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Trabalho de Física:

Unidades 1 e 3

Aluno: Lucas Giorgetti da Silva


N°: 11
Série: 2°ano A
Unidade 1
Estudo Analítico das Lentes Esféricas
Referencial de Gauss

O método de determinação e estudo das características de uma imagem em uma lente


esférica segue o sistema do referencial de Gauss, inventado por Johann Carl Friedrich Gauss.
Ele consiste, basicamente, em um par de eixos ortogonais com origem no centro óptico (O) da
lente delgada. Nesse modelo, o eixo principal representa também o eixo das abscissas (Ox) e o
eixo perpendicular ao principal, com uma orientação de baixo para cima, representa o eixo das
ordenadas (Oy).

No referencial de Gauss, a é o ponto antiprincipal, o ponto f representa a distância focal, o


ponto p a distância do objeto e y o tamanho dele. Já p’ representa a distância da imagem e y’ o
tamanho dela. Graças à essas características, é possível notar as seguintes propriedades:

 Objetos e imagens reais terão p/p’ positivos, por outro lado, imagens virtuais terão p’
negativo;
 Objetos e imagens direitas terão y/y’ positivos, enquanto imagens invertidas terão y’
negativo;
 Lentes convergentes terão f positivo e lentes divergentes f negativo.
Equação de Gauss e aumento linear transversal:

Através de todas as propriedades estabelecidas por Gauss, é possível relacionar p, p’ e f,


através da equação de Gauss, também conhecida como equação dos pontos conjugados.
Também é possível determinar o tamanho da imagem formada através de uma outra relação,
conhecida como equação do aumento linear transversal.

Observação:

 y=o
 y’=i

Vergência (V)

A vergência pode ser definida como a capacidade de uma lente de convergir ou divergir raios
de luz, podendo ser analisada como o “inverso” da distância focal:
O Sistema Internacional de medidas para a medida de vergência é a dioptra (di),
representando o “grau” de uma lente. Quanto menor for a distância focal, maior será a
capacidade de vergência.

Equação dos fabricantes de lentes

A equação do fabricante de lentes, também conhecida como equação de Halley, é uma


fórmula matemática que relaciona a vergência, a distância focal, os índices de refração da
lente e do meio em que a lente se encontra, bem como os raios de curvatura das faces interna
e externa da lente. Por meio dessa equação, é possível fabricar lentes com diferentes graus,
para diferentes finalidades.

Fontes:

 https://brasilescola.uol.com.br/fisica/equacao-dos-fabricantes-lentes.htm
 https://descomplica.com.br/artigo/estudo-analitico-da-lentes-esfericas-e-mais-facil-
do-que-parece/4rR/
 https://www.todamateria.com.br/lentes-convergentes-e-divergentes/
Unidade 3
Ametropias
Olho humano e suas estruturas

O olho humano é o órgão sensível à luz e responsável pela nossa visão. Ele é um complexo
sistema óptico constituído por diversas pequenas estruturas e meios transparentes. Ele possui
a forma aproximada de uma esfera de 2,5 cm de diâmetro e é capaz de distinguir até 10 mil
cores dentro do espectro visível. Um aspecto interessante sobre os nossos olhos é que a
imagem levada ao nosso sistema nervoso é “invertida” àquela formada pela luz que entra, já
que ela entra e nossos olhos com um princípio similar ao de uma câmara escura.

 Esclerótica: corresponde à camada externa do globo ocular, ou, a parte branca do


olho. Ela é semirrígida e dá ao globo ocular seu formato, protegendo as camadas
internas mais delicadas.

 Coroide: é camada média do globo ocular. Ela é constituída por uma rede de vasos
sanguíneos e sua função é suprir a retina de oxigênio e outros nutrientes.

 Córnea: é o tecido transparente que cobre a pupila, a abertura da íris. Assim como o
cristalino, a córnea ajusta o foco da imagem no olho.

 Humor aquoso: corresponde ao líquido transparente que preenche o espaço entre a


córnea e o cristalino, sua principal função é nutrir estas partes do olho e regular a
pressão interna.
 Íris: responsável pela cor dos olhos, corresponde a um fino tecido muscular que, no
centro, possui uma abertura circular ajustável chamada de pupila.

 Pupila: é uma estrutura que controla a entrada de luz: dilata-se em ambiente com
pouca claridade e estreita-se quando a iluminação é maior. Esses ajustes permitem
que a pessoa enxergue bem à noite e evitam danos à retina quando a luz é mais forte.

 Cristalino: corresponde a uma lente transparente e flexível, localizada atrás da pupila.


Funciona como uma lente, cujo formato pode ser ajustado para focar objetos em
diferentes distâncias, num mecanismo chamado acomodação.

 Músculos ciliares: são estruturas responsáveis por ajustar a forma do cristalino. Com o
envelhecimento eles perdem sua elasticidade, dificultando a focagem dos objetos
próximos e provocando presbiopia.

 Humor vítreo: é o líquido que ocupa o espaço entre o cristalino e a retina.

