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Apresentador:

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Cella Cabsela

20-04-23
 Definição:

É uma infecção aguda dos bronquíolos, geralmente


de etiologia viral, com sintomatologia de obstrução
das vias aéreas inferiores associada ou não a
broncoespasmo.

20-04-23
Etiologia:
Principal Agente:
 Vírus Sincicial Respiratório.
50 a 80 % dos casos.
Outros Agentes:
 Vírus Influenza (10-20%)
 Mycoplasma pneumoniae (5-15%)
 Parainfluenza (10-30%)
 Adenovírus (5-10%) - associado as complicações tardias
 Metapneumovírus (10%)

20-04-23
Vírus Sincicial Respiratório (VSR)

 Período de incubação de 2 a 5 dias


 A infecção não causa imunidade
completa
 Virtualmente 100% das crianças são
infectadas até os 2 anos

20-04-23
Epidemiologia:

 Acomete principalmente menores de 2 ano


 Pico de ocorrência entre 2 e 6 meses
 Aproximadamente 2 a 3% das crianças necessitam
hospitalização
 Mais severas nos primeiros 6 meses de vida e em
prematuros
 Predomínio no sexo masculino (2:1)
 Distribuição sazonal (inverno e início da primavera), em
Moçambique no verão!!

20-04-23
Factores de risco:

 Baixo peso ao nascer


 Prematuridade
 Baixas condições socio-económicas
 Pais fumadores
 Doenças pulmonares crónicas
 Cardiopatias congênitas
 Imunodeficiências adquiridas ou congênitas

20-04-23
Fisiopatologia

Infecção pelo VSR

Aumento de muco Necrose do epitélio ciliar Infiltrado Linfocítico

Obstrução dos Edema de


Bronquíolos Submucosa

20-04-23
Clínica:
 Geralmente há sinais duma “IVRS”:
Espirros e rinorréia com secreção clara
Febre de 38,5 a 39 ˚C
Diminuição do apetite
Irritabilidade
Tosse paroxística
 Sibilos
 Dispnéia
 Apnéia
 Dificuldade na alimentação (para chupar)
 Antecedente de contacto c/ “IVRS”.

20-04-23
Exame Físico:
 Taquipnéico
 Adejo nasal
 Tiragem (superficial)
 Tórax hiperexpandido e timpânico
 Sibilos e prolongamento do tempo expiratório
 Fígado e baço palpáveis (hiperinsuflação)
 Pode estar febril
 Cianose
 Apnéia

20-04-23
Diagnóstico:

O diagnóstico é essencialmente clínico,


baseado em:
 Idade entre 0 e 2 anos.
 Presença de sintomas respiratórios: coriza,
tosse, espirros, precedidos ou não de febre,
taquipnéia.
 Sinais clínicos de obstrução das vias aéreas
inferiores, como sibilos e expiração
prolongada.
20-04-23
Complementares de diagnóstico:

1. RX de tórax:
Hiperinsuflação com diamet. A-P e áreas de condensação.
Não feito de rotina!!

2. Oximetria de pulso ou gasometria:


Hipóxia e hipercapnia.

3. Leucograma:
Geralmente normal (e não ocorre linfopenia).

4. Técnicas rápidas de identificação viral:


Imunofluorescência e ELISA.

5. Cultura viral:
Padrão ouro, isola o agente.

20-04-23
Diagnóstico diferencial:

 Asma: (história familiar, episódios repetidos, início


súbito sem sinais de infecção, eosinofilia e resposta
imediata a administração de salbutamol);
 BPN/PN;
 Aspiração de corpo estranho;
 ICC (cardiopatia congênita);
 Fibrose quística;
 Malformação congênita (anel vascular);
 Neoplasias...
20-04-23
TRATAMENTO:
 Primeiro avaliar se precisa ou não de ser em
regime hospitalar.

 A maioria dos casos podem ser tratados em


ambulatório com:
1. Gotas nasais de soro fisiológico;
2. Sintomático: Paracetamol 10 -15mg/kg/dose de
8/8h até 4/4h.
 Salbutamol (bomba)

20-04-23
TRATAMENTO:

 Critérios de hospitalização:
1.Idade inferior a 6 meses;
2.Prematuros (<35 semanas);
3.Incapacidade de alimentar-se;
4.Dificuldade respiratória;
5.Sinais clínicos de insuficiência respiratória;
6.Crianças com doenças associadas;
Portadores de displasia broncopulmonar;
Cardiopatas congênitos;
Malnutridos/Imunodeprimidos;
7. Hipoxemia (<92%);
8. Letargia...

20-04-23
TRATAMENTO:

A principal medida é o tratamento de suporte:


 Oxigenioterapia húmida (garantir saturação >92 %);
 Reposição hidroeletrolítica (taquipneia);
 Desobstrução das vias aéreas superiores
 Dieta enteral
 Fisioterapia respiratória: retenção de secreções,
atelectasias.

20-04-23
Tratamento farmacológico:

Deve ser avaliado para cada caso.


 Beta 2 agonista: Salbutamol 2-4 h ou menos;
 Corticóides: Prednisolona, Hidrocortisona.
 Alfa-adrenérgicos: Epinefrina.

 Antivirais :
1. Ribavirina - por via inalatória continua por 3-5 d deve
ser considerado em pacientes de risco.

 Antibióticos indicados só quando infecção 2aria


presente ou num doente grave em que suspeita-se
presença de infeçcão.

