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Infecções Respiratórias Agudas

- Processo infeccioso que acomete qualquer ponto do trato respiratório (desde a fossa nasal até os
alvéolos pulmonares).
- Na maior parte das vezes são condições autolimitadas (benignas) com duração de até 7 dias.
- Elevada incidência.
- Responsável por uma parcela significativa dos óbitos abaixo dos 5 anos (principalmente por
pneumonia).

 Resfriado Comum
- Infecção viral causando inflamação da mucosa nasal, seios paranasais e nasofaringe.
- Pode chamar de Rinite Viral Aguda (Mucosa nasal), Rinosinusite Viral Aguda (mucosa
nasal e dos seios paranasais), Nasofaringite/ Rinofaringite Viral Aguda (mucosa
nasofaríngea).
- Nos primeiros 5 anos de vida acontece de 6-8 vezes no ano.
- Principal agente é o Rinovírus (70%). Mais de 200 sorotipos diferentes.
- Outros agentes: Coronavírus, Influenza, Parainfluenza, Vírus Sincicial Respiratório.
- Clínica: coriza e obstrução nasal são os sintomas PRINCIPAIS.
- Primeiros dias com coriza hialina, após 3-4 dias a coriza é purulenta.
- Espirros, roncos (secreção nas vias aéreas superiores) – ausculta após a tosse se modifica.
- Dor de garganta, hiperemia de mucosa, tosse predominantemente noturna (por gotejamento
pós-nasal na hipofaringe). Pode ter febre, inclusive febre alta.
- TTO = antipirético (dipirona, paracetamol), NÃO PODE PRESCREVER AAS
- Se influenza ou varicela o uso de AAS aumenta o risco de Síndrome de Reye →
encefalopatia + disfunção hepática (alta mortalidade).
- TTO = LAVAGEM NASAL COM SORO FISIOLÓGICO (3 ml para lactentes e 5 ml para
lactentes maiores).
- TTO = 5 ml de mel antes de dormir (apenas para maiores de 1 ano) – bom para tosse.
- Não usar xaropes.
- Como evitar a doença? Lavagem das mãos.
- PRINCIPAL FORMA DE TRANSMISSÃO É O CONTATO DIRETO E NÃO A VIA
INALATÓRIA.

 Otite Média Aguda


- Complicação bacteriana mais comum do resfriado comum – 30% das crianças evoluem
com otite média.
- Infecção bacteriana com inflamação da orelha média.
- Fisiopatologia: disfunção tubária predispõe acúmulo de secreção na orelha média que
favorece a proliferação bacteriana. Tuba auditiva conecta orelha média à nasofaringe, assim
no resfriado comum há inflamação da tuba auditiva – disfunção. PODE HAVER
OTORREIA.
- Agentes. Streptococcus pneumoniae; Hemophilus influenzae (não tipável); Moraxella
catarrhalis (menos frequente).
- Mais comum em crianças menores de 2 anos – tuba auditiva mais horizontalizada.
- Otalgia (irritabilidade, choro), otorreia (quando tem otorreia a dor some), pode ter febre.
- DIAGNÓSTICO = OTOSCOPIA: opaca, hiperemiada, ABAULADA (sinal mais
específico). SE NÃO ESTIVER ABAULADA NÃO TEM OTITE MÉDIA.
- TTO = analgésico (NÃO PODE AAS), avaliar antibioticoterapia (pode ter resolução
espontânea do caso).
- Indicação de ATB → crianças menores de 6 meses; crianças entre 6 meses e 2 anos com
otite bilateral e/ou otorreia e/ou doença grave; crianças maiores de 2 anos com otorreia e/ou
doença grave.
- Doença grave = febre maior ou igual a 39°, dor moderada-intensa ou > 48h de doença.
- AMOXICILINA 40-50 mg/Kg/dia (por cerca de 7-10 dias).
- Mecanismos de resistência: hemófilo e moraxela – beta-lactamase; pneumococo – menor
afinidade da proteína ligadora de proteína. No primeiro caso associa clavulanato, no
segundo caso faz dose dobrada de amoxicilina.
- Quando usar dose dobrada: MENOR DE 2 ANOS, PERMANÊNCIA EM CRECHE E
USO RECENTE DE ANTIBIÓTICO (no último mês).
- Quando usar amoxicilina + clavulanato: FALHA TERAPÊUTICA (mantém sintomática
após 2-3 dias), OMA + CONJUNTIVITE (a causa é H. influenzae), USO RECENTE DE
ATB.
- Em caso de falha terapêutica e uso recente de ATB já faz amoxicilina dose dobrada +
clavulanato.

