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UNIDADE CURRICULAR

Enfermagem Saúde da Criança e Jovem

Cuidados de Enfermagem na área médico-


cirúrgica; em situações de urgência e com
necessidades específicas

NOME DO DOCENTE
Anabela Pereira
afpereira@esscvpaltotamega.pt

DATA Setembro/Outubro_2023

HUMANIDADE . IMPARCIALIDADE . NEUTRALIDADE . INDEPÊNDENCIA . VOLUNTARIADO . UNIDADE . UNIVERSALIDADE


Sumário

1. Particularidades da criança/jovem

2. Situações de urgência:
- reconhecimento da criança gravemente doente
- febre
- convulsão/convulsão febril/estado mal epilético
Título dodiarreia
- vómitos, trabalho
e desidratação
- problemas respiratórios
- infeção do trato urinário
- diabetes inaugural/cetoacidose diabética
- intoxicações
- queimaduras
- ALTE
- anafilaxia

3. Suporte Básico de Vida Pediátrico


2. Situações de urgência: problemas respiratórios

As infeções das vias aéreas superiores (IVAS) constituem uma


das principais doenças nas crianças e um dos principais motivos
de consulta em ambulatório.
80-90% das doenças respiratórias são causadas por infeções das VAS:
70-80% de etiologia vírica
20-30% de etiologia bacteriana

Rinofaringite
Adenoidite aguda
Faringo-amigdalite aguda
Sinusite aguda
Otite Média Aguda
Laringotraqueobronquite
80-90% das doenças respiratórias são causadas por infeções das VAS:
70-80% de etiologia vírica
20-30% de etiologia bacteriana

O vírus sincicial respiratório


(VSR) é responsável por
mais de 50% dos casos

90% das crianças são


infectadas por VSR nos
primeiros 2 anos

Outros agentes: parainfluenza, adenovírus, influenza,


metapneumovírus, mycoplasma
Estima-se que uma criança em idade pré-escolar sofra
aproximadamente 6 a 8 episódios de IVAS durante um ano,
particularmente nos casos de maior exposição
(frequência de infantários, famílias numerosas, etc).
O leque das manifestações clínicas respiratórias é grande

A abordagem ao lactente/criança com SDR é prioritária.


Necessário antecipação e reconhecimento dos problemas
respiratórios para promover
as medidas terapêuticas de suporte.
Gemido

- Movimento expiratório

- Causado pela oclusão prematura da epiglote durante


a expiração, tentando assim preservar ou mesmo
aumentar a capacidade funcional residual.

Pieira

Som tipo assobio expiratório


Causada pela inflamação dos bronquíolos
Estridor

- Movimento inspiratório

- Sinal de obstrução das vias aéreas superiores,


ocorrendo em qualquer ponto desde o espaço
supraglótico até à traqueia.

Sibilância

- Movimento expiratório

- Sinal de obstrução das vias aéreas inferiores


nomeadamente nos brônquios e bronquíolos.
Ex.: bronquiolite e asma
Cianose

Sinal tardio de falência respiratória

Gargarejo

Obstrução da VAS por secreções

Rinorreia

Escorrência de secreções pelo nariz

Adejo nasal

- Movimento inspiratório
- Alargamento das narinas
Retração torácica subcostal

Retração do abdómen, imediatamente abaixo da grade costal

Retração torácica subesternal

Retração do abdómen, abaixo do esterno

Retração intercostal

Retração entre as costelas


Retração supraclavicular

Retração no pescoço, imediatamente acima da clavícula

Retração supraesternal

Retração no tórax, imediatamente acima do esterno

Retração esternal

Retração no esterno em direção à coluna vertebral


Balançar da cabeça

Inspiração: elevação do queixo e extensão do pescoço


Expiração: queda do queixo para a frente

Respiração abdominal

Inspiração: retração do tórax e expansão abdominal


Expiração: expansão do tórax e retração abdominal
Bronquiolite

Manifestações clínicas:

• febre
• rinorreia
• tosse
• sibilância, crepitações
• taquipneia
• dificuldade respiratória manifestada por gemido, adejo
nasal, tiragem intercostal, subcostal ou supraclavicular,
balanço toracoabdominal, balanço cefálico
Bronquiolite

Estadios de gravidade clínica


Tosse

A tosse é um mecanismo normal de defesa para eliminar o


excesso de muco ou de material estranho aspirado.

Nas crianças, a tosse é muito comum e, na sua maioria,


acompanha as infeções respiratórias.

Relativamente à qualidade (“tipo”), a tosse pode ser


classificada em: seca ou produtiva.

Pode ser classificada em relação à sua duração em: aguda


(menos de 3 semanas), subaguda ou aguda prolongada (entre
3 a 8 semanas), crónica (mais de 8 semanas) e recorrente (pelo
menos 2 episódios/ano, com duração de 7-14 dias e semIVAS)
Tosse
Tosse

A etiologia da tosse é muito variada, sendo importante o


diagnóstico da causa subjacente.
A maioria das crianças com tosse têm provavelmente
uma infecção respiratória vírica.

Na tosse de provável etiologia vírica não há indicação para a


realização de exames auxiliares de diagnóstico.

RX tórax se: existem sinais de atingimento das vias aéreas


inferiores ou tosse de agravamento progressivo.

Se suspeita de corpo estranho: realização de broncoscopia


Tosse
Intervenções de enfermagem:

- Higiene nasal com SF (antes das mamadas/sos)


- Avaliar SV
- Monitorizar de forma contínua SpO2 e FC
- Administrar oxigenoterapia para SpO2>95%
- Elevar cabeceira da cama/posicionamento da criança
- Fracionamento das refeições
- Incentivar liquidos
- Executar inaloterapia/câmara expansora (broncodilatadores/adrenalina/SF)
- Inserir cateter venoso periférico/fluidoterapia EV
- Administrar corticoesteróides (EV/PO)
Intervenções de enfermagem:

- Realizar colheita de sangue (Hemograma + Bioquímica)


- Realizar colheita de secreções (pesquisa de vírus/microbiologia)
- Realizar gasimetria arterial
- Orientar para a realização de RX Tórax
- Vigiar/aspirar secreções antes das refeições/SOS
- Vigiar SDR/cianose labial/perilabial/prostação/tiragem/adejo
nasal/estridor/tosse laríngea
- Vigiar sonolência (↑sonolência ↑gravidade)
- Lactentes: manutenção do aleitamento materno
- Ensinos
- Registos
Intervenções de enfermagem:

Nebulização com Adrenalina + 3ml SF

Estridor Laríngeo
Otite Média Aguda (OMA)

Infeção do ouvido médio de início súbito e de curta duração


Complicação: mastoidite
Tratamento: amoxiciclina PO

Principal factor predisponente: Infeção Respiratória Alta

Incidência: 6 meses - 1 ano

Ensinos aos pais: higiene nasal com SF

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