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INFÂNCIA
RESIDENTE: NÁDIA BEATRIZ DESTRO
ORIENTADORA: DRA KATIA MENEZES
DEFINIÇÃO
tuberculosis;
Geralmente, nas crianças são inespecíficos e se confundem com infecções próprias da infância, sobretudo sintomas
respiratórios;
tórax.
Critério epidemiológico + Exames
complementares
• Mais de 90% dos casos de tuberculose na criança ocorrem dentro dos primeiros anos após a primoinfecção, deve-se investigar,
História de quem a infectou;
contato
• Teste in vivo, mede a enduração formada na pele por uma intradermorreação, em resposta à injeção de uma tuberculina,
como o PPD – Rt 23 (derivado proteico purificado – renset tuberculin 23);
• Teste de baixo custo;
PT / PPD • Sensibilidade entre 70 e 80% em imunocompetentes.;
• Baixa positividade;
• A baciloscopia, a cultura e/ou testes moleculares devem ser solicitados sempre que disponíveis e
aplicáveis;
• GeneXpert-MTB/ RIF – (PCR-RT) ou TRM-TB (Teste rápido molecular) -reação em cadeia de polimerase
em tempo real, aumento na detecção dos casos; é um método automatizado que, além de detectar a
Exames presença do DNA do M. tuberculosis, serve como um bom rastreamento para resistência à rifampicina,
microbiológicos com resultados em até 2 horas.
PROVA TUBERCULÍNICA
• A prova tuberculínica (PT) deve ser interpretada como sugestiva de infecção por
M. tuberculosis, independentemente do tempo de vacinação pela BCG.
• Pode ser feita ambulatorialmente, ou intra-hospitalar, desde que seja possível realizar cultura
da secreção;
tuberculose;
criança;
TRATAMENTO
Em menores de 10 anos: é realizado com 3 drogas – rifampicina (R), isoniazida (I) e pirazinamida
(P), por um período de 6 meses;
Esquema : P nos dois primeiros meses – fase de ataque, e R e I por seis meses;
Rifampicina para crianças até 20kg – 15mg/kg/dia;
Em maiores de 10 anos: é indicado o etambutol nos dois primeiros meses – fase de ataque;
Rifampicina - < 10 a ou hepatopatas, na dose de 15mg/kg/dia (máx. 600mg/dia), em 120 doses, por
quatro meses.
Isoniazida - dose de 10mg/kg/dia (máx. 300mg/dia), em 270 doses, por nove meses,
preferencialmente, devido a melhor proteção ao paciente.
SEGUIMENTO
Os exames de acompanhamento devem ser realizados de acordo com as alterações no
início do quadro e com a evolução da criança;
Pacientes que usam etambutol devem ser avaliados em relação a queixas visuais
mensalmente (ardor, prurido, diminuição de campo visual, alteração de cor, etc.).
Crianças em tratamento
com corticosteroides Crianças em uso de
Crianças com
em dose elevada por outras terapias
neoplasias malignas;
período superior a duas imunossupressoras.
semanas;
Adiamento da vacina BCG
Recém-nascidos contatos
de indivíduos bacilíferos Até três meses após o uso
Recém-nascidos com
deverão ser vacinados de imunossupressores ou
menos de 2Kg de peso até
somente após o tratamento corticosteroides em dose
que atinjam este peso;
da TB ou da quimioprofilaxia elevada;
primária;
Os contatos maiores de
Os menores de 10 anos
10 anos devem fazer
são sempre avaliados
inicialmente a PT e, se
com PT e radiografia de
esta for reatora, realizam
tórax.
a radiografia de tórax.
TRATAMENTO ILTB
• Indicação: esquema preferencial;
• Em hepatopatas, crianças (< 10 anos de idade), pessoas acima de 50 anos de idade e no
caso de intolerância à H, deve-se dar prioridade a outros regimes;
ISONIAZIDA • Dose:
• Adultos e adolescentes (≥ 10 anos de idade): 5 a 10 mg/kg/dia de peso até a dose máxima
(H) de 300mg/dia.
• Crianças (< 10 anos de idade): 10 mg/Kg/dia de peso até dose máxima de 300mg/dia.
• Tempo de tratamento: 6 ou 9 meses;
• Recomenda-se a utilização de 270 doses que poderão ser tomadas de 9 a 12 meses;
• Indicação: preferencial em indivíduos com mais de 50 anos de idade, crianças (< 10 anos de
idade), hepatopatas, contatos de monorresistentes à H e intolerância à H;
• A R está contraindicada nas PVHIV em uso de inibidores de protease ou de Dolutegravir;
• Dose:
RIFAMPICINA • Adultos e adolescentes (> 10 anos de idade): 10 mg/kg/dia de peso até a dose máxima de
600 mg por dia.
(R) • Crianças (< 10 anos): 15 (10-20) mg/kg/dia de peso até a dose máxima de 600 mg por dia.
• Tempo de tratamento: 4 meses.
• No regime de tratamento com R, recomenda-se a utilização de no mínimo 120 doses que
deverão ser tomadas idealmente em 4 meses, podendo-se prolongar até 6 meses.
• O acompanhamento do tratamento da ILTB deve ser realizado observando-
necessário realizar exames para alta, pois o único exame que era alterado no
tratamento.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• VERGANI, K. P. Atualizações em tuberculose na infância e adolescência. Departamentos
Científicos SPSP - JUNHO, 2020.
• Manual de Recomendações para o Controle da Tuberculose no Brasil / Ministério da
Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças
Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2019.
• Tratado de pediatria: Sociedade Brasileira de Pediatria / [organizadores Dennis Alexander
Rabelo Burns... [et al.]]. -- 4. ed. -- Barueri, SP : Manole, 2017. CAPITULO 24.
• MACIEL, E.L.N.; BROTTO, L.D.A.; SALES, C.M.M.; ZANDONADE, E.; SANT’ANNA, C.C..
Coleta de lavado gástrico para diagnóstico de tuberculose pulmonar infantil: revisão
sistemática. Rev. Saúde Pública 44 (4), Ago 2010.
• MARTINS, M.; SUCUPIRA, E.D.; FREITAS, L.M.R.; SELIG, L.; BETHLEM, E.P.. Escarro
induzido, recomendações do Programa de Controle de Tuberculose do Estado do Rio
de Janeiro. Carta ao Editor - J. bras. pneumol. 30 (6), Dez 2004.