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FACULDADE SÃO VICENTE - UNIBR

ADRIANO SOUZA
DANIELE SANTOS
MARIA CRISTINA
ROBERTA RICARDO

ENFERMAGEM NA INTERCORRÊNCIAS CLINICAS


BRONQUITE

SÃO VICENTE
2022
FACULDADE SÃO VICENTE - UNIBR

ADRIANO SOUZA
DANIELE SANTOS
MARIA CRISTINA
ROBERTA RICARDO

ENFERMAGEM NA INTERCORRÊNCIAS CLINICAS: BRONQUITE


Dissertação apresentada como requisito parcial
avaliativo, no Curso de Graduação em
ENFERMAGEM, da faculdade São Vicente UNIBR.

Orientadora: Profa. Andrea Aragão

SÃO VICENTE
2022
INTRODUÇÃO

As doenças respiratórias como bronquite aguda e bronquite crônica são


importantes causas de morbidade em crianças e em adolescentes no mundo.
Além disso, exercem importante pressão sobre os serviços de saúde e são
responsáveis por frequente ausência escolar.
De acordo com o último consenso brasileiro, a bronquite é descrita na
literatura como uma das doenças crônicas mais frequentes na infância. Embora
pouco valorizada, traz grande desconforto e pode associar-se a problemas graves
como apneia do sono, asma e infecções respiratórias repetidas.

EPIDEMIOLOGIA

Há três décadas a DPOC tornou- se uma das maiores causas de morbimor-


talidade, em todo o mundo, milhares de pessoas sofrem com essa enfermidade e
morrem prematuramente devido a suas complicações. No momento, a DPOC é a
12ª doença mais prevalente no mundo e a Organização Mundial da Saúde (OMS)
consi-dera que será a quinta no ano de 2020. Da sexta causa de morte hoje,
passará nesse mesmo período para a segunda causa (LAURINDO et al., 2018). Os
dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATA-SUS),
assim como os procedimentos, informam o valor total e médio de AIH gasto no
período de 2013 a 2015, demonstrando o total de gastos associados às internações
por DPOC durante os três anos avaliados: R$ 2,3 milhões e R$ 4,7 milhões para o
grupo com tireotrópico padronizado vs o grupo de tiotrópio não padronizado,
respectivamente. Segundo dados do DATASUS, a média de gastos por
hospitalização foi de R$ 1.657,00 para o grupo com tiotrópio padronizado e de R$
1.949,00 para o grupo do tiotrópio não padronizado (MELO et al., 2018). Além disso,
a DPOC foi responsável por um por custo de 103 milhões de reais ao Sistema Único
de Saúde em 2011, referente a 142.635 internações.
A bronquite crônica é definida como tosse que produz escarro repetidamente
durante dois anos consecutivos. Quando a bronquite crônica envolve obstrução do
fluxo aéreo, ela se qualifica como bronquite obstrutiva crônica.
Enfisema é definido como a destruição generalizada e irreversível das
paredes alveolares (as células que suportam os sacos de ar, ou alvéolos, que
compõem os pulmões) e alargamento de muitos dos alvéolos.

DIAGNÓSTICO

Sinais clínicos: Tosse com secreção, dispneia, sibilo (chiado de gato), falta
de ar e desconforto no peito.
Análise do sangue poderão identificar que sinalizem infecção viral ou
bacteriana.
Exames clínicos:
• Radiografias do tórax
• Testes de função pulmonar
• Exame do escarro para a identificação do germe envolvido
• Espirometria, que mede a capacidade e função pulmonar

A bronquite crônica é diagnosticada através do histórico de tosse produtiva


prolongada. Pessoas com bronquite obstrutiva crônica apresentam bronquite
crônica, além de evidências de obstrução do fluxo aéreo em testes de função
pulmonar.
O enfisema é diagnosticado com base em resultados observados durante um
exame físico e nos resultados dos testes de função pulmonar.

