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15/08/2011

Sistema Sensorial

Faculdade de Educação Física da ACM de Sorocaba – Anatomia I - Profa. Dra. Aline Pacheco
OS SENTIDOS: VISÃO, AUDIÇÃO, PALADAR, OLFATO E TATO

Visão
Torna-se possível através do olho, órgão par colocado
na parte anterior da cavidade orbitária da face.

Olho
frontal
É um órgão fotorreceptor, capaz de
formar imagens de objeto emissor ou
refletor de luz. É composto pelo etmóide
globo ocular e seus anexos.
esfenóide

Anatomia do Olho
Bulbo Ocular lacrimal

Os globos oculares estão alojados zigomático


dentro de cavidades ósseas
denominadas órbitas, compostas maxilar
de partes dos ossos frontal, maxilar,
zigomático, esfenóide, etmóide,
lacrimal e palatino.

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As estruturas oculares acessórias


ao globo ocular são as
pálpebras, os supercílios
(sobrancelhas), os cílios, os
músculos que movimentam os
bulbos dos olhos e o aparelho
lacrimal (produtor da lágrima).

Túnicas do Bulbo Ocular


O Bulbo Ocular adulto mede
cerca de 2,5cm de diâmetro e
apresenta três camadas:
túnica fibrosa, a mais
externa; túnica vascular,
média; e túnica interna, ou
retina, onde se localizam os
fotorreceptores.

Imagem: CRUZ, Daniel.O Corpo Humano. São Paulo, Ed. Ática, 2000

1- Túnica Fibrosa do Bulbo:


É a camada externa do bulbo do olho, consistindo em uma
córnea, anterior, e uma esclera, posterior.
A córnea é uma camada fibrosa
transparente, que cobre a parte
colorida do bulbo do olho, a íris. Ela
funciona como meio de refração para
os raios luminosos.
A esclera, o “branco do olho”, é uma
camada de tecido conjuntivo denso
que circunda todo o bulbo do olho,
exceto a córnea.
A esclera dá forma ao bulbo do olho,
torna-o mais rígido e protege suas
partes internas, servindo também para
a inserção de tendões dos músculos
motores do olho, que movem os
globos oculares, dirigindo-os a seu
objeto visual.

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2- Túnica Vascular:
representa a túnica média e
contém numerosos vasos,
compreendendo três partes:
corióide, corpo ciliar e íris.
A corióide é posterior, de
coloração marrom, e forra a
maior parte da esclera.

Corte sagital do olho. A corióide aparece em preto

O corpo ciliar é um espessamento da túnica


vascular e une a corióide com a íris.
Apresenta uma série de elevações em sua
superfície interna, os processos ciliares,
nos quais se prendem as fibras do
Corte sagital do olho: detalhe ligamento suspensor da lente.

A lente (cristalino) está, portanto, presa ao corpo ciliar.


Um dos elementos mais importantes do corpo ciliar é o músculo
ciliar (músculo liso), que quando se contrai, o corpo ciliar é
deslocado anteriormente e isto faz diminuir a tensão das fibras do
ligamento suspensor da lente.

Nestas condições, a parte central


da lente torna-se mais curva,
aumentando seu poder de
refração e permitindo o foco para
objetos mais próximos. A este
fenômeno dá-se o nome de
mecanismo de acomodação.

A íris é um diafragma
circular, pigmentado, de
cor variável, situado
anteriormente à lente e
apresentando uma
abertura central, a pupila. Corte sagital do olho. Observar a íris

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O diâmetro da pupila varia com a quantidade de


raios luminosos: na luz intensa ela se contrai,
dilatando-se quando há pouca luminosidade.
Para isto a íris apresenta um músculo dilatador
da pupila e um músculo esfíncter da pupila.

Em ambientes mal iluminados, por


ação do sistema nervoso simpático,
o diâmetro da pupila aumenta
Na penumbra (acima) (midríase) e permite a entrada de
a pupila se dilata; na maior quantidade de luz.
claridade (abaixo), ela
se contrai.

Em locais muito claros, a ação do


sistema nervoso parassimpático
acarreta diminuição do diâmetro da
pupila e da entrada de luz (miose).

