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MENINGITES cerebral → espaço subaracnó ideo →

liberaçã o dos componentes de


Infecçã o grave que apresentam em alguns membrana (endotoxina, á cido teicoico):
casos alta morbi-mortalidade. Mais grave na açã o inflamató ria → células endoteliais,
infâ ncia. astrocitos e micró glia → produçã o de
citoquinas (IL 1 e FNT)
1. Causas b) Através de infecçã o adjacente
a) Adquirida pelo trato respirató rio e depois c) Traumatismo craniano
via hematogênica d) Malformaçõ es
 IVAS → bacteremia → infecçã o através
do plexo coroide e microvasculatura

 Apnéia
 Distress respirató rio
2. Agentes etiológicos de 0 a 2 meses:
o E. Coli (bastonetes Gram – monomó rficos)  Hipotermia
o Estreptococo grupo B (cocos Gram + em  Icterícia
cadeias)  Diminuiçã o das mamadas
o Outros: Listeria monocytogenes, Klebsiella,
Aerobacter, Proteus, Estafilococo o TARDIO
 Predominam sinais neuroló gicos
3. Meningite neonatal:  Estupor
Fatores predisponentes:  Coma
o Relacionados à gravidez e o parto  Convulsã o
o Relacionados à criança  Abaulamento da fontanela
o Relacionados com o meio ambiente
neonatal 4. Agente etiológico de 3 meses a 5 anos
o Relacionados com o microrganismo o Pneumococo
o Meningococo (diplococo Gram -)
a. Quadro clínico o H. influenzae tipo B
o PRECOCE:
 Predominam sinais de Sepse 5. Doença meningocócica
É uma das principais causas de morte em  Presença de petéquias, rash ou sufusõ es
crianças por infecçã o. Progride rapidamente e é hemorrá gicas.
preciso alto grau de suspeiçã o para se  Presença de sinais meníngeos: rigidez de
estabelecer o diagnó stico precocemente, pois a nuca, Kernig, Brudzinsky, abaulamento de
intervençã o precoce com fluidoterapia fontanela
agressiva e atb podem melhorar  Pupilas (tamanho e fotorreatividade)
significativamente o desfecho (evita choque).  Sinais neuroló gicos localizató rios

Pode apresentar-se: b. Questões relacionadas aos cuidados


 Meningite intensivos na doença meningocócica
 Meningococcemia:  Reanimaçã o e manutençã o com volume
o Presença de lesõ es de pele, petéquias,  Suporte hemodinâ mico
pú rpuras que podem ser precedidas por  Seleçã o de antibió ticos
exantema, tipo má culo-papular. A forma  Uso de esteroides
fulminante, tem evoluçã o rá pida  Controle glicêmico
associada a sinais de choque e CIVD  Coagulaçã o na DM
 Meningite e meningococcemia  Perfusã o da pele e membros