DEFINIÇÃO

Bronquite é inflamação dos brônquios, via aérea de grande médio calibre dos
pulmões. Pode cometer todas as idades, porém com maior frequência crianças e
idosos.

TIPOS DE BRONQUITE

1. Bronquite aguda
É frequentemente causada por vírus que infectam o epitélio dos brônquios
resultando em inflamação e aumenta de secreção de muco.
2. Bronquite Crônica
A bronquite crônica é uma doença das vias aéreas é definida como a
presença de tosse produção de catarro por um mínimo de 3 meses em cada um de
dois anos consecutivos.

FISIOPATOLOGIA

A irritação constante faz com que aumente o número de glândulas secretoras


de muco e das células caliciformes, a função ciliar é reduzida e mais muco é
produzido.
As paredes brônquicas tornam-se espessa, a luz brônquica é estreitada e o
muco pode tamponar a via aéreas.
Os alvéolos adjacentes aos bronquíolos podem ficar lesionados e fibrosados,
resultando em função alterada dos macrófagos alveolares.
Os macrófagos alveolares desempenham papel importante na destruição de
partículas estranhas inclusive bactérias. Como resultado o paciente fica mais
suscetível a infecção respiratória.
Uma ampla gama de infecções virais bacterianas e por nico plasma pode
produzir episódios agudos de bronquite acessar afirmações da bronquite crônica
som mais provados dias correr durante inverno.

SINAIS E SINTOMAS DE BRONQUITE

• Tosse seca ou com catarro


• Irritação na garganta
• Pigarro constante
• Dor no peito
• Catarro claro, branco, cinza-amarelado ou verde, podendo também
haver sangue, em alguns casos
• Falta de ar ou dificuldade para respirar
• Ruídos ao respirar
• Desconforto no peito
• Lábios e pontas dos dedos arroxeados ou azulados
• Inchaço nas pernas
• Febre ou calafrios

FATORES DE RISCO

• Tabagismo
• Ambientes poluídos
• Locais fechados, que favorecem a contaminação por micróbios
• Ar condicionado, que resseca as vias aéreas
• Refluxo gastresofágico
• Contato com pessoas gripadas ou resfriadas
• Contato com substâncias que despertam reações alérgicas

BRONQUITE AGUDA

Para começar o tratamento, é importante eliminar o cigarro (caso o doente


seja tabagista), e repousar para evitar respirar em ambientes de gás tóxico e
poluição. Para quem já tem a doença há um tempo considerável, deixar o fumo não
vai fazer com que a doença regrida, mas desacelerará o seu avanço.
Agentes Mucolíticos e Fluidificantes diminuem a viscosidade do catarro e
assim evitam que com a secagem da secreção forme obstruções nos brônquios.
Com a diminuição da viscosidade da secreção, as vias respiratórias ficam menos
congestionadas, e assim há uma melhora significante da respiração.
Exercícios da terapia de reabilitação
A oxigenoterapia, quando necessária, também pode melhorar os sintomas.
Corticoides (medicamentos utilizados para controlar a inflamação) minimizam
os sintomas.
Antibioticoterapia, quando resultam de uma infecção bacteriana nos
brônquios.
Broncodilatadores melhoram o fluxo de ar nesta doença, aliviando a falta de
ar e a sibilância.
BRONQUITE CRÔNICA

A bronquite crônica é uma inflamação dos brônquios pulmonares, local por


onde o ar passa dentro do pulmão, que persiste por mais de 3 meses, mesmo com o
tratamento aparentemente adequado. Esse tipo de bronquite é mais comum nos
fumantes e aumenta o risco de doenças como o enfisema pulmonar, por exemplo.
Os sintomas da bronquite crônica normalmente duram mais de 3 meses e o
principal sintoma é a tosse com muco. A bronquite crônica tem cura quando as
orientações do médico são respeitadas e a pessoa realiza o tratamento
corretamente. O tratamento recomendado para esta patologia é:

