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SENSORIAL
Verginia Fagundes
Optometrista graduada pela Ulbra
Pós Graduanda em Saúde Coletiva
Pós Graduanda em Docência do Ensino Superior
Pós Graduanda em Educação do Escolar:
Deficiência Visual
AVALIAÇÃO SENSORIAL
• Objetivos da aprendizagem:
• Aprender os testes sensoriais que são aplicados em
uma avaliação para reabilitação visual.
• Desenvolver o raciocínio para aplicação dos testes
específicos de avaliação sensorial.
• Ao falarmos em avaliação sensorial, três
funções sensoriais devem ser avaliadas:
ESTEREOPSIA , FUSÃO e PERCEPÇÃO SIMULTÂNEA.
AVALIAÇÃO SENSORIAL
• Estereopsia
• A percepção da profundidade tem sido muito
importante no desenvolvimento humano. A percepção
aguda e precisa da profundidade permitiu ao homem
desenvolver ferramentas e o fabricação de bens
fundamentais à civilização moderna.
• A estereopsia desempenha um papel em muitas outras
atividades humanas, como pegar uma bola, estacionar
um carro, passar uma linha em uma agulha, realizar uma
cirurgia ou qualquer outra atividade que exija uma
percepção precisa da profundidade em distâncias
próximas.
• A visão binocular (de dois olhos), como estereopsia
depende do alinhamento correto dos olhos e da
unificação adequada das duas imagens pelo cérebro.
• Indivíduos com estrabismo não possuem a percepção de
profundidade.
AVALIAÇÃO SENSORIAL
Avaliação Sensorial
Estrabismo
• Com a visão binocular normal, ambos os olhos fixam o
mesmo ponto. A porção visual do cérebro funde as
duas imagens numa única. Já quando um dos olhos
desvia, duas diferentes imagens são enviadas ao
cérebro. Na criança especialmente, o cérebro aprende
a ignorar, ou seja, não vê a imagem do olho desviado e
passa a ver somente a imagem do olho não desviado.
Isso leva à perda de profundidade e da visão binocular.
Por outro lado, nos adultos que desenvolvem
estrabismo, frequentemente ocorre visão dupla. Nos
adultos, o cérebro já foi treinado a receber as imagens
de ambos os olhos e não ignorar uma delas, então, é
mais comum apresentar visão dupla
AVALIAÇÃO SENSORIAL
Endotropia Exotropia
Desvio vertical
Quando o ponto de fixação de um ou ambos os olhos estão
voltados para cima (chamado de hipertrofia) ou para baixo
(chamado de hipotrofia).
Fonte:https://visarehospitaldeolhos.com.br/estrabismo/
Avaliação sensorialAmbliopia
• Para melhor perceber o que é Ambliopia e de que forma esta, habitualmente,
ocorre debrucemo-nos por explicar de uma forma “simples” a evolução do
sistema visual.
• Podemos afirmar que os olhos são responsáveis por “captar” as imagens e
converte-las em estímulos eléctricos. Posteriormente essas imagens são
transmitidas ao cérebro através dos nervos óticos. É na parte do cérebro
occipital responsável pela visão que as imagens são “processadas”. A
ambliopia pode ocorrer quando o olho e o cérebro não estão a “funcionar”
de uma forma correta ou em “sintonia”.
• Todos nós, enquanto crianças, passamos por uma fase de desenvolvimento
visual, uma espécie de “apreender a ver”. Nesta fase o cérebro deve receber
imagens claras e focadas dos dois olhos para que o desenvolvimento visual
seja normal. Se tal não acontecer, ou seja, se os dois olhos não receberem
imagens focadas e claras, não existirá um estímulo visual adequado e
consequentemente produzir-se-ão alterações anatómicas e funcionais do
córtex da área visual do cérebro, levando a que o seu desenvolvimento não
seja efetuado corretamente. Por sua vez, estas alterações provocam uma
reduzida acuidade visual mesmo após correção ótica.
• Muitas vezes, o olho em si parece “normal”, mas na verdade, ele não está a
ser utilizado normalmente porque o cérebro pode estar a favorecer o outro
olho em detrimento dele.
Avaliação sensorial
Diplopia
• A diplopia surge, quando os pontos retinianos não são
correspondentes e cada olho percebe o objeto em locais
diferentes, gerando a diplopia. Existem dois tipos de diplopia, a
fisiológica e a patológica.
A diplopia fisiológica, só é possível quando todos os pontos se
encontram na curva do horóptero, estimulando elementos
retinianos correspondentes. Se todos os pontos não se
encontrarem na curva do horóptero, então as diplopias são
vistas como imaginados.
A diplopia fisiológica com visão binocular normal, ao fixar um
objeto próximo, ocorrerá a diplopia cruzada do objeto mais
distante, pois houve uma disparidade temporal cruzada com
referência a fóvea. Ao fixar um objeto distante, ocorrerá a
diplopia não cruzada do objeto próximo, pois haverá a
disparidade nasal da retina. Sendo que a diplopia fisiológica é
inconsciente na maior parte do tempo.
