, disponível no site da Scielo.

Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas Produtoras


de Baterias Automotivas: um Estudo para Identificar Boas Práticas,
dos autores Otávio José de Oliveira, Alessandra Bizan de Oliveira e
Renan Augusto de Almeida, disponível no site da Scielo.

Com esse tema, os estudos sobre prevenção de acidentes de trabalho são finalizados.

Durante o conteúdo, você estudou algumas ações que podem ser realizadas pelas
empresas com o objetivo de proporcionar aos seus colaboradores um ambiente de
trabalho seguro e, assim, criar uma cultura de segurança.

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Referências

Referências

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Publicada a ISO 45001. Disponível


em: http://www.abnt.org.br/imprensa/releases/5800-publicada-a-iso-45001. Acesso
em: 3 ago. 21.

BRASIL. Secretaria de Trabalho. Normas regulamentadoras – NR 2020. Disponível


em: https://www.gov.br/trabalho/pt-br/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/ctpp-
nrs/normas-regulamentadoras-nrs. Acesso em: 3 ago. 21.

PATISEG. As ferramentas da qualidade na gestão da segurança e saúde no


trabalho (SST). Disponível em: https://patisegnoticias.com.br/2019/01/25/as-
ferramentas-da-qualidade-na-gestao-da-seguranca-e-saude-no-trabalho-sst/. Acesso
em: 6 ago. 2021.

SILVA, João Martins da. O ambiente de trabalho na prática: 5S. Belo Horizonte:
Fundação Christiano Ottoni, 1996.

TAVARES, José da Cunha. Noções de prevenção e controle de perdas em


segurança do trabalho. 9. ed. São Paulo: Senac, 2017.

3M Ciência Aplicada à Vida. Como criar uma cultura de segurança em sua


empresa. 8 jan. 2018. Disponível em:
https://www.3m.com.br/3M/pt_BR/epi/solucoes-de-seguranca-pessoal/protecao-em-
altura/artigos/~/como-criar-cultura-seguranca/?storyid=cc15fc2e-eeda-42e7-8743-
9ee517a2e4b1. Acesso em: 4 ago. 2021.

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19/01/2023 11:03 Saúde e segurança no trabalho

Causas de acidentes de trabalho

Causas de acidentes de trabalho

“Um acidente de trabalho é um fato não premeditado do qual resulta dano considerável
para o patrimônio, para a pessoa ou para ambos” (CHIAVENATO, 2010, p. 151).

Quando ocorre um acidente no ambiente de trabalho, é fundamental que sejam


analisadas as suas causas com o intuito de não gerar novas ocorrências e deixar o
ambiente cada vez mais seguro e adequado para o trabalho.

Campos (2001) esclarece que todo o acidente tem causas imediatas, básicas e
gerenciais. Acompanhe essas definições:

Causa gerencial

Essa causa refere-se à falta de visão sistêmica da administração sobre as questões de


segurança no trabalho. A falta de gerenciamento impede o desenvolvimento de uma
cultura voltada para a prevenção de acidentes.

Causas imediatas

São os atos inseguros e as condições inseguras. O ato inseguro está relacionado à


violação de um procedimento seguro (por exemplo: não usar protetor auricular em
ambiente ruidoso, ficar sob cargas suspensas, dirigir perigosamente, inutilizar
dispositivos de segurança etc.). A condição insegura é uma “armadilha” que existe no
ambiente de trabalho e que pode comprometer a integridade física dos trabalhadores
(por exemplo: correias sem proteção, poças de óleo no chão, ambiente com muito
material espalhado pelo chão e provocando risco de queda, escadas com defeito e/ou
sem corrimão, pisos irregulares e equipamentos sem proteção).

Causas básicas

As causas básicas têm em geral origem administrativa. Pode-se considerar causas


básicas aquelas que, uma vez corrigidas, previnem por um longo período um acidente
similar.

Veja alguns exemplos de causas básicas de acidentes de trabalho:

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19/01/2023 11:03 Saúde e segurança no trabalho

Falta de conhecimento ou treinamento – É a causa mais comum. Ocorre


quando o funcionário vai executar um serviço pela primeira vez, ou quando ele não
sabe como executar um serviço.

Posto de trabalho inadequado – Trabalhar em local que exige a manutenção de


posturas incorretas, executar atividades que podem causar fadiga visual, utilizar
instrumentos de controle sem uma ordenação lógica dos painéis etc.

Falta de reforço em práticas seguras – Considerando-se que a crença de que,


quando se aprende uma vez, o conhecimento pode perdurar para sempre não
funciona, é fundamental reforçar constantemente a necessidade do emprego de
práticas seguras por meio de exemplos concretos.

Falhas de engenharia (projeto e construção) – São ambientes com teto baixo,


pouco ventilados ou equipados com máquinas que contêm comandos em locais de
difícil acesso, ou que não têm bloqueios de segurança etc.

