Você está na página 1de 56

AVALIAÇÃO

SENSORIAL
Verginia Fagundes
Optometrista graduada pela Ulbra
Pós Graduanda em Saúde Coletiva
Pós Graduanda em Docência do Ensino Superior
Pós Graduanda em Educação do Escolar:
Deficiência Visual
AVALIAÇÃO SENSORIAL

• ESTEREOPSIA: TESTE DE RANDOT, TESTE DE TITMUS;


TESTE DE FRISBY
• LUZES DE WORTH
• TESTE DE VIDROS ESTRIADOS DE BAGOLINI
• SINOPTÓFORO
AVALIAÇÃO SENSORIAL

• Objetivos da aprendizagem:
• Aprender os testes sensoriais que são aplicados em
uma avaliação para reabilitação visual.
• Desenvolver o raciocínio para aplicação dos testes
específicos de avaliação sensorial.
• Ao falarmos em avaliação sensorial, três
funções sensoriais devem ser avaliadas:
ESTEREOPSIA , FUSÃO e PERCEPÇÃO SIMULTÂNEA.
AVALIAÇÃO SENSORIAL
• Estereopsia
• A percepção da profundidade tem sido muito
importante no desenvolvimento humano. A percepção
aguda e precisa da profundidade permitiu ao homem
desenvolver ferramentas e o fabricação de bens
fundamentais à civilização moderna.
• A estereopsia desempenha um papel em muitas outras
atividades humanas, como pegar uma bola, estacionar
um carro, passar uma linha em uma agulha, realizar uma
cirurgia ou qualquer outra atividade que exija uma
percepção precisa da profundidade em distâncias
próximas.
• A visão binocular (de dois olhos), como estereopsia
depende do alinhamento correto dos olhos e da
unificação adequada das duas imagens pelo cérebro.
• Indivíduos com estrabismo não possuem a percepção de
profundidade.
AVALIAÇÃO SENSORIAL
Avaliação Sensorial
Estrabismo
• Com a visão binocular normal, ambos os olhos fixam o
mesmo ponto. A porção visual do cérebro funde as
duas imagens numa única. Já quando um dos olhos
desvia, duas diferentes imagens são enviadas ao
cérebro. Na criança especialmente, o cérebro aprende
a ignorar, ou seja, não vê a imagem do olho desviado e
passa a ver somente a imagem do olho não desviado.
Isso leva à perda de profundidade e da visão binocular.
Por outro lado, nos adultos que desenvolvem
estrabismo, frequentemente ocorre visão dupla. Nos
adultos, o cérebro já foi treinado a receber as imagens
de ambos os olhos e não ignorar uma delas, então, é
mais comum apresentar visão dupla
AVALIAÇÃO SENSORIAL

Endotropia Exotropia

Desvio vertical
Quando o ponto de fixação de um ou ambos os olhos estão
voltados para cima (chamado de hipertrofia) ou para baixo
(chamado de hipotrofia).