 Retina: é uma estrutura cuja função é receber ondas de luz e convertê-las em impulsos
nervosos, que são transformados em percepções visuais.

 Nervo óptico: é a estrutura formada pelos prolongamentos das células nervosas que
formam a retina. Transmite a imagem capturada pela retina para o cérebro.

 Ponto cego: é o lugar no campo visual que corresponde à falta de células


fotorreceptoras no disco óptico da retina. Não percebemos essa falha, pois a imagem
de um olho compensa a do outro, e isso é perfeitamente normal.

Acomodação visual

Acomodação é o processo responsável pela mudança do poder refrativo do olho, garantindo


que a imagem seja focalizada no plano retiniano. A acomodação resulta da mudança na forma
do cristalino, através de alteração na sua curvatura e espessura central, modificando o poder
dióptrico do olho. A teoria clássica de Helmholtz propõe que o músculo ciliar ao se contrair
produz um relaxamento das fibras zonulares, aumentando a espessura e a curvatura do
cristalino e por consequência, aumentando o seu poder dióptrico. Nos anos 90 este
mecanismo foi questionado por Schachar et al. que sugeriram que o aumento da tensão
zonular aumentaria, ao invés de diminuir, o poder dióptrico do cristalino, o que não foi
confirmado posteriormente.
Recentemente Werner et al. publicaram uma excelente revisão sobre os principais aspectos da
fisiologia da acomodação e sua relação com a presbiopia. A contração do músculo ciliar
representa o mecanismo periférico da acomodação, secundário a um mecanismo central. Este
mecanismo central é ativado por um estímulo visual (a imagem desfocada na retina). Através
das vias ópticas, este estímulo atinge as áreas 17 e continua até a área 19 onde se inicia a alça
eferente da resposta. O músculo ciliar é inervado pelo III par craniano, com a maioria das fibras
provenientes do núcleo de Edinger-Westphal, do complexo óculo-motor, através do gânglio
ciliar. Embora os impulsos parassimpáticos sejam os mais importantes na geração da
acomodação, o sistema simpático também atua de uma forma secundária. Este efeito
secundário pode ser resultado da vasoconstrição e redução na massa do corpo ciliar,
aumentando a tensão das fibras zonulares, que produz um achatamento do cristalino.

Através desse processo, é possível determinar o ponto próximo (pp), ou seja, a representação
da menor distância que uma pessoa é capaz de observar algo com nitidez, e o ponto remoto
(pr), que representa a distância máxima que uma pessoa é capaz de observar algo com nitidez.
É importante ressaltar que para pessoas ametropes essa distância pode variar
significativamente dos valores para pessoas com uma visão normal.

Ametropias

As ametropias são erros de refração que dificultam a nitidez da imagem na retina. Dentre elas
temos: hipermetropia, miopia, astigmatismo e presbiopia. Elas são corrigidas com uso de
óculos, adaptação de lentes de contato ou cirurgia refrativa.
 Miopia: ela é um erro de refração em que a imagem é formada antes da retina.
Algumas vezes isso ocorre porque o olho é maior do que o normal. Embora as causas
de miopia não sejam conhecidas de forma exata, sabe-se que pessoas com história
familiar de miopia apresentam maior probabilidade de vir a desenvolvê-la. Pessoas
míopes conseguem ver objetos próximos com nitidez, mas os distantes são
visualizados como se estivessem embaçados (desfocados).  Semicerrar os olhos pode
fazer com que os objetos distantes pareçam mais nítidas. Essa ametropia pode ser
corrigida com o uso de lentes divergentes.

 Hipermetropia: é um erro de refração em que a imagem é formada atrás da retina.


Algumas vezes isso ocorre porque o olho é menor do que o normal. A hipermetropia
também pode ser causada por alterações na córnea ou no cristalino. O principal
sintoma é a visão embaçada para perto, principalmente para leitura. Essa ametropia
pode ser corrigida com o uso de lentes convergentes.

 Presbiopia: é um erro de refração que ocorre aproximadamente aos 40 anos, em que,


por perda da elasticidade e do poder de acomodação do cristalino, o indivíduo não
percebe mais com nitidez os objetos próximos. Essa ametropia pode ser corrigida com
o uso de lentes convergentes e, em alguns casos, lentes corretivas bifocais.

 Astigmatismo: é um erro de refração causado, na maioria das vezes, por irregularidade


da córnea. O resultado é uma imagem distorcida, isso porque os raios de luz chegam a
pontos diferentes na retina. O principal sintoma é a visão embaçada, que pode ocorrer
tanto para perto quanto para longe. Essa ametropia pode ser corrigida com o uso de
lentes cilíndricas, cujo raio de curvatura deve compensar a deficiência do diâmetro da
córnea.

Fontes:

 https://clinicadeolhossa.com.br/ametropias-e-emetropia/
 https://www.todamateria.com.br/olhos/
 https://hob.med.br/como-funciona-o-olho-humano/
 https://www.hospitalholhos.com.br/noticia/ponto-cego/
 https://www.scielo.br/j/abo/a/zvSBgPfVqzkzgYR7pCm8tJQ/?lang=pt

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