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SEPSE PRECOCE

Hélcio Lorenzoni
Kethelin Miranda
Leandro Do Vale
Leonardo Lorenzoni
Mariana Valente

Saúde da criança e do adolescente I


Prof. Dr. Paulo Wagner Brandao de Sousa
CLASSIFICAÇÃ
O

Sepse precoce:

• Ocorre em até 72 horas de vida.


• Manifesta-se usualmente como doença fulminante e multissistêmica
• Streptococcus B, Gram-negativos (principalmente a scherichia coli) e Listeria monocytogenes.
• Apresenta elevada taxa de mortalidade, variando de 15 a 50%

Sepse tardia:

• Ocorre após 72 horas de vida.


• Os agentes etiológicos envolvidos são as bactérias do trato genital materno.
• Os agentes mais frequentes são as enterobactérias, os estafilococos e os fungos
• A taxa de mortalidade é de cerca de 20%

Hélcio
FATORES DE
RISCO

• Peso de nascimento: É o principal fator de risco.

• uptura prolongada de membranas

• Prematuridade: principalmente quando idade gestacional < 34 semanas.

• Colonização materna por Streptococcus B: o risco de sepse é de cerca de 0,5 a 1%.

• Asfixia perinatal: a hipóxia e a acidose diminuem os mecanismos de defesa do hospedeiro.

• Infecção urinária materna. Febre materna durante o trabalho de parto.

• Sexo masculino: risco 2 a 6 vezes maior de desenvolver sepse em comparação ao sexo feminino.

• Fatores socioeconômicos maternos: A educação, as práticas culturais, o estado nutricional maternos

Hélcio
CLINICA DA SEPSE NEONATAL

• Diminuição da atividade espontânea


• Sucção menos vigorosa • Febre 10-15% / > 1hora
• Anorexia • Distúrbio neurológico
• Apneia • Distensão abdominal
• Bradicardia
• Instabilidade térmica (hipo ou hipertermia)

Leonardo
CLINICA DA SEPSE NEONATAL

• Listeria Monocytogenes x síndrome do desconforto respiratório


• Eritema periumbilical- onfalite (com ou sem sangramento
• Coma, convulsões, ou abaulamento da fontanela- meningite, encefalite ou abcesso cerebral
• Diminuição dos movimentos espontâneos de uma extremidade, edema e articulação quente, eritematosa ou dolorida-
osteomielite ou artrite pirogênica
• Distensão abdominal inexplicada- peritonite ou enterocolite necrosante

• Streptococcus do grupo B
• Pneumonia fulminante
• 50% ocorre nas primeiras 6 horas de vida
• 45% apgar < 5
• Meningite presente + na infecção tardia >3 dias a 12 semanas

Leonardo
DIAGNÓSTICO

 Diagnóstico clínico;

 Cultura:
- Sangue (Hemocultura)
- Liquor (cultura do LCR)
- Urina (urocultura)
Fluidos corpóreos: (peritoneal, pleural, articular)
Tecidos: Medula óssea, Fígado, Baço

Importante:
 Hemocultura excelente exame para diagnosticar, no entanto o tempo para resultado é, muito prolongado.
 Possibilidade de Falso-negativo, devido ao volume muito pequeno de amostra de sangue enviada para cultura.
 Sensibilidade apenas 30 - 40%.

Kethellin
DIAGNÓSTICO

 Hemograma
- Buscar achados sugestivos de infecção.
- Leucocitose, leucopenia, neutropenia, plaquetopenia.

 Diagnóstico Radiológico (Solicitar para os RN com desconforto respiratório)


- Rx de tórax

 Proteína C-Reativa – Baixa especificidade na Sepse precoce, devido inúmeras condições prá-natais que podem
elevá-la na ausência de infecção sistêmicas.

 Proteína C- Reativa – Baixa especificidade na Sepse precoce, devido inúmeras condições pré-natais que podem
elevá-la na ausência de infecção sistêmicas. Realizar associado com outros marcadores.

Kethellin
PROGNÓSTICO

• Esta síndrome apresenta elevada mortalidade e pode acarretar atraso no


desenvolvimento neurológico, hemorragia cerebral grave e leucomalácia
periventricular.
• A prematuridade é um dos principais fatores de risco para a sepse neonatal
precoce e tardia, pois há menor produção de citocinas pró-inflamatórias e
diminuição da imunidade celular, além de outros comprometimentos
imunológicos no RN.

Mariana
TRATAMENTO

Monitorização TRATAMENTO SEMPRE SERÁ EM


1. Frequência cardiaca UTI!!!
2. Frequência respiratória
3. Pressão artéria e enchimento capilar
4. Saturação da hemoglobina
5. Diurese e temperatura
6. Glicemia, glicosúria
7. Equilíbrio eletrolítico
8. Gasometria
Manter suporte ventilatório
Dieta do RN, Leite materno a vontade (se não houver contraindicações)
Concentrado de hemácias nas perdas por hemorragias > manter
hematócrito 40%
Plasma fresco congelado para os casos desangramento por CIVD
Concentrado de plaquetas se < 50.000/mm3

Leandro
TRATAMENTO

SEPSE Precoce SEPSE Tardia


Recomendação para antibioticoterapia empírica: Recomendação para antibioticoterapia empírica:
Ampicilina (200 mg/kg/dia) Oxacilina (25mg/kg/dia) + Amicacina (dose
associada com segue o esquema abaixo)
Gentamicina (5 mg/kg/dia).
Forte suspeita ou infecção comprovada por Streptococcus agalactiae:
Utilizar penicilina cristalina em doses mais altas que as habituais
(250.000-400.000 UI/kg/dia)
Duração:
Em casos não graves e sem localização, manter antibioticoterapia por
7 dias.
Para pneumonia manter por 7-10 dias de acordo com a evolução
Meningite por 14-21 dias
***Após cultura, reavaliar necessidade de alteração/adição de ATB de
espectro especifico

*Após cultura, reavaliar necessidade de alteração/adição de


ATB de espectro especifico
** Atentar-se a flora bacteriana de cada unidade hospitalar
Leandro
TRATAMENTO

SEPSE Tardia
DURAÇÃO DO TRATAMENTO:
Sepse com hemocultura negativa sem foco: tratamento por 7 dias
Sepse com hemocultura positiva sem foco: tratamento por 10 dias
Se isolamento de:
a. Staphylococcus coagulase negativa: tratamento por 7 dias;
b. Staphylococcus aureus: tratamento por 14 dias, se sem complicações
c. Bastonetes Gram-negativos: tratamento por 14 dias. Se meningite, tratar por 21 dias;
Artrite/Osteomelite: 28 dias, no mínimo. Acompanhamento em conjunto com Ortopedia.
Pneumonia: 10 a 14 dias;
Infecção do trato urinário: 7 a 10 dias;
Meningite: tratamento por 14 dias se infecção por Gram-positivo ou 21 dias se por Gram-
negativo. Se abscesso: tratamento por 4 a 6 semanas.
Se infecção fúngica: tratamento por 14 dias após negativação da hemocultura.

Leandro
REFERENCIAS

- Manual de neotalogia PUC-SP

- Diretrizes clinicas: Sepse Neonatal – Fundação hospitalar do estado de Minas Gerais


- Atenção à Saúde do Recém-Nascido Guia para os Profissionais de Saúde
INTERVENÇÕES COMUNS, ICTERÍCIA E INFECÇÕES – Vol 2

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