Fonte:https://visarehospitaldeolhos.com.br/estrabismo/
Avaliação sensorialAmbliopia
• Para melhor perceber o que é Ambliopia e de que forma esta, habitualmente,
ocorre debrucemo-nos por explicar de uma forma “simples” a evolução do
sistema visual.
• Podemos afirmar que os olhos são responsáveis por “captar” as imagens e
converte-las em estímulos eléctricos. Posteriormente essas imagens são
transmitidas ao cérebro através dos nervos óticos. É na parte do cérebro
occipital responsável pela visão que as imagens são “processadas”. A
ambliopia pode ocorrer quando o olho e o cérebro não estão a “funcionar”
de uma forma correta ou em “sintonia”.
• Todos nós, enquanto crianças, passamos por uma fase de desenvolvimento
visual, uma espécie de “apreender a ver”. Nesta fase o cérebro deve receber
imagens claras e focadas dos dois olhos para que o desenvolvimento visual
seja normal. Se tal não acontecer, ou seja, se os dois olhos não receberem
imagens focadas e claras, não existirá um estímulo visual adequado e
consequentemente produzir-se-ão alterações anatómicas e funcionais do
córtex da área visual do cérebro, levando a que o seu desenvolvimento não
seja efetuado corretamente. Por sua vez, estas alterações provocam uma
reduzida acuidade visual mesmo após correção ótica.
• Muitas vezes, o olho em si parece “normal”, mas na verdade, ele não está a
ser utilizado normalmente porque o cérebro pode estar a favorecer o outro
olho em detrimento dele.
Avaliação sensorial
Diplopia
• A diplopia surge, quando os pontos retinianos não são
correspondentes e cada olho percebe o objeto em locais
diferentes, gerando a diplopia. Existem dois tipos de diplopia, a
fisiológica e a patológica.
A diplopia fisiológica, só é possível quando todos os pontos se
encontram na curva do horóptero, estimulando elementos
retinianos correspondentes. Se todos os pontos não se
encontrarem na curva do horóptero, então as diplopias são
vistas como imaginados.
A diplopia fisiológica com visão binocular normal, ao fixar um
objeto próximo, ocorrerá a diplopia cruzada do objeto mais
distante, pois houve uma disparidade temporal cruzada com
referência a fóvea. Ao fixar um objeto distante, ocorrerá a
diplopia não cruzada do objeto próximo, pois haverá a
disparidade nasal da retina. Sendo que a diplopia fisiológica é
inconsciente na maior parte do tempo.
Avaliação Sensorial
Teste a diplopia fisológica e a supressão
Avaliação sensorial
Diplopia
• A diplopia patológica surge com alterações motoras, funcionais ou
patológicas, gerando perturbações de diplopia permanentes ao indivíduo.
A confusão sensorial ocorre quando objetos diferentes estão em áreas
correspondentes na retina, vistos na mesma direção visual sobrepondo-se.
Na supressão, as impressões transmitidas ao cérebro podem ser suprimidas,
isso gera a capacidade de desconsiderar a diplopia fisiológica. A supressão
é um mecanismo ativo e inibitório, capaz de excluir seletivamente, antes de
entrar na consciência certos impulsos visuais indesejados, é uma forma de
adaptação sensorial. Essa capacidade de ignorá-las ou de suprimí-las, leva a
importância da visão normal, e da visão anormal, dada muita atenção nas
partes clínicas. Podendo variar em sua intensidade (superficial a profunda),
tamanho e posição (central ou periférica).
Os testes utilizados na ortóptica, são filtros coloridos, lentes estriadas de
Maddox, lanterna como a luzes de Worth, lentes de Bagolini e Titmus.
• A ortoforia seria a condição ideal com fusão, mantendo os eixos paralelos na
distância de longe e convergência adequada para perto. O paralelismo
mantém, mesmo quando a fusão é suspensa, não ocorrendo desvio.
• O alinhamento dos eixos visuais, garante a função sensorial normal
estabelecendo o mecanismo motor fusional. Se a fusão sensorial for artificial
e não sustentada, haverá perda da participação visual, com exclusão de um
dos olhos.
AVALIAÇÃO SENSORIAL

• 3.1.1 – TESTE RANDOT:



• O objetivo deste teste é medir a estereopsia na visão do
paciente, e para isto vamos precisar de óculos polarizadores
para distinguir diferentes níveis do teste para ser executado.
• O teste é realizado em 3 blocos ou 4 etapas, e o
paciente estando com os óculos polarizadores verá
nitidamente uma forma geométrica ou um desenho mais
realçado.

