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MÓDULO X – PERCEPÇÃO, CONSCIÊNCIA E

EMOÇÕES

Atividade 6

DISCENTES: BRUNO EDUARDO BECKMAN


SANTOS

REBECCA CHERMONT FERNANDEZ

1. Com o auxílio do livro de anatomia, caracterizar a anatomia geral


do bulbo do olho, observando:

a) Túnica fibrosa: esclera e córnea

A túnica fibrosa é a túnica mais externa, garantindo força e resistência ao bulbo do olho.
Uma das estruturas que forma a túnica fibrosa é a esclera. A esclera é a “parte branca do
olho”, a qual vemos apenas a porção anterior, mas, posteriormente, a esclera também
está presente, sendo importantíssima para fixação dos músculos extrínsecos e
intrínsecos do olho.
A outra parte que compõe a túnica fibrosa é a córnea. Ao contrário da esclera, que é
branca, a córnea é transparente e está presente apenas na porção anterior do bulbo do
olho. Outra diferença é que a córnea é mais convexa e mais sensível do que a esclera.
b) Túnica vascular: coroide, corpo ciliar e íris (observar a função da
pupila e seu controle pelos músculos esfíncter da pupila e dilatador
da pupila)

A pupila pode se alterar em tamanho, contraindo-se ou dilatando. Isso se dá por diversos


motivos, sendo um deles a iluminação local. Se você está em lugar com intensa
iluminação, por exemplo o sol, a pupila tende a reduzir para controlar o quanto de luz
“entrará”.

Da mesma forma ocorre se você estiver em um local com pouca iluminação: a pupila
dilata na tentativa de captar o máximo de luminosidade possível. Outra situação em que
a pupila varia é por atuação do sistema nervoso autônomo, simpático e parassimpático.

Quando por atuação do simpático, há um aumento da atividade, por exemplo, uma


corrida. Então, há um estímulo para que a pupila dilate. Já por ação parassimpática, a
tendência é que haja uma redução do diâmetro da pupila.

Os termos para esse aumento ou redução da pupila são midríase para a dilatação, e miose para a
redução da pupila. Há dois músculos da pupila que promovem o aumento ou redução da pupila,
o músculo dilatador da pupila e o músculo esfíncter da pupila.

c) Túnica interna:

- RETINA:

 Parte óptica (estrato nervoso e estrato pigmentado) e parte


cega (parte ciliar e parte irídica).
 Disco do nervo óptico
 Mácula lútea e fóvea central
 Ora serrata
 Vascularização da retina: Artéria e veia central da retina

A túnica interna, apesar de todas as outras túnicas serem importantes, tem


uma importância especial. Isso porque ela é composta pela retina, a camada
do olho formada por tecido nervoso.

A retina possui duas diferentes porções: a parte óptica e a parte cega. A parte
óptica possui dois estratos: um estrato nervoso, que é sensível aos raios
luminosos, e um estrato pigmentoso, que auxilia a corioide na absorção de luz.
A parte cega é uma continuação do estrato pigmentoso.
Na face posterior do bulbo do olho, há uma região muito importante na prática
clínica, conhecida como fundo do bulbo do olho. Nessa região do fundo do
olho, é por onde o nervo óptico entra no bulbo do olho, sendo que o local de
entrada é chamado de disco do nervo óptico ou papila óptica. Esse local não é
fotossensível e é conhecido como ponto cego.
Lateralmente à papila óptica, está a mácula lútea, uma região que possui
fotorreceptores especiais, importantes para a acuidade visual. Ao centro da
mácula, há uma depressão conhecida como fóvea central, que é o local de
maior acuidade visual.

2. Com o auxílio do livro de anatomia identificar os músculos do bulbo


do olho, observando sua posição, fixação dos músculos e principal
ação:

- Músculos extrínsecos:
 Levantador da pálpebra
 Oblíquo superior e inferior
 Reto lateral, medial, superior e inferior

2.1 – Com o auxílio dos livros de anatomia e fisiologia caracterizar os


meios de refração do bulbo do olho (dioptria) e sua relação com a
acomodação da imagem.

A distância da superfície refratora até o ponto onde os raios de luz parale- los
convergem é chamada de distância focal. Essa distância depende da curvatura
da córnea: quanto menor seu raio de curvatura, menor a distância focal a
recíproca da distância focal, em metros, é usada como a unidade de medida
denominada dioptria. A córnea tem um poder refra- tor de cerca de 42 dioptrias,
o que significa que raios de luz paralelos que atingem a superfície da córnea se
focalizarão a 0,024 m (ou 2,4 cm) atrás dela, aproximadamente a distância que
separa a córnea da retina. Para perceber o grande poder de refração produzido
pela córnea, convém observar que muitas lentes prescritas de óculos têm um
poder de apenas umas poucas dioptrias.
Lembre-se que o poder de refração depende da diminuição da velocidade da
luz na interface ar-córnea.