Esse mecanismo evita o


ofuscamento e impede que a luz em
excesso lese as delicadas células
fotossensíveis da retina.

3- Túnica Interna: Retina.


Apresenta uma estrutura microscópica complexa para poder captar os
estímulos luminosos. Esta estrutura, entretanto, não existe em toda
retina, terminando ao nível de uma franja denteada, a ora serrata.

A porção receptora da retina,


posterior à ora serrata, contém
células especiais,
fotorreceptoras, os cones e os
bastonetes. Esta porção é
conhecida como fundo do olho. Corte sagital do olho. Observar o fundo do olho:
mácula e disco do nervo óptico

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No fundo do olho pode-se distinguir duas pequenas áreas, a mácula e o


disco do nervo óptico. A primeira contém grande quantidade de cones e é
o ponto de maior acuidade visual. Para que se tenha visão nítida de um
objeto, os raios luminosos devem incidir sobre a mácula.

Por outro lado, o disco do


nervo óptico corresponde ao
ponto onde este nervo emerge
da retina. Esta área não possui
fotorreceptores, cones ou
bastonetes, e por essa razão é
denominada ponto cego da
retina.

Os impulsos luminosos
captados na retina são levados
ao cérebro pelo nervo óptico.
Corte sagital do olho. Observar o fundo do olho:
mácula e disco do nervo óptico

A imagem fornecida pelos cones é mais nítida e mais rica em


detalhes. Há três tipos de cones: um que se excita com luz
vermelha, outro com luz verde e o terceiro, com luz azul. Os
cones são as células capazes de distinguir cores.

Os bastonetes não têm poder de resolução visual tão bom, mas


são mais sensíveis à luz que os cones. Em situações de pouca
luminosidade, a visão passa a depender exclusivamente dos
bastonetes. É a chamada visão noturna ou visão de penumbra.

Nos bastonetes existe uma


substância sensível à luz – a
rodopsina – produzida a partir
da vitamina A. A deficiência
alimentar dessa vitamina leva à
cegueira noturna e à
xeroftalmia (provoca
ressecamento da córnea, que
fica opaca e espessa, podendo
levar à cegueira irreversível).

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Há duas regiões especiais na retina: a fóvea ou mancha amarela


e o ponto cego.

A fóvea está no eixo óptico do olho, em que se projeta a imagem


do objeto focalizado, e a imagem que nela se forma tem grande
nitidez. É a região da retina mais altamente especializada para a
visão de alta resolução. A fóvea contém apenas cones e permite
que a luz atinja os fotorreceptores sem passar pelas demais
camadas da retina, maximizando a acuidade visual.

Acuidade visual
A capacidade do olho de
distinguir entre dois pontos
próximos é chamada acuidade
visual, a qual depende de
diversos fatores, em especial do
espaçamento dos fotorreceptores
na retina e da precisão da
refração do olho.

Os cones são encontrados principalmente na retina central, em


um raio de 10 graus a partir da fóvea. Os bastonetes, ausentes na
fóvea, são encontrados principalmente na retina periférica, porém
transmitem informação diretamente para as células ganglionares.
No fundo do olho está o ponto cego, insensível a luz. No ponto
cego não há cones nem bastonetes. Do ponto cego, emergem o
nervo óptico e os vasos sangüíneos da retina

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Ponto cego: O ser humano tem um pequeno ponto


cego no olho. Fica localizado no fundo da retina. Está
situado ao lado da fóvea e é o ponto que liga a retina ao
nervo óptico e é desprovido de visão. Na figura ao lado é
representado pelo ponto amarelo.

Meios Dióptricos do Olho


O aparelho dióptrico ou refrativo do olho compreende a córnea (já
descrita), o humor aquoso, a lente e o corpo vítreo.

O humor aquoso tem uma


composição aproximadamente
semelhante à do plasma sem
proteínas e, provavelmente, é
formado pelos processos
ciliares. Preenche as câmaras
anterior e posterior do olho.
A câmara anterior é o espaço
situado entre a córnea e a íris,
e a posterior, aquele que se
localiza entre a íris,
anteriormente, e o ligamento
suspensor da lente,
posteriormente.

