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PNEUMONIA EM

PAUTA
Basedo na semiologia da
doença
Tipos de PNEUMONIA
1. Pneumonia bacteriana - Ela é causada pela bactéria Streptococcus pneumoniae, que é mais
conhecida por pneumococo, devido ao seu formato. Entretanto, a pneumonia bacteriana também
pode ser provocada por outras cepas bacterianas que, inclusive, podem provocar a gripe. As mais
comuns e que costumam estar presentes nos ambientes contaminados são Mycoplasma
pneumoniae e Haemophilus influenzae. Geralmente, essa infecção é tratada com antibióticos.
Contudo, para uma melhora mais rápida do quadro, é necessário outros cuidados, como repouso,
hidratação e adoção de dietas mais nutritivas.

2. Pneumonia fúngica - Ainda que seja mais rara, os quadros de pneumonia associados à infecção por
fungos são de alto risco. Essa doença é mais comum em pacientes imunodeprimidos, como os
acometidos por HIV, leucemia ou por outras complicações da defesa imunológica. O fungo que
causa essa pneumonia é o Aspergillus sp.

3. Pneumonia química - Muito comum entre certas classes de trabalhadores, essa pneumonia é
associada à infecção resultante da exposição a agentes químicos como solventes, elementos como
amianto, vapores ou gases tóxicos. A inalação frequente de fumaça também aumenta os riscos para
a doença. Quando inaladas, tais substâncias entram em contato com os alvéolos e provocam
irritação em suas paredes. Isso reduz a capacidade respiratória e pode causar problemas irreversíveis
ao paciente.
Pneumonias relacionadas aos ambientes:
1. Pneumonia hospitalar - Por definição, este tipo de pneumonia é adquirido, pelo menos, 48h depois
de uma internação — mas é importante frisar que ela não estava incubada no momento antes da
chegada ao hospital. Em vias gerais, a pneumonia hospitalar é causada por cepas bacterianas que
se tornam mais resistentes aos antibióticos. Por isso, é necessário adotar medidas que possibilitem a
prevenção dos riscos que o ambiente representa. Infelizmente, a contaminação pelas superbactérias
ainda é muito comum nesses espaços. Além da equipe que atua nesses setores, pacientes
imunodeprimidos e aqueles que precisam de ventilação mecânica integram o grupo de risco para
esse tipo de pneumonia. Assim, os trabalhadores da saúde e os pacientes crônicos que passam
longos períodos hospitalizados têm uma chance elevada de se contaminar. Mais uma vez, as
medidas de educação preventiva tornam-se um importante diferencial para controlar tais quadros.

2. Pneumonia Comunitária - Essa doença é classificada assim devido à sua forma de contágio. Ou seja,
a pneumonia comunitária é caracterizada por quadros adquiridos em ambientes nos quais o
paciente é exposto, mas fora do espaço hospitalar. Por definição, a pneumonia comunitária ou PAC
— que é a Pneumonia Adquirida na Comunidade — é a infecção que se desenvolveu fora do
ambiente hospitalar. Em geral, ela se manifesta até 48h após uma internação. Um exemplo é a
pandemia de Covid-19, que se espalhou pelo mundo devido à transmissão comunitária. O controle
da propagação dessa doença foi mais eficaz quando surgiram as vacinas. A diminuição dos sintomas
e dos riscos de piora do quadro comprovou que os imunizantes foram importantes diferenciais para
salvar vidas.
Epidemiologia da
pneumonia bacteriana:
A pneumonia é uma das doenças infecciosas que mais matam em todo o mundo e o Brasil é
um dos países com maior incidência desta.

Segundo a Sociedade Brasileira de Imunização, a pneumonia é o principal motivo de morte


em crianças menores de cinco anos causada por doenças infecciosas. Somado a isso,
dados internacionais mostram que mais de 80% dos óbitos causados por pneumonia é
referente à pacientes idosos.

Tratando da pneumonia nosocomial sabe-se que esta se apresenta maior em pacientes


submetidos à ventilação mecânica, além de esta ser a segunda maior causa de infecção
hospitalar e representar cerca de 20% das infecções adquiridas nas UTI.

Além disso, sabe-se que a pneumonia adquirida na comunidade é a maior causa de


hospitalização em todo mundo sendo ainda um desafio tanto para o diagnóstico quanto o
tratamento.
Quadro clínico:
A apresentação clínica da pneumonia pode ser gradativa ou fulminante e é marcada por febre,
taquicardia ou calafrios e/ou sudorese. Também, tosse, que pode ser seca ou produtiva com
escarro variável, dor torácica e dispneia.

Alguns pacientes referem sintomas gastrointestinais, como náuseas, vômitos e diarreia. Ademais,
fadiga, cefaleia, mialgias e artralgias, podem estar presentes.

No exame físico, os músculos acessórios são vistos auxiliando a respiração, há frêmito toracovocal
aumentado e costuma-se identificar macicez ou submacicez durante a percussão do tórax. A
ausculta revela presença de estertores, sopros brônquicos e, ás vezes, atrito pleural.

Atenção para os idosos, pois eles não costumam ter febre, tosse ou dispneia, mas sim sintomas e
sinais inespecíficos, como desorientação, alterações funcionais e descompensação de uma
doença que era estável, como DM, DPOC ou IAM.
Quais são as causas da
pneumonia bacteriana?
Três tipos de bactérias são as principais causadoras da pneumonia bacteriana:

Streptococcus pneumoniae (chamada popularmente de pneumococo)


Mycoplasma pneumoniae
Haemophilus influenzae.

Elas podem estar presentes no ar, em pequenas gotículas, secreções como o muco, saliva e no
sangue, o que permite sua chegada ao pulmão através de transfusões.