• Assista:
• https://youtu.be/iw9Y6RKYHRY

• https://youtu.be/qH9S4PCozYo
AVALIAÇÃO SENSORIAL

Fonte: https://www.wynis.com/category/test-de-randot/
AVALIAÇÃO SENSORIAL

• 3.1.2 – TESTE DE TITMUS:


• Material:
• Óculos polarizados.
• Livro de Titmus (fly-test).
• Trataremos do livro de Titmus, que apresenta a
mosca ao lado direito.
• É muito importante que o paciente esteja corrigido
para longe e, em caso de presbita, também
corrigido para perto. O ambiente deve estar
iluminado e recomenda-se iluminar o livro de
estereopsia com as luzes direcionadas da coluna.
AVALIAÇÃO SENSORIAL

Figura 2: Titmus ou Fly-test


Fonte: < https://bit.ly/2ZiLTZJ >. Acesso em: 12/06/2019.

Assista:
https://youtu.be/AjUXLFz3VjA
AVALIAÇÃO SENSORIAL
• Na prática!

• Método:
• Posicionar os óculos polarizados sobre a correção do paciente.
• O paciente deve segurar o livro de estereopsia a distância de
leitura, aproximadamente 40 cm.
• A lâmpada da coluna deve iluminar o livro.
• Pergunta-se ao paciente se ele vê, do lado direito do livro, as asas
da mosca sobressaindo, mais elevadas.
• Se ele relatar que as asas da mosca estão mais elevadas, peça
para o paciente “segurar” as asas da mosca (imagem
tridimensional).
• Caso o paciente enxergue somente as asas da mosca elevadas e
não consiga identificar nada da próxima fase do teste, esse
paciente possui visão estereoscópica de 3000” (três mil segundos
de arco). O que é um resultado bastante rudimentar.
• Do lado esquerdo do livro existem nove losangos, sendo que cada
losango possui quatro círculos em seu interior.
• Cada losango apresenta um grau de dificuldade para a visão
estereoscópica. À medida que o paciente avança para o próximo
losango, a percepção da estereopsia será cada vez mais apurada,
mais refinada.
AVALIAÇÃO SENSORIAL
• Existe livro de teste estereoscópico que apresenta o último
losango com 32”.
• A seguir, pedimos que o paciente nos reporte, em cada
losango, o círculo que está sobressaindo ou o círculo que se
apresenta diferente dos outros círculos. Observe a figura:

Figura 3 – Teste de estereopsia - Titmus


Adaptada de: < https://bit.ly/2XEITX6 >. Acesso em:
12/06/2019.
AVALIAÇÃO SENSORIAL
• Quanto mais refinada a estereopsia do paciente, mais ele
avançará na escala, sendo que o losango 10 é o que
corresponde à estereopsia mais refinada de 40”.
• Os losangos 7, 8 e 9, 60”, 50” e 40”, respectivamente, são
considerados dentro da normalidade, sendo que o de 40” é o
preferível, conforme relatado anteriormente.

Figura 4: Teste de Titmus


Fonte: BOWLING (2016), p. 740
AVALIAÇÃO SENSORIAL
• Se o paciente identificar os losangos e os círculos
correspondentes, não haverá necessidade de ele apontar os
desenhos abaixo dos losangos.
• Devemos observar a rapidez, o tempo que ele leva para
identificar cada losango, isso também faz parte do teste.
Quanto mais rapidamente ele passar de um losango ao
outro, significa que sua percepção estereoscópica é mais
aceitável.
• Anotações:
• É importante anotarmos sc (sem correção) ou cc (com
correção).
• Exemplos:
• Estereopsia sc: 60”.
• Estereopsia cc: 40”.
AVALIAÇÃO SENSORIAL
– TESTE DE FRISBY
• O teste de Frisby é também utilizado para avaliar a
estereopsia do paciente. Ele consiste em três placas de
acrílico transparente de diferentes espessuras: 6 mm, 3 mm e
1,5 mm. Em cada placa estão impressos 4 quadriláteros de
pequenas formas aleatórias.

Figura 5: Teste de Frisby – quadriláteros


Fonte: BOWLING (2016), p.741
AVALIAÇÃO SENSORIAL
• Em um dos quadrados existe um círculo
“escondido”, no qual as formas aleatórias estão
impressas no reverso da placa.