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A lente é uma estrutura biconvexa, transparente, capaz de produzir a


refração de raios luminosos. Está situada posteriormente à íris e presa
aos processos ciliares pelo seu ligamento suspensor. Sua convexidade
pode aumentar ou diminuir com o mecanismo de acomodação,
permitindo a visão de objetos mais próximos ou mais distantes.

Finalmente, o corpo vítreo, é uma substância gelatinosa, transparente,


que ocupa os 4/5 posteriores do olho, posteriormente à lente.

Anexos do Olho
Os anexos do olho incluem elementos de proteção e músculos
motores, denominados extrínsecos do olho.

Elementos de Proteção
Compreendem os supercílios, os cílios,
as pálpebras e a glândula lacrimal.
Os supercílios impedem que o suor,
escorrendo pela fronte, atinja o olho.
Os cílios, implantados na borda livre das
pálpebras, protegem o olho contra a
penetração de partículas de poeira.

As pálpebras apresentam na sua superfície interna uma membrana


rósea, muito delgada, denominada conjuntiva, que reveste também a
porção anterior do bulbo ocular, com exceção da córnea. Quando as
pálpebras estão fechadas forma-se um espaço entre elas e o bulbo
ocular, o saco conjuntival.

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PÁLPEBRAS: Servem para proteger os olhos, distribuir a lágrima e


remover corpos estranhos nos olhos.

CÍLIOS: Protegem o olho de SOBRANCELHAS: impedem que o


poeiras suspensas no ar. suor da testa entre nos olhos.

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A glândula lacrimal está situada no


ângulo lateral e superior da órbita e seus
ductos se abrem na porção superior do
saco conjuntival.
A secreção lacrimal (lágrimas)
umedece constantemente o olho,
impedindo o ressecamento da córnea
e neste processo o piscar das 1 - Glândula lacrimal
pálpebras é um auxiliar valioso. 2 - Ponto lacrimal
3 - Ducto nasolacrimal

Como as lágrimas são produzidas


continuamente, faz-se necessário a
existência de um sistema de drenagem.
Este está constituído, em cada olho, por
dois canalículos lacrimais que se
iniciam no ângulo medial do olho e
desembocam, depois de curto trajeto, no
saco lacrimal. O saco lacrimal, por sua
vez é continuado pelo ducto
nasolacrimal que se abre no meato
inferior da cavidade nasal.

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Músculos Extrínsecos do Olho


Os músculos extrínsecos do olho são
sete. Desses, seis estão fixados na
esclera e um levanta a pálpebra superior
(m. elevador da pálpebra superior).
Os músculos motores do olho
compreendem os músculos retos
superior, inferior, medial e lateral, e os
músculos oblíquos superior e inferior.

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Músculos Extrínsecos do Olho

Com exceção dos retos lateral e medial, que são puramente


abdutores e adutores do olho, respectivamente, as ações dos outros
quatro músculos são complexas.

Anexos do Olho
Os anexos do olho incluem elementos
de proteção e músculos motores,
denominados extrínsecos do olho.

Elementos de proteção:
supercílios, cílios, pálpebras e
glândula lacrimal

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Córnea:
Porção transparente da túnica externa (esclerótica); é circular no seu
contorno e de espessura uniforme. Sua superfície é lubrificada pela
lágrima, secretada pelas glândulas lacrimais e drenada para a cavidade
nasal através de um orifício existente no canto interno do olho.

- humor aquoso: fluido aquoso que preenche a câmara anterior do olho


(entre a córnea e a íris) e a câmara posterior (entre a íris, anteriormente,
e o ligamento suspensor da lente, posteriormente).
- humor vítreo: fluido mais viscoso e gelatinoso que se situa entre o
cristalino e a retina, preenchendo a câmara postrema (vítrea) do olho.
Sua pressão mantém o globo ocular esférico.

