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Epidemiologia
Mais de 5 milhões de casos ocorrem nos EUA anualmente, onde a PAC junto
com gripe é a 8ª causa de morte nos EUA. Em geral, 80% dos pacientes são
tratados ambulatorialmente e 20% são internados. A taxa de mortalidade nos
pacientes ambulatoriais é de 5% e nos hospitalizados varia de 12 a 40%. É a
segunda causa de internação no Brasil, especialmente no inverno, e acomete,
na maioria dos casos, extremos da idade. O número absoluto de óbitos
aumentou pelo aumento e envelhecimento da população, entretanto o relativo
reduziu devido à melhor situação socioeconômica, maior acesso à saúde,
disponibilidade de ATB e políticas de vacinação. Além disso, 9% dos pacientes
hospitalizados com PAC serão internados devido a um novo episódio de PAC
durante o mesmo ano.
Fisiopatologia
Os pulmões são constantemente expostos a partículas e microorganismos que
estão presentes nas vias aéreas superiores (VAS) e, por microaspiração,
chegam às vias aéreas inferiores (VAI), as quais permanecem estéreis por
mecanismos de defesa pulmonar: cílios do epitélio respiratório que removem
muco, configuração do sistema respiratório, IgA, macrófagos, flora normal da
orofaringe que impede as bactérias patogênicas de se ligarem.
O desenvolvimento de PAC pode indicar deficiência da defesa do hospedeiro,
exposição a microorganismo virulento ou uma inoculação excessiva.
A microaspiração é o mecanismo mais comum de PAC, ocorre, principalmente,
no sono, quando aspira-se secreções nasofaríngeas e conteúdo da boca, mas
outros mecanismos são disseminação hematogênica de foco infeccioso à
distância (por exemplo, endocardite no lado direito), infecção por contiguidade
de outro foco e macroaspiração (idosos, AVC, convulsões, engasgo durante
vômitos, reflexo da tosse reduzido – nos etilistas, drogados e neuropatas) e
inalação (a via de entrada mais comum para vírus e bactérias atípicas em
jovens saudáveis).
Uma vez superadas as barreiras fisiológicas e, principalmente, quando os
macrófagos alveolares não são capazes de ingerir ou destruírem os patógenos,
eles estimulam resposta inflamatória, a qual é a principal responsável pelas
manifestações apresentadas na doença.
IL-1 e TNF causam febre.
Quimiocinas estimulam proliferação de neutrófilos, causando leucocitose
periférica e secreções purulentas aumentadas.
A inflamação permite extravasamento de plasma e até mesmo
hemácias, o que explica porque pode haver hemoptise. Esse
extravasamento é responsável pelos infiltrados radiográficos e estertores
à ausculta.
A hipoxemia ocorre pelo preenchimento dos espaços alveolares.
Na presença de líquido alveolar, ocorre vasoconstrição hipoxêmica
pulmonar. Entretanto, alguns patógenos interferem nessa resposta, o
que pode agravar a hipoxemia.
O aumento da frequência respiratória pode causar alcalose respiratória.
A dispneia tem como causas a redução da complacência pulmonar
secundária ao extravasamento capilar, a hipoxemia, a hiperestimulação
do centro respiratório, as secreções no pulmão e, ocasionalmente, o
broncoespasmo desencadeado pela infecção.
Se a doença for grave, pode evoluir com insuficiência respiratória e
morte.
Alguns pacientes apresentam pneumonia porque a microbiota das VAI normal,
predominantemente Gram-positiva, é alterada por IVAS de causas virais e
terapia antibiótica para PAH e PAVM.
Fatores de risco
Tabagismo (aumenta secreções pulmonares e altera função ciliar), hipoxemia,
edema pulmonar, desnutrição, idade > 65 anos, bronquiectasia, episódio prévio
de PAC, etilismo (reduz reflexo da tosse e afeta leucodiapedese), obstrução
brônquica mecânica, uremia, imunossupressão, vias aéreas desprotegidas (em
geral, pós-AVC, quando há disfagia e RNC) uso de opioides (antitussígeno),
uso de IBP (reduz secreção gástrica e facilita infecções), fibrose cística, DPOC,
síndromes que interferem na motilidade ciliar (como DM não tratado) e
aglomerações.
