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Avaliação da Saúde

Ocular
OFTALMOSCO
PIA
•OFTALMOSCÓPIO INDIRETO
OFTALMOSCÓPIO DIRETO
DESVANTAGENS DO OFTALMOSCÓPIO DIRETO MONOCULAR
unidade II

Oftalmoscopia de
polo posterior
•Introdução

• A avaliação do fundo do olho é extremamente importante


na conduta do optometrista no cuidado primário ocular.
Com isso, o optometrista detectará possíveis patologias e
ajudará na prevenção de outras. Após você ter feito
avaliação do polo anterior, onde observou sobrancelhas
com dioptria +20D no oftalmoscópio e, diminuída essa
dioptria, analisou córnea e cristalino, chegará com dioptria
entre +2,00DE e -2,00DE no oftalmoscópio no fundo do
olho.
•Importante!
•Se o avaliador (você) e/ou o paciente forem
amétropes, será importante realizar ajuste no disco de
Reckos para compensar o vício refrativo. A correção
será feita com o cálculo da soma das ametropias
(avaliador + paciente – a acomodação). Lente no
oftalmoscópio = (refração do avaliador + refração do
paciente) – acomodação. Exemplo: (-3,00 + 5,00) – 1,00
= +1,00DE
•Se o astigmatismo for maior que 1,00DC, calcular o
Equivalente Esférico para compensar no esférico do
oftalmoscópio e verificar o fundo de olho. Para uma dioptria:

• -3,00DE ^-1,50DC X 180.

• Dividir o astigmatismo por dois e acrescentar no esférico.


•-1,50DC/2 = 0,75DC, e ao resultado somam-se: -3,00DE.

• -3,00DE + (-0,75DC) = -3,75DE.

• Após verificar o Equivalente Esférico, fazer o segundo


cálculo para saber a lente do oftalmoscópio
•Chegando ao fundo do olho,
você começará a avaliação
dele pelo disco óptico, depois
os vasos, e segue observando
a mácula; por último, fará uma
varredura no tapete retiniano.
Estes são os quatro
importantes pontos a serem
avaliados:
Para avaliação da
papila, precisamos •Avaliação da papila óptica
analisar as
seguintes 1. Borda da papila;
características: 2. Anel neurorretiniano;
3. ISNT (Inferior maior que Superior, Nasal maior
que Temporal);
4. Profundidade de copa;
5. Posição dos vasos;
6. Aspecto dos vasos.
•Para que possamos fazer
distinção entre a hemorragia e o
fundo de olho bem pigmentado,
devemos usar o filtro verde.
Quando houver sangue (vasos
ou hemorragias) no fundo de
olho, este ficará mais escuro;
quando for pigmentação no
fundo de olho, ficará mais claro.
•Exceto na observação foveolar,
para observar o fundo de olho o
paciente deve olhar para o
infinito – assim ele evita a
acomodação;
•Ambiente deve ser bem escuro;
•Para observar o fundo de olho
com nitidez, faz-se necessário
ajustar no disco de Reckos a
dioptria. Ajustando no disco de
Reckos até enxergar o fundo de
olho, mantenha o ajuste no disco
até borrar. Quando borrar, volte
no disco à última dioptria com
que havia enxergado
nitidamente;
•Peça para o paciente olhar para o infinito.
Imagine que está saindo uma linha do centro
da pupila. Procure olhar o fundo de olho com
cerca de 15° em relação a essa linha
imaginária. Assim você chegará à papila;
•Quanto mais jovem for o paciente, maior será
a midríase pupilar;
FUNDO DE OLHO NORMAL A borda do disco deve ser bem definida.

O anel neurorretiniano é localizado na borda do disco


até o limite da escavação, tem forma de anel,
constituído pelas células nervosas (células
ganglionares) do nervo óptico.

Observaremos que a margem inferior desse anel é


maior que a superior, e a nasal é maior que a temporal
(ISNT).

