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ÍNDICE

Introdução........................................................................................................... 1
Conceito de Bronquite.........................................................................................2
Bronquite aguda, crónica.................................................................................... 2
Causas da bronquite........................................................................................3
Sintomas da bronquite aguda..........................................................................3
Sintomas da bronquite crónica.........................................................................4
Diagnóstico da bronquite.................................................................................5
A bronquite é contagiosa?...................................................................................5
Bronquite Cura.................................................................................................6
Tratamento da bronquite.....................................................................................7
Prevenção da bronquite...................................................................................9
Conclusão......................................................................................................... 10
Referência.........................................................................................................11

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Introdução

Abordarei no presente estudo sobre a bronquite aguda sendo que ela é


um processo inflamatório da mucosa brônquica, geralmente precedida por uma
infecção das vias aéreas superiores. Ela é mais comum no inverno e muitas
vezes é causada pelos mesmos vírus dos resfriados. Os vírus mais comuns
são: Adenovírus, Influenza, Coronavírus, Rrinovírus. Já as bactérias:
Chlamydia pneumoniae, Bortella pertussis, Mycoplasma pneumoniae.
Secundariamente, o Pneumococos também pode invadir a árvore brônquica.

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Conceito de Bronquite

A bronquite caracteriza-se por uma inflamação do revestimento


dos brônquios. Os brônquios são uma espécie de “tubos” que aquecem e
humidificam o ar e o transportam até aos pulmões. Esta inflamação brônquica
provoca tosse com expectoração, por vezes, mucosa. Essencialmente,
podemos identificar dois tipos de bronquite (crónica e aguda).

Bronquite aguda, crónica

A bronquite aguda ou traqueobronquite é precedida por uma infeção


respiratória alta (vulgo constipação) que posteriormente se prolonga aos
brônquios. É, efetivamente, uma entidade muito comum. O diagnóstico de
bronquite aguda é aplicado aos casos de infeção respiratória aguda com tosse
que se prolonga até algumas semanas após a resolução de outros sinais e
sintomas de infeção aguda. Deste modo, a febre é um sintoma frequente no
inicio da doença, mas não deverá estar presente mais de dois dias, altura em
que o trato respiratório inferior habitualmente está envolvido.

Podemos afirmar que, de uma forma geral, a bronquite aguda não é uma
situação clínica perigosa, no entanto, se se verificarem episódios repetidos de
bronquite deve consultar o seu médico pneumologista.

A bronquite crónica é uma doença mais grave e é provocada por uma


irritação ou inflamação da mucosa brônquica de forma continuada. Esta doença
é caracterizada por tosse com expectoração mucosa que dura pelo menos três
meses, com episódios recorrentes durante pelo menos dois anos consecutivos.
A irritação constante provocada pelo fumo do tabaco é a base da fisiopatologia
da bronquite crónica.

A bronquite crónica e o enfisema pulmonar são duas doenças incluídas


na denominada doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC).

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Causas da bronquite

Pode dizer-se que a bronquite aguda é uma bronquite infecciosa. É um


tipo de infeção mais comum durante os meses de inverno e está associado
com infeções por vírus respiratórios rhinovirus, coronavirus, influenza e
adenovirus (bronquite viral ou vírica).

Podemos ter outros agentes etiológicos da bronquite aguda:


Mycoplasma pneumoniae, Chlamydia pneumoniae, e a Bordetella, ou uma
“invasão” secundária por bactérias como Haemophilus influenzae ou
Streptococcus pneumonia que podem desempenhar um papel importante na
bronquite (bronquite bacteriana).

No caso da bronquite crónica a causa mais comum é o tabaco. No


entanto, a poluição do ar, poeiras e gases tóxicos no ambiente ou local de
trabalho também podem contribuir par esta patologia.

É a variabilidade individual condicionada pelo componente genético ou


hereditário associados ao exercício físico e à alimentação que leva a que uns
fumadores desenvolvam bronquite crónica e outros não.

