Você está na página 1de 3

DEPARTAMENTO DE OFTALMOLOGIA E OTORRINOLARINGOLOGIA

Estudo Dirigido (ED) 3: Medida da Acuidade Visual, Ametropias e


Refração

Nome do Aluno: Ana Paula Carvalho de Matos

Professor: Alberto Diniz Filho

1. Quais sã o os principais tipos de lentes? Qual a diferença entre lentes esféricas e


cilíndricas?
Convergentes e divergentes, fabricadas com vidro e resina. As lentes esféricas apresentam
o mesmo meridiano em todos os seus cortes, formando um ponto focal. Já as cilíndricas
apresentam dois meridianos, formando uma linha focal.

2. Como ocorre a formaçã o de imagens no olho?


Os raios de luz atravessam a có rnea e o cristalino e sã o refratados, projetando uma imagem
invertida no foco criado na retina. O cristalino tem uma funçã o de acomodaçã o, adaptando
sua curvatura de modo a manter o foco na retina, permitindo a formaçã o de uma imagem
nítida.

3. Enumere e descreva as principais ametropias e suas respectivas classificaçõ es.


I - Miopia: É uma anomalia de refraçã o na qual o poder refrativo do olho é excessivo em
relaçã o ao seu diâ metro axial. Os feixes de raios de luz paralelos, oriundos de objetos
distantes, focam-se antes da retina e a imagem que chega está desfocada. Pode ser
classificada clinicamente em simples ou patoló gica. Na miopia simples nã o identificado
componente anatô mico alterado e tanto a curvatura da có rnea quanto o diâ metro axial do
olho estã o pró ximos dos valores normais, havendo apenas uma desproporçã o entre eles.
Na miopia patoló gica, também chamada degenerativa ou maligna, existe um
comprometimento axial exagerado do olho, com alteraçõ es do polo posterior e na periferia
do fundo de olho, mas a có rnea apresenta curvatura pró xima do normal.
II - Hipermetropia: É um erro de refraçã o no qual o olho tem um diâ metro axial curto em
relaçã o ao seu polo refrativo. Quando o olho está em repouso (sem acomodar), os feixes de
raios de luz paralelos, provenientes de objetos distantes, apó s serem refratados pela có rnea
e cristalino, nã o convergem o suficiente para se focarem na retina, o foco se forma atrá s da
retina, formando uma imagem fora de foco. Pode ser classificada em latente ou manifesta. A
hipermetropia latente é aquela que é corrigida pelo tô nus do mú sculo ciliar. Já a manifesta
DEPARTAMENTO DE OFTALMOLOGIA E OTORRINOLARINGOLOGIA

é aquela que pode ser detectada pelo exame de refraçã o sem o uso de cicloplegia, e é
dividida em facultativa e absoluta.
III - Astigmatismo: O poder de refraçã o do olho nã o é igual em todos os meridianos,
formando dois focos de um mesmo ponto da imagem. Classificado em mió pico composto
(os dois focos na frente da retina), mió pico simples (um antes e outro em cima da retina),
misto (um foco antes e outro depois da retina), hipermetró pico simples (um foco na retina
e outro depois), ou hipermetró pico composto (ambos focos virtuais depois da retina).
IV - Presbiopia: alteraçã o/dificuldade de acomodaçã o do cristalino.

4. Quais sinais e sintomas ocorrem nos indivíduos portadores de ametropias?


I - Míopes: baixa acuidade visual para longe, fechando os olhos na tentativa de melhorar a
visã o, cefaleia, astenopia (cansaço visual), podem ter estrabismo convergente.
II - Hipermétropes: os sintomas variam de acordo com a idade e grau da disfunçã o. Podem
ser assintomá ticos, ou apresentar baixa acuidade visual para perto, astenopia com esforço
visual, piora do estrabismo convergente.
III - Astigmatismo: cefaleia, astenopia, fotofobia e, mais raramente, baixa acuidade visual.

