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Organização morfo funcional do olho

O olho é o único tecido vivo que vemos.


Grande importância do olho na clínica cirúrgica. Afecções no olho são muito comuns.
O olho é o órgão responsável pela visão e permite a interação com o ambiente. É um órgão
foto sensível que transforma estímulo luminoso em elétrico.

Posição dos olhos


A posição do olho varia de acordo com ambiente, hábitos, alimentação, adaptação funcional.
Varia de forma clara entre presas e predadores:
 As presas têm olhos laterais, para ter uma visão ampla. É a visão monocular.
 Os predadores têm olhos posicionados para frente. Precisam saber onde a presa está
com noção de distancia bem claro. Perdem um pouco a visão periférica, mas dá noção
de profundidade. É a visão binocular.

Componentes do órgão da visão


Bulbo do olho
Forma quase esférica, tem achatamento anteroposterior. O olho tem dois polos, um anterior e
outro posterior, um equador que divide a esfera no meio e um meridiano.
Podemos imaginar dois eixos importantes, o eixo óptico e eixo visual, a diferença entre ambos
é o ângulo de visão.
O bulbo do olho está na orbita, é uma fossa formada de vários ossos. Há também os forames
por onde passam os nervos. A órbita varia por espécie animal. Em cachorro existe o ligamento
orbitário fibroso para completar as cavidades incompletas. Há deposição de gordura que ajuda
a acomodar o bulbo do olho na orbita. Com desnutrição séria os olhos afundam.
Há patologia como tumor, aumento de pressão.

Compartimento do olho
Anterior: tem como limite a lente e a íris. Subdividido em duas câmaras: da córnea até a íris e
outro da íris ate a lente. Humor aquoso (composição semelhante ao plasma), escorre ao cortar
o olho.
Posterior: lente até retina. Composto pelo humor vítreo (é mais gelatinoso) essa gelatina
forma a forma do olho.

Composição estratigráfica do olho


Túnica mais externa: segura o olho – túnica fibrosa – composta córnea e esclera.
Túnica média: responsável pela vascularização do olho – túnica vascular- íris e corpo ciliado e
coroide
Túnica interna ou nervosa: compreende a retina – parte sensível do olho.

Temos tb a lente ou cristalino e zona ciliar

Corte histológico mais externa esclera – fibrosa -, depois coroides – vascular – e parte nervosa

Túnica fibrosa
Córnea
Mais anterior do bulbo, funciona como lente, é resistente, transparente para permitir a
passagem dos feixes de luz. Tem como função o suporte, a proteção, tem propriedade de
refração. É avascular, é nutrida pela lágrima que contem oxigênio e outras substancias e o
humor aquoso, capilares límbicos. Extremamente inervada, grande número de terminações
nervosas ligadas ao nervo oftálmico que é sensitivo a receptores de dor e pressão. Formada
por tecido colágeno bem organizado para permitir que o feixe de luz passe.
Duas camadas são importantes: lâmina limitante anterior – grande resistência – e lamina
limitante posterior – não deixa acumular agua. Alvo de muitas patologias: distrofia, edema,
ceratoconjutivite seca, feridas superficiais, profundas ou penetrantes, proliferação dermoide:
pelos ou tecido adiposo.

Esclera (branco dos olhos)


Tem como função mais importante a proteção do bulbo do olho, constituída por tecido
conjuntivo – fibras elásticas desorganizadas. Inserem-se os músculos oculares que
movimentam o olho. Alta vascularização.
Na região posterior da esclera tem a área cribiforme, é uma peneira que permite a saída dos
axônios.
Junção esclerocorneal (limbo): região em que o humor aquoso, produzido pela câmara
anterior, é drenado. Região muito vascularizada. Quando há desequilíbrio há aumento de
pressão ocular – casos de glaucoma.
Histologicamente esclera possui 3 camadas: episclera, lamina própria e fosca.

Túnica média ou vascular


Composta pela coroide, corpo ciliar e íris.

Coróide
É altamente vascularizada e vai nutrir toda região do olho, com exceção da córnea.
Histologicamente: entre outras camadas tem o tapete lúcido. Deposição de vários pigmentos
que ajudam na reflexão da luz; estimulam os fotorreceptores da retina aumentando a
capacidade visual durante o crepúsculo e na escuridão. Os suínos não têm, gatos e cães é
celular – riboflavina e cisteína respectivamente.

Corpo ciliar
Fica abaixo da junção esclerocorneal, situa-se ao nível da lente e está em conexão com esta
por meio das fibras zonulares. É nele que saem os processos ciliares que limitam a câmara
posterior do olho e também produz o humor aquoso. O corpo ciliar possui o musculo ciliar que
contrai e relaxa e altera o posicionamento e estrutura da lente. Permite o foco perto ou de
longe.
Todas as estruturas estão em formato radial!!