Os fatores de risco para pneumonia pneumocócica são demência,
convulsões, ICC, DEV, etilismo, tabagismo, DPOC e infecção pelo HIV.
A pneumonia por MRSA é mais provável em pacientes com colonização
ou infecção cutânea por esse patógeno.
As enterobactérias tendem a infectar pacientes hospitalizados
recentemente e/ou que fizeram tratamento com ATB ou apresentem
ICC, DRC ou etilismo.
A Pseudomonas aeruginosa é comum naqueles com doença pulmonar
estrutural (como bronquiectasia, fibrose cística ou DPOC grave).
Os fatores de risco para infecção por Legionella são DM, câncer, DRC
grave, infecção pelo HIV, tabagismo, sexo masculino e estada recente
ou cruzeiros.
Caso Clínico 1
Um fumante de 54 anos com diversas comorbidades (DM, HAS, DAC) relata
história de 2 dias de tosse produtiva com escarro purulento, aperto torácico e
febre. O EF revela temperatura de 38,3ºC, PA 150/95 mmHg, FC 85 bpm, FR
20 ipm. SaO2 95% em repouso. Sons pulmonares claros, com estertores na
base esquerda. RX de tórax mostra consolidação no lobo inferior esquerdo. É
uma pneumonia bacteriana típica.
Caso Clínico 2
Um estudante de 20 anos apresenta história de 3 dias de tosse, febre, mal-
estar e cefaleia. No EF, estava febril (38,3ºC) e apresentava estertores no
campo pulmonar inferior direito. É uma pneumonia atípica.
Etiologia
Inúmeros patógenos causam PAC, porém os mais frequentes resumem-se a
número limitado, apesar de em 50% das PAC não se isolar o agente causador.
Os agentes etiológicos variam de acordo com localidade, características do
paciente e gravidade da PAC.
É útil dividir os patógenos em típicos e atípicos.
Bactérias Típicas: Streptococcus pneumoniae, Haemophilus
influenzae, Moraxella catarrhalis e em determinados casos
Staphylococcus aureus e bacilos Gram-negativos, como Klebsiella
pneumoniae e Pseudomonas aeruginosa.
Bactérias Atípicas: apesar desse nome, são etiologias comuns, mas
assim chamadas por não serem detectadas pela coloração de Gram ou
cultivadas em meios de cultura padrão ou por apresentarem resistência
intrínseca aos beta-lactâmicos. Incluem Mycoplasma pneumoniae,
Clamydophila pneumoniae, Chlamydia psittaci, Coxiella burnetii e
Legionella pneumophila.
Vírus Respiratórios: influenza, SARS-CoV-2, adenovírus, vírus
sinciciais respiratórios. Os vírus são relatados em 20 a 30% dos adultos
imunocompetentes hospitalizados com PAC.
Os anaeróbios são importantes etiologias em casos que ocorreu aspiração dias
ou semanas antes da apresentação clínica da pneumonia. Nesses casos, o
fator de risco principal é a combinação de vias aéreas desprotegidas (por
exemplo, em casos de intoxicações por álcool ou drogas ou convulsões) e
gengivite significante. As pneumonias causadas por anaeróbios geralmente são
complicadas por formação de abscessos e empiemas significativos ou
derrames parapneumônicos.
A pneumonia por S. aureus é complicação da infecção por influenza.
Entretanto, pode ocorrer pneumonia por S. aureus como infecção primária,
apesar de relativamente incomum.
O Streptococcus pneumoniae é o patógeno causador de PAC mais comum em
todas idades e faixas de risco. Pneumonia pelo pneumococo costuma ser vista
em pacientes que se recuperam de infecção pelo vírus Influenza. O S.
pneumoniae responde por 30 a 35% dos casos. No Brasil, observa-se aumento
da resistência à penicilina, os pneumococos resistentes são resistentes a
maioria dos ATB, mas são sensíveis às novas quinolonas e à vancomicina. São
FR para PAC por pneumococo resistentes: idade > 65 anos ou < 5 anos, uso
de betalactâmico nos últimos 3 meses, etilismo, múltiplas comorbidades,
imunossupressão.