Figura 6: Círculo escondido


Fonte: Adaptada de: < https://bit.ly/2X1Vsil >. Acesso em:
12/06/2019.
AVALIAÇÃO SENSORIAL
• O teste não requer óculos especiais, porque a disparidade
(600 a 15 segundos) é criada por meio da espessura da
placa; a distância de trabalho deve ser medida
corretamente. À medida que posicionamos as placas a
diferentes distâncias, podemos obter valores de diferentes
níveis de sensibilidade estereoscópica. Faça uso de uma fita
métrica para medir as distâncias do teste.

Figura 7: Materiais necessários para o teste de Frisby


Fonte: Disponível em: < https://bit.ly/2IccEtd >. Acesso em: 12/06/2019.
AVALIAÇÃO SENSORIAL
• Na prática!

• Método:
• O paciente deve fazer uso de suas lentes corretivas, em caso de
presbita, para perto.
• O ambiente deve estar iluminado.
• Sobrepor a lente 6 mm em fundo branco a 50 cm do paciente.
• Pedir que o paciente identifique o quadrado com relevo.
• Para se certificar da resposta do paciente, gire a lâmina para
que os quadrantes sejam posicionados em locais diferentes e
repita a pergunta.
• Pode-se aumentar ou diminuir a distância nas avaliações.

• Vídeo complementar:
https://youtu.be/JqkoR8WMuwg
AVALIAÇÃO SENSORIAL
A tabela a seguir mostra os resultados das avaliações
dependendo da distância e espessura das lâminas:

Tabela 1: Tabela Frisby – Distância (espessura das lâminas)


Fonte: Adaptada de: < https://bit.ly/2XT2J11 >. Acesso em: 17/06/2019.
AVALIAÇÃO SENSORIAL
• TESTE DE LUZES DE WORTH
Com este teste, podemos avaliar a capacidade de fusão do
paciente. As luzes de Worth podem ser encontradas na
tabela de optotipos e como lanterna avulsa para se medir a
fusão do paciente a diferentes distâncias. Essa lanterna é
muito útil, pois alguns pacientes apresentam fusão a 6 metros,
e podem apresentar diploplia a 3 m ou a 40 cm.

Figura 8: Materiais para realização do teste de luzes de Worth


Fonte: Disponível em: < https://bit.ly/2MJ7gBV >. Acesso em:
12/06/2019.
AVALIAÇÃO SENSORIAL
• Na refração, após o teste bicromático, realizamos o Teste de
Luzes de Worth a 6 metros. Para a realização do teste
necessitamos disponibilizar ao paciente os óculos
bicromáticos (vermelho e verde). Realizamos o teste da
seguinte forma:
• Na prática!
• Método:
• O paciente deve estar com sua correção para longe e, caso
o teste for realizado a 40 cm, se presbita, deverá estar
corrigido para perto.
• Colocamos os óculos vermelho/verde frente à correção do
paciente. O filtro vermelho deverá estar em frente ao olho
direito, e o filtro verde deve estar em frente ao olho esquerdo.
• Apresentamos ao paciente as luzes de Worth.
• Video complementar:
• https://youtu.be/o6IBLu0pX58
AVALIAÇÃO SENSORIAL

Pedimos que o paciente informe quantas luzes ele vê.


