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OCULARES
Os olhos se movem de um lado para
outro quase sem esforço pela ação
dos músculos oculo-motores.
No mascaramento retroativo o
estímulo de máscara surge
imediatamente depois do estímulo-
alvo, interferindo em sua percepção.
Uma das influências que contribuem para
produzir o mascaramento é alguma forma
de persistência visual, que se refere a
uma continuação da atividade neural
seguida à estimulação, de modo que a
impressão de um estímulo possa estar
presente mesmo depois da sua retirada
física. Como resultado, eventos de
estímulos breves que não se sobrepõem
fisicamente no espaço nem no tempo
podem ser percebidos como simultâneos
ou podem, de algum modo, interagir e
prejudicar a percepção uns dos outros.
Em geral, não somos observadores passivos
de estímulos de mascaramento e, na
maioria dos casos, nem mesmo tomamos
conhecimento da ocorrência dos efeitos do
mascaramento.
Existe uma condição comum na qual esses
efeitos têm um papel importante na
preservação da aparência de um mundo
visual estável, claro e contínuo. De modo
específico, referimo-nos a efeitos de
mascaramento durante a execução de
movimentos sacádicos oculares: um
fenômeno chamado omissão sacádica.
PÓS-EFEITOS
O pós-efeito mais familiar, e um tanto
desagradável, resulta da visão involuntária
breve, mas intensa, de um flash. Nesse
caso, o pós-efeito é transitório por causa
da persistência visual.
Em outros casos, não somente a
observação prolongada de um estímulo
causa realmente a persistência visual, mas
também a região retiniana estimulada se
adapta ou se fatiga temporariamente, o
que a deixa menos responsiva.
O mascaramento e os pós-efeitos,
juntamente com o comportamento
visualmente orientado, tal como os
movimentos oculares controlados,
influem na nossa capacidade de
localizar e identificar objetos e
eventos no espaço, Contudo, a
identificação e a localização de
objetos parecem envolver mais do
que as informações fornecidas por
essas atividades e fenômenos.
IDENTIFICAÇÃO E LOCALIZAÇÃO DE
OBJETOS: SISTEMA FOCAL E
SISTEMA AMBIENTAL
O sistema focal primário, relaciona-
se à identificação e ao
reconhecimento de objetos. Nos
seres humanos isso é mediado
por um sistema que inclui a retina
central (inclusive a fóvea), o
NGL (Núcleo geniculado lateral-
transmitem impulsos visuais) e o
córtex visual primário.
O outro sistema, que é secundário, o
sistema ambiental, está
envolvido na localização de objetos. É
mediado por um sistema que consiste
nas regiões central e periférica da
retina e no colículo superior (o qual
projeta-se para uma região do córtex
extra-estriado do lobo occipital do
córtex).
O sistema focal, controlado pelo córtex,
ajuda a identificar que tipo de objeto está
presente, ao passo que o sistema
ambiental, mediado pelo colículo superior,
indica onde ele está localizado.
Os mecanismos neurais que fornecem as
informações “o que” e "onde", mediados pelos
sistemas focal e ambiental, respectivamente,
muitas vezes têm sido denominados "caminho que“
e "caminho onde", [Contudo, como observam Stein
e Meredith, 1993, os caminhos neurais "o que"
(focal) e "onde" (ambiental) têm ligações
anatômicas e funcionais importantes. Seria exagero
concluir que são inteiramente separados um do
outro.]
A distinção funcional entre os caminhos "o
que" (focal) e "onde" (ambiental) é
representada no nível cortical.
Áreas do córtex visual primário, do córtex
extra-estriado, inclusive as regiões do lobo
temporal e do lobo parietal, interagem
para formar canais ou vias um tanto
independentes, mas paralelos, para
representar aspectos complexos de nossa
experiência visual como forma, cor e
movimento.
O caminho cortical (denominado via
ventral), importante para a
identificação de objetos, relaciona-se
com o caminho "o que", ou focal.