→ Otite Média Serosa/ Otite Média com Efusão: efusão sem inflamação; observação por 3
meses, se persistir precisa ser encaminhada para o otorrino avaliar colocação de tubo de
timpanostomia.

→ Mastoidite Aguda: inflamação do periósteo com sinais de inflamação retroauricular


(hiperemia, dor, edema). O edema causa apagamento do sulco retroauricular, deslocamento
do pavilhão. Sempre internar e usar ATB parenteral (ceftriaxona, amoxicilina+clavulanato).

 Sinusite Bacteriana Aguda (<30 dias)


- Assim como a OMA, pode ser uma complicação do resfriado comum.
- Na criança com menos de 5 anos, a sinusite acomete seios etmoidal e maxilar, não tem
formação ainda do seio frontal, por isso não há dor na região frontal.
- Não solicitar raio x.
- DIAGNÓSTICO É CLÍNICO:
1. Resfriado arrastado (≥ 10 dias):coriza abundante (purulenta) e tosse intensa (diurna e
noturna).
2. Quadro grave: ≥ 3 dias de febre alta e coriza mucopurulenta.
3. Quadro que piora (bifásico): criança estava melhorando e volta a piorar ou teve uma
piora súbita.
- QUANDO A CRIANÇA TEM UM DESSES CENÁRIOS VOCÊ ESTÁ AUTORIZADO A
ENTRAR COM ATB, POIS MUITO PROVAVELMENTE TEM COMPLICAÇÃO
BACTERIANA.
- Agentes causadores = OMA.
- TTO: Amoxicilina (manter por mais 7 dias após melhora).
► PARECE SINUSITE, MAS É UNILATERAL... É UM CORPO ESTRANHO NASAL.

 Faringite Aguda
- Dor de garganta é a principal queixa.
- Principais causas são virais.

→ Faringite Bacteriana
- Streptococcus beta hemolítico do grupo A (S. pyogenes).
- Na maioria das vezes evolui com melhora espontânea.
- MAS NÃO PODE DEIXAR A DOENÇA SEGUIR SEU CURSO NATURAL, POIS
AUMENTA O RISCO DE DSENVOLVER FEBRE REUMÁTICA.
- Clínica: frequente entre 5 e 15 anos; queixa inicial de febre, dor de garganta e
manifestações inespecíficas (dor abdominal, vômito), exsudato amigdaliano (secreção
purulenta e exsudato recobrindo a amigdala), petéquias no palato (reforçam a hipótese
bacteriana), adenopatia cervical (dor a palpação). NÃO TEM TOSSE, NÃO TEM CORIZA,
NÃO TEM MANIFESTAÇÃO CATARRAL.
- Nem toda faringite exsudativa é bacteriana e nem toda faringite estreptocócica é
exsudativa.
- CONFIRMAÇÃO BACTERIOLÓGICA (para quem parece ter faringite estreptocócica):
testes rápidos (alta especificidade) e cultura de orofaringe (padrão ouro - mais sensível).
- TTO: analgésico e antipirético, PENICILINA BENZATINA (dose única), ou 10 dias de
amoxicilina.
- COMPLICAÇÕES SUPURATIVAS:
1. Abscesso Periamigdaliano: quadro inicial de amigdalite que evolui para disfagia e
SIALORREIA (marcador de disfagia grave), trismo (não consegue abrir a boca,
espasmo do pterigoide), desvio da úvula. DRENAGEM E ATB ORAL →
CLINDAMICINA.
2. Abscesso Retrofaríngeo: em crianças menores de 5 anos o espaço retrofaríngeo é
ocupado por gânglios (drena para lá e pode evoluir com abscesso). Quadro inicial de
IVAS que evolui com febre alta, odinofagia, disfagia, sialorreia e DOR À
MOBILIZAÇÃO DO PESCOÇO (diagnóstico diferencial de torcicolo na infância).
INTERNAR E ATB PARENTERAL.

→ Faringites Virais

1. FEBRE FARINGOCONJUNTIVAL
- Adenovírus.
- Faringite + conjuntivite + adenomegalia pré-auricular.

2. HERPANGINA
- Coxsackie A.
- Lactente ou pré-escolar com odinofagia, febre alta e ÚLCERAS E VESÍCULAS na
região posterior da cavidade oral.