Sintomas da bronquite aguda

A tosse e o desconforto torácico são os sintomas mais proeminentes


da bronquite aguda. Inicialmente, a tosse é não produtiva, mas ao longo do
tempo transforma-se em tosse com expectoração mucosa. Com a progressão
da doença a expectoração pode tornar-se purulenta e estar raiada de sangue,
no entanto é um sintoma que deverá ser sempre valorizado e enquadrado
noutras hipóteses de diagnóstico.

Esta doença cursa com febre e calafrios durante um a dois dias. Muitos
doentes com bronquite aguda também desenvolvem traqueite. Os sintomas de
envolvimento traqueal incluem dor sub-esternal associada com a respiração
que se intensifica com a tosse.

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Sintomas da bronquite crónica

Na bronquite crónica, a tosse e a expectoração mucosa são sintomas


ligeiros que acompanham o doente bronquítico durante muitos anos e este não
valoriza. Mais tarde, podem surgir os restantes sintomas da bronquite crónica:
a fadiga e a falta de ar.

Os sintomas de bronquite crónica podem incluir:

 Tosse;

 A expectoração (catarro) é habitualmente mucosa, branca, mas poderá


ser amarelada ou esverdeada em situações de infeção. Raramente é
raiada de sangue – expectoração hemoptoica. (neste caso deverá
consultar o seu médico pneumologista o mais breve possível). Os
doentes com bronquite crónica apresentam aumento das glândulas
mucosas dos brônquios (ver vídeo) conduzindo a uma maior produção
crónica de muco e consequentemente ao aparecimento de tosse crónica
com expectoração (“catarro do fumador”);

 Fadiga;

 A dispneia (falta de ar), inicialmente surge quando o doente efetua


grandes esforços, como por exemplo uma caminhada ou subir umas
escadas. A evolução da doença começa a interferir com as atividades
diárias e o paciente sente falta de ar quando realiza pequenos esforços,
como por exemplo tomar banho;

 Desconforto torácico.

Os sintomas na bronquite avançada, já são bem claros e limitadores,


designadamente a hipoxia (baixa quantidade de oxigénio no sangue), falta de
ar em repouso, fraqueza muscular generalizada e desnutrição. Como
consequência deste envolvimento sistémico, em último caso, a bronquite pode
levar à morte.

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Diagnóstico da bronquite

O diagnóstico de bronquite é efetuado tendo por base a história clínica e


o exame objetivo. Alguns exames auxiliares ou complementares de diagnóstico
(MCDT) servem para excluir outras patologias e estadiar a gravidade da
doença. Assim, podem ser solicitados:

 Análise da expectoração: A expectoração é o muco que é excretado dos


pulmões com a tosse. Pode ser analisado para avaliar se existe tosse
convulsa;

 Provas funcionais respiratórias: Durante este teste de função pulmonar,


o doente sopra num aparelho chamado espirómetro, que mede a
quantidade de ar dos seus pulmões e a rapidez com que é feita a
expiração. Este teste verifica se há sinais de DPOC ou asma;

 A radiografia (RX) de tórax: Poderá ajudar a determinar se existe


pneumonia ou outras doenças que justifique a tosse.

Para além destes, outros exames ou análises podem ser solicitados no


diagnóstico de bronquite.

A bronquite é contagiosa?

Podemos considerar que a bronquite aguda é contagiosa ou


transmissível. Ou seja, a bronquite “pega-se” ou transmite-se de pessoa para
pessoa, na medida que, geralmente é causada por vírus - os mesmos vírus que
causam constipações e gripe (influenza).

A forma de contágio (ou modo de transmissão) deste tipo de vírus é feita


através de aerossóis (gotículas de água libertadas nos espirros e na tosse).
Quando essas gotículas emitidas por um doente infetado entram em contacto
com os olhos, boca ou nariz de outra pessoa, esta pode contrair a doença. Veja
mais informação em causas.