Se ele disser que vê quatro luzes: acima, relata luz
vermelha; a luz de baixo branca ou alaranjada, ou
vermelha mais clara; e duas verdes nas laterais, então o
paciente apresenta fusão.
Se o paciente enxergar apenas as duas luzes (vermelha e
alaranjada), então ele está suprimindo o olho esquerdo.
AVALIAÇÃO SENSORIAL
• Se ele informar que enxerga apenas três luzes verdes, então
ele está suprimindo o olho direito.
• Caso o paciente reporte cinco luzes, pedimos para que ele
nos informe a posição das luzes verdes e a posição das luzes
vermelhas, indicação de diplopia.
• Se as luzes vermelhas estiverem à direita e as luzes verdes
estiverem à esquerda, o paciente apresenta uma esotropia
(diplopia homônima).
• Se as luzes vermelhas estiverem à esquerda e as luzes verdes
estiverem à direita, o paciente apresenta uma exotropia
(diplopia cruzada).
AVALIAÇÃO SENSORIAL
Observe as imagens a seguir:
• VBU está presente se todas as quatro luzes forem vistas.

Fonte: BOWLING (2016), p. 742

• A FUSÃO existe quando a resposta é “vejo 4 luzes”: 2 verdes, 1


vermelha e 1 que às vezes é descrita como laranja, outras
amarela, vermelha (sei lá, a imaginação não tem limites) mas
raramente veem branca.
AVALIAÇÃO SENSORIAL

Fonte: adaptado de MACHADO e GAMA (2012), p. 64


AVALIAÇÃO SENSORIAL

• Se duas luzes vermelhas forem vistas, há a presença de


supressão direita.

Se três luzes verdes forem vistas, há supressão esquerda.

Fonte: adaptado de MACHADO e GAMA (2012), p. 64


AVALIAÇÃO SENSORIAL

• Se duas luzes vermelhas e três verdes forem vistas, há


presença de diplopia.

Fonte: adaptado de MACHADO e GAMA (2012), p. 65

• Se as luzes verdes e vermelhas se alternarem, haverá


supressão alternada, (ou seja, ora suprime OD ora OE), o que
nos dá muitas pistas ou confirmações para o teste de cover.
AVALIAÇÃO SENSORIAL

• Veja também:

Figura 10: Possíveis resultados


Fonte: Adaptada de: < https://bit.ly/2IFnjeM >. Acesso em:
12/06/2019.
AVALIAÇÃO SENSORIAL

• Anotações: realizada a 6 m (tabela).


• Exemplos:

• As anotações do teste de luzes de Worth com a lanterna


serão as mesmas, anotando-se a distância que você
verificou o achado; veja os exemplos:
• Fusão (4 m).
• Supressão OE (3 m).
• Diplopia (esotropia) (2 m).
AVALIAÇÃO SENSORIAL

• TESTE DE VIDROS ESTRIADOS DE BAGOLINI:

• Este teste permite verificar a existência de visão


binocular única, supressão e correspondência
retiniana anômala (CRA).
• Os vidros estriados de Bagolini são duas lentes com
estrias (idênticas ao Maddox), sendo que a lente
com as estrias a 135º são posicionadas no olho
esquerdo do paciente, e a lente com as estrias
a 45º são posicionadas no olho direito.
AVALIAÇÃO SENSORIAL

Figura 11: Procedimento do teste de vidros estriados de Bagolini


Fonte: BOWLING (2016), p.742

Figura 12: Teste de vidros estriados de Bagolini


Fonte: Disponível em: < https://bit.ly/2MIxKDM >. Acesso em: 12/06/2019.
AVALIAÇÃO SENSORIAL

• Da mesma forma como no teste de Maddox, ao


posicionarmos uma lanterna frente aos olhos do paciente,
surgirão duas raias de luz perpendiculares às estrias das lentes.
• Ao ser realizado o teste de Bagolini, os resultados não podem
ser interpretados a menos que se saiba que há estrabismo:
• Se as duas faixas cruzarem em seus centros na forma de uma
cruz oblíqua (um “X”), o paciente tem VBU se os dois olhos
estiverem alinhados, ou CRA harmônica na presença de
estrabismo manifesto.
• Se as duas linhas forem vistas, mas não formam uma cruz, a
diplopia está presente.
• Se apenas uma faixa for vista, não há percepção simultânea,
e a supressão está presente.
• Se uma falha for observada em uma das faixas, um escotoma
de supressão central (como o encontrado na microtropia)
está presente.
AVALIAÇÃO SENSORIAL

