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UPE 4M 2020.3
SEMIOLOGIA OFTALMOLÓGICA
Córnea: mais importante meio refrativo
do olho, caracterizando-se por seu alto
1 Anamnese;
grau de transparência.
2 Inspeção e Palpação;
3 Pupilas; Limbo: é o ponto de transição entre a
4 Movimentos oculares; córnea e a esclera, onde estão as vias
Refração* de escoamento do humor aquoso.
5
6 Biomicroscopia* Esclera: formada pelos cinco sextos
7 Tonometria* posteriores opacos da túnica externa, é
8 Fundoscopia. onde se inserem os músculos oculares.
*Só oftalmologista faz.
Úvea é formada pela íris, pelo corpo
ciliar e pela coroide.
ANATOMIA GERAL DO OLHO
Íris: componente mais anterior,
1. OLHO responsável pelo diafragma pupilar
do olho.
- A dilatação da pupila (midríase)
ocorre devido à estimulação do
músculo responsável por esse efeito,
que tem inervação simpática.
- A constrição (miose) ocorre por
ação do músculo esfíncter da pupila,
que tem inervação parassimpática
(nervo oculomotor).
Corpo ciliar: formado por epitélio e
músculo ciliares. Produz o humor
A parede do globo ocular é composta de aquoso, que é drenado da câmara
três camadas: posterior para a câmara anterior. Já o
músculo ciliar é liso, tendo importante
1. Esclera e Córnea (mais externa,
papel na acomodação.
protetora);
Coroide: tecido vascular pigmentado
2. Coroide, Corpo Ciliar e Íris (média, que se localiza entre a retina e a
altamente vascularizada e pigmentada); esclera, cuja função mais importante
3. Retina (a parte interna, camada receptora é a de suprimento sanguíneo (retina).
que contém as fibras formadoras do nervo
óptico).
Retina: tecido fino, delicado e
transparente, derivado do
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3. VIA ÓPTICA
Nervo oculomotor: supre todos os
músculos oculares, com exceção do
oblíquo superior e reto lateral. Núcleo de
origem: surge e toma corpo ao nível do
mesencéfalo. É formado por dois
elementos: eferente somático, que
inerva os músculos extrínsecos do olho,
com exceção do oblíquo superior e reto
lateral, e o eferente visceral geral,
músculos esfíncter da pupila e ciliar.
Nervo troclear: inerva o oblíquo superior No geral, existem mais bastonetes que
e é um nervo misto. Núcleo tem origem cones na retina.
no mesencéfalo, sendo o único nervo Contudo, na porção central da retina, na
craniano que emerge da região dorsal. fóvea, não existem bastonetes, e o grau
Nervo abducente: inervação motora do de acuidade visual é alto, em
músculo reto lateral. Núcleo: situado na comparação com a pouca acuidade nas
rafe mediana à meia altura da ponte, é porções periféricas.
considerado parte da coluna eferente A porção periférica é muito mais
somática e é o centro da lateralidade do sensível à luz fraca (bastonetes).
olhar.
Nervo trigêmeo: origina-se na ponte.
Oftálmico e maxilar são sensitivos; o EXAME CLÍNICO
mandibular é misto.
Doenças oculares podem refletir em
outros setores, assim como doenças de
outros sistemas podem ter
NEUROFISIOLOGIA DA VISÃO
manifestações importantes nos olhos.
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Aparelho lacrimal:
Pálpebras:
Estrutura de proteção do globo ocular
contra traumatismos e excesso de luz.
Pela inspeção, investigam-se a cor, a
textura, a posição e os movimentos das
Detectar aumento de volume da pálpebras, além de eventual edema.
glândula lacrimal (parte externa da
Na região periocular, procura-se
pálpebra superior). Levante a pálpebra
observar os cílios:
do paciente, com a solicitação de que
- Triquíase = cílios virados para dentro;
ele olhe para baixo e para dentro.