5. Em qual conceito se baseia a medida da acuidade visual? O que significa a fraçã o que
representa a acuidade visual?
É baseada no conceito do menor â ngulo visual em que dois pontos podem ser discernidos
um do outro. Essa distâ ncia corresponde a um â ngulo de aproximadamente 1 minuto de
arco. É padronizado que o paciente seja colocado a uma distâ ncia de 6 metros (20 pés), e
sã o projetadas imagens que formam 5 minutos de arco, sendo cada constituinte de sua
formaçã o, 1 minuto de arco. A fraçã o da acuidade visual é um numerador que corresponde
a distâ ncia que o optotipo está do observador e um denominador que corresponde a
distâ ncia a que o paciente consegue observar aquele optotipo nitidamente, quando este faz
um â ngulo de 5 minutos. Para anotar o resultado, anota-se a ú ltima linha em que o paciente
leu bem e acrescenta-se quantas letras ele acertou na linha seguinte.

6. Quais os métodos de refraçã o objetiva? Descreva de maneira sucinta cada uma delas.
O método objetivo mais simples é a retinoscopia. Consiste em projetar uma faixa de luz no
olho do paciente, que preferencialmente deverá estar com a pupila dilatada. O examinador
movimenta a faixa de luz no sentido horizontal e depois na vertical e observa o movimento
da luz refletida. Esse movimento poderá ser a favor ou contrá rio ao da luz projetada no
olho, dependendo da ametropia do paciente. Pela interposiçã o de lentes positivas ou
negativas, a ametropia aproximada poderá ser encontrada. Outro método que vem sendo
DEPARTAMENTO DE OFTALMOLOGIA E OTORRINOLARINGOLOGIA

utilizado é o emprego do refrator automá tico computadorizado. Esses aparelhos funcionam


emitindo um feixe de raios infravermelhos que se refletem na retina. O aparelho mede a
vergência desses raios que saem do olho, calculando a refraçã o ocular.

7. Quais os métodos de refraçã o subjetiva? Descreva de maneira sucinta cada uma delas.
Existem dois equipamentos de exame de refraçã o subjetiva: a caixa de prova e os refratores
manuais. A caixa de prova consiste em um jogo de lentes positivas, negativas e cilíndricas,
as quais podem ser encaixadas em uma armaçã o de ó culos especial, a armaçã o de prova.
Nessa armaçã o é possível adaptar 3 a 4 lentes para cada olho. Desse modo, é possível obter
qualquer valor dió ptrico para correçã o das ametropias. No refrator manual existem vá rios
discos contendo lentes positivas, negativas e cilíndricas embutidas no aparelho. Conforme
o examinador roda esses discos, vá rias combinaçõ es dos mesmos vã o aparecendo e todos
os valores dió ptricos dentro de certo limite podem ser obtidos.

8. Qual a interferência da acomodaçã o no exame de refraçã o? Qual a conduta para


minimizar essa interferência?
A acomodaçã o pode falsear o real valor de ametropia do paciente. Por exemplo, o míope
acô modo pode aceitar uma correçã o negativa superior a real, e o hipermetrope aceita uma
correçã o inferior. Para obter um exame mais preciso do erro refracional, utiliza-se colírios
midriá ticos e cicloplégicos, que irã o paralisar a acomodaçã o.

9. Como deve ser a prescriçã o de lentes corretoras em cada uma das principais ametropias?
I - Miopia: é corrigida com lentes divergentes (negativas). Faz-se a prescriçã o total da
ametropia.
II - Hipermetropia: é corrigida com lentes convergentes biconvexas (positivas). Varia de
acordo com o valor da refraçã o, da acomodaçã o existente, da existência de astigmatismo e
da motilidade ocular. A absoluta sempre será prescrita e a facultativa pode ser total ou
parcialmente prescrita.
III – Astigmatismo: é corrigido com lentes cilíndricas. Normalmente, até 1 dioptria, corrige-
se apenas em caso de queixas, e a partir disso faz-se a correçã o total.
IV - Presbiopia: deve-se levar em consideraçã o a idade (capacidade de acomodaçã o) e seu
trabalho. Quanto maior a idade e mais pró xima do olho for sua atividade laboral, maior a
necessidade de uma correçã o, utilizando lentes convergentes.

Você também pode gostar