Uso de equipamentos de proteção individual inadequados – São as falhas no


processo de seleção do equipamento de proteção individual (EPI), ou porque se
subestimou o risco, ou porque a análise do risco foi incompleta.

Verificação de programas de manutenção inadequados – É uma falha


administrativa muito comum. Em geral, a manutenção diverge com a produção e,
pelo volume de atividades, algumas situações acabam ficando preteridas. Um
exemplo é a não colocação de proteções de partes móveis em máquinas depois do
serviço concluído.

Compra de equipamentos de qualidade inferior – Trata-se de outra causa


muito comum, afinal, os preços são sempre mais considerados, sem que se analise
o custo x benefício ou a proteção requerida. Essa é uma decisão administrativa que
pode comprometer todo o sistema.

Sistema de recompensa inadequado – É manter um ambiente negativo com


advertências, punições, ameaças, dispensas arbitrárias, ao invés de elogiar, apoiar,
dar atenção ao funcionário. A recompensa inadequada cria um ambiente propício
para a ocorrência de acidentes.

Métodos ou procedimentos inadequados – Decidir por procedimentos que, ao


invés de facilitar o trabalho, acabam complicando. Um exemplo é a realização de
trabalhos sem a supervisão ou o acompanhamento específico (sem coordenação),
em que cada um decide por conta própria o que deve ser feito. Nessa causa,
percebe-se a importância dos processos, dos fluxogramas, das instruções de
trabalho e dos manuais, dos quais o técnico em qualidade orienta a sua correta
elaboração. Outro fator importante que o técnico em qualidade deve considerar
com relação a esses itens é a reflexão sobre as questões de segurança do ambiente
de trabalho ao elaborar tais documentos.

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Exemplo de causas de acidentes de trabalho

Exemplo de causas de acidentes de trabalho

O que se percebe na prática em algumas empresas é que grande parte dos acidentes
resulta de fator pessoal. Ou seja, os trabalhadores cometem atos inseguros, como não
usar uma escada adequada para troca de uma lâmpada ou não usar um cinto de
segurança, e isso gera acidentes.

Observe a seguir exemplos típicos de atos inseguros que ocorrem todos os dias nas
empresas.

Figura 1 – Ambiente de trabalho: escritório


Fonte: <https://www.conceitozen.com.br/o-que-e-ato-inseguro.html>. Acesso em: 18 ago.

2021.

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Você consegue identificar algumas causas de acidentes de trabalho


nessa imagem?

Confira a identificação de algumas causas:

Posto de trabalho inadequado representado pelo trabalhador que inclinou sua cadeira e
desiquilibrou-se. Aqui, percebe-se que a estação de trabalho deixou um fio esticado,
fazendo com que a copeira tropece.

Ausência de equipamento de proteção coletiva que sinaliza o piso molhado e


escorregadio.

Ausência de equipamento de proteção individual representado pela falta de calçados do


funcionário de serviços gerais.

Analisando o ambiente de trabalho apresentado na figura 1, é possível refletir sobre a


importância de manter o ambiente de trabalho seguro, pois muitos acidentes de
trabalho resultam de atos inseguros e que poderiam ter sido evitados.

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Como mencionado anteriormente, um acidente pode motivar para a


produção de uma série de fatores: perda de produtividade (um
funcionário a menos), perda do produto (o acidente pode afetar o
produto ou estragar o equipamento), perda da qualidade (acidentes
influenciam o clima organizacional: uma pessoa tem que fazer o
trabalho de duas para tentar manter a produtividade).

Para Rojas (2015), a maior causa das ocorrências de acidentes de trabalho ainda está
relacionada ao ser humano e ao seu comportamento, uma vez que é impossível prever
as ações individuais, mesmo quando existem regras e regulamentos que buscam fazê-
lo.

É primordial que cada um (empresa e colaboradores) faça a sua parte no ambiente de


trabalho, para que este não se torne suscetível ao desenvolvimento de causas de
acidente e para que essas causas sejam objetos de atenção contínua de todos que
fazem parte do ambiente de trabalho.

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Referências

Referências

CAMPOS, José Luiz Dias; CAMPOS, Adelina Bitelli Dias. Acidentes do trabalho. 2. ed.
São Paulo: LTR, 2001.

CHIAVENATO, Idalberto. Iniciação à administração de recursos humanos. 4. ed.


São Paulo: Manole, 2010.

ESCOLA DE GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL. Secretaria de Economia do Distrito


Federal. Apostila Curso Básico em segurança do trabalho: SEAP-GDF, 2019. Disponível
em: http://egov.df.gov.br/wp-content/uploads/2019/11/Apostila-1.pdf. Acesso em: 19
ago. 2021.

ROJAS, Pablo. Técnico em segurança do trabalho. 1. ed. Porto Alegre: Boockman,


2015.

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