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Objetivos da aula:
Abortamento:
Causas de abortamento:
Ameaça de aborto
Aborto inevitável
Aborto incompleto
Aborto completo
Aborto retido.
Aborto terapêutico
Aborto infectado ou séptico
Abortamento complicado
o Hemorragia com alteração dos sinais vitais e necessita transfusão e
esvaziamento cirúrgico
o Infecção com dor abdominal ou pélvica, sensibilidade uterina, secreção
purulenta, febre, taquicardia e hipotensão
Abortamento não complicado
o Hemodinamicamente estável e sem evidências de infecção
o Ocorre redução ou desaparecimento dos sintomas gestacionais
o Volume do sangramento variável (eliminação de coágulos ou
membranas confirmada principalmente com USG TV
o As cólicas abdominais de leves a severas
Diagnóstico de abortamento
Expectante:
o Aguardar eliminação de forma espontânea do produto conceptual
o Pode aguardar por duas até quatro semanas se não houver sinais de
infecção
o Principais complicações são:
Esvaziamento uterino incompleto
Hemorragia
Infecção
CIVD após 04 semanas (risco de 10%)
Medicamentosa:
o Risco de sangramento aumentado e eliminação incompleta
o Analgesia oral ou endovenosa durante a eliminação
o Fazemos o uso do MISOPROSTOL
Cirúrgico:
o Indicado para mulheres com:
Sangramento excessivo
Instabilidade hemodinâmica
Sinais de infecção
Comorbidades cardiovasculares ou hematológicas
o Fazemos:
Aspiração manual ou elétrica, com ou sem dilatação cervical
(preferência)
Curetagem uterina
o Trauma cervical pode ser prevenido com preparo cervical com
misoprostol, 400mcg via vaginal, dose única, 4 a 6 horas antes do
procedimento cirúrgico
o Aborto tardio aguardar eliminação do concepto
o Complicações:
Perfuração, infecção e sinequias
Cuidados após o abortamento:
Definição:
o Três ou mais perdas gestacionais espontâneas e consecutivas
Atenção:
o Investigar casal se mulher > 35 anos, duas ou mais perdas gestacionais
consecutivas (comprovadas pelo beta-HCG + sinais clínicos ou USG)
Por conta da idade materna
Anamnese:
o Antecedentes obstétricos
o Antecedentes pessoais
o Antecedentes familiares
o Antecedentes reprodutivos do parceiro
Abortamento infectado:
Quadro clínico:
o Dor pélvica e/ou abdominal
o Sangramento vaginal.
o Sensibilidade uterina
o Febre
o Secreção vaginal purulenta
o Colo uterino entreaberto
Atenção infecção grave (choque séptico)
o Acontece a síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS),
caracterizada por dois ou mais dos marcadores:
Temperatura >38ºC ou <36ºC.
Frequência cardíaca >90 batimentos/minuto.
Frequência respiratória >20 irpm/minuto ou PaCO2 <32mmHg.
Leucocitose ou leucopenia.
OBS qSOFA (grave se dois ou três pontos)
Exames complementares:
o Hemograma completo, tripagem sanguínea, creatinina
o Hemocultura e Urocultura
o Triagem de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs)
o USG endovaginal (exame normal não exclui diagnóstico!)