3. MONONUCLEOSE INFECCIOSA
- Epstein-Barr.
- Faringite exsudativa com linfadenopatia generalizada (inclusive com
ESPLENOMEGALIA). SE PRESCREVER ATB 90% VAI TER EXANTEMA.
 DOENÇAS PERIGLÓTICAS
- Podem cursar com ESTRIDOR, essencialmente quando acomete laringe e regiões
adjacentes ao orifício glótico. Predominantemente INSPIRATÓRIO.

1. EPIGLOTITE AGUDA
- Infecção bacteriana (não ligada a pródromo catarral) da mucosa que reveste a
epiglote e dos tecidos adjacentes.
- Epiglote pode não se movimentar mais → obstrução de via aérea (morte).
- Hemophilus influenzae tipo B.
- Olhar a situação vacinal do paciente.
- Clínica: início agudo, evolução rápida, febre alta, toxemia (estado geral
comprometido), dor de garganta, disfagia, sialorreia, dificuldade respiratória,
estridor, adota POSIÇÃO DO TRIPÉ (hiperextensão cervical e língua para fora).

- TTO: CONDUTA IMEDIATA É ESTABELECER VIA AÉREA, enquanto isso


deixar a criança quieta e oferecer oxigênio. Não tentar visualizar a orofaringe. Não
solicitar exames.
- No Rx pode visualizar epiglote edemasiada (SINAL DO POLEGAR) – mas não
solicitar.
- Após estabelecer via aérea realizar suporte e ATB (ceftriaxona/amoxicilina +
clavulanato).
- QUEM INTUBA É A PESSOA MAIS EXPERIENTE DO PLANTÃO.

2. LARINGOTRAQUEÍTE VIRAL AGUDA


- Pode ter Laringite, Laringotraqueíte ou Laringotraqueobronquite. A mesma mucosa
da laringe se estende até os brônquios.
- Vírus Parainfluenza.
- Outros vírus: adenovírus, vírus sincicial respiratório, influenza.
- Clínica: pródromo catarral, mudança no timbre da tosse (fica mais METÁLICA,
tosse de cachorro), afonia e ROUQUIDÃO (acomete região infra glótica) e estridor.
- CRUPE= tosse metálica + afonia/rouquidão + estridor.
- DIAGNÓSTICO: RX cervical – estreitamento da região infra glótica (SINAL DA
TORRE/PONTA DO LÁPIS). Mas o diagnóstico é CLÍNICO.
- TTO:
 Com estridor em repouso (GRAVE): NEBULIZAÇÃO COM
ADRENALINA (0,5 ml/Kg, com máximo de 5 ml, não precisa diluir) +
corticoide (Dexametasona VO ou IM). Manter em observação por até 2-4h
após a nebulização.
 Sem estridor em repouso: Apenas corticoide.
- Complicações : TRAQUEÍTE BACTERIANA – quadro inicial de
laringotraqueíte viral evoluindo com complicação bacteriana por S. aureus. Secreção
purulenta presente na luz traqueal. NÃO MELHORA COM ADRENALINA,
INTERNAR, INTUBAR E FAZER ATB.

 INFECÇÕES DAS VIAS AÉREAS INFERIORES


- MARCADOR CLÍNICO = TAQUIPNEIA

- Precisa contar durante 1 minuto completo, não pode multiplicar.


- Pode contar dois intervalos de 30 segundos e somar.
- O FATO DE TER FEBRE PODE AUMENTAR A FR, o ideal é normalizar a
temperatura (antipirético) antes de avaliar a FR.
- CUIDADO: TAMBÉM HÁ TAQUIPNEIA NAS DOENÇAS PERIGLÓTICAS, o que
diferencia é a presença de estridor.

