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TUBERCULOSE

Monitoria 2024.1

Elisabete Louise de M. Viégas


INTRODUÇÃO
Doença infecciosa e transmissível causada pelo Mycobacterium tuberculosis,
que afeta prioritariamente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos
e sistemas.

Principal reservatório: ser humano


PATOGÊNESE
Modo de transmissão: aérea - ocorre a partir da inalação de aerossóis oriundos
das vias aéreas, expelidos pela tosse, pelo espirro ou pela fala de pessoas com TB
pulmonar ou laríngea

Período de transmissibilidade: enquanto houver eliminação de bacilos

OBS: somente pessoas com essas formas de TB ativa transmitem a doença


PATOGÊNESE
Período de latência:

Em situações metabolicamente desfavoráveis, o M. tuberculosis pode entrar


em estado de latência, multiplicando-se muito lentamente durante dias ou
até mesmo anos

Uma vez infectada, com imunidade variável, a pessoa pode adoecer em


qualquer momento da sua vida
OBS: vacina BCG
PATOGÊNESE

Infecção latente da tuberculose (ILTB): os bacilos ficam encapsulados, em


estado latente, em pequenos focos que não progridem, nem provocam o
adoecimento

TB primária: pessoas infectadas não conseguem impedir a multiplicação


inicial do bacilo e adoecem na sequência da infecção

TB pós-primária ou secundária: apesar de inicialmente bloquearem a infecção,


adoecem posteriormente, por reativação dos bacilos (reativação endógena) ou
por exposição à nova fonte de infecção (reinfecção exógena)
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
TB PULMONAR TB EXTRAPULMONAR

Principal sintoma: tosse por >3 Os sinais e sintomas são


semanas dependentes dos órgãos e sistemas
acometidos
Outros: febre vespertina, sudorese
noturna, emagrecimento e cansaço
Formas frequentes: pleural,
Ausculta pulmonar pode ganglionar, meningoencefálica,
apresentar diminuição do laríngea, óssea, renal e outras
murmúrio vesicular, sopro anfórico
ou mesmo condição normal Mais comum em pessoas vivendo
com HIV/aids (PVHIV)
TB PULMONAR PRIMÁRIA

Febre baixa ou moderada ao


longo de 2 semanas

Irritabilidade

Inapetência

Reações de hipersensibilidade:
ex.: ceratoconjutivite

Sintomas respiratórios não são


comuns
TB PULMONAR PÓS-PRIMÁRIA / SECUNDÁRIA

Tosse seca -> produtiva

Febre vespertina

Sudorese noturna

Adinamia

Anorexia

Dor torácica, hemoptoicos e


hemoptise
TB PULMONAR MILIAR

Forma grave

Febre alta e calafrios

Tosse, taquipneia, prostração

Ausculta com roncos e crepitação

Hepatomegalia e esplenomegalia
TB EXTRA-PULMONAR PLEURAL

Forma mais comum de TB


extrapulmonar em HIV -

Dor torácica (pleurítica)

Pode apresentar febre moderada


a alta, astenia e anorexia

Derrame pleural
TB EXTRA-PULMONAR GANGLIONAR

Forma mais comum de TB


extrapulomonar em HIV+

Linfonodos aumentados
assimétricos, dolorosos e
endurecidos
DIAGNÓSTICO
TB ATIVA

Baciloscopia:

A baciloscopia do escarro está indicada para todos os casos suspeitos;


acompanhamento do tratamento e confirmação da cura em casos
pulmonares

Deve ser realizada em duas amostras:


1ª - coletada na primeira consulta
2ª - coletada na manhã do dia seguinte, de preferência ao despertar
DIAGNÓSTICO
TB ATIVA

Baciloscopia - observações:

Em crianças <10 anos, a forma pulmonar costuma ser negativa ao exame


bacteriológico

A baciloscopia de outros materiais biológicos (ex.: urina, biópsia, escarro


induzido) pode ser realizada para os casos de suspeita clínica de TB
extrapulmonar