20-04-23
Prognóstico:

 Evolução benigna (autolimitada) de curta duração na


maioria dos casos.
 A fase crítica da doença ocorre 48-72h após início dos
sintomas. Após esse periódo a melhora é rápida.
 A taxa de letalidade está abaixo de 2%.
 Pacientes com factores de risco apresentam
mortalidade de até 37 %.
 Possível relação com desenvolvimento futuro de asma.
 As crianças c/ B. Obliterante tem pior prognóstico.

20-04-23
Complicações:

 Insuficiência respiratória ;
 Acidose respiratória;
 Pneumotórax;
 Bronquiolite obliterante (Adenovirus);
 Desidratação;
 PN bacteriana;
 Sindrome de Swyer-James (hipertransp. Unilateral do
pulmão);
 Morte 1-2 % (IRA).

20-04-23
Prevenção:

1. Medidas gerais:
 Aleitamento materno.
 Evitar expôr as crianças ao tabaco;
 Lavagem das mãos: é uma medida eficaz na
prevenção da disseminação da doença.

20-04-23
Prevenção:

2. Condutas específicas:
 Imunoglobulina contra vírus sincicial respiratório
 Vacinação contra o vírus influenza, indicada para
crianças à partir dos 6 meses.
 “Palivizumab”: imunoglobulina hiperimune
contra o vírus sincicial respiratório.
A posologia é de 5 doses mensais de 15mg/kg via
intramuscular.

20-04-23
 Síndrome de obstrução crónica do fluxo aéreo
associada a lesão inflamatória das pequenas vias
aéreas.

 Epidemiologia:
1. Doença rara.

20-04-23
Etiologia:

 Bronquiolite obliterante pós-infecciosa ( principal.


em cças )
1. Bronquiolite viral aguda é o mais comum
2. Adenovírus (mais grave) e Sarampo
3. Parainfluenza e Influenza
4. Bacterianas ( PN por micoplasma)
 Medicamentosa (Penicilina) e inalações de oxidos de
Nitrog.
 Reações imunológicas (Artrite reumatóide, Pós
transplante)

20-04-23
Fisiopatogenia:

Destruição da mucosa dos pequenos brônquios e bronquíolos c/


producao de tec d granulacao e tecido fibroso

Obstrução e dilatação dos bronquíolos terminais

Absorção do ar e atelectasia

Desequilíbrio entre ventilação e perfusão (hipoxemia)

20-04-23
Patologia:
1. Bronquiolite proliferativa:
Alterações morfológicas, que variam desde a inflamação
bronquiolar, a fibrose peribronquiolar até a obstrução
completa da luz bronquiolar por cicatrização
submucosa.

2. Bronquiolite constritiva
Tecido de granulação em forma de tufo polipóide
dentro da luz da via aérea, que envolve
predominantemente, os bronquíolos respiratórios,
os ductos alveolares e os alvéolos.

3. B. Folicular
Rara em crianças, causa desconhecida
Diagnost: biopsia pulmonar.

20-04-23
 BO pós-infecciosa:

1. Frequente em crianças.
2. Gravidade:
 Dependente da extensão das lesões
broncopulmonares
 Tempo de evolução da doença, sintomas e sinais
respiratórios
 Anormalidades radiológicas permanecem após o
episódio de Bronquiolite.
 Confirmacao por biopsia pulmonar.

20-04-23
Diagnóstico:
Baseado em dados clínicos.
 Antecedente duma infecção respiratória das
vias aéreas inferiores, seguida de doença
pulmonar obstrutiva crônica persistente.

 Tosse, dificuldade respiratoria, sibilância,


cianose, crepitações e hipoxemia que
persistem além do período normal observado
em uma bronquiolite.
 Crianças maiores: intolerância a exercícios
físicos e baqueteamento digital.

20-04-23
 RX tórax
 Espessamento brónquico
 Hiperinsulflação pulmonar
 Atelectasia
 bronquiectasia
 Cintilografia pulmonar
(perfusão/ventilação)
 TAC - exame importante porque permite
estadiar e diagnosticar complicações
 Biópsia pulmonar a céu aberto.
 Avaliação da função pulmonar

20-04-23
Diagnóstico diferencial:
Com outras doenças que causam obstrução
crônica do fluxo aéreo:
 Fibrose cística
 TB
 Deficiência de alfa-1-antitripsina

20-04-23
 Tratamento:
 Sem ttto especifico.

1. Suporte.
2. Corticoterapia:
Altas doses de corticóide :
Metilprednisolona IV, dose de 30mg/kg/dia por
três dias a cada 30 dias
3. Broncodilatadores:
 Quando resposta positiva.
4. Fisioterapia respiratória:
 Bronquiectasias
20-04-23
Antibioticoterapia:

 Exacerbações clínicas (principalmente no


inverno).
 Oxigenioterapia.
 Manter saturação de O2 > 94 %.

 Cirurgia.

20-04-23
20-04-23
 Nelson, Tratado de pediatria,17ª edição;
 Rodrigues Carvalho Jose. Pediatria. Vol. I. Lisboa;
 Strange, Gary et all. Emergencias
pediatricas.McGraw-Hill. Rio de janeiro. 1996.
 Barkin Roger. Emergencias pediatricas. 4ed.
Guanabara Koogan. Rio de Janeiro. 1996
 Bronquiolite,wikipédia, a enciclopédia livre.

20-04-23
20-04-23

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