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Os adultos mais velhos, lactentes e crianças jovens têm maior
vulnerabilidade à infeção e consequentemente a bronquites agudas. Do mesmo
modo, as pessoas que fumam ou que convivem com fumadores têm um risco
acrescido de contrair bronquite aguda e bronquite crônica.

No caso da bronquite crónica não existe qualquer risco de contágio,


existem sim, fatores que aumentam o risco de contrair esta doença, tais como:

 O fumo do cigarro é o fator primordial no desenvolvimento da doença;

 Exposição a substâncias irritantes no trabalho. O risco de desenvolver


bronquite é maior em trabalhadores que lidam com certas substâncias
irritantes pulmonares, tais como poeiras ou vapores químicos e fumos;

 Refluxo gastroesofágico: repetidos ataques de azia podem irritar a


garganta e tornar o individuo mais propenso a desenvolver bronquite.

Bronquite Cura

A maioria dos casos de bronquite aguda resolve-se espontaneamente e


sem tratamento médico no espaço de duas semanas. Um único episódio de
bronquite não é motivo de preocupação. Deve ter em conta que nalgumas
pessoas pode evoluir para pneumonia (veja os sinais de alarme).

Repetidas crises de bronquite podem indicar que está a desenvolver


doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC).

No caso da bronquite crónica, pode-se afirmar que não existe uma cura
propriamente dita, todavia existem procedimentos comportamentais e
farmacológicos que podem parar a sua evolução e resultantes complicações.

Se a bronquite não for tratada de forma atempada e conveniente pode


trazer algumas complicações graves e pode matar. Devido ao aumento da
pressão das artérias da circulação pulmonar um individuo com bronquite pode
desenvolver problemas cardíacos. Tal situação prende-se com os baixos níveis
de oxigenação sanguínea e com a perda de capilares pulmonares que
conduzem a um maior esforço cardíaco cor pulmonale.

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Tratamento da bronquite

No tratamento da bronquite, em algumas circunstâncias, o médico pode


prescrever medicamentos ou remédio, de modo a tratar a doença, após
diagnóstico, conforme descrevemos de seguida.

A bronquite aguda, geralmente, resulta de uma infeção vírica, de modo


que os antibióticos (ex. amoxicilina) não são eficazes. No entanto, o seu
médico pode prescrever um antibiótico, se houver suspeita de uma infeção
bacteriana a sobrepor-se à infeção vírica inicial.

Os antitússicos e alguns xaropes para tosse podem ser


contraproducentes, pois não devemos suprimir a tosse com expetoração, pois
esta ajuda a remover irritantes de pulmões e dos brônquios. Se a tosse impede
de conciliar o sono, podem ser ministrados antitússicos para o doente poder
descansar à noite.

Se o doente tem asma ou doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC),


o seu médico pode recomendar um inalador e outros medicamentos para
reduzir a inflamação e abrir passagens estreitadas nos pulmões. Em termos de
medicamentos, o tratamento consiste basicamente em dois grandes grupos de
medicamentos inalados (“bombas”):

 Broncodilatadores– medicamentos que ajudam no alivio da tosse e na


falta de ar ao diminuírem a obstrução brônquica. (Salbutamol,
terbutalina, brometo de ipratrópio, indacaterol, olodaterol, aclidinio,
glicopirrónio, tiotrópio, umeclidinio);

 Corticoides inalados – diminuem a inflamação brônquica e reduzem o


risco de exacerbações da doença. (Budesonida e fluticasona)

Para além do tratamento realizado com medicamentos, a reabilitação


pulmonar, composta por técnicas respiratórias (incluindo o tratamento
fisioterapêutico), exercício físico, nutrição e ensinos sobre a forma de respirar e
lidar com a doença colaboram na melhoria da dispneia, da tolerância ao

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exercício e do tempo de vida. De salientar que a reabilitação respiratória é mais
do que uma mera fisioterapia.

Caso o doente possua um diagnóstico de enfisema pulmonar, deve ter


em atenção os seguintes aspetos:

 Deixar de fumar;

 Evitar inalação de substâncias irritantes;

 Praticar exercício físico regularmente;

 Evitar a exposição a ar frio;

 Prevenir infeções respiratórias (vacinação pneumocócica e gripal).