O enfraquecimento de barreiras naturais para os microrganismos, como os cílios presentes nas


narinas, também facilita a inalação de bactérias que provocam pneumonia.

É por isso que épocas como outono e inverno favorecem o desenvolvimento de inflamações nas
vias aéreas, uma vez que o muco se torna mais espesso e difícil de ser eliminado pelos
pulmões.

As estações frias também facilitam o aparecimento ou piora de outras doenças que podem evoluir
para pneumonia, como gripes e resfriados.
Quais são os fatores de risco da
Pneumonia bacteriana?
01. 02.
fumo: provoca reação álcool: interfere no
inflamatória que facilita sistema imunológico e
a penetração de na capacidade de
agentes infecciosos; defesa do aparelho
respiratório

03. 04.
resfriados mal cuidados mudanças bruscas de
temperatura
Quais são os
principais sintomas?
Falta de ar; cansaço; dor no tórax; febre
alta; tosse; alterações da pressão arterial;
confusão mental; mal-estar
generalizado; secreção de muco
purulento de cor amarelada ou
esverdeada; toxemia (danos provocados
pelas toxinas carregadas pelo sangue);
prostração (fraqueza).
Diagnóstico:
Para diagnosticar a pneumonia bacteriana, é
importante que haja avaliação clínica,
ausculta do pulmão, entrevista com o
paciente (anamnese) e análise de seu
histórico de saúde.

Uma vez que esses procedimentos indiquem


um processo inflamatório nos pulmões, o
médico costuma solicitar testes de
diagnóstico por imagem para confirmar a
suspeita, como o raio X de tórax.
O uso dos métodos propedêuticos na entrevista e exame físico de
enfermagem:

Exame Físico Geral: sinais vitais - O enfermeiro, vai aferir através de um termômetro a temperatura
corporal do paciente, que quando acometido à pneumonia costuma apresentar alteração.
Inspeção: o enfermeiro busca avaliar as expressões faciais do paciente, bem como os possíveis
sintomas visualmente perceptíveis como: tosse, confusão mental, secreção de muco purulento, dispneia.
(Paciente acometido por pneumonia há um dado tempo, pode apresentar anemia e mucosas
hipocoradas).
Ausculta: o enfermeiro busca auscultar sons pulmonares anormais, como os estertores crepitantes que
se dividem em finos e grossos:
Os estertores finos surgem no final da fase de inspiração, apresentando-se como sons agudos e são
mais comumente audíveis nas regiões inferiores dos pulmões. Esses ruídos estão associados à
presença de pneumonia. Os estertores grossos são audíveis desde o início da inspiração até o final da
expiração, apresentando-se como sons mais acentuados que podem ser identificados em todas as
regiões do tórax. Esses sons são comumente associados a condições médicas graves, tais como edema
pulmonar, pneumonia e fibrose pulmonar.
Palpação:
O enfermeiro deve avaliar a expansividade dos pulmões,
avaliando anormalidades, bem como a estrutura torácica.

Percussão: Sons percutidos macios em vez de claro


pulmonares.
Anamnese:
→ Quadro típico: Febre alta de início súbito, muitas vezes com
calafrios, dor torácica de característica pleurítica (em pontada, bem
localizada, ventilatório dependente), tosse com expectoração
purulenta, dispneia e queda do estado geral;

→Quadro atípico: Febre baixa a moderada (< 39ºC), de evolução


subaguda, em geral sem calafrios, com tosse seca e estado geral
pouco comprometido. A tosse é o sintoma predominante, dispneia e
dor pleurítica são mais raros. Pode apresentar mialgia, faringite não
exsudativa, cefaleia, dor abdominal, diarréia, rash cutâneo, e/ou
confusão mental.

→ Principais critérios de gravidade: Alteração do nível de consciência,


taquipneia (> 30 irpm), toxemia, hipotensão, utilização de
musculatura acessória, hipotermia (< 35ºC) ou febre (> 40ºC),
taquicardia > 125 bpm.
Diagnóstico de Enfermagem: Intervenção de Enfermagem:
1. Troca gasosa prejudicada. 1. Oxigenoterapia
2. Dor aguda. 2. Aspiração de vias Aéreas
3. Padrão Respiratório insuficiente 3. Assistência Ventilatória
4. Intolerância a atividade. 4. Monitoração respiratória
5. Nutrição desequilibrada: menor do que as 5. Terapia nutricional
necessidades corporais. 6. Monitoração nutricional
6. Hipertermia 7. Controle do ambiente
7. Conhecimento deficiente. 8. Ensino: processo da doença
8. Risco de Intolerância a atividade. 9. Terapia Ocupacional
9. Risco de volume de líquidos deficiente. 10. Promoção do exercício
10. Risco de infecção. 11. Controle de medicamentos

Resultados Esperados:
1. Estado Respiratório: permeabilidade das
vias aéreas.
2. Melhora dos Sinais Vitais
3. Resistência
4. Repouso
5. Autocuidado: atividades da vida diária
6. Controle da Dor.
Tratamento:

No geral, o tratamento das pneumonias exige o uso


de antibióticos e a melhora costuma ocorrer em três
ou quatro dias. A internação hospitalar pode ser
necessária quando a pessoa é idosa, tem febre alta
ou apresenta alterações clínicas decorrentes da
própria pneumonia, tais como: comprometimento da
função dos rins e da pressão arterial, dificuldade
respiratória caracterizada pela baixa oxigenação do
sangue porque o alvéolo está cheio de secreção e
não funciona para a troca de gases.
UMA FOTO
VALE MAIS
QUE MIL
PALAVRAS

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