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Trabalho de medicina e Segurança do Trabalho

Aluno: Phellipe Weyny Leal Barbosa

Podemos definir Segurança do Trabalho como todas as medidas que


são adotadas em empresas visando minimizar os acidentes de
trabalho, as doenças ocupacionais e, assim, proteger a integridade
do profissional no ambiente de trabalho. Dessa forma, ele terá
melhores condições de realizar suas atividades, sentindo-se protegido.

A Segurança do Trabalho, no Brasil, é definida por lei, isto é, há


legislações específicas que regulamentam, bem como normas, leis
complementares, portarias, decretos e convenções internacionais da
Organização Internacional do Trabalho, reconhecidas pelo Brasil.

A principal finalidade da Segurança do Trabalho é promover a


qualidade de vida no ambiente laboral e evitar acidentes de trabalho
ou doenças que possam ocorrer pelo exercício diário da atividade na
corporação, como aquelas que provoquem lesões no corpo ou
perturbação funcional que limita ou reduza a capacidade laboral,
permanente ou temporária, ou que, em casos mais graves, cause a
morte.

A responsabilidade pela saúde laboral e redução de acidentes é


compartilhada por todos. A partir desse contexto, complete com a
responsabilidade específica, que cada um desses atores fica
responsável:

Poder Público: legislar sobre o tema, adotar as medidas necessárias


para o cumprimento da norma e regulamentos sobre segurança do
trabalho e impor as penalidades correspondentes quando ocorre o
descumprimento das determinações.

Empregadores: Os empregadores têm a responsabilidade primária de garantir


um ambiente de trabalho seguro. Isso inclui a implementação de medidas
preventivas, fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual (EPI),
treinamento regular, avaliações de risco, manutenção de registros, colaboração
com órgãos reguladores, promoção de uma cultura de segurança e investigação de
acidentes. Cumprir essas responsabilidades contribui para um ambiente laboral
mais seguro e saudável.

Trabalhadores:

Os trabalhadores têm a responsabilidade de seguir procedimentos de segurança,


participar de treinamentos, relatar condições inseguras, cuidar da saúde pessoal,
colaborar em investigações de acidentes e zelar pela segurança dos colegas.
Assumindo essas responsabilidades, contribuem ativamente para a promoção de
um ambiente de trabalho seguro e a prevenção de acidentes e doenças
ocupacionais.

Dependendo do tipo de atividade desenvolvida, as empresas se


classificam em graus de risco, e observando a NR04 descobrimos que
existe uma escala de 1 a 4, definida pela Comissão Nacional de
Classificação, descreva-as, segundo o modelo abaixo:

Grau 1 – baixo risco: atividade na qual o trabalhador executa tarefas com baixa
possibilidade de ocorrência de acidente de trabalho e baixa severidade de lesão e
agravo da saúde, como no caso de escritórios de advocacia, que demandam, na
maioria das vezes, somente ações direcionadas a ergonomia e sinalização no
ambiente de trabalho.

Grau 2 – médio risco: atividades caracterizadas por uma probabilidade


moderada de ocorrência de acidentes de trabalho, com impactos de severidade
também moderada na saúde do trabalhador. Exemplos podem incluir setores
industriais que envolvem operações com máquinas e equipamentos, exigindo
medidas mais específicas de segurança, treinamentos e supervisão.

Grau 3- alto risco: envolve atividades com elevada probabilidade de acidentes de


trabalho e com severidade significativa nas lesões e agravos à saúde do
trabalhador. Setores como construção civil, indústrias químicas ou metalúrgicas
podem se enquadrar nesse grau, demandando medidas rigorosas de prevenção,
fiscalização constante e treinamentos especializados.

Grau 4 – muito alto risco: refere-se a atividades com altíssima probabilidade de


acidentes graves e severos impactos na saúde do trabalhador. Exemplos podem
incluir atividades em locais com riscos extremos, como trabalhos em altura,
manipulação de substâncias tóxicas ou atividades em ambientes confinados. Nesse
grau, é essencial adotar medidas rigorosas de prevenção, supervisão constante e
treinamentos especializados, além de estratégias avançadas de gestão de riscos.
O dimensionamento do grau de risco, serve, entre outras funções, para
estabelecer a necessidade de criação de órgãos específicos no âmbito
empresarial. Isto é, CIPA, PCMSO e SESMT.

Descreva o que são, como funcionam, qual a obrigatoriedade,


composição e função desses órgãos:

CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes):

O que é: A CIPA é um órgão interno nas empresas que visa a prevenção de


acidentes e doenças relacionadas ao trabalho.