Avaliação Sensorial
Teste a diplopia fisológica e a supressão
Avaliação sensorial
Diplopia
• A diplopia patológica surge com alterações motoras, funcionais ou
patológicas, gerando perturbações de diplopia permanentes ao indivíduo.
A confusão sensorial ocorre quando objetos diferentes estão em áreas
correspondentes na retina, vistos na mesma direção visual sobrepondo-se.
Na supressão, as impressões transmitidas ao cérebro podem ser suprimidas,
isso gera a capacidade de desconsiderar a diplopia fisiológica. A supressão
é um mecanismo ativo e inibitório, capaz de excluir seletivamente, antes de
entrar na consciência certos impulsos visuais indesejados, é uma forma de
adaptação sensorial. Essa capacidade de ignorá-las ou de suprimí-las, leva a
importância da visão normal, e da visão anormal, dada muita atenção nas
partes clínicas. Podendo variar em sua intensidade (superficial a profunda),
tamanho e posição (central ou periférica).
Os testes utilizados na ortóptica, são filtros coloridos, lentes estriadas de
Maddox, lanterna como a luzes de Worth, lentes de Bagolini e Titmus.
• A ortoforia seria a condição ideal com fusão, mantendo os eixos paralelos na
distância de longe e convergência adequada para perto. O paralelismo
mantém, mesmo quando a fusão é suspensa, não ocorrendo desvio.
• O alinhamento dos eixos visuais, garante a função sensorial normal
estabelecendo o mecanismo motor fusional. Se a fusão sensorial for artificial
e não sustentada, haverá perda da participação visual, com exclusão de um
dos olhos.
AVALIAÇÃO SENSORIAL
• Assista:
• https://youtu.be/iw9Y6RKYHRY
• https://youtu.be/qH9S4PCozYo
AVALIAÇÃO SENSORIAL
Fonte: https://www.wynis.com/category/test-de-randot/
AVALIAÇÃO SENSORIAL
Assista:
https://youtu.be/AjUXLFz3VjA
AVALIAÇÃO SENSORIAL
• Na prática!
•
• Método:
• Posicionar os óculos polarizados sobre a correção do paciente.
• O paciente deve segurar o livro de estereopsia a distância de
leitura, aproximadamente 40 cm.
• A lâmpada da coluna deve iluminar o livro.
• Pergunta-se ao paciente se ele vê, do lado direito do livro, as asas
da mosca sobressaindo, mais elevadas.
• Se ele relatar que as asas da mosca estão mais elevadas, peça
para o paciente “segurar” as asas da mosca (imagem
tridimensional).
• Caso o paciente enxergue somente as asas da mosca elevadas e
não consiga identificar nada da próxima fase do teste, esse
paciente possui visão estereoscópica de 3000” (três mil segundos
de arco). O que é um resultado bastante rudimentar.
• Do lado esquerdo do livro existem nove losangos, sendo que cada
losango possui quatro círculos em seu interior.
• Cada losango apresenta um grau de dificuldade para a visão
estereoscópica. À medida que o paciente avança para o próximo
losango, a percepção da estereopsia será cada vez mais apurada,
mais refinada.
AVALIAÇÃO SENSORIAL
• Existe livro de teste estereoscópico que apresenta o último
losango com 32”.
• A seguir, pedimos que o paciente nos reporte, em cada
losango, o círculo que está sobressaindo ou o círculo que se
apresenta diferente dos outros círculos. Observe a figura:
• Vídeo complementar:
https://youtu.be/JqkoR8WMuwg
AVALIAÇÃO SENSORIAL
A tabela a seguir mostra os resultados das avaliações
dependendo da distância e espessura das lâminas:
• Veja também:
• Na prática!
•
• Método:
• O ambiente deve estar levemente iluminado.
• Posicionamos as lentes estriadas de Bagolini frente aos olhos do paciente
corrigido e posicionamos uma lanterna com a luz iluminando os dois
olhos.
• Pedimos que o paciente fixe a luz a 33 cm e, depois, realizamos o teste
nova- mente, pedindo que ele fixe agora a 6 m.
• Solicitamos que o paciente nos reporte e, se possível, desenhe em um
papel como ele percebe as raias de luz. Temos algumas possibilidades:
fusão, supressão OD, supressão OE, escotoma central ou supressão
foveal do OE, diplopia, diplopia homônima (ET), diplopia cruzada (XT),
conforme exemplos a seguir:
Vídeo complementar:
https://youtu.be/4VmzvZVeUmY
AVALIAÇÃO SENSORIAL
• – SINOPTÓFORO:
• Com a utilização do sinoptóforo ocorrerá a compensação do
ângulo do desvio possibilitando que os estímulos sejam
apresentados a ambos os olhos simultaneamente. Pode
detectar também supressão.