Importante verificar se o anel neurorretiniano está


pálido, pois pode indicar lesão no nervo óptico.
•O disco óptico (também
conhecido como escotoma
fisiológico ou papila) é a inserção
do nervo óptico no bulbo ocular.
O nervo óptico é comparado a um
revestimento de cabo, no qual os
fios seriam as células
ganglionares. A inserção do nervo
óptico na região da esclera
posterior será a janela de entrada
das células ganglionares para a
formação da retina no fundo do
olho. Tem como característica:
diâmetro +/- 1,5MM.
•Formato: redondo, porém para míopes será menor
na visualização, enquanto para os hipermetropes será
visualizado com tamanho maior, e para os astigmatas
(com altas miopias) será de formato ovalado (com
maior eixo na vertical). O formato ovalado pode ser
inclinado. Portanto, forma redonda, oval e inclinada.
Borda temporal bem definida.
•A escavação estará levemente
descentrada, tem aspecto
esbranquiçado (em alguns casos, a
escavação não será evidenciada na
observação; em outros casos, terá
um tamanho que poderá indicar
possível alteração ocular), com
deflexão dos vasos que estarão
saindo dessa região. Dependendo
do tamanho da escavação,
poderemos observar a lâmina
crivosa (orifícios que representam a
inserção das fibras ganglionares do
nervo óptico). A escavação (também
conhecida como copa ou copo) pode
ser centralizada ou descentrada.
•A sigla americana C/D quer
dizer: “CUP – TO – DISC”
(relação copa [escavação] disco
[disco óptico]). Atribui-se um
valor de 0,1 a 10 a essa
relação. Se o tamanho for 0,5
em ambos os olhos, costuma
ser fisiológico. Alguns livros
indicam as medidas horizontal
e vertical: 0,4H x 0,5V. Porém,
se houver assimetria (OD
0,5 /OE 0,2), pode indicar
possível patologia.
•A Figura 2.3 demonstra a
relação disco/escavação, que é
indicada no exame de fundo de
olho com a seguinte descrição
técnica: 0,8H X 0,7V. O valor de
0,8H corresponde à região
horizontal de 0,8 (como se
observássemos 80% da região
horizontal do tamanho da
escavação em relação ao disco,
que seria o total de 100%) e à
região vertical 0,7 (como se
observássemos 70% na região
vertical do tamanho da
escavação em relação ao disco,
que seria o total de 100%).
•Na Figura 2.4, que demonstra a
relação disco/escavação, é indicada no
exame de fundo de olho a seguinte
descrição técnica: 0,4H X 0,3V.
•O valor de 0,4H corresponde à região
horizontal de 0,4 (como se
observássemos 40% da região
horizontal do tamanho da escavação
em relação ao disco, que seria o total
de 100%) e à região vertical de 0,3
(como se observássemos 30% na
região vertical do tamanho da
escavação em relação ao disco, que
seria o total de 100%).
•Muito importante observar na saída
dos vasos na escavação o pulsar da
veia (com as lentes negativas do
oftalmoscópio). Mas caso observe a
artéria pulsando, pode indicar ataque
de glaucoma agudo
•Outro fator importante é saber a profundidade da
escavação. Imagine um buraco no chão, este pode ter
abertura grande, com profundidade pequena ou
extensa. Para sabermos, precisamos verificar essa
profundidade. Quando vemos a escavação com
grande tamanho (abertura), precisamos avaliar essa
profundidade. Fazemos da seguinte forma: verifique
quantas dioptrias o aparelho oftalmoscópio apresenta
na janela de observação de dioptria assim que
enxergar o disco óptico nítido
Quando focar na escavação, perceberá o aspecto
borrado similar à gema do ovo, por isso deve-se mudar a
dioptria (lentes negativas) no disco de Reckos para
proporcionar nitidez da escavação (aspecto de pontos
que é característico da lâmina crivosa), prossiga
mudando no disco de Reckos até borrar a escavação.
Quando isso ocorrer, volte no disco de Reckos à última
dioptria em que a escavação apresentou-se nítida.
•Observe, na janela de observação de dioptria do
oftalmoscópio, qual dioptria está registrada. A
diferença da dioptria antes (quando observou a papila
nítida e escavação borrada) e depois (escavação
nítida) será a profundidade da escavação em dioptria.
Para sabermos em milímetros qual a profundidade
dessa escavação, basta pensarmos que, para cada
diferença de três dioptrias, há equivalência de um
milímetro de profundidade da escavação
(GROSVENOR, 2004).
•Outra característica presente no fundo de olho
de míopes e hipermetropes é a borda do disco,
onde podemos ter uma crescente papilar, em
decorrência do aumento anteroposterior do olho,
portanto, o aspecto da esclera. O Epitélio
Pigmentar da Retina (EPR) não cresceu o
suficiente para chegar à borda do disco. Isso
ocorre porque o olho é míope (miopia axial),
quando apenas a esclera cresce. No caso do
hipermetrope ocorre concentração de
pigmentação na borda papilar, apresentando
uma borda bem marcante. Ambos os casos são
apenas características de ametropias altas (acima
de 6,00 dioptrias tanto hipermetropes quanto
míopes).
•Segundo Jonas (1999), o tamanho do disco tem variação
por diversos fatores:
•• Sexo: homens possuem o disco menor em relação ao das
mulheres.
•• Ametropia: miopia axial possui o disco menor do que o
disco da hipermetropia axial.
•• Etnia: o disco dos caucasianos é menor do que dos
asiáticos e hispânicos, que, por sua vez, possuem o disco
maior do que os afro-americanos.