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Mecanismo da Visão
Os raios luminosos atravessam a córnea, o cristalino, o humor
aquoso e o humor vítreo e atingem a retina. Desta maneira os raios
luminosos, ao penetrarem na córnea e no humor aquoso, passando
pela pupila, chegam ao cristalino, que leva a imagem mais para trás
ou para frente, permitindo que ela se projete sobre a retina.

Na máquina fotográfica, o meio


transparente é a lente e a
superfície sensível à luz, o
filme. No olho, a luz atravessa
a córnea, o humor aquoso, o
cristalino e o humor vítreo e se
dirige para a retina, que
funciona como o filme
fotográfico; a imagem formada
na retina também é invertida,
como na máquina fotográfica.

O nervo óptico conduz os


impulsos nervosos para o
centro da visão, no cérebro,
que o interpreta e nos permite
ver os objetos nas posições em
que realmente se encontram.

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Problemas de visão
Sempre que as imagens se formam corretamente na mancha amarela,
a visão é nítida, e o olho é considerado emétrope ou normal.
Quando isso não ocorre, dizemos que há defeito de visão. Dentre
esses defeitos destacam-se a miopia, a hipermetropia, o
astigmatismo e o estrabismo. Outros problemas de visão são o
daltonismo, a catarata e a conjuntivite.

Na miopia a formação da imagem ocorre antes


da retina, porque o olho é anormalmente longo,
os míopes enxergam mal de longe. Corrige-se
esse defeito com o uso de lentes (óculos ou
lentes de contato) divergentes ou com cirurgia.

Na hipermetropia a formação da imagem ocorre,


teoricamente, atrás da retina, porque o olho é curto
demais. Os hipermétropes enxergam mal de perto.
O defeito é corrigido com lentes convergentes.

O astigmatismo consiste em defeito na curvatura


da córnea e mais raramente, do cristalino. Em
conseqüência, o olho não é capaz de distinguir, ao
mesmo tempo, com a mesma nitidez, linhas
verticais e horizontais. Essa anomalia pode se
somar à miopia ou à hipermetropia

O estrabismo é um defeito que


se manifesta quando os olhos se
movimentam em direções
diferentes e não conseguem
focalizar juntos o mesmo objeto.
Ele pode ser causado por
diferenças acentuadas nos graus
de miopia ou hipermetropia dos
dois olhos, por desenvolvimento
insuficiente ou desigual dos
músculos que os movem, ou
ainda por algum problema do
sistema nervoso central.

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O daltonismo é uma deficiência da visão das cores. Consiste na


cegueira para algumas cores, principalmente para o vermelho e para
o verde. Os daltônicos vêem o mundo em tonalidades de amarelo,
cinza-azulado e azul.

Daltonismo
Caso o indivíduo não consiga distinguir o número
(74) que consta no interior deste círculo,
certamente é porque não consegue distinguir a
cor verde e a vermelha, enxergando um círculo,
em sua totalidade marrom.

Daltonismo representa uma anomalia hereditária


recessiva ligada ao cromossomo sexual X,
caracterizando a incapacidade na distinção de
algumas cores primárias, por exemplo, a situação
onde a cor marrom é a indicação da leitura visual
realizada por um portador daltônico, quando a real
percepção deveria ser a verde ou vermelha.
Assim, é observado com mais frequência em
homens do que em mulheres, em virtude de
o gênero masculino possuir apenas um
cromossomo X (o outro é Y), enquanto o feminino
possui dois X (portanto XX).

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A catarata é a deficiência da passagem da luz


através do olho, devido à opacidade do
cristalino.

A conjuntivite é a inflamação da conjuntiva. Ela


ocorre quando corpos estranhos, como ciscos, entram
nos olhos. O movimento das pálpebras e as lágrimas
conduzem o cisco para o canto do olho. Daí ele pode
ser facilmente retirado. A conjuntivite também pode ser
causada por infecções oculares, alergias, etc.

Pterígeo é o crescimento anormal da


conjuntiva, que invade a córnea.

Uma infecção muito comum das pálpebras é o


terçol, provocado por bactérias que aí se alojam.
Caracteriza-se por inchaço e vermelhidão da área
infectada e acaba espontaneamente.

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