Como funciona: A CIPA funciona por meio da participação ativa de representantes


dos empregadores e dos empregados, trabalhando em conjunto para identificar
riscos, propor medidas preventivas e fiscalizar a implementação das ações de
segurança no ambiente de trabalho.

Obrigatoriedade: É obrigatória para empresas com mais de 20 funcionários.

Composição: A CIPA é composta por representantes dos empregadores e dos


empregados, eleitos democraticamente. Deve haver, no mínimo, um presidente e
um vice-presidente, além de representantes titulares e suplentes.

Função: A CIPA tem a função de atuar na prevenção de acidentes e doenças


relacionadas ao trabalho, promovendo a segurança e a saúde dos trabalhadores.

PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional):

O que é: O PCMSO é um programa que visa preservar a saúde dos trabalhadores,


identificando e monitorando possíveis danos à saúde relacionados ao trabalho.

Como funciona: O PCMSO envolve exames médicos admissionais, periódicos,


demissionais, mudança de função e retorno ao trabalho. Além disso, contempla
ações de prevenção, diagnóstico precoce e monitoramento da saúde ocupacional.

Obrigatoriedade: É obrigatório para todas as empresas que admitam


trabalhadores como empregados.

Composição: Envolvimento de médicos e outros profissionais de saúde,


dependendo da necessidade e riscos específicos da atividade.
Função: O PCMSO tem a função de detectar precocemente possíveis agravos à
saúde relacionados ao trabalho, proporcionando a prevenção e controle desses
danos.

SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do


Trabalho):

O que é: O SESMT é um serviço especializado que visa assegurar condições


seguras e saudáveis no ambiente de trabalho.

Como funciona: O SESMT atua na implementação de medidas de segurança,


higiene e medicina do trabalho, além de assessorar a CIPA e a empresa na
implementação das normas regulamentadoras.

Obrigatoriedade: É obrigatório para empresas de grande porte, variando


conforme a atividade econômica.

Composição: Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho,


Enfermeiro do Trabalho e Técnico de Segurança do Trabalho.

Função: O SESMT tem a função de promover a segurança e saúde dos


trabalhadores, implementando medidas preventivas e oferecendo suporte técnico
para a gestão de riscos ocupacionais.Quando se estuda Segurança do trabalho, é
importante lembrar que o trabalhador pode ser afetado de varias formas. Eles
estão sujeitos a sofrer um acidente de trabalho, podem desenvolver uma doença
ocupacional/profissional, ou ainda adquirir doença de trabalho. Apresente a
diferenciação entre elas:

Dentre as práticas da Segurança do Trabalho estão as medidas


preventivas, que objetivam evitar que os colaboradores adoeçam,
sofram acidentes ou que se contaminem, em função das práticas
laborais.

Para isso, elas devem ser realizadas observando comportamentos,


treinando os colaboradores, eliminando possíveis condições de
insegurança, cita-se como exemplo, a utilização de tapetes
antiderrapantes, corrimões fixos, treinamento e programas de
conscientização quanto a postura laboral, identificação e tratamento de
riscos. Cita-se ainda a utilização de EPIs e EPC. Apresente nas linhas
abaixo, o conceito e a diferença entre EPI e EPC, apresentado
exemplos.
EPI (Equipamento de Proteção Individual):

Conceito: EPI refere-se a dispositivos ou acessórios utilizados pelo trabalhador


com o objetivo de protegê-lo contra riscos à segurança e à saúde no ambiente de
trabalho.

Diferença: O EPI é de uso individual, ou seja, destinado ao trabalhador específico,


e sua eficácia depende do correto uso e manutenção por parte do usuário.

Exemplos de EPI:

Capacete de segurança.

Luvas de proteção.

Óculos de segurança.

Protetores auriculares.

Calçados de segurança.

EPC (Equipamento de Proteção Coletiva):

Conceito: EPC refere-se a dispositivos, sistemas ou equipamentos instalados no


ambiente de trabalho com o objetivo de proteger todos os trabalhadores presentes,
independentemente do uso individual.

Diferença: O EPC atua na coletividade, protegendo um grupo de trabalhadores, e


não requer uma ação direta do trabalhador para sua eficácia.

Exemplos de EPC:

Barreiras de proteção em máquinas.

Sinalização de segurança.

Sistema de ventilação para controle de poeiras.

Extintores de incêndio.

Corrimões fixos em escadas.