O Mycoplasma pneumoniae é mais frequente em crianças de maior idade,
geralmente adolescentes. Não possui parede celular, logo não é detectado na
coloração de Gram e não é suscetível a betalactâmicos. Os pacientes
costumam ter tosse significativa e suas manifestações extrapulmonares são
hemólise, exantema e meningoencefalite.
Manifestações Clínicas
Pacientes apresentam início agudo ou subagudo de febre (78%), tosse com ou
sem expectoração (82%) e dispneia (40 a 90%). Outros sintomas comuns
incluem dor torácica tipo pleurítica e escarro com hemoptoicos, além de
sintomas inespecíficos, como mialgia, artralgia, anorexia, fadiga, cefaleia, e
sintomas gastrointestinais, como náuseas, vômitos e/ou diarreia.
Os achados do EF incluem taquipneia, taquicardia, uso de musculatura
acessória, prostração, hipotensão, crepitações localizadas e sinais sugestivos
de consolidação pulmonar (aumento do FTV, macicez à percussão e
broncofonia) podem estar presentes em frequência e combinação variáveis.
Pacientes idosos ou imunossuprimidos frequentemente não apresentam febre,
tosse ou dispneia. Apresentam-se com quadro clínico inespecífico, como
desorientação, mudanças abruptas da capacidade funcional e
descompensação de doença de base, como DM, HAS, DPOC, ICC.
Na pneumonia bacteriana atípica, os sintomas predominantes constitucionais
(cefaleia, febre baixa, tosse e mal-estar) ocorrem em detrimento dos
respiratórios, sendo, na maioria das vezes, espectro mais brando da PAC,
porém casos causados pela Legionella pneumophila possam manifestar-se
como pneumonia grave, exigindo internação em UTI.
A pneumonia causa aumento da inflamação e atividade pró-coagulante, o que
aumenta a probabilidade de eventos cardiovasculares, como IAM, ICC e
arritmias, sobretudo em idosos. Até 90% das SCA ocorrem na primeira semana
após o início da PAC.
Diagnóstico Diferencial
ITRS, DPOC, ICC, câncer pulmonar, doenças intersticiais pulmonares,
vasculites pulmonares, TEP, atelectasia, bronquite aguda, pneumonite química
por broncoaspiração, tuberculose, infecções fúngicas.
Diagnóstico
Diante de caso potencial de PAC, deve-se confirmar se o paciente tem
pneumonia e, se positivo, responder qual a etiologia provável.
Diagnóstico Clínico
Baseia-se em achados clínicos (febre, tosse, expectoração, dispneia, dor
torácica) e achados do EF (estertores crepitantes, sinais de consolidação,
taquipneia, taquicardia) confirmados pela radiografia de tórax, já que nenhuma
manifestação é acurada suficientemente para predizer com certeza a presença
ou não de pneumonia. Em idosos, o limiar de manifestações para pneumonia é
mais baixo, já que não apresentam muitas vezes sintomas e sinais.
Além disso, é prudente considerar diagnósticos diferenciais, especialmente em
situações específicas, como nos pacientes com ICC prévia e sintomas
sugestivos de PAC, os quais podem estar com edema pulmonar agudo.
Enfim, a sensibilidade e especificidade das alterações detectadas pelo exame
físico são 58 e 67%, respectivamente. Dessa maneira, geralmente é necessária
radiografia de tórax para ajudar a diferenciar entre PAC e outras doenças.
Radiografia de Tórax
Deve ser solicitada em todos os pacientes internados com suspeita de PAC
precocemente para confirmar ou descartar diagnóstico, mas nos pacientes
ambulatoriais pode não ser necessário, entretanto se o diagnóstico não for
certo, se paciente não responder a tratamento empírico ou se de risco para
doença pulmonar subjacente deve ser feita.
É importante para avaliação de gravidade, identificação de complicações e
diagnóstico diferencial. Importante atenção aos imunossuprimidos e
desidratados que podem apresentar-se inicialmente sem alterações
radiológicas.
Padrões radiológicos incluem consolidação lobar, focos de consolidação,
opacidades intersticiais e cavitação. Com a consolidação, pode ocorrer
broncograma aéreo, já que os alvéolos se tornam opacos e é possível notar os
brônquios com ar. Isso é importante porque outras causas de consolidação não
possuem broncograma aéreo, como neoplasias.