- Madarose = queda dos cílios;
Palpação avalia consistência,
- Poliose = cílios tornaram-se brancos.
profundidade e sensibilidade das
No local de implantação dos cílios,
glândulas lacrimais.
deve-se investigar hiperemia, escamas
Exploração de canalículos, saco lacrimal e úlceras.
e conduto nasolacrimal através da
A borda da pálpebra deve estar em
inspeção e palpação. A inspeção
aposição ao globo, e não invertida, para
permite observar tumefação e
dentro (entrópio) ou evertida, para fora
vermelhidão. Na palpação do saco
(ectrópio).
lacrimal, deve-se observar se há refluxo
Quando a pálpebra inferior não
de secreção mucopurulenta. Quando
consegue cobrir o globo ocular, surge o
isso ocorre, significa que o conduto
que se denomina lagoftalmia, a qual
nasolacrimal está obstruído.
aparece na paralisia facial e na
exoftalmia.
Motilidade palpebral = Três músculos =
(1) Orbicular, formado de fibras
estriadas e inervado pelo facial, faz a
oclusão da pálpebra; (2) Elevador da
pálpebra superior, de fibras estriadas, é
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Conjuntiva e Esclera:
A conjuntiva é uma membrana mucosa,
transparente e fina, que reveste a
esclerótica até o limbo e a superfície
posterior da pálpebra.
Esclerótica = cor branco-porcelana, que
pode modificar-se por depósitos de
pigmentos, como acontece na icterícia
(bilirrubina) e na melanose ocular
(melanina).
Para exame da conjuntiva palpebral
superior, é necessário fazer sua
eversão.
A conjuntiva palpebral inferior é
facilmente visualizada com uma simples
tração para baixo da pálpebra inferior. O
exame da conjuntiva palpebral inferior =
informações valiosas sobre anemias,
nas quais a cor normal (rosa-vivo),
transforma-se em rosa-pálido.
Cristalino:
Pupila: É uma pequena lente transparente
A cor, desvios e orifícios da íris e da situada entre a íris, à frente, e o vítreo,
pupila devem ser analisados atrás, presa ao corpo ciliar por um
conjuntamente, podendo ocorrer conjunto de fibrilas - a zônula.
alterações congênitas, traumáticas ou Em relação à posição do cristalino,
cirúrgicas. pode-se encontrá-lo deslocado (luxado).
As pupilas normais são redondas, Com o oftalmoscópio, pode-se
localizadas centralmente e, na maioria caracterizar a perda de transparência do
das pessoas, de igual tamanho. cristalino (catarata) pelo
Anisocoria = pupilas de tamanhos desaparecimento do clarão pupilar.
diferentes, são observadas em cerca de Catarata = doença caracterizada pela
25% da população normal. perda de transparência do cristalino,
O diâmetro da pupila normalmente varia lente natural cuja função é propiciar o
de 3 a 5 mm em um ambiente foco da visão em diferentes distâncias.
iluminado. Como se a pessoa estivesse olhando
< que 3 mm (miose), por um vidro opaco.
> que 7 mm (midríase).
Pilocarpina e a heroína, a pupila pode
se apresentar miótica.
Teste do reflexo pupilar é feito assim:
deve-se fazer incidir um feixe luminoso
sobre os olhos do paciente. A pupila
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ACUIDADE VISUAL:
É testada em cada um dos olhos
separadamente.
Ao se ocluir o olho que não está sendo
examinado, deve-se evitar pressioná-lo,
pois isto pode provocar distorção na
imagem com diminuição da acuidade
visual.
Se o paciente usar óculos, esta
acuidade deve ser avaliada com a
correção óptica.
O método mais utilizado é ou quadro de
Snellen, no qual o paciente fica a 6
metros (20 pés) de distância. Há letras
de diferentes tamanhos, equidistantes 5
cm. Quanto mais afastado estiver o
quadro, menor é a imagem na retina.
Combinando estes dois fatores,
tamanho das letras e distância entre o
paciente e o quadro, é possível
determinar o ângulo visual mínimo que Se o paciente não consegue ler linha
corresponde à melhor acuidade visual. nenhuma, deve-se caminhar na sua
A acuidade visual normal por convenção direção até o ponto em que este consiga
é 20/20, que significa que uma pessoa identificar quantos dedos o examinador
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AULA:
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*Biomicroscopia: avaliação do
oftalmologista, faz avaliação da anatomia
do olho.
*Tonometria: medição da pressão
intraocular (Exame de rotina).
*Fundoscopia direta com oftalmoscópio
direto é a que o clínico faz. Indireta =
oftalmologista.