• Fisioterapia respiratória
• Oxigenioterapia
• Uso de bronco dilatador
• Uso de corticoides de inalados
• Medidas gerais
• Deixar de fumar
• Evitar os bem tóxicos
• Exposição ao frio
• Praticar exercícios físicos
• Prevenir infecções respiratórias tomando vacina contra gripe

CUIDADOS DE ENFERMAGEM

• Estimular a tosse
• Anotar o conteúdo expelido
• Estimular exercícios de respiração profunda
• Estimular deambulação
• Manter decúbito elevado 30-45º
• Estimular ingesta hídrica, anotar a aceitação, registrar volume ingerido
e registrar qualquer ocorrência. Ex: engasgo.
• Observar desconforto respiratório e saturação de O², atenção para
valores < 86%,
• Manter ambiente arejado
• Administrar medicamentos prescritos.

A PREVENÇÃO

Como o tabagismo é um dos principais responsáveis pela bronquite, seja ela


aguda ou crônica, largar o cigarro de vez (ou evitar contato com a fumaceira).
Lavar as mãos com frequência, por sua vez, diminui o risco de levar vírus e
bactérias para as vias respiratórias. Para os alérgicos, além de manter distância das
substâncias que complicam as vias respiratórias, aconselha-se a hidratação nos
meses mais secos. E isso pode ser feito com inalação e soro fisiológico.
Ficar longe de inseticidas, spray de cabelo e outros itens que livra as vias
aéreas de outros fatores irritantes. Quem trabalha em ambiente infestado de poeira,
fumaça e gases, não pode abrir mão da proteção de máscara de proteção.
Tomar a vacina contra gripe fortalece as defesas e sendo principalmente
importante para pacientes com doença crônica nos pulmões.

Complicações possíveis de bronquite


Tanto a bronquite aguda quanto a crônica podem originar uma pneumonia. Se
você sofre de bronquite crônica, tem mais chances de apresentar infecções
respiratórias recorrentes. Também pode desenvolver:

Crises de chiado (broncoespasmo)


Evolução para DPOC
Enfisema
Insuficiência cardíaca no lado direito do coração
Hipertensão pulmonar.

CONCLUSÃO

Conclui-se que a bronquite é uma doença causadora de inúmeros processos


secundários e os problemas geradores de sofrimentos teciduais, até mesmo
pela incidência, principlamente na fase a infância. Geralmente não se esta belece
uma linha preventiva epecífica, como foi demonstrado, suas causas podem ser
inúmeras. Contudo as ações preventivas estabelecem sob cuidados e esposições
respiratórias.
Sendo assim este estudo nos proporcionou uma maior compreensão a
bronquite, bem como as suas possíveis causas, tratamentos e seus problemas
relacionados, além das necessidades em torno do indivíduo portador bronquite
crônica.
REFERÊNCIAS

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_respiratorias_cronicas.pdf
https://www.scielosp.org/article/rsp/2012.v46n1/16-25/
https://www.scielo.br/j/jbpneu/a/ND4J3VLYJsc8FXvLWZkjtFj/?format=pdf&lang=pt#:
~:text=A%20inflamação%20das%20vias%20aéreas,pulmonar%20obstrutiva%20crôn
ica%20(DPOC).
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/distúrbios-pulmonares-e-das-vias-
respiratórias/doença-pulmonar-obstrutiva-crônica-dpoc/doença-pulmonar-obstrutiva-
crônica-dpoc
https://www.tuasaude.com/bronquite-cronica/
https://www.programasaudefacil.com.br/posts/asma-e-bronquite-qual-a-diferenca
https://periodicos.set.edu.br/cadernobiologicas/article/view/8295/4196
BRUNNER, L. S.; SUDDARTH, D.S. Tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 6.ed.
Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 1990. v. 1 e 2.
http://www.jsncare.uff.br/index.php/jsncare/rt/printerFriendly/3114/787

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