•Outro aspecto importante são as saídas dos vasos na


escavação ou no disco. Em uma escavação com tamanho
acima de 0,5 (C/D = 0,5H/0,5V), por exemplo, precisamos
perceber que, se os vasos saírem da borda, poderá
caracterizar alteração ocular, porém, se saírem do centro da
escavação, será considerado normal.
•Devemos observar no disco: forma, brilho, mancha de sangue
(hemorragia), anel neurorretiniano, ISNT, hemorragias, escavação
(tamanho em relação ao disco e profundidade), comportamento da
saída dos vasos e o pulsar dos vasos.
•Vasos do fundo de olho Após analisarmos a
papila, devemos sair dela e seguir os vasos
(artéria e veia) até o cruzamento
arteriovenoso. Lembrando que a veia é mais
grossa (calibre maior), apresenta cor mais
avermelhada, enquanto a artéria será mais
fina e na cor vermelho mais claro.

•Nessa trajetória, analisaremos:

•1. Percurso anatômico dos vasos (artérias e


veias);

•2. Cruzamento arteriovenoso;

•3. Cores das artérias e veias;

•4. Relação artéria e veia (A/V);

•5. Calibre dos vasos.


•A artéria no fundo do olho é mais fina que
a veia, com isso, devemos observá-las;
ocorrendo diferença nessa observação, ou
seja, se a artéria se apresentar na mesma
espessura ou mais grossa que a veia,
devemos encaminhar para um médico para
avaliar a probabilidade de haver problemas
sistêmicos (hipertensão arterial sistêmica)
que possam estar afetando o paciente.
•Sempre que analisarmos vasos ou
compará-los, devemos observar o mais
próximo do cruzamento arteriovenoso do
fundo de olho.
•Anatomicamente os vasos são ligeiramente
tortuosos, porém, dependendo do nível de
tortuosidade, o paciente deverá ser
encaminhado para um cardiologista.
•Na porção mais periférica do fundo de olho observaremos os cruzamentos
arteriovenosos. Sem alteração, o cruzamento será nitidamente observado
sem mudanças no comportamento dos vasos.

Os vasos, além de terem a espessura (calibre) alterada, possuem cores distintas, como
você aprendeu. Ambos têm cor vermelha, mas a artéria é mais clara, e a veia, mais
escura. Outro ponto importante é a relação A/V (artéria/veia). Como sabemos, a artéria
é mais fina, enquanto a veia é mais grossa, portanto, quando estiver analisando essa
diferença, será importante, ao chegar próximo de um cruzamento arteriovenoso,
comparar paralelamente a artéria em relação à veia. Costumo aconselhar o colega a
verificar quantas artérias poderiam ser postas dentro da veia ao lado.
A diferença entre artéria e veia.

A classificação de Keith-Wagner-Baker
•Mácula

•Diferentemente da papila, a
mácula não é demarcada,
porém a percebemos pela alta
concentração de pigmentação.
Seu centro terá a fovéola.
Perceberemos a fovéola,
quando a observamos, como
um pequeno brilho minúsculo
(igual à cabeça de um alfinete).
A mácula não poderá
apresentar manchas, nem
próximo da fovéola pode haver
vasos.
•Com o diafragma menor, diminui a quantidade de luz,
inibindo parcialmente a reação pupilar. Você pode usar o
filtro verde para observar a mácula.
•Quando for observar a mácula do paciente, oriente-o a
olhar para a borda superior da luz do seu aparelho no
momento em que você estiver olhando o fundo de olho.
•Ao observar com a mira, peça para o paciente olhar para
a luz do aparelho até observar a mira (demora alguns
segundos).
•Quando o paciente relatar que está vendo a mira, você
precisará ajustar (no disco de Reckos) o mais nítido a mira
no fundo do olho do seu paciente.
•No momento em que você e o seu paciente enxergarem
a mira ao mesmo tempo, você verá o brilho foveolar, se o
paciente não tiver uma pseudofóvea.
A fóvea (com diâmetro de 5°), que não possui vasos nem
células ganglionares da retina, tem anatomia de um “poço”.
Nesse poço ocorre um reflexo bem centralizado, este reflexo
(do poço) é conhecido como fovéola