Pontos críticos da DM: 6. Agentes etiológicos de 3 meses a 5 anos


o Reconhecimento precoce da doença  Pneumococo, H. influenzae
o Reconhecimento precoce do choque  Pó s procedimentos neurocirú rgicos:
Intervençã o precoce Staphylococcus epidermidis, Staphylococcus
o Fluidoterapia aureaus, Bacilos gram negativos
o Suporte hemodinâ mico  Pó s traumatismo craniano fechado:
o Antibió ticos Pneumococo
o Uso de esteroides
a. Quadro clínico da meningite do lactente
Inespecífico:
a. Avaliação:
 Febre
 Estado geral
 Anorexia
o Presença ou nã o de TOXEMIA
 Vô mitos
o Irritabilidade, apatia, sonolência
 Irritabilidade
 Nível de consciência (Glasgow):  Apatia/Sonolência
 Ativo ou alerta  Fontanela abaulada
 Sonolento
 Torporoso b. Diagnóstico
 Comatoso Exame físico:
 Estado de hidrataçã o: grau de hidrataçã o  Estado geral: presença ou nã o de toxemia
 Sinais de choque:  Estado de hidrataçã o: graus de desidrataçã o
 FC  Presença de sinais meníngeos.
 Perfusã o periférica  Presença de petequias, rash ou sufusõ es
 Pulsos hemorrá gicas.
 PA  Sinais de choque
 Diurese  Sinais de insuficiência cardíaca
 Sinais de insuficiência cardíaca:  Nível de consciência
o FC e FR  Pupilas
o Hepatomegalia  Sinais neuroló gicos localizató rios
o Estertores pulmonares
Exame diagnóstico Indicação Frequência
LCR: Suspeita diagnó stica Início, antes de atb
*Quimiocitoló gico: citologia, Se evoluçã o desfavorá vel e
proteína, glicose. laboratoriais nã o permitem
*Lá tex: para pneumococo, diagnó sticos etioló gicos, na
meningococos (A,B e C) e H. ausência de atb, repetir apó s
inlfuenzae B 12-24h
*Bacterioscopia Nã o repetir se boa evoluçã o
*Cultura com antibiograma Se < 2 meses, fazer controle
com 48-72h e por ocasiã o de
alta
Hemograma Suspeita de doença bacteriana Início e repetir se necessá rio
Hemocultura Suspeita de doença bacteriana e Antes de iniciar atb
na presença de petéquias ou
sufusõ es hemorrá gicas
Cultura de lesã o de pele presença de petéquias ou Antes de iniciar atb
sufusõ es hemorrá gicas
VHS e/ou PCR Suspeita de quadro infeccioso Se necessá rio
grave
Glicemia e proteínas séricas Suspeita diagnó stica (para Antes da coleta de LCR
comparar com resultados do
LCR)
Gasometria arterial Suspeita de distú rbio á cido- Se necessá rio
bá sicos
Suspeita de comprometimento
pulmonar
Na, K e Cl Suspeita de distú rbios Se necessá rio
metabó licos (desidrataçã o,
insuficiência adrenal, secreçã o
inapropriada de ADH)
Uréia e creatinina Suspeita de comprometimento Se necessá rio
de funçã o renal
Coagulograma Suspeita de CIVD e na presença Se necessá rio
de petéquias ou sufusõ es
hemorrá gicas
TC de crâ nio Suspeita de complicaçõ es Se necessá rio
(crises convulsivas, sinais
neuroló gicos localizató rios,
papiledema, midríase, suspeita
de meningite tubérculosa)

 Ausência do reflexo ó culo-cefá lico


7. Contra-indicações de punção lombar  Convulsã o recente ou prolongada
 Edema de papila  Crise tô nica
 Coma  Hemiparesia
 HAS  Choque séptico
 Bradicardia  Plaquetopenia
 Bradpnéia ou irregularidade respirató ria
 Anisocoria ou pupila dilatada fixa
PURULENTA VIRAL TUBERCULOSA
Celularidade/mm / Predomínio PMN / Predomínio LMN
3
Levemente / maioria LMN
Glicose  < 30mg/100 Normal 
Proteínas  Normais ou levemente  Bastante 

estado geral, deve-se instituir


Na prá tica clínica, frente a um LCR duvidoso antibioticoterapia
recomenda-se manter a criança em observaçã o
e se necessá rio repetir a punçã o em 6-12 h que 8. Critério de repunção
poderá mostrar um predomínio de  ANTES do início do tratamento:
mononucleares. Se há comprometimento do
o Se LCR duvidoso (viral ou bacteriano),
manter criança em observaçã o e, se -De 0 a 2 meses: agente etioló gico
necessá rio, repetir punçã o em 6-12h que desconhecido
poderá mostrar predomínio de  Cefalosporina de 3º geraçã o
mononucleares (apó s 6-8h: possível  CEFOTAXIME + AMPICILINA
“viragem” -> de PMN para LMN).  Corticó ide (DEXAMETASONA)
 APÓ S iniciar o tratamento: o Usado nas meningites bacterianas em
o Se nã o houver evidência clínica de crianças > 2 meses
melhora apó s 24-72h  0,6mg/kg/dia EV 6/6h por 4 dias
o Meningite neonatal  0,8mg/kg/dia EV 12/12h por 2 dias
o Paciente imunodeprimido ou transferido o Aplicar 15 a 20 minutos antes da
de outro serviço primeira dose de atb

9. Parâmetros de melhora -De 2 meses a 5 anos


 Aumento da glicorraquia  CEFTRIAXONA
 Viragem de Celularidade o 100mg/kg/dia IM ou EV de 12/12h ou
1x/dia
LCR INICIAL REPUNÇÃO
18 - 36 HS.
o Reavaliar com resultado de cultura e
CITOLOGIA 4661 + ou - 6567 + ou - antibiograma
7295 10025
PROTEÍNA 130 + ou - 100 83 + ou - 82