Além disso, além da córnea, o cristalino está envolvido na formação de


imagens nítidas daqueles objetos mais próximos, situados a uma distância
menor que 9 m em relação ao olho. Mais precisamente, esses raios divergem a
partir de uma fonte de luz ou de um ponto sobre um objeto, e um maior poder
de refração será necessário para focalizá-los na retina. Este poder adicional de
focalização é fornecido pela mudança na curvatura do cristalino, um processo
chamado de acomodação.
Lembre-se que os músculos ciliares formam um anel ao redor do cristalino.
Durante a acomodação, os músculos ciliares contraem-se e aumentam de
volume, reduzindo a área dentro do anel menor (o orifício dentro da rosquinha
em nossa analogia), e, assim, diminuindo a tensão nos ligamentos
suspensores. Consequentemente, o cristalino, devido à sua elasticidade
natural, torna-se mais arredondado. Esse arredondamento aumenta a
curvatura da superfície do cristalino, aumentando, dessa forma, seu poder de
refração. Por sua vez, o relaxamento dos músculos ciliares aumenta a tensão
nos ligamentos suspensores, o que produz a distensão do cristalino, que
assume uma forma mais achatada

- Córnea, Humor aquoso, lente e humor vítreo.

Os meios refrativos do olho são estruturas que ajudam a focar os raios de luz na
retina, onde serão detectados pelos fotorreceptores. O olho humano possui
quatro meios refrativos: córnea, humor aquoso, cristalino e corpo vítreo.

Cristalino

O cristalino é uma estrutura circular e biconvexa, encontrada anteriormente ao


corpo vítreo e posteriormente à íris. A margem externa do cristalino (equador)
divide-o em suas superfícies anterior e posterior. Os pontos centrais dessas
superfícies são chamados de pólos, que estão conectados por uma linha
imaginária chamada de eixo cristaliniano.

Uma característica interessante do cristalino é que ele pode mudar sua potência
dióptrica ao alterar seu formato, o que faz com que o seu potencial refrativo seja
flexível, ao contrário dos outros meios refrativos do olho. Apesar da córnea ser a
estrutura de maior poder refrativo, a contribuição do cristalino de cerca de 21
dioptrias faz com que ele seja muito importante para manter uma boa acuidade
visual.
O cristalino é formado por três partes:

 A cápsula, que reveste a superfície externa do cristalino.


 O epitélio do cristalino, que é uma camada de células cúbicas abaixo da
porção anterior da cápsula.
 As fibras cristalinianas, que na verdade são células epiteliais modificadas
e alongadas que formam a maior parte da substância do cristalino.
O cristalino é mantido em seu lugar por várias pequenas faixas ligamentosas que
se estendem dos processos ciliares até o equador do cristalino. Essas faixas são
conhecidas como fibras zonulares (zônula de Zinn). Coletivamente as fibras
zonulares são chamadas de ligamento suspensor do cristalino.

Esse ligamento tem um papel importante na alteração do formato do cristalino no


processo de acomodação do olho. No estado de repouso, quando a pessoa está
olhando para longe, o corpo ciliar mantém a tensão das fibras zonulares que, por
sua vez, mantêm o cristalino “achatado”. Quando o foco da visão muda de longe
para perto, os músculos ciliares se contraem, resultando no relaxamento do
ligamento suspensor do cristalino. Isso permite que o cristalino aumente sua
curvatura anterior, aumentando o seu poder refrativo. Como a miose da pupila
ocorre simultaneamente, os raios de luz passam pela parte mais espessa e
central do cristalino e são dirigidas para a retina.

Corpo vítreo

O corpo vítreo é a maior estrutura do globo ocular, ocupando quatro quintos de


todo o olho. Ele vai da face posterior do cristalino até a superfície da retina. Sua
concavidade anterior está adaptada à convexidade posterior do cristalino e é
chamada de fossa hialóidea.

O corpo vítreo é uma estrutura gelatinosa com um córtex denso que se conecta
às estruturas adjacentes. Sua região central é mais frouxa e possui um canal
estreito e oblíquo que se estende do disco óptico até o polo posterior do
cristalino. Esse canal é chamado de canal hialóideo, ou canal de Cloquet, e tem
como função permitir a passagem da artéria hialóidea na vida fetal, que supre o
cristalino nesse período. A função do vítreo é contribuir com a refração da luz,
apesar de seu poder dióptrico ser significativamente menor do que o da córnea e
o do cristalino.

Humor aquoso

O humor aquoso é um fluido rico em nutrientes que preenche as câmaras


anterior e posterior do olho. A quantidade de humor aquoso em um indivíduo
saudável é cerca de 200 mililitros. O humor aquoso é produzido pelos processos
ciliares na câmara posterior do olho.

O humor aquoso passa entre as fibras zonulares, e depois através da pupila,


para alcançar a câmara anterior do olho. Depois, o humor aquoso passa pela
rede trabecular e é drenado no canal de Schlemm. A função do humor aquoso
é nutrir o cristalino e a córnea que, devido a sua necessidade de serem
transparentes, são estruturas avasculares.