•Sendo a mácula (difícil definir


área macular, mas está em
torno de 18°) responsável pela
visão de melhor resolução, é a
região mais importante do
fundo do olho, percebendo em
seu centro um ponto brilhante
com o nome de fóvea
•Neste momento é importante
relembrarmos a definição
anatômica do olho: disco nasal, a
mácula será temporal, portanto
olho direito; brilho foveolar para
o sentido temporal, a base será
nasal; se brilho foveolar estiver no
terceiro risco (da mira),
precisamos começar a contar a
partir da borda da mira, portanto,
3 DP (Dioptria Prismática) de
desvio.
•Tapete retiniano

• Esta etapa é uma avaliação geral do fundo de olho. Será muito importante avaliar
possíveis alterações significativas. Porém, podemos destacar quatro tipos de fundo
de olho com base em etnias ou características de ordem genética.
•Fundo de olho bem
pigmentado
Fundo de olho
tigroide ou
rarefação do
Epitélio Pigmentar
da Retina (EPR)
•Fundo de olho albino
•Fundo de olho asiático
•A avaliação do fundo de olho
tem pontos específicos que
devem ser analisados.
Prováveis alterações podem
ser características de cada
indivíduo, portanto, alterações
não patológicas. Os quatro
pontos importantes do fundo
de olho (papila, vasos, mácula
e tapete retiniano) devem ser
bem analisados para não
corrermos o risco de passar
alguma alteração patológica.
Oftalmoscópio pode nos ajudar
inclusive para estrabismos. Até
a próxima unidade!
unidade III
Biomicroscópio
Apresentação do aparelho
O biomicroscópio deve seu nome ao fato de permitir que o profissional
observe, com pouco aumento, os tecidos vivos do olho. O instrumento consiste em um
sistema de iluminação, um sistema de observação, um aparato
mecânico necessário para seu suporte e coordenação. O aparelho também
é conhecido como lâmpada de fenda, porém, em algumas literaturas, a biomicroscopia
é definida como a ação da observação feita com o aparelho chamado Lâmpada de
Fenda.
•O sistema de iluminação consiste em uma
incidência luminosa precisa e variável, com
mecanismo de abertura em fenda e
diafragmas de vários tamanhos. O sistema
de observação é um microscópio binocular
com capacidade para amplo aumento.
Possui filtros: azul de cobalto, verde e
difusor (para incidência homogênea de luz
sobre o polo anterior do olho). Possui
sistema de magnificação de 7X a 40X.
Porém, quanto maior a magnificação,
menor será o campo visual.
•O aparato mecânico é dividido em sistemas, que, por sua vez, são:
iluminação,
•microscópio e focalização. Cada sistema possui as seguintes características:
•O primeiro sistema que estudaremos será
o de iluminação. A Figura destaca todo o
sistema de forma isolada, a fim de se obter
noção clara dele.
•As lâmpadas do aparelho
podem ser a halógena (possui
iluminação mais
•intensa) ou a comum de
tungstênio (que aquece mais no
decorrer da manobra de
•avaliação, porém com custo
menor). Mas com ambas o
aparelho funciona bem.
•Conjunto de lentes
condensadoras