o TC abdome para diagnóstico diferencial (apendicite, diverticulite)
Tratamento/pilares do tratamento:
o A- Restauração rápida da perfusão:
Fluido cristaloide (30 mL/kg de peso) durante as primeiras uma
a três horas
o B- Início de antibióticos intravenosos:
Gentamicina (5 mg/kg/dia) + ampicilina (2 g de 4 em 4 horas)
+ metronidazol (500 mg de 8 em 8 horas) 1ª linha
OBS manter até 48h de melhora da febre e dor pélvica
OBS Completar 10-14 dias doxiciclina 100 mg, de 12 em 12
horas + Metronidazol 500 mg de 12 em 12 horas
o C - Evacuação cirúrgica do útero:
A aspiração ou a curetagem deve ser realizada logo após o
início da antibioticoterapia e a estabilização da paciente
Os principais riscos do procedimento são o sangramento
aumentado e a perfuração uterina
Se não houve melhora ou haja complicação devemos fazer
Laparotomia com Histerectomia
Gravidez ectópica
Quadro clínico:
Salpingectomia:
o Realizada nos casos de ruptura tubária com instabilidade
hemodinâmica
Nas demais situações, a via preferencial é a laparoscópica
Salpingostomia em caso de paciente com a trompa integra e sem prole
constituída
Acompanhamento com Beta- hCG e se persistência de tecido trofoblástico
realizar tratamento medicamentoso com Metotrexato 50mg/m2
Tratamento medicamentoso:
Tratamento local:
Definições:
o É causada por proliferação anormal, hiperplásica, das vilosidades
coriônicas
o Tem produção elevada de hCG
o Incidência 1 a cada 200 a 400 gestações
Diagnóstico no 2º trimestre:
o Sangramento genital pequeno com evolução e possível necessidade de
hemotransfusão, pode ter associação com eliminação de vesículas
hidrópicas
o Aumento do volume uterino e hiperestimulação da tireoide e ovários
(cistos tecaluteínicos)
o Hiperêmese gravídica
o Insuficiência respiratória por embolização por tecido trofoblástico
Exames complementares:
o USG pélvica:
Evidenciará cavidade uterina preenchida por material de
ecogenicidade mista, contendo múltiplas áreas arredondadas,
anecoicas, de 3 mm a 8 mm, correspondendo aos vilos coriais
hidrópicos (aspecto em "cacho de uva")
o Quando o hCG estiver acima de 500.000 mU/mL, devem-se procurar
cistos tecaluteínicos, complementando o exame ultrassonográfico com
a via suprapúbica
Mola completa:
Características:
o 46XX ou 46XY
Sendo todos os cromossomos de origem paterna
Pois o ovulo não fornece o cromossomo
o Progressão para neoplasia trofoblastica gestacional de 20%
o Comum nos extremos de vida
Diagnóstico:
o Ultrassonografia da MC precoce caracteriza-se por aspecto inviável da
gravidez (saco gestacional irregular com presença de material amorfo),
que, aliada à manutenção dos sintomas subjetivos de gravidez
(náuseas, mastalgia, sonolência) e à hCG elevada, levanta a suspeita
de MC, que deverá ser confirmada pelo exame histopatológico
Mola parcial:
Características:
o 69XXX ou 69XXY ou 69XYY.
Sendo 1 haplóide materno e 2 paternos
o Progressão NTG de 0,5% a 5%
Diagnóstico:
o No diagnóstico pode haver registro de batimento cardíaco em
ultrassonografia prévia e, no geral, com 12 semanas, por ocasião da
ultrassonografia morfológica de primeiro trimestre, observa-se óbito do
concepto
o Em 70% dos casos de MP, o diagnóstico é feito retrospectivamente
Formas de tratamento:
o AMIU (mesmo resultado do manual e elétrica)
o Ocitocina com início da inserção da cânula (diminui risco de perfuração)
o Preparo com Misoprostol se diagnóstico precoce (máximo 400mcg e
procedimento em até 03 horas)
OBS Contrações uterinas antes do esvaziamento da MH aumenta o
risco de evolução para doença persistente e de embolização
trofoblástica para vasos pulmonares
o A histerectomia total abdominal com a mola in situ pode ser uma
alternativa em mulheres acima de 40 anos, com maior risco de doença
invasora, e prole constituída
Mas não dispensa o seguimento.
Critérios diagnósticos:
o a) Quatro valores ou mais de hCG em platô* em um período superior a
três semanas, ou seja, nos dias 1, 7, 14 e 21; OU
*Platô = variação menor que 10% entre os valores de hCG.
o b) Aumento** nos níveis de hCG por três medidas consecutivas ou
mais, ao menos por duas semanas, ou seja, nos dias 1, 7, e 14; OU
**Aumento = aumento de pelo menos 10% entre os valores de
hCG
o c) Diagnóstico histológico de coriocarcinoma