O tratamento da bronquite na gravidez requer muita cautela. Em caso


algum deverão ser utilizados medicamentos sem o conselho do seu médico.

O doente jamais se deverá automedicar ou tentar encontrar resolução


para o problema em qualquer tipo de tratamentos alternativos. Consulte com
urgência o médico pneumologista nos casos de agravamento da
sintomatologia.

Existem múltiplos tratamentos naturais ou remédios caseiros para


bronquite como por exemplo o chá, o mel, abacaxi com mel, entre muitos
outras “receitas caseiras”. Na verdade, estes produtos não possuem qualquer
efeito no tratamento da bronquite propriamente dito.

Contudo, a ingestão de líquidos como os chãs, etc, ingeridos de forma


simples ou associados com outros alimentos, possuem efeitos benéficos na
hidratação, o que é bom para fluidificar as secreções, facilitando que estas
possam mais facilmente ser expelidas pela organismo e desta forma melhorar
a sintomatologia.

Neste sentido, a hidratação (ingestão de líquidos) é uma importante


medida que pode tomar em casa. Contudo, o doente deve tomar consciência
que estas medidas por si não tratam a bronquite e que esta doença pode ser

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em alguns casos grave, devendo sempre consultar o médico,
fundamentalmente, nos casos em que ocorre um agravamento da
sintomatologia.

Prevenção da bronquite

De modo a reduzir o risco de contrair bronquite crónica, o paciente não


deve fumar e deve evitar outros irritantes pulmonares como: o fumo passivo,
fumos industriais, fumo das lareiras e tintas ou produtos de limpeza com
cheiros intensos.

A vacinação gripal (gripe) anual ajuda a proteger do quadro gripal e


consequentemente a evitar muitos casos de bronquite aguda. Além disso, a
gripe é um dos responsáveis pelas agudizações da bronquite crónica (também
denominadas de crise de bronquite). Do mesmo modo, deve considerar-se
a vacinação anti-pneumocócica. Deve evitar o ar frio, pois este pode agravar a
sua tosse e a falta de ar.

O doente deve procurar o médico pneumologista (especialista em


pneumologia) se tiver falta de ar inexplicável, interferindo com as suas
atividades diárias, ou se a sua tosse tem as seguintes características (sinais de
alarme):

 Dura há mais de três semanas;


 O impede de dormir;
 É acompanhada por febre superior a 38 ºC;
 Produz expectoração escura ou sangue;
 Está associada com pieira (chieira, chiadeira) ou falta de ar.

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Conclusão

Apois ter feito o trabalho, conclui que entre as causas mais comuns a
provar a bronquite aguda, estão os agentes químicos que penetram no pulmão,
como por exemplo, poeira, fumo, tinta, focos de infecções nas amigdalas, nos
seios paranasais (sinusite) e junto às raízes dos dentes.

Vi que os meios para prevenção de modo cautelosos são os hábitos


básicos de higiene como lavar as mãos e tapar boca e nariz, quando tossir ou
espirrar.

No que toca os sintomos da bronquite aguda, elas caracteriza-se por


tosse seca irritativa, com sensação de desconforto retroesternal. Geralmente
no início não é facilmente notado a presença de sinais físicos. Na fase mais
avançada, com a apresentação de um quadro infeccioso surgem escarros (no
início mucoso e depois mucupurulentos).

O seu tratamento geralmente é sintomático e visa o alívio da febre,


dores no corpo e a fluidificação da secreção para facilitar a eliminação. O
antibiótico poderá ser usado quando a infecção for bacteriana. A inalação com
broncodilatadores podem aliviar a dificuldade respiratória.

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Referência

https://www.saudebemestar.pt/pt/medicina/pneumologia/bronquite/
Autor: Dr. António Costa, médico pneumologista (NOM 40936)

Data da última revisão: 06/09/2022

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