Figura 13: Possíveis resultados do teste de vidros estriados de


Bagolini
Fonte: BOWLING (2016), p.742

Figura 14: Teste de Bagolini


Fonte: Adaptada de: < https://bit.ly/2MIxKDM >. Acesso em: 12/06/2019.
AVALIAÇÃO SENSORIAL

• Na Figura 14, no exemplo (A), observe a raia de luz produzida


pela lente a 135º no olho direito, e a raia de luz produzida pela
lente posicionada a 45º no olho esquerdo. As lentes estriadas
posicionadas a 135º produzirão uma raia a 45º. E as lentes
estriadas posicionadas a 45º produzirão uma raia a 135º.
• No exemplo (B), observe os óculos com os vidros estriados de
Bagolini, em que a estria posicionada a 45º no olho direito
produzirá uma raia a 135º, e a estria posi- cionada a 135º no olho
esquerdo produzirá uma raia a 45º.
• Veja a importância de sabermos o sentido das raias com
relação à(s) estria(s). Imagine um paciente nos reportando que
visualiza apenas uma das raias, então, temos que avaliar e saber
em qual olho o paciente não consegue perceber a raia de luz,
há supressão nesse olho.

AVALIAÇÃO SENSORIAL

• Na prática!

• Método:
• O ambiente deve estar levemente iluminado.
• Posicionamos as lentes estriadas de Bagolini frente aos olhos do paciente
corrigido e posicionamos uma lanterna com a luz iluminando os dois
olhos.
• Pedimos que o paciente fixe a luz a 33 cm e, depois, realizamos o teste
nova- mente, pedindo que ele fixe agora a 6 m.
• Solicitamos que o paciente nos reporte e, se possível, desenhe em um
papel como ele percebe as raias de luz. Temos algumas possibilidades:
fusão, supressão OD, supressão OE, escotoma central ou supressão
foveal do OE, diplopia, diplopia homônima (ET), diplopia cruzada (XT),
conforme exemplos a seguir:

Vídeo complementar:
https://youtu.be/4VmzvZVeUmY
AVALIAÇÃO SENSORIAL

Figura 15: Teste de vidros estriados de Bagolini (fusão)


Fonte: Adaptada de: < https://bit.ly/2MIxKDM >. Acesso em: 12/06/2019.
AVALIAÇÃO SENSORIAL

Figura 15: Teste de vidros estriados de Bagolini (supressão OD)


Fonte: Adaptada de: < https://bit.ly/2MIxKDM >. Acesso em:
12/06/2019.
AVALIAÇÃO SENSORIAL

Figura 16 – Teste de vidros estriados de Bagolini (supressão do OE)


Adaptada de: < https://bit.ly/2MIxKDM >. Acesso em: 12/06/2019.
AVALIAÇÃO SENSORIAL

Figura 17 – Teste de vidros estriados de Bagolini (escotoma central ou


supressão foveal do OE)
Adaptada de: < https://bit.ly/2MIxKDM >. Acesso em: 12/06/2019.
AVALIAÇÃO SENSORIAL

Figura 18 – Teste de vidros estriados de Bagolini (diplopia)


Fonte: Adaptada de: < https://bit.ly/2MIxKDM >. Acesso em:
12/06/2019.
AVALIAÇÃO SENSORIAL

Figura 19– Teste de vidros estriados de Bagolini (Diplopia homônima -


ET)
Fonte: Adaptada de: < https://bit.ly/2MIxKDM >. Acesso em:
12/06/2019.
AVALIAÇÃO SENSORIAL

Figura 20 – Teste de vidros estriados de Bagolini (Diplopia cruzada - XT)


Fonte: Adaptada de: < https://bit.ly/2MIxKDM >. Acesso em: 12/06/2019.
AVALIAÇÃO SENSORIAL

• – SINOPTÓFORO:
• Com a utilização do sinoptóforo ocorrerá a compensação do
ângulo do desvio possibilitando que os estímulos sejam
apresentados a ambos os olhos simultaneamente. Pode
detectar também supressão.