Portanto, enquanto o EPI protege individualmente o trabalhador, o EPC visa à


proteção coletiva, promovendo um ambiente mais seguro para todos. Ambos são
essenciais para a prevenção de acidentes e doenças ocupacionais.
Existem vários documentos obrigatórios em Medicina e Segurança do
Trabalho, alguns são obrigatórios, independente da atividade
desenvolvida, outras são mais específicos a depender do grau de risco
e atividade empresarial. Observe a lista dos principais documentos
abaixo e complete explicando para que servem e quando devem ser
produzidos:

PPRA Programa de Riscos Ambientais:

Para que serve: O PPRA é um programa obrigatório que visa antecipar, reconhecer,
avaliar e controlar os riscos ambientais presentes no ambiente de trabalho, com o
objetivo de preservar a saúde e integridade dos trabalhadores.

Quando deve ser produzido: O PPRA deve ser elaborado e implementado pela empresa
a partir da identificação dos riscos ambientais presentes em suas atividades. Ele deve ser
revisto e atualizado sempre que houver uma alteração no ambiente de trabalho que
implique em nova exposição aos riscos, anualmente ou de acordo com periodicidades
específicas estabelecidas pela legislação.

O PPRA é fundamental para nortear as ações de prevenção na empresa, contribuindo


para a criação de um ambiente de trabalho seguro e saudável

PCMSO Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional:

Para que serve: O PCMSO é um programa obrigatório que visa a promoção e


preservação da saúde dos trabalhadores, através da identificação e controle de riscos à
saúde relacionados às atividades laborais.

Quando deve ser produzido: O PCMSO deve ser elaborado e implementado pela
empresa, e seu conteúdo deve ser revisto anualmente ou sempre que houver mudanças
nas condições de trabalho que possam impactar a saúde dos colaboradores. Além disso,
o programa é dinâmico e deve ser ajustado conforme a evolução dos riscos e das
atividades da empresa.

O PCMSO envolve a realização de exames médicos admissionais, periódicos,


demissionais, mudança de função e retorno ao trabalho, além de ações de prevenção e
promoção da saúde ocupacional. Este programa contribui para a detecção precoce de
possíveis agravos à saúde dos trabalhadores e auxilia na implementação de medidas
preventivas e corretivas adequadas.

ASO Atestado de Saúde Ocupacional:

Para que serve: O ASO é um documento emitido por um médico do trabalho ou


profissional de saúde ocupacional que atesta as condições de saúde do trabalhador em
relação às exigências do ambiente de trabalho. Ele é utilizado para avaliar se o
colaborador está apto ou inapto para realizar determinadas atividades laborais.

Quando deve ser produzido: O ASO é emitido em diversas fases do vínculo


empregatício:

Admissional: Antes do início das atividades do trabalhador na empresa, atestando se ele


está apto para exercer a função.

Periódico: Realizado periodicamente para verificar a saúde do trabalhador durante seu


tempo de serviço.

Mudança de Função: Quando há alteração na função que possa impactar a saúde do


trabalhador.

Retorno ao Trabalho: Após afastamento por período igual ou superior a 30 dias, por
motivo de saúde.

Demissional: No momento da rescisão do contrato de trabalho.

O ASO é um instrumento importante para assegurar que as condições de saúde do


trabalhador estejam em conformidade com as exigências do ambiente de trabalho,
contribuindo para a prevenção de acidentes e doenças ocupacionais.

CAT Comunicação de Acidente de Trabalho:

Para que serve: A CAT é um documento utilizado para comunicar oficialmente a


ocorrência de acidente ou doença relacionada ao trabalho. Ela é fundamental para
garantir o acesso do trabalhador a benefícios previdenciários e para que a empresa
cumpra suas obrigações legais.

Quando deve ser produzido: A CAT deve ser preenchida e enviada à Previdência Social
e ao sindicato da categoria do trabalhador imediatamente após a ocorrência de um
acidente de trabalho ou ao ser diagnosticada uma doença ocupacional. Em casos de
acidente fatal, a comunicação é imediata, mesmo que não tenha havido afastamento do
trabalhador.

A CAT é um instrumento importante para garantir o amparo ao trabalhador acidentado


ou adoecido em decorrência do trabalho, possibilitando o acesso a benefícios
previdenciários, tratamento adequado e, quando necessário, ações corretivas para
prevenir a ocorrência de novos acidentes. O preenchimento e envio da CAT são
obrigações legais da empresa.