GLICOSE 29 + ou - 27 46 + ou - 25 -Acima de 5 anos


BACTERIOSCOPIA  CEFTRIAXONA
CULTURA + o 100mg/kg/dia IM ou EV de 12/12h ou
Lebel et all 1x/dia por 10 a 14 dias
Pdiatrics 1.989
o Reavaliar com resultado de cultura e
antibiograma
10.Diagnóstico Etiológico
 Bacterioscopia -De 1 mês a 17 anos (EMPÍRICO)
o Meningites purulentas: + em 75%  DEXAMETASONA: 0,6mg/kg/dia EV 6/6h
 Cultura por 4 dias
 Contra imunoeletroforese  CEFTRIAXONE: 80-100mg/kg/dia IM ou EV
o H. influenzae de 12/12h ou 1x/dia
o Pneumococo OU
o Meningococo  CEFOTAXIME: 225-300mg/kg/dia de 6/6h
 Lá tex ou 8/8h
o H. influenzae: 100%  VANCOMICINA: 60mg/kg/dia de 6/6h
o Pneumococo: 88%  ACICLOVIR (< 12 anos): 20mg/kg/dose de
o Meningococo: 60% 8/8h

11.SCORE de Meningite bacteriana -Neonatalogia:


 Bacterioscopia +  Meropenem: 40mg/kg/dose, 8/8 hs
 Citologia ≥ 1000  Cefepime
 Proteínas ≥ 80 mg/dL o < 14 dias: 30 mg/kg/dose, 8/8 hs
 Leucó citos ≥ 10000 o 14 dias: 50 mg/kg/dose, 8/8 hs
 Histó ria de crise antes da admissã o

12: CRITÉRIOS DE CURA 14.Tempo de tratamento


 Celularidade: < 30 - 50 mm3;  Meningococo: 5-7 dias
 Proteínas: < 50 - 60 mg %;  H. influenzae: 7-10 dias
 Glicorraquia: 40 - 60 % da Glicemia ;  Pneumococo: 10-14 dias. Penicilina G ou
Ampicilina //Cefalosporina de 3 geraçã o
13. Tratamento  S. agalactie: 14-21 dias
 GRAM - : mínimo de 21 dias
 Hidrocefalia: cirú rgico: DVP
 Tromboflebite/Trombose cerebral
15.Complicações gerais e cuidados  Ventriculite: Diagnó stico por USG
 Secreçã o inapropriada de ADH  Empiema subdural
o Restriçã o hídrica (60-70% do plano  Abscesso cerebral
bá sico)  Edema cerebral
o Diurético (furosemina) o Hiperventilaçnao: PCO2 de 30
o Se Na<120 mEq/L: Soluçã o de NaCl a mmHg
3% o Manter Na> 135 mEq/L
 Choque e CIVD o Drogas: Furesemida 1mg/kg e
 Artrite meningocó cica Manitol 0,25-0,5mg/kg/dose
 Cardioló gicas: Miocardite/Pericardite  Retardo mental
 Neuroló gicas: o Déficit motor: hemiplegias,
 Efusã o subdural (35%): associado a tetraplegias
baixa idade, leucopenia, proteína o Autista
elevada no LCR  Epilepsia
o Assintomá tico OU o Sequelas de meningite
o Febre persistente o Autista
o Convulsã o focal o Hemiplegia à esquerda
o Aumento do PC o Síndrome de West
o Fontanela abaulada  Convulsõ es
o Sinais neuroló gicos focais o Diazepam: 0,3-0,5 mg/kg/dose
o Diagnó stico por TC o Fenobarbital: 10-15mg/kg (ataque)
o Punçã o subdural se houver sinais e 5mg/kg (manutençã o)
de HIC ou sinais focais o Fenitoína: 15-20mg/kg (ataque) e
 Paralisia dos pares cranianos: II, III, IV, 4-8mg/kg (manutençã o)
VII, VIII
o Déficit auditivo em 20%
 Artrite
Febre persistente ou recorrente:  Otite
1-Droga  Mastoidite
2- Flebite  Oftalmite
3- Outras causas:
 Efusã o subdural 16.Quimioprofilaxia
 Abscesso cerebral
 Trombose de seio lateral
Profilaxia Pó s-exposiçã o
AGENTE INDICAÇÕES ATB DURAÇÃO
N. meningitidis Contato a menos de 1 metro, Rifampicina 600mg VI 12/12h 2 dias
por mais de 8h na semana Ciprofloxacino 500mg VO Dose ú nica
anterior ou profissional Ceftriaxone 250mg IM Dose ú nica
exposto (procedimentos)
H. influenza (contato de, ou) indivíduo Rifampicina 20mg/kg/ dia (má ximo 4 dias
nã o vacinado < 2 anos 600mg) de 24/24h

17.Isolamento
Respirató rio ou total se houver lesõ es de pele
para todas as crianças portadores de meningite
bacteriana por H. influenzae e meningococo nas
primeiras 24h de tratamento.

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