• O diferencial de custo de um
aparelho está vinculado
diretamente à qualidade dessa
parte, pois a qualidade das
lentes condensadoras estará
ligada à aberração cromática.
•Para diminuir ou
aumentar a abertura,
torná-la paralelepípedo
ou fenda, os diafragmas
vertical e horizontal
serão decisivos para as
diversas manobras.
•Quando precisamos fazer uma adaptação
de lentes de contato rígida, ou analisar
possível lesão na córnea, usamos a
•fluoresceína sódica tópica
•A fenda vertical é usada
normalmente pelo optometrista.
Fenda horizontal e
•oblíqua é usada (pelo médico)
com frequência para o estudo da
retina na periferia, corpo vítreo,
ângulo camerular e polo posterior
(com lentes três espelhos de
Goldmann).
•A modificação da abertura ou fenda, em alguns aparelhos, pode ser medida
•em milímetros. Com a modificação da fenda (Figura 3.8) e da haste (Figura
3.9), a
•finalidade é medir o tamanho vertical, horizontal e inclinado de uma lesão
na córnea,
•nevus, diâmetro total da íris (Diâmetro Horizontal Visível da Íris – DHVI),
diâmetro
•pNa Figura 3.10 observamos a escala das aberturas dos diafragmas na
haste –
•ao girar a haste (Figura 3.9), projetaremos a luz em diafragma circular (com
diversos
•milímetros de tamanho), assim como projetaremos a luz em diafragma com
ajuste
•vertical e o filtro azul de cobalto. upilar (com filtro azul de cobalto), entre
outras funções.
 Localização
dos ajustes do
biomicroscópio
•Ajuste do diafragma horizontal
•Diminuirá o feixe luminoso no sentido do
meridiano horizontal, produzindo duas fendas
luminosas: paralelepípedo e o corte óptico.
Confrontação de campo

• O teste de confrontação de campo é simples e serve para analisar o campo visual do paciente. Assim, o
campo visual do optometrista deverá ser normal, para comparar com o do paciente.
• Alterações do campo visual estarão ligadas a muitas doenças. Algumas, como glaucoma, retinose
pigmentar ou edema de papila, apresentarão campo visual menor do que o do optometrista.
• As vantagens da avaliação de confrontação de campo estão na facilidade, na rapidez e na não utilização de
instrumentos.
• As desvantagens incluem o fato de que serão detectados apenas defeitos grosseiros; havendo variações no
campo visual do avaliador, o monitoramento eficiente do campo visual do paciente pode ficar
comprometido.

A Brien Holden Vision Institute recomenda cinco procedimentos, nesta sequência:


A Brien Holden Vision Institute recomenda cinco procedimentos, nesta sequência:
Alguns pontos são importantes:

1. Distância entre o paciente e o avaliador deve ser de, aproximadamente, um braço


(60 cm);

2. Campo visual do avaliador precisa ser normal;

3. No momento da avaliação, é importante avaliador e paciente se manterem na


mesma altura;

4. Paciente ocluirá um olho enquanto o avaliador ocluirá o olho do mesmo lado do


paciente (paciente ocluirá olho direito, avaliador ocluirá o olho esquerdo).
AMSLER
FACIAL - AF
•Paciente, olhando para o nariz do
avaliador, deverá dizer se observa o
canto da boca do avaliador,
orelhas, topo da cabeça e
sobrancelhas. Nesta etapa, é
importante que o avaliador
observe se o paciente está olhando
para o seu nariz.
• Divida (mentalmente) o olho do paciente em quatro quadrantes,
CONTAGEM conforme a figura a seguir, pensando que o cruzamento dessa linha
CENTRAL DE imaginária será o centro da pupila do seu paciente
• Começando com a mão fechada, apresentará, em cada quadrante por
DEDOS vez, a mão.
CONTAGEM
SIMULTÂNEA
DE DEDOS-CSD
•Fazer da mesma forma que o
CD, porém apresentar os dedos
simultaneamente em dois
quadrantes e pedir que o
paciente os conte.
COMPARAÇÃO
•Apresentar as costas das mãos e perguntar se percebe diferença, uma em
SIMULTÂNEA relação à outra, por exemplo: cor e nitidez.
DE MÃOS-CSM
Possíveis achados na manobra