 PNEUMONIA BACTERIANA
- Em crianças menores de 5 anos, exceto no período neonatal, a MAIOR
FREQUÊNCIA É VIRAL.
- Agentes variam conforme a idade da criança.
- < 1-2 meses: S. agalactiae (grupo B), gram-negativos entéricos (E. coli).
- > 1-2 meses: S. pneumoniae, Staphylococcus aureus (pneumonia grave com
complicações – derrame pleural – e porta de entrada, ex. foco infeccioso cutâneo,
disseminação hematogênica).
- QUADRO CLÍNICO: pródromos catarrais evoluindo para febre alta e tosse
(contínua), SINAIS CLÁSSICOS (estertores inspiratórios, aumento do frêmito
toracovocal, macicez, broncofonia, pectoriloquia afônica).
- Mesmo com AUSCULTA LIMPA, se tem essa história + TAQUIPNEIA =
PNEUMONIA.
- SINAIS DE GRAVIDADE: TIRAGEM SUBCOSTAL, ALETEO NASAL,
GEMÊNCIA (som expiratório da passagem de som por uma glote contraída).
- Avaliação Complementar: RX não é obrigatório, o diagnóstico é CLÍNICO.
- Indicar RX nas hospitalizações, pode evidenciar área de consolidação,
aerobroncograma, pneumonia redonda, complicações.
- Complicações:
a. Derrame pleural: velamento de seio costofrênico, pneumonia complicada
com derrame ainda pensa no pneumococo como mais comum.
b. Pneumatocele: imagem cavitaria com parede fina, no caso de presente,
PENSAR EM ESTÁFILO.
c. Abscesso pulmonar: imagem cavitaria com parede grossa e nível hidroaéreo,
CONSIDERAR ESTÁFILO E ANAERÓBIO. Anaeróbio em crianças com
predisposição á broncoaspirar.

- OBSERVAÇÃO: nos dois primeiros anos de vida o timo pode ser bem visualizado
no RX de tórax (SINAL DO BARCO À VELA).
- QUANDO INTERNAR? Criança < 2 meses; comprometimento respiratório
(tiragem subcostal, saturação < 92%); grave comprometimento do estado geral
(letargia, torpor, incapaz de beber líquidos, vomita tudo que ingere); criança com
doença de base (cardiopatias congênitas, imunodepressão); crianças com
complicações radiológicas.
- TTO
a) Ambulatorial
- < 2 meses: SEMPRE INTERNAR.
- > 2 meses: Amoxicilina VO (5-10 dias). REAVALIAÇÃO EM ATÉ 48H.

b) Hospitalar
- < 2 meses: Ampicilina e Gentamicina (aminoglicosídeo).
- > 2 meses: Penicilina Cristalina IV.
- Pneumonia muito grave = OXACILINA (estáfilo) + CEFTRIAXONA
(pneumo, hemophilus, gram negativos).

- Criança bem, afebril por 48h, pode alterar tratamento para casa.
- DERRAME PLEURAL: diferenciar se é exsudato inflamatório ou é um empiema.
EMPIEMA PRECISA DRENAR.
- Se falha terapêutica após 48-72h PRECISA RADIOGRAFAR para saber se tem
derrame. Se derrame FAZ TORACOCENTESE. Se empiema (purulento, pH <7,2,
glicose < 40, presença de bactérias) INDICAR DRENAGEM E MANTER O
ESUQEMA DE ATB.
- Se falha terapêutica sem derrame ou derrame de exsudato é resistência bacteriana,
TROCA ANTIBIÓTICO.

 PNEUMONIAS ATÍPICAS
- Quadro insidioso/arrastado (7-10 dias).
- Manifestações extrapulmonares (conjuntivite, odinofagia etc.).
- Não melhoram com Penicilina.
- FORMAS CLÍNICAS
a) Pneumonia Atípica: Mycoplasma (mais frequente a partir dos 5 anos).
b) Pneumonia Afebril do Lactente:
- Chlamydia trachomatis.
- Parto vaginal – colonização conjuntiva e da nasofaringe.
- Conjuntivite neonatal, ao final da primeira semana de vida.
- Pneumonia que aparece entre 1 e 3 meses de vida.
- Quadro arrastado e afebril.
- Tosse e taquipneia.
- Eosinofilia e infiltrado intersticial.
- TTO= Macrolídeos.
- Uso de eritromicina no período neonatal favorece Estenose Hipertrófica do
Piloro (vômitos não biliosos, tumoração abdominal, após uso de
eritromicina).
 BRONQUIOLITE VIRAL AGUDA
- A fisiopatologia da pneumonia viral é diferente da bacteriana. Na bacteriana é
aspiração da bactéria, na viral obrigatoriamente se o alvéolo está contaminado o
brônquio também está. Nas crianças menores de 2 anos o componente que chama
mais atenção na pneumonia viral é a inflamação dos brônquios que são pouco
calibrosos, por isso pneumonia viral antes dos 2 anos se chama bronquiolite.
- Vírus Sincicial Respiratório.
- < 2 anos de idade.
- Pródromos catarrais.
- Pode ter febre, tosse.
- Taquipneia.
- SIBILÂNCIA – ruído expiratório que indica obstrução das pequenas vias aéreas.
- Vários episódios passam a sugerir que pode ter Asma.
- Rx de tórax: hiper insuflação (costelas retificadas), atelectasia.
- DIAGNÓSTICO CLÍNICO.
- QUANDO INTERNAR? Crianças < 2 meses; sat <92%; alteração do nível de
consciência, desidratação, ingesta inadequada, cianose, gemência, desconforto
respiratório grave.
- TTO HOSPITALAR: oxigenoterapia se sat < 90/92% (catéter nasal de alto fluxo);
hidratação venosa se necessário (solução isotônica); avaliar nebulização com solução
hipertônica (NaCl 3%).
- NÃO INDICAR: beta 2 agonistas, corticoides, fisioterapia respiratória.
- PREVENÇÃO: Palivizumabe – anticorpo monoclonal para o VSR – crianças de
maior risco para formas graves de BVA. Uma dose mensal durante 5 meses. Criança
menor de 1 ano prematura com menos de 29 semanas; criança menor de 2 anos com
cardiopatia congênita com repercussão hemodinâmica ou doença pulmonar da
prematuridade que recebeu tratamento nos últimos seis meses; criança menor de 6
meses que nasceram entre 29 e 32 semanas.