Não é possível afirmar com segurança o patógeno pelo padrão radiológico.
Na pneumonia viral, apresentação é com infiltrado intersticial bilateral que
lembra congestão pulmonar.
Diagnóstico Etiológico
É comum não determinar a etiologia da PAC com base na apresentação clínica
e nem há benefício de tratamento dirigido a um patógeno específico
comparado ao tratamento empírico, com exceção dos casos de PAC
internados em UTI ou com maior gravidade. Portanto, nem sempre é feito o
diagnóstico etiológico.
Entretanto, algumas razões para se realizar o diagnóstico etiológico são
identificar patógeno e restringir uso de esquema empírico inicial, reduzir
resistência aos ATB, acompanhar tendências de resistência e planejar
esquemas terapêuticos adequados.
Apesar disso, esses testes apresentam baixa especificidade e sensibilidade,
sendo mais apropriados em casos graves ou naqueles que o resultado possa
mudar o tratamento empírico padrão.
Hemocultura
A positividade é baixa, mesmo se feita antes do início dos ATB, sendo positiva
em 5 a 14% dos pacientes hospitalizados com PAC, sendo o patógeno mais
frequente o S. pneumoniae. Não são obrigatórias aos pacientes hospitalizados
com PAC, em razão da baixa positividade e de não causar impacto positivo no
tratamento.
Deve ser realizada em pacientes de risco: neutropenia secundária à
pneumonia, asplenia, deficiências de complemento, doença hepática crônica
ou PAC grave.
PCR
É padrão o uso de PCR de swabs de nasofaringe para o diagnóstico de
infecções respiratórias virais. A PCR pode ser usada para documentar a carga
bacteriana no sangue.
Sorologia
Não são tão usados, mas elevação de 4 vezes no título de IgM específicos
sugere diagnóstico do patógeno em questão.
Indicações de UTI
Nem o CURB-65 ou PSI são ideais para determinar a necessidade de UTI.
Indicações óbvias são choque séptico e insuficiência respiratória. Abaixo estão
critérios relativos de internação em UTI.
Tratamento Antibiótico Empírico
O esquema inicial geralmente é empírico e tem como propósito cobrir os
patógenos mais prováveis, sendo que a cobertura sempre deve incluir
pneumococo e patógenos atípicos.
Em todos os casos, deve ser iniciado o mais rapidamente possível. O ideal é
iniciar em até 4 horas da chegada ao PS.
Observação
Quando o tratamento é feito com quinolonas, usa-se quinolonas respiratórias (o
que inclui levofloxacino e moxifloxacino) e não se usa quinolonas urinárias, ou
seja, ciprofloxacino.
Duração do Tratamento
Não é completamente definido. A antibioticoterapia de curta duração parece ser
a mais apropriada, uma vez que proporciona menor exposição do paciente à
ação de ATB, reduz ocorrência de efeitos adversos, diminui o desenvolvimento
de resistência, melhora adesão dos pacientes e pode minimizar tempo de
internação e custos. Tratamentos longos podem causar resistência e efeitos
adversos graves, como infecção por Clostridium difficile.
A duração do tratamento pode ser de 5 a 7 dias na maior parte dos
casos, especialmente em infecções não graves.
Para PAC de baixa gravidade, a monoterapia por 5 dias é suficiente.
PAC de moderada a alta gravidade, recomenda-se tratamento de 7 a 10
dias, podendo ser estendida até 14 dias.
De qualquer forma, a duração do tratamento mínima é de 5 dias e a
descontinuação dá-se quando houver estabilidade clínica, paciente afebril por
48 ou 72 horas e não apresentar complicações, como meningite ou
endocardite.
Medidas Adjuntas
Recomenda-se, além da antibioticoterapia, hidratação adequada,
oxigenoterapia se hipoxemia, vasopressores e ventilação assistida se
necessárias.
Corticoides em baixas doses, como metilprednisolona 30 mg/dia durante 3 a 7
dias, reduz as taxas de morbimortalidade em PAC grave.
Os pacientes com COVID-19 beneficiaram-se de dexametasona 6 mg/dia por
até 10 dias ou hidrocortisona 200 a 400 mg IV durante 7 dias.