3. Com o auxílio do livro de anatomia caracterizar a inervação ocular –


visual, sensitiva (tátil/dolorosa) e motora:

a) Nervo óptico: O que está de verde.

- Origem (lâmina cribriforme da esclera).

b) Nervos da órbita:

- Oculomotor, troclear e abducente.


5. Nervo abducente (NC VI)

7. Nervo oculomotor (NC III)

8. Nervo troclear (NC IV).

c) Inervação dos músculos extrínsecos: RL6OS4TO3 (gatilho


mnemônico – Moore).

lnervação: Nervo oculomotor (NC lll). Na extremidade distal desse músculo, perto de sua
inserção no tarso, há uma pequena porção de músculo liso chamada de músculo tarsal
superior. As fibras do músculo tarsal superior são inervadas por fibras simpáticas pós-
ganglionaresdo sistema nervoso autônomo

lnervação: O reto lateral é inervado pelo nervo abducente (NC Vl); o oblíquo superior é
inervado pelo nervo troclear (NC IV). Todos os outros músculos retos e o oblíquo inferior são
inervados pelo nervo oculomotor (NC Ill).
d) Gânglio ciliar:

 Fibras sensitivas (NC V)


 Fibras parassimpáticas (NC III)
 Fibras parassimpáticas pós-ganglionares

Esse esquema mostra a inervação motora dos músculos extrínsecos do


bulbo do olho (proveniente do NC III, NC IV e NC VI) e as fibras autônomas.
As fibras parassimpáticas têm origem no tronco encefálico e seguem com o
nervo oculomotor até o gânglio ciliar. As fibras parassimpáticas pós-
ganglionares inervam o músculo ciliar (que realiza a acomodação da lente)
e o músculo esfíncter da pupila. As fibras simpáticas que fazem sinapse no
gânglio cervical superior enviam fibras pós-ganglionares para o músculo
dilatador da pupila. A inervação sensitiva para a órbita tem origem na
divisão oftálmica do nervo trigêmeo.

4. Com o auxílio do livro de anatomia caracterizar a vascularização


arterial da órbita:

 - Artéria oftálmica
 - Artéria infraorbital
 - Artéria central da retina
 - Artérias ciliares posteriores curtas e longas
 - Artérias ciliares anteriores

A principal artéria que supre as estruturas da órbita é a artéria oftálmica. Outras


artérias também contribuem como a artéria infraorbital, que vasculariza o
assoalho; a artéria central da retina que supre a porção interna da retina. A
porção externa da retina é suprida pela lâmina de capilares da coroide.
5. Com o auxílio do livro de anatomia caracterizar a vascularização
venosa da órbita

 Veias oftálmicas superior e inferior


6. Com o auxílio dos livros de histologia caracterizar a estrutura
histológica da retina observando:

A retina segue desde o corpo ciliar até o nervo óptico, mas nem em toda a
extensão ela é sensorial. A parte cega segue do corpo ciliar à ora serrata. Da
ora serrana ao nervo óptico a retina possui mais camadas e é chamada de
retinal neural (fotossensiva). Constitui-se por diversos tipos de neurônios
(cones, bastonetes, bipolares…)

1. Epitélio pigmentar: Células cuboides à colunares dispostas lado a lado.


2. Camada de cones e bastonetes: Apenas citoplasma dos cones e bastonetes.
3. Membrana limitante externa: Zona de adesão com claudicas e ocludinas
entre células de Muller e células fotorreceptoras (cones e bastonetes).
4. Camada nuclear externa: Núcleos de cones e bastonetes. Os cones e
bastonetes ocupam 3 camadas da retina.
5. Camada plexiforme externa: Sinapses entre células fotorreceptoras (cones e
bastonetes), células bipolares e horizontais da camada acima. Os cones e
bastonetes tem o intuito de fazerem sinapses com as células bipolares. As
células horizontais modulam o sinal para facilitar a sinapse entre essas células.
As amácrinas auxiliam e modulam o sinal da sinapse das células horizontais e
ganglionares (que estão na cama acima).
6. Camada nuclear interna: Núcleos de células bipolares, horizontais,
amácrinas e de Muller.
7. C amada plexiforme interna: Prolongamentos de células amácrinas, bipolares
e ganglionares.
8. Camada de células ganglionares: Neurônios multipolares - axônios dirigidos
para o cérebro - ativadas pelos cones e bastonetes. Núcleos grandes.
9. Camada de fibras do nervo óptico: Axônios amienlínicos das células
ganglionares.
10. Membrana limitante interna: Lâmina basal das células de Muller.
O impulso elétrico segue de baixo para cima. A camada mais superficial da
retina contém
os prolongamentos que darão origem ao nervo óptico. As células de Muller são
células-tronco.

 Camada de cones e bastonetes


 Camada nuclear externa
 Camada plexiforme externa
 Camada nuclear interna
 Camada plexiforme interna
 Camada ganglionar

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