 COQUELUCHE
- Bordetella pertussis.
- Primeira fase (Catarral)
- Segunda fase (Paroxística): acessos de tosse + guincho (ruído respiratório
relacionado com inspiração profundo) – criança pode vomitar no acesso de tosse.
- Terceira fase (Convalescência)
- NOS MENORES DE 3 MESES: não tem as fases bem definidas, ela tem APNEIA
E CIANOSE.
- Leucocitose com linfocitose.
- TTO: AZITROMICINA.
 LACTENTE SIBILANTE/ BEBÊ CHIADOR
- Criança < 2 anos com 3 episódios de sibilância durante 1 ano.
- Fisiopatologia predisponente: bronquíolo pequeno, diafragma mais horizontalizado,
maior predisposição à atopia.
- Fatores de risco: histórico familiar de asma, tabagismo materno,
prematuridade/baixo peso ao nascer, exposição precoce a vírus/poeira, ausência de
aleitamento materno, exposição à alérgenos alimentares.
- Esse bebê vai virar asmático? 1 critério maior ou 2 critérios maiores – 76% de
ser asmático no futuro.
- ASMA só dá diagnóstico a partir de 3 anos, na verdade 6 anos, mais certamente.
- Critérios maiores: dermatite atópica, história parental de asma (pai ou mãe).
- Critérios menores: eosinofilia (>4%), sibilância na ausência de IVAS, rinite
alérgica.
- Diagnóstico diferencial: asma, alergia alimentar, fibrose cística, infecções
agudas/crônicas, DRGE.
- TTO: CORTICOIDE INALATÓRIO + ANTILEUCOTRIENOS (montelucaste de
sódio).

 RINITE ALÉRGICA
- Definição de ATOPIA – reação desmedida IgE mediada.
- Diagnóstico Clínico (trifásico): aguda precoce (até 3h após contato com antígeno),
aguda tardia (até 1 dia após), crônica (remodelamento brônquico, alterações
cutâneas).
- Diagnóstico Laboratorial: eosinofilia, IgE total e específicos (ácaro, barata, pelo de
animal e fungo), teste cutâneo (não orientado para menores de 1 ano).
- RINITE ALÉRGICA/CLÍNICA: rinorreia, obstrução com prurido nasal, espirros
em salvas.
- É mais comum ter IVAS recorrentes do que se tratar de hiper responsividade.
- QUANDO PENSAR? Rinorreia hialina que piora ao longo do dia, prurido nasal.
- Classificação quanto a duração: Sazonal/Intermitente, Perene/Persistente (4 dias na
semana por 4 semanas), Mista.
- Classificação quanto a intensidade: Leve, Moderada-Grave (interfere no sono e nas
atividades diárias).
- Rinoscopia anterior + nasofibroscópio: mucosa pálida, pólipo nasal.
- TTO:
a) Lavagem nasal com SF
b) Anti-histamínicos e Corticoides tópicos (melhora após 2 semanas de
tratamento apenas). Essa combinação é a mais usada.
c) Corticoide sistêmico: caso não responda.
d) Antileucotrienos: excelente droga quando tem combinação de rinite e asma.
e) Descongestionante tópico/sistêmico: EVITAR – PASSA PELA BHE.
f) Imunoterapia: não faz para menores de 5 anos.
- Complicações: sinusite bacteriana aguda/ crônica; polipose nasal; hipertrofia de
adenoide e amígdalas; associação com asma.

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