Baciloscopia (+) + manifestações clínicas = diagnóstico


DIAGNÓSTICO
TB ATIVA

Teste rápido molecular para tuberculose (TRM-TB):

Indicado para o diagnóstico de casos novos de TB pulmonar e extrapulmonar,


e para a triagem de resistência à rifampicina

OBS: identifica fragmentos de material genético de microrganismos vivos ou


mortos e, por isso, não está indicada para o acompanhamento do tratamento
(para isso deve ser realizado a baciloscopia mensal de controle)
Algoritmo para o
diagnóstico de casos
novos de tuberculose
pulmonar e laríngea,
em adultos e
adolescentes,
baseado no TRM-TB
DIAGNÓSTICO
TB ATIVA

Cultura e Teste de sensibilidade (TS):

É um método de elevada especificidade e sensibilidade no diagnóstico da TB

Indicações:
- Todo caso com diagnóstico de TB por meio de TRM-TB
- Todo caso com suspeita de TB com TRM-TB negativo, com persistência do
quadro clínico
DIAGNÓSTICO
OUTROS EXAMES

Histopatologia:
Granuloma com necrose de caseificação

Radiografia de tórax:
Solicitada para toda pessoa com suspeita clínica de TB pulmonar
Não existe nenhuma imagem radiológica patognomônica de TB
Principal função: excluir outra doença pulmonar associada e avaliar a extensão
do acometimento e sua evolução radiológica

Teste para diagnóstico de HIV


DIAGNÓSTICO
ILTB

Prova Tuberculínica (PPD):

Consiste na inoculação de um derivado do M.


tuberculosis via intradérmica, e tem a finalidade
de medir a resposta imune celular a esses
antígenos

Interpretação:
< 5mm: não reator
≥ 5 mm: infectado pelo bacilo
TRATAMENTO
ESQUEMA BÁSICO PARA ADULTOS E
ESQUEMA BÁSICO PARA < 10 ANOS
>10 ANOS

Isoniazida (H), rifampicina (R), Rifampicina (R), isoniazida (H) e


pirazinamida (Z) e etambutol pirazinamida (Z), três
(E), sendo quatro medicamentos medicamentos na fase de ataque
na fase intensiva e dois na de
e dois na fase de manutenção
manutenção

Intensiva (RHZE) - 2 meses Intensiva (RHZ) - 2 meses


Manutenção (RH) - 4 meses Manutenção (RH) - 4 meses
TRATAMENTO
Indicações:
1. Casos novos de TB pulmonar e/ou extrapulmonar, infectados ou não pelo HIV
2. Retratamentos

O etambutol não é recomendado como tratamento de rotina para crianças


com idade inferior a 10 anos pelo risco de neuropatia

Gestantes e crianças com TB, infectadas pelo HIV ou desnutridas, deverão


receber suplementação de piridoxina – vitamina B6, dado o risco de toxicidade
neurológica pela isoniazida
Seguimento do
tratamento em
adultos
EFEITOS ADVERSOS
Os efeitos adversos dos medicamentos para o tratamento da TB podem ser
classificados em:

Menores: podem ser manejados no âmbito da Atenção Primária à Saúde e


normalmente não determinam a suspensão do medicamento para o
tratamento da TB

Maiores: normalmente causam a suspensão do tratamento. Nesses casos, as


pessoas precisam ser avaliadas em unidades de referência secundária
TRATAMENTO DA ILTB
Realizado, preferencialmente, com rifapentina associada à isoniazida, por 3
meses, podendo ser indicado, em alguns casos, o uso de isoniazida isolada ou
da rifampicina

OBS: não tratar a ILTB na presença de sinais sugestivos de TB ativa


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al/Microsoft/Windows/INetCache
/IE/8IE1LOBM/guia_vigilancia_sa
ude_v2_6ed[1].pdf

OBRIGADA!

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