• Aprendemos que:
•
• Os testes de Titmus e Frisby avaliam a estereopsia
do paciente, o teste de Titmus necessita de óculos
com lentes polarizadas, enquanto o Frisby não
necessita. O teste de luzes de Worth nos auxilia a
verificar se o paciente apresenta fusão, supressão e
diplopia; para o teste dos vidros estriados de
Bagolini.
•
AVALIAÇÃO SENSORIAL
• Material Complementar
• Inserir os materiais complementares para aprofundamento dos conceitos abordados na unidade.
• Importante: Mínimo 04 indicações — livros, sites, vídeos, artigos, repertagens
•
• Vídeo: Teste de Estereopsia: Tipos e Aplicações – Profa. Rebeca U. Saraiva – Disponível em: <
https://www.youtube.com/watch?v=nV6__rkQSfA > Acesso em 29/12/2021.
•
• Vídeo: Aprender a hacer las Luces de Worth – Tests Visuales – Wynis – Disponível em: <
https://www.youtube.com/watch?v=UWfJN853juQ > Acesso em 29/12/2021.
•
• Leitura: Estrabismo para totós
• Disponível em: < https://www.spoftalmologia.pt/wp-content/uploads/2016/10/estrabismo-para-totos-pdf.pdf > Acesso em
29/12/2021.
•
• Vídeo: Test de Bagolini – Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=HE5cJesRy4c > Acesso em 29/12/2021.
•
•
• ALMEIDA, V.M.N. Optometria do Amblíope. 2º CICLO. Universidade da Beira Interior. Coligação de Apontamentos/
2008/2009.
• Disponível em: < http://www.dfisica.ubi.pt/~vasco/Ambliopia/Apontamentos2009.pdf > Acesso em 08/01/2022.
•
• FERNANDES, L.C.; SAFE, S.M.S.; ALMEIDA, H.C. Respostas aos testes de estereopsia em portadores de visão subnormal. ARQ. B
RAS. OFTAL. 6 1 (2), AB RIL/1998. P. 202-205.
• Disponível em: < https://www.scielo.br/j/abo/a/Tv9P8gqMRDWs7Ld8nbCm5tL/?format=pdf&lang=pt > Acesso em
08/01/2022.
•
• Fontehttp://www.schaefer.com.br/estrabismo/107-estereopsia-a-percepcao-tridimensional-da-visao-e-sua-importancia-na-
evolucao-humana.html
Bibliografia
• ARROYO, Ana Maria Parra. Lentes estriadas de Bagolini. 2017. Disponível em: <
http://optometriaclinica05.blogspot.com/2017/10/vision-binocular_29.html >. Acesso em: 10/12/2018.
•
• BARDINI, Rossana. La función visual en el análisis optométrico. Madri: Valencia, 1983. BOHR, Iwo; READ, Jenny C. A.
Stereoacuity with Frisby and Revised FD2 Stereo Tests. Plos
• - One, California, p. 01-09. 12 dez. 2013. Disponível em: < https://journals.plos.org/
plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0082999 >. Acesso em: 13/06/2019.
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• BOWLING, B. Kansky Oftalmologia Clínica - uma abordagem sistêmica. 8ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. (e-book)
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• CARLSON, Nancy B. et al. Procedimientos clínicos en el examen visual. Madrid: Ediciones Genova, S.a., 1990.
•
• DANTAS, Adalmir Morterá. Oftalmologia pediátrica. 2. ed. Rio de Janeiro: Cultura Médica, 1995.
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• DIAS, Ney. Dica número 12 - Varetas de Maddox. Opticanet. 2016. Disponível em:
• <https://opticanet.com.br/secao/colunaseartigos/9979/dica-numero-12--varetas-de-
• -maddox>. Acesso em: 10/12/2018.
•
• DÍAZ, Julio Prieto; DIAS, Carlos de Souza. Estrabismo. 4. ed. São Paulo: Santos, 2002. DUKE-ELDER’S. Refração prática.
10. ed. Rio de Janeiro: Rio Med, 1997.
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• HERRANZ, Raúl Martin; ANTOLÍNEZ, Gerardo Vecilla. Manual de optometría. Madrid: Editorial Medica Panamericana,
2012.
•
• MONDADORI, Ricardo. Refração, um guia prático. Lages: Editora Inês, 2008.
•
Bibliografia
• VERGÊNCIA PRODUTOS ORTOPTICOS. Vidros estriados de
Bagolini. 2011. Disponível em:
<http://s1.livrozilla.com/store/data/001021238_1-
a262de385cbfb9c- ca23c6a40928a096b.png>. Acesso em:
10/12/2018.
• VON NOORDEN, Gunter K. Atlas of Strabismus. 3. ed. United
States Of America: Library Of Congress Cataloging In
Publication Data, 1977.
• YAMANE, Riutiro. Semiologia ocular. 2. ed. Rio de Janeiro:
Cultura Médica, 2003.
o Fonte:https://www.saudebemestar.pt/pt/clinica/oftalmolo
gia/ambliopia/
• Fonte:https://visarehospitaldeolhos.com.br/estrabismo/
Fonte:https://optometria2013karinaidokawa.wordpress.co
m/estrabismo/