Inexistência de Melhora
Caso os pacientes estejam piorando em vez de melhorar ou mesmo demorem
além de 72 horas a responder ao tratamento, devem ser reavaliados.
A melhora pode não ocorrer devido a erro diagnóstico ou, se ele tiver PAC,
porque há resistência ou foco sequestrado, como abscesso ou empiema, o
qual impede o acesso do fármaco ao patógeno, e também porque a dose e
administração da droga estão erradas.
Nesses casos, recomenda-se reavaliação cuidadosa, exames apropriados
(incluindo TC de tórax ou broncoscopia).
Complicações
Choque séptico, síndrome do desconforto respiratório agudo, ICC, SCA,
arritmias, pneumonia necrosante, derrame pleural (57% dos pacientes
apresentam e 1 a 2% apresentam ainda empiema), abscesso pulmonar.
Acompanhamento
Em geral, a febre e leucocitose regridem em 2 a 4 dias nos pacientes com PAC
e saudáveis, mas anormalidades no EF podem persistir por mais tempo. As
alterações radiográficas podem necessitar de 4 a 12 semanas para
desaparecer, com a rapidez da regressão determinada pela idade do paciente
e doença pulmonar subjacente. Recomenda-se radiografia de
acompanhamento em 4 a 6 semanas. Se demonstrada recaída ou recidiva,
especialmente no mesmo segmento pulmonar, considera-se a possibilidade de
neoplasia subjacente.
Prevenção da PAC
A vacinação contra pneumococo e Influenza são a principal forma.
Pessoas > 50 anos, risco aumentado para complicações, contatos
intradomiciliares de pessoas com alto risco e profissionais da saúde devem
receber anualmente a vacina do vírus inativado da Influenza, a qual está
associada à diminuição de pneumonia, hospitalização e morte.
A vacina pneumocócica recomenda-se para pessoas acima de 65 anos e risco
aumentado de infecção. Segunda dose após 5 anos da primeira pode ser
realizada. A efetividade para prevenir PAC após vacina nos idosos é de 44 a
75%.
Pneumonite Química Aspirativa e Pneumonia Bacteriana
Aspirativa
Pneumonia Nosocomial
A PAH e PAVM são classificadas de início precoce (quando surgem entre o 2º
e o 4º dia) ou tardio (a partir do 5º dia), devido ao maior risco na pneumonia de
início tardio de agentes multirresistentes, os quais implicam dificuldades de
tratamento e péssimo prognóstico.
Epidemiologia
PAH ocorre nos EUA em 5 a 10 casos por 1.000 internações/ano. As PAH são
segunda causa de infecção hospitalar, perdendo para ITU e respondem por
25% das infecções adquiridas em UTI e 50% das prescrições de ATB.
Fisiopatologia
Multifatorial determinada por diversos fatores, sendo 3 os principais: (1) estado
de defesa dos pacientes diminuídos por causa do uso de drogas (corticoides ou
quimioterápicos), doença de base (CA ou DAI), desnutrição e invasão por
sondas, cateteres ou cânulas; (2) colonização do paciente (pele e mucosas)
por agentes hospitalares, que são mais resistentes a ATB e mais patogênicos;
(3) presença de vias de infecções anormais em pacientes não hospitalizados,
como tubo traqueal.
Etiologia
Principalmente bacteriana, mas o perfil varia com tempo de internação.
Prevenção
Medidas de lavagem e desinfecção das mãos antes e após o contato com cada
paciente, evitar IOT, pois aumenta risco de pneumonia em 20 vezes.
Diagnóstico
É mais difícil, pois pacientes apresentam outras doenças que podem causar
mesmos sinais radiográficos e clínicos. Sendo recomendado o uso de testes
etiológicos nesses pacientes.
Tratamento
Prognóstico
A mortalidade da PAH é entre 30 a 70%. PAVM aumenta internação em cerca
de 6 dias e eleva custos em 10 a 14 mil dólares. Os fatores associados à
mortalidade são ventilação mecânica prolongada, doença pulmonar crônica,
idade > 60 anos, opacidades radiológicas bilaterais, uso prévio de ATB,
episódio recorrente de pneumonia e doença de base fatal.