Figura 24: Sinoptóforo


Fonte: BOWLING (2016), p. 744
AVALIAÇÃO SENSORIAL

• O instrumento consiste em dois tubos cilíndricos, cada um


contendo um espelho em ângulo reto, com uma lente +6,50
D em cada ocular. Esse conjunto óptico simula a distância de
teste a 6 metros.
• Deve-se inserir figuras nos receptáculos para slides,
localizados na extremidade de cada tubo. Os dois tubos são
fixados em colunas de forma a ser possível mover as figuras
uma em direção à outra, e quaisquer ajustes são indicados
em uma escala.

AVALIAÇÃO SENSORIAL

Figura 24: Sinoptóforo


Fonte: BOWLING (2016), p. 744
AVALIAÇÃO SENSORIAL

• Graus de visão binocular



• Pode-se avaliar a visão binocular no sinoptóforo da seguinte maneira:

• • Primeiro grau (percepção simultânea – PS) é testado apresentando-se duas
imagens não similares, mas não antagônicas entre si, tais como um passarinho e
uma gaiola solicitando ao paciente que coloque o passarinho dentro da gaiola
movendo o braço do sinoptóforo. Se as duas figuras não forem vistas
simultaneamente, a supressão estará presente.
• • Segundo grau (fusão). Prosseguir o teste para o segundo nível, caso os slides de
percepção simultânea possam ser sobrepostos. Nesse nível de fusão, que é a
capacidade de os dois olhos produzirem um quadro composto (fusão sensorial) a
partir de duas figuras semelhantes, cada uma delas com um pequeno detalhe
diferente, incompleto.
• O exemplo clássico é o de dois coelhos, em que um está sem o rabo e o
outro sem um ramo de flores. Se a fusão está presente, um coelho completo com
rabo e o ramo de flores são vistos.
• • Terceiro grau (estereopsia) que é a habilidade de se obter a impressão de
profundidade
AVALIAÇÃO SENSORIAL

• pela sobreposição de duas fotografias do mesmo


objeto que foram feitas de ângulos minimamente
diferentes. O exemplo clássico é de um balde que
deve ser visto em três dimensões.

• Muito interessante não?
• Leia então o Capítulo 18: Estrabismo – página 726 a
751.
• BOWLING, B. Kansky Oftalmologia Clínica - uma
abordagem sistêmica. 8ª ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2016. (e-book)

AVALIAÇÃO SENSORIAL

• Aprendemos que:

• Os testes de Titmus e Frisby avaliam a estereopsia
do paciente, o teste de Titmus necessita de óculos
com lentes polarizadas, enquanto o Frisby não
necessita. O teste de luzes de Worth nos auxilia a
verificar se o paciente apresenta fusão, supressão e
diplopia; para o teste dos vidros estriados de
Bagolini.

AVALIAÇÃO SENSORIAL

• Material Complementar
• Inserir os materiais complementares para aprofundamento dos conceitos abordados na unidade.
• Importante: Mínimo 04 indicações — livros, sites, vídeos, artigos, repertagens

• Vídeo: Teste de Estereopsia: Tipos e Aplicações – Profa. Rebeca U. Saraiva – Disponível em: <
https://www.youtube.com/watch?v=nV6__rkQSfA > Acesso em 29/12/2021.

• Vídeo: Aprender a hacer las Luces de Worth – Tests Visuales – Wynis – Disponível em: <
https://www.youtube.com/watch?v=UWfJN853juQ > Acesso em 29/12/2021.

• Leitura: Estrabismo para totós
• Disponível em: < https://www.spoftalmologia.pt/wp-content/uploads/2016/10/estrabismo-para-totos-pdf.pdf > Acesso em
29/12/2021.