Iris
Prolongamento da coroide suspenso entre a córnea e a lente de define uma abertura virtual –
a pupila.
Histologicamente: 4 camadas principais: estroma da íris, musculo dilatador da íris,
melanoblastos, epitélio pigmentado (cor do olho). É uma mistura de pigmentação, melanina e
presença do fundo de vaso. Animais que não tem melanina aparece os vasos – comum em
albino.
Músculo da íris: esfíncter contrai, a pupila aumenta – midríase – ação do sistema nervoso
simpático, ação simpática. Retrai-se a pupila diminui – miose – ação parassimpática. A forma
também varia de acordo com a espécie.
A íris, no final, tem a produção dos grânulos iridicos (em eqüinos e ruminantes), que ajudam
na produção do humor aquoso. Pode haver muita deposição de grânulos o que fecha a pupila.

Retina ou túnica nervosa


Responsável pela recepção e transdução do estimulo luminoso e a transmissão desses sinais
sob a forma de impulsos nervosos às regiões apropriadas do cérebro.
Componentes:
 Parte óptica – recepção do estímulo luminoso.
o Mácula: é a região que contem a fóvea. Visão centralizada, maior clareza e
concentração de cones.
o Fóvea central: Visão mais detalhada, cada cone se conecta a um neurônio.
o Disco óptico: área oval do fundo ocular, ausência de fotorreceptores, zona de
conversão dos axônios das células ganglionares da retina para formar o início
do nervo óptico, ou seja, é de onde saem os axônios para formar o nervo
óptico.
 Ora serrata (ora ciliares): limita da porção sensitiva da retina divida as duas partes. Nos
cães e animais domésticos é reta. No homem é serrada.
 Parte Cega da retina
o Parte ciliar
o Parte irídica

Células fotorreceptoras
Cones: relacionados com a visão diurna. Visão mais colorida e apurada.
Bastonetes: ativados para visão noturna. Visão noturna e preto e branco. Os cães tem muito
mais bastonetes.

Nervo óptico
Segundo par de nervos craniais. Não há células foto receptoras. Tem função exclusivamente
sensitiva, transporta as sensações visuais do olho para o córtex cerebral.

Lente
Foca o feixe luminoso na região da fóvea ou retina. A lente tem medula e córtex é altamente
organizado para passagem de luz. São seguradas pelas fibras de zônula. Se os musculo ciliar
contrai as fibras da zona relaxa a lente fica mais expressa e a visão fica próxima, qdo relaxa as
fibras esticam e puxam a lente que fica mais fina – visão para longe. Atenção na lente temos
dois músculos!

Anexos oculares
Extra orbitais: – pálpebra – duas dobras de pele que protege o olho e espalha a lágrima. Tem
músculos – orbicular do olho, levantador da pálpebra, tarsial liso – glândulas – sudoríparas
sebáceas, seromucosas, saco conjuntival, fornices. Os animais têm uma terceira pálpebra –
prega semilunar conjuntival - que serve para proteção. Só pode ser observada qdo o músculo
retrator do bulbo é retraído. Gera algumas patologias.

Intra orbiral
Aparelho lacrimal: saco conjuntivo – formado por glândulas lacrimais, filme lacrimal, ductos
lacrimais, leva para o ducto naso lacrimal para ser expelida, ajuda na umidificação do ar que
respiramos. O filme lacrimal é a camada mais externa que tem uma composição lipídica. Ela
evita que a agua da lagrima se perca. A do meio é a lamina lacrimal e a ultima camada é a
celular mucosa, mais próxima a córnea. Na ausência dela há a conjuntivite seca.

Músculos bulbares: proporcional movimento para o olho. Temos 4 músculos retos: superior,
inferior, medial e lateral. O musculo superior quando contrai o olho sobe! 2 oblíquos: superior
e inferior – proporciona movimento circulares. O músculo retrator do bulbo do olho apenas os
animais tem, que retrai a parece a prega semilunar.

Vascularização e inervação:
a. oftálmica e seus ramos
v. oftálmica externa
Nervo óptico
m. extrínseca do olho: nervo troclear, abducente e oculomotor
nervo facial: m. orbicular do olho
De 12 pares de nervos cranianos, 5 participam a inervação do olho.

Elementos dióptricos
Participam do mecanismo da visão, de fora para dentro.
 Filme lacrimal
 Córnea e sua curvatura
 Humor aquoso
 Lente
 Humor vítreo

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