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neonatal
Discente: Rayane Mayara Costa Santos
Orientadora: Verônica Cheles
SBP, 2022
Sepse neonatal
precoce
● Relacionada diretamente a fatores gestacionais
e/ou período periparto.
● IG é o principal preditor.
Epidemiologia
Incidência Morbimortalidade
● Incidência aumenta à ● Internamento em UCI-Neo por
medida que a IG diminui. dificuldade respiratória e/ou
● Antibioticoprofilaxia necessidade de suporte
periparto para EGB e hemodinâmico
redução da incidência de ○ 60% dos RNT
○ 95% dos RNPT
sepse entre RNT
● Inversamente proporcional à IG:
50% em 22 a 24 sem
● Aumenta com redução do peso ao
nascer: 35% < 1500g
Vias de transmissão
Via ascendente
RPMO | microorganismos GU e
intestinais maternos | principal via
entre os RNT
Corioamnionite
Principal causa de sepse precoce entre os
RNPT | óbito fetal no 2º e 3º trimestre de
gestação
Via hematogênica
Óbito fetal no 3º tri gestacional
Estreptococos 𝛃 hemolítico
RNT do grupo B
0,29 / 1000 NV entre os RNT Outros agentes:
● L. monocytogenes
E. coli ● Ureaplasma
RNPT 8,68 / 1000 NV entre os ● Neisseria meningitides
RNPT de muito baixo peso ● Mycoplasma hominis
Fatores de risco
MATERNOS FETAIS | NEONATAIS
Hemocultura
Cultura e análise de LCR
➢ 2 amostras de hemoculturas, de
sítios diferentes, antes do início da ➢ O líquor deve ser coletado antes
do início do ATB se condições
antibioticoterapia.
clínicas adequadas ou logo que
➢ Teste de sensibilidade aos possível, principalmente se
antibióticos junto à hemocultura. evidência de alteração do SNC.
Teste hematológico
● Hemograma e PCR > 10 mg/L (VPN = 98%)
Escore de Rodwell
Neutrofilia ou neutropenia
Neutrófilos imaturos
I/S
Radiografia de tórax
➢ Se sinais
respiratórios
➢ Excluir PNM
Critérios para diagnóstico clínico
● Escore de Rodwell ≥ 3 (I/S > 0,2 é mais sensível que o Escore) e PCR
quantitativo seriado elevado
● Controle térmico
● Suporte hemodinâmico e respiratório
● Manutenção da homeostase hidroeletrolítica e metabólica
● Correção dos distúrbios de coagulação
● Suporte nutricional
● Correção da anemia
● Monitorização rigorosa.
Manejo do RN com suspeita clínica de sepse neonatal
Suspeita clínica de
infecção: realizar triagem
infecciosa e iniciar ATB Reavaliação em 36h-48h
HMC - e exames
HMC + (72h): manter HMC - e exames normais:
alterados: coletar HG e
ATB e coletar LQR HG e PCR com 24h
PCR com 24h
Assintomáticos e
Exames normais: exames normais:
Exames alterados:
suspender ATB em até coletar com 48h
coletar HG e PCR com
72h e descartar
48h
infecção
HMC - e exames
HMC + (48h): manter HMC - e exames normais:
alterados: coletar HG e
ATB e coletar LQR HG e PCR com 24h
PCR com 24h
Assintomáticos e
Exames normais: exames normais:
Exames alterados:
suspender ATB em até coletar com 48h
coletar HG e PCR com
48h e descartar
48h
infecção
Exames normais:
Exame alterado: Dx de infecção, iniciar excluir infecção
ATB, coletar HMG e PCR e investigar foco
Sepse neonatal tardia
Epidemiologia
● A incidência de sepse neonatal tardia varia de acordo com características como:
○ Idade gestacional | peso a nascer | assistência ao nascer | cuidados pós-natais.
● Inversamente proporcional à prematuridade.
● Redução da incidência em cada faixa etária:
○ 54% para 40%, às 24 semanas;
○ 37% para 27%, às 26 semanas
○ 20% para 8%, às 28 semanas.
● Estudo de coorte realizado pela Rede Brasileira de Pesquisas Neonatais com 1507 RN
de muito baixo peso:
○ 23,7% de sepse confirmada (hemocultura positiva) com mortalidade de 26,6%
○ 22,9% de sepse clínica com mortalidade de 34,2%.
Etiologia
● Gram positivos costumam responder por 70%
dos casos de infecção
○ Estafilococos coagulase negativos (ECN):
mais frequente (48%)
○ Staphylococcus aureus: segundo principal
agente
○ Fungos: Candida albicans como principal
causador entre os prematuros e com alta
mortalidade
● Gram negativos: maior mortalidade,
especialmente nos casos de multirresistência:
○ E. coli | Klebisiella | Pseudomonas sp. |
Enterobacter sp. | Serratia sp
Fatores de risco
● Relaciona-se às características do RN, às práticas assistenciais | à distribuição/
composição dos recursos humanos e estruturais
● Neonatais:
○ Prematuridade | baixo peso ao nascer | sexo masculino | comprometimento
imunológico | barreiras naturais imaturas | infecções prévias
● Práticas assistenciais:
○ Procedimentos invasivos | exposição precoce e prolongada ao ATB | uso
pós-natal de corticóides e bloqueadores de H2 | jejum prolongado |
higienização inadequada das mãos
● Infraestrutura:
○ Superlotação das unidades | Recursos humanos insuficientes | Manuseio
inadequado de equipamentos | Falta de insumos
Diagnóstico
*Principalmente se houver uma história de RN que não melhora mesmo após uso de ATB, com uso de
dispositivos invasivos
Diagnóstico específico
● Isolamento em fluidos corporais: padrão-ouro
● Hemocultura: punção venosa ou arterial. Evitar coleta por cateter.
○ Duas amostras de sítios diferentes, antes do início da antibioticoterapia, com
volume da amostra > 1 mL.
● Diferenciar contaminação de infecção:
○ Tempo de crescimento < 48h e isolamento de um mesmo agente bacteriano
nas duas amostras, falam a favor de infecção.
● Urocultura também pode ser uma forma de identificação do agente.
○ Coletada preferencialmente por punção suprapúbica ou por sondagem vesical.
● Punção lombar: fundamental no diagnóstico de meningite.
○ Realizar coleta se ausência de instabilidade hemodinâmica ou condições que
predisponham ao sangramento.
Tratamento
Medidas de suporte
● Monitorização contínua dos SSVV: PA | diurese| Temperatura
● Controle da glicemia, da oferta hídrica, eletrolítica e do
suporte nutricional.
● Nutrição é importante pelo caráter hipercatabólico da sepse
○ Via enteral o mais precoce possível, dando preferência
sempre ao leite materno.
● Suporte ventilatório: pode ser não invasivo (CPAP nasal ou
cateter nasal com pressão positiva intermitente)
○ Meta de SpO2 entre 90 e 94%
Antibioticoterapia
● Empírica o mais precoce possível, após coleta de amostra para cultura e direcionada
aos agentes mais comuns.
● Abranger gram negativos e positivos
● Oxacilina + amicacina (aminoglicosídeo): boa prática
● Em caso de meningite sem isolamento do agente: cefalosporina de 3ª ou 4ª geração a
depender do perfil microbiológico da unidade.
● Vancomicina em locais de alta prevalência de S. aureus resistente à
meticilina/oxacilina
● Descalonamento antimicrobiano após conhecimento do agente
Antibioticoterapia
Tempo de tratamento:
Parto humanizado
Método canguru e aleitamento precoce:
colonização com microbiota materna
Referências