CONTAGE
M DE
DEDOS
PERIFÉRI
COS-CDP

•Paciente olhará para o olho do examinador, e este, por sua vez, vasculhará
o campo visual mais periférico do paciente.
•Confrontação de campo é um teste simples que ajudará
no gabinete optométrico. Importante manobra para mais
uma confirmação de hipótese diagnóstica caso o
paciente diga, na anamnese, que está esbarrando nas
coisas, que há casos de glaucoma na família, traumas na
cabeça etc.
• Ou quando ainda é verificada assimetria da escavação,
cabeça de nervo diferente no mesmo paciente quanto ao
brilho, ou quando se verifica limites da cabeça de nervo.
Em uma medida de tonometria palpebral, verificar valor
acima de 21 mmHg.
•Ou seja, mais uma forma para se identificar possíveis
problemas com a visão do paciente.
Livro de Amsler
•O objetivo analisar apenas a região macular em todo o seu campo Verifica se há algum tipo de
alteração nessa região, pois ficará evidente no teste.
• Se o paciente relatar que a imagem está distorcida como nunca havia sido, nem com os óculos essa
distorção melhora. Ele relata uso de medicamento para o coração. Fazendo a oftalmoscopia,
verificou-se manchas na mácula, sendo que o paciente tem mais de 40 anos. São fortes indícios de
alterações na mácula. As alterações na glândula pituitária também podem ser observadas no teste do
livro de Amsler.
•O equipamento necessário, além do teste ou livro de Amsler, será o oclusor, ambiente bem
iluminado, correção para perto.

Características do teste:
1. São sete cartas;
2. De 10 x 10 cm;
3. Usado para detectar pequenas anomalias (1°) no campo central, que não
poderiam ser detectadas em avaliações normais;
4. Avalia os 20° centrais do campo macular.
Simulado da projeção da grade de Amsler
Paciente sentado de forma confortável

• Com correção/armação de prova com refração para perto;


• Segurar a tela do teste de Amsler a 35 cm;
• Teste bem iluminado;
• Ocluir olho de pior visão e começar o teste com o olho de melhor visão;
• Orientá-lo sobre olhar fixamente no ponto central sem desviar-se deste.
https://www.youtube.com/watch?
v=NgWxzt53RK8&ab_channel=OptoTubeChannel
Grade 1 –
comum nos
testes
Grade 2 – linhas
diagonais auxiliam na
fixação se o paciente
possui escotoma
central
•Grade 3 – quadrantes
vermelhos, estimula
cones (onda longa).
Indicado para escotoma
e dessaturação de cores
(maculopatias tóxicas,
neuropatias ópticas e
lesões no quiasma)
Grade 4 – pontos
aleatórios para a
distinção de
escotoma e
metamorfopsia
Grade 5 –
Detecta
metamorfopsias
Grade 6 – Linhas
centrais próximas
e escuras com
fundo branco,
avaliação
detalhada na
região foveolar
•Grade 7 – linhas
centrais finas, cada
quadrante tem um
ângulo de meio grau –
mais sensível
•Grade 8 – fundo
amarelo e linhas azuis,
toxidade
medicamentosa
•Na ausência de problemas,
anote: Amsler ELN (Amsler em
Limites Normais), porém,
havendo problema, anote:
Olho, natureza do problema e
localização na tela. Ou, ainda
peça para o paciente desenhar
em uma folha com a tela de
Amsler como está enxergando.
Tonometria de pálpebra

•Na anamnese, é importante


saber os sinais clínicos e
antecedentes
•familiares, sendo a incidência
maior em etnia negra
(glaucoma de ângulo
•aberto), ou em casos de
câmara rasa (glaucoma de
ângulo fechado).
• O tonômetro palpebral tem variação
de 2 mmHg para mais ou para
menos em relação ao tonômetro de
aplanação de Goldmann.
• O limite da Pressão Intraocular
(PIO) é de 9 mmHg a 21 mmHg. Com
a soma de todas as informações
(anamnese, confrontação de campo,
oftalmoscopia), temos a certeza de
um encaminhamento mais eficiente
em suspeitas de glaucoma.

https://www.youtube.com/watch?v=EZJbDFN_M-
c&ab_channel=BricamMedical
Sinais clínicos
do ceratocone
•Quando projetamos a luz do retinoscópio,
observamos um fenômeno chamado de
“reflexo em tesoura”. Outro aspecto é a
curvatura da córnea, em que a
•menor curva na ceratometria será acima de
48D. Podemos incluir entre esses sinais
•clínicos descritos o aumento constante do
astigmatismo miópico composto, ou seja,
•a cada seis meses o paciente volta a fazer a
refração porque não consegue enxergar
•com os óculos.
•Sinais clínicos do
ceratocone
SINAIS NA BIOMICROSCOPIA

•Anel de Fleischer.
•Estrias de Vogt no estroma.
•Cicatriz apical.
•Deformidade na fenda
na biomicroscopia.

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