• Vídeo: Test de Bagolini – Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=HE5cJesRy4c > Acesso em 29/12/2021.


• ALMEIDA, V.M.N. Optometria do Amblíope. 2º CICLO. Universidade da Beira Interior. Coligação de Apontamentos/
2008/2009.
• Disponível em: < http://www.dfisica.ubi.pt/~vasco/Ambliopia/Apontamentos2009.pdf > Acesso em 08/01/2022.

• FERNANDES, L.C.; SAFE, S.M.S.; ALMEIDA, H.C. Respostas aos testes de estereopsia em portadores de visão subnormal. ARQ. B
RAS. OFTAL. 6 1 (2), AB RIL/1998. P. 202-205.
• Disponível em: < https://www.scielo.br/j/abo/a/Tv9P8gqMRDWs7Ld8nbCm5tL/?format=pdf&lang=pt > Acesso em
08/01/2022.

• Fontehttp://www.schaefer.com.br/estrabismo/107-estereopsia-a-percepcao-tridimensional-da-visao-e-sua-importancia-na-
evolucao-humana.html
Bibliografia
• ARROYO, Ana Maria Parra. Lentes estriadas de Bagolini. 2017. Disponível em: <
http://optometriaclinica05.blogspot.com/2017/10/vision-binocular_29.html >. Acesso em: 10/12/2018.

• BARDINI, Rossana. La función visual en el análisis optométrico. Madri: Valencia, 1983. BOHR, Iwo; READ, Jenny C. A.
Stereoacuity with Frisby and Revised FD2 Stereo Tests. Plos
• - One, California, p. 01-09. 12 dez. 2013. Disponível em: < https://journals.plos.org/
plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0082999 >. Acesso em: 13/06/2019.

• BOWLING, B. Kansky Oftalmologia Clínica - uma abordagem sistêmica. 8ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. (e-book)

• CARLSON, Nancy B. et al. Procedimientos clínicos en el examen visual. Madrid: Ediciones Genova, S.a., 1990.

• DANTAS, Adalmir Morterá. Oftalmologia pediátrica. 2. ed. Rio de Janeiro: Cultura Médica, 1995.

• DIAS, Ney. Dica número 12 - Varetas de Maddox. Opticanet. 2016. Disponível em:
• <https://opticanet.com.br/secao/colunaseartigos/9979/dica-numero-12--varetas-de-
• -maddox>. Acesso em: 10/12/2018.

• DÍAZ, Julio Prieto; DIAS, Carlos de Souza. Estrabismo. 4. ed. São Paulo: Santos, 2002. DUKE-ELDER’S. Refração prática.
10. ed. Rio de Janeiro: Rio Med, 1997.

• HERRANZ, Raúl Martin; ANTOLÍNEZ, Gerardo Vecilla. Manual de optometría. Madrid: Editorial Medica Panamericana,
2012.

• MONDADORI, Ricardo. Refração, um guia prático. Lages: Editora Inês, 2008.

Bibliografia
• VERGÊNCIA PRODUTOS ORTOPTICOS. Vidros estriados de
Bagolini. 2011. Disponível em:
<http://s1.livrozilla.com/store/data/001021238_1-
a262de385cbfb9c- ca23c6a40928a096b.png>. Acesso em:
10/12/2018.
• VON NOORDEN, Gunter K. Atlas of Strabismus. 3. ed. United
States Of America: Library Of Congress Cataloging In
Publication Data, 1977.
• YAMANE, Riutiro. Semiologia ocular. 2. ed. Rio de Janeiro:
Cultura Médica, 2003.
o Fonte:https://www.saudebemestar.pt/pt/clinica/oftalmolo
gia/ambliopia/
• Fonte:https://visarehospitaldeolhos.com.br/estrabismo/
Fonte:https://optometria2013karinaidokawa.wordpress.co
m/estrabismo/

Você também pode gostar