AET Análise Ergonômica do Trabalho


Para que serve: A AET é um documento que tem como objetivo identificar, avaliar e
controlar os riscos ergonômicos presentes no ambiente de trabalho. Ela busca garantir a
adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos
trabalhadores, contribuindo para a prevenção de distúrbios relacionados à ergonomia.

Quando deve ser produzido: A AET deve ser realizada sempre que houver
implementação de novas atividades ou setores, quando houver modificações
significativas nas condições de trabalho, ou ainda quando houver constatação de que as
condições atuais estejam gerando desconforto ou riscos ergonômicos.

A Análise Ergonômica do Trabalho é essencial para identificar fatores que podem


causar desconforto, fadiga ou lesões aos trabalhadores, contribuindo para o
desenvolvimento de estratégias de adaptação do trabalho às características humanas. O
objetivo é melhorar as condições laborais, aumentar a eficiência e prevenir problemas
de saúde relacionados à ergonomia.

Por fim, quando uma empresa tem a obrigação de instituir um Serviço


Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho (SESMT), haverá a constituição de uma equipe formada por
engenheiros e técnicos em Segurança do Trabalho e médicos e
enfermeiros do Trabalho. Descreva quais sãos as funções específicas
desenvolvidas por esses profissionais no SESMT.

Engenheiro de Segurança do Trabalho:

Identificação de Riscos: Realiza análises e vistorias para identificar riscos ambientais,


físicos, químicos, biológicos e ergonômicos no ambiente de trabalho.
Elaboração de Programas: Desenvolve programas de prevenção, como o PPRA
(Programa de Prevenção de Riscos Ambientais), visando antecipar, reconhecer, avaliar
e controlar os riscos ocupacionais.
Treinamentos e Orientações: Promove treinamentos e orientações sobre segurança no
trabalho, incluindo o uso correto de equipamentos de proteção individual (EPI) e a
adoção de práticas seguras.
Projeto e Implementação: Participa do projeto e implementação de medidas corretivas e
preventivas, como instalação de barreiras de segurança e melhorias ergonômicas.
Análise de Acidentes: Realiza análise de acidentes e incidentes, propondo medidas para
prevenir a recorrência.
Técnico em Segurança do Trabalho:

Inspeções e Auditorias: Realiza inspeções e auditorias para garantir o cumprimento das


normas de segurança no ambiente de trabalho.
Treinamentos: Ministra treinamentos sobre práticas seguras, uso de EPIs, e
procedimentos em situações de emergência.
Acompanhamento de Medidas Preventivas: Acompanha a implementação das medidas
preventivas propostas no PPRA e em outras avaliações.
Investigação de Acidentes: Colabora na investigação de acidentes, identificando causas
e propondo ações corretivas.
Orientação aos Trabalhadores: Orienta os trabalhadores quanto às práticas seguras e ao
uso adequado dos equipamentos de proteção.
Médico do Trabalho:

Exames Ocupacionais: Realiza exames médicos ocupacionais, como admissionais,


periódicos, demissionais, de mudança de função e de retorno ao trabalho.
Identificação de Riscos à Saúde: Avalia os riscos à saúde relacionados ao trabalho e
propõe medidas de prevenção e controle.
Atendimento Médico: Presta atendimento médico aos trabalhadores em situações de
emergência ou relacionadas a problemas de saúde ocupacional.
Acompanhamento de Casos Específicos: Acompanha casos específicos de trabalhadores
que demandam cuidados médicos específicos devido às condições de trabalho.
Orientação e Educação em Saúde: Oferece orientações e educação em saúde aos
trabalhadores, promovendo hábitos saudáveis e prevenção de doenças ocupacionais.
Enfermeiro do Trabalho:

Assistência em Saúde: Presta assistência de enfermagem aos trabalhadores, realizando


procedimentos de primeiros socorros e acompanhamento de casos específicos.
Gestão de Saúde Ocupacional: Participa na gestão de programas de saúde ocupacional,
como o PCMSO.
Campanhas de Saúde: Organiza campanhas de promoção à saúde e prevenção de
doenças ocupacionais.
Treinamentos e Educação em Saúde: Oferece treinamentos e educação em saúde,
abordando temas relevantes para os trabalhadores.
Registro e Documentação: Mantém registros e documentação relacionada aos serviços
de enfermagem no ambiente de trabalho.
O SESMT, composto por esses profissionais, desempenha um papel fundamental na
promoção de um ambiente de trabalho seguro, saudável e em conformidade com as
normas regulamentadoras.

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