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FACULDADE INSPIRAR- UNIDADE JOÃO PESSOA

PÓS GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA INTENSIVA ADULTO, PEDIÁTRICA


E NEONATAL
MÓDULO AVALIAÇÃO E MONITORIZAÇÃO DO PACIENTE PEDIÁTRICO E
NEONATAL
PROF. KENNEDY CRISTIAN ALVES
MESTRE EM CIÊNCIAS DA REABILITAÇÃO
ESPECIALISTA EM TERAPIA INTENSIVA ADULTO , NEONATAL E
PEDIÁTRICO
DOCENTE UNIVERSITÁRIO

Kenny.fisio@gmail.com

@Kennedycalves
ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO
NEONATAL E PEDIÁTRICA
SISTEMA RESPIRATÓRIO
DESENVOLVIMENTO E CRESCIMENTO
PULMONAR
 O sucesso no processo de adaptação imediata à vida extra-uterina, depende da presença
de uma função pulmonar adequada, que inclui a maturação morfológica, fisiológica e
bioquímica do parênquima pulmonar.
1º FASE PERÍODO EMBRIONÁRIO

 4º - 7º semana
 Sulco laringotraqueal
 Brotos pulmonares
 6 º sem. Distinção de dois pulmões
 Brônquios segmentares
2º FASE- PSEUDOGRANDULAR

 7º - 16º semana
 VAs condutoras
 Bronquíolos terminais
 Início da diferenciação do epitélio
 Vasculogênese – veias e artérias pré -acinares
 Diafragma
3º FASE-CANULAR
 16º - 26º semana
 VAs pré-acinares aumentam de tamanho
 Proliferação de vasos sanguíneos
 Inicio de formação ácino
 Pneumócito tipo I e II ( 20 a 22 semanas )
 Aproximação de capilares com epitélio

1- Pneumócito tipo I
2- Pneumócito tipo II
3- Capilares
4º FASE-SACULAR
 27º - 35º semana
 Formação de sáculos
 Aumento da interface ar-líquilo
 Maturação do sistema produtor de surfactante
5º FASE- ALVEOLAR
 35º semana a 8º ano de vida
 Alvéolos formação quase que completa
 Aumento da superfície pulmonar

1. DUCTO ALVEOLAR
2. SEPTO PRIMÁRIO
3. SACO ALVEOLAR
4. PNEUMÓCITO TIPO I
5- PNEUMÓCITO TIPO II
6- CAPILARES
DIFERENÇAS ANATÔMICAS
 Crianças de 3-4 meses de idade podem alimentar-se e respirar simultaneamente.

 Laringe mais alta ao nascimento, faz com que a epiglote fique próxima ao véu
palatino contribuindo para que o RN seja respirador nasal.

 Tecido linfático (amígdalas e adenóide) podem estar aumentada, e a língua é


relativamente grande, o que pode contribuir para obstrução das vias superiores.
DIFERENÇAS ANATÔMICAS
 Menor diâmetro das vias aéreas, o que oferece maior resistência ao fluxo aéreo;
 Menor quantidade de alvéolos;
 Estrutura da parede brônquica tema cartilagem menos firme, o que predispõe a
obstrução e colapso;
 Ao canais de comunicação entre os alvéolos (poros de kohn) e os bronquíolos (
canais de lambert) não estão completos até os 2 anos.
DIFERENÇAS ANATÔMICAS

 Costelas posicionadas horizontalmente, não existe movimentos em alça de balde;

 O ângulo horizontal de inserção do diafragma combinado coma complacência


cartilaginosa da caixa torácica, significa ventilação menos eficiente e maior gasto
energético e maior trabalho muscular.
DIFERENÇAS ANATÔMICAS

 O coração e outros órgãos são relativamente grandes, dando menos espaço para o tecido
pulmonar;

 A tuba auditiva apresenta < comprimento, esta posicionado de forma mais horizontal e seu
lúmen mais estreito favorecem as infecções de ouvido e sinusites.
DIFERENÇAS ANATÔMICAS

 Fibras tipo I, mais resistente e de alta oxidação estão em < quantidade, sendo
compensado pelo aumento da FR;

 O diafragma do neonato composto por 25% de fibras tipo I, do pré-termo 10% e


adulto(50%)
DIFERENÇAS FISIOLÓGICAS

 Nos lactentes as diferenças anatômicas da caixa torácica não permite aumentar o volume
pulmonar, como no adulto, por isso em dificuldades respiratórias, ocorre aumento da FR ao
invés de aprofundá-las;

 O neo tem aproximadamente 80% do sono REM( adulto 20%), durante este sono ocorre
diminuição do tônus muscular o que causa diminuição na CRF e aumento do trabalho
respiratório.
DIFERENÇAS FISIOLÓGICAS
 Crianças tem maior índice metabólico ao repouso e maior demanda de oxigênio, o que pode
mais facilmente causar hipóxia;

 Hipoxemia causa bradicardia na criança e no adulto causa taquicardia;

 Ventilam preferencialmente regiões superiores do pulmão ao invés de regiões inferiores como


no adulto.
AVALIAÇÃO E SEMIOLOGIA NEONATAL E
PEDIÁTRICA
CLASSIFICAÇÃO DO RECÉM NASCIDO
 RN pré-termo: < 37 semanas de gestação
 RNPT tardio: 34-36 s
 RNPT moderado: 30-34 s
 RNPT extremo: < 29s
 RNT: 37-42 semanas de gestação
 RN pós-termo: ≥ 42 semanas de gestação
CURVA DE LUBCHENCO
 Para avaliar a adequação do crescimento intra-uterino, utiliza-se a curva de Lubchenco
(1967).
 Essa curva cruza informações do peso ao nascimento com a idade gestacional e classifica o
RN como :
 AIG (adequado para a idade gestacional);
 PIG (pequeno para a idade gestacional) ;
 GIG (grande para a idade gestacional)
 O que possibilita o encaminhamento adequado para os possíveis riscos relacionados às
alterações do crescimento extra-uterino.
 AIG: entre os percentis 10 e 90;
 PIG: abaixo do percentil 10;
 GIG: acima do percentil 90.
 Exemplo 1 (RN, 31 semanas e 4 dias, peso 1610g.)
 Exemplo 2 (RN, 40 semanas, peso 2000g.)
FREQUÊNCIA CARDÍACA
VALORES NORMAIS DE ACORDO COM A IDADE

 FC (bpm)
 RNPT 120-140
 RN a termo 100-140
 1-4 anos 80-120
 Adolescentes 60-80
FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA

VALORES NORMAIS DE ACORDO COM A IDADE


 FR (rpm)
 RNPT 40-60
 RN a termo 30-50
 1-4 anos 25-30
 Adolescentes 15-20
Nomenclaturas Respiratórias
 Eupneico
 Apneico
 Taquipneico
 Bradipneico
 Dispneico
 RNPT: Pausas (< 20s) sem repercussão clinica
 Até os 3 meses (<10s)
 6 mês: ausentes
APGAR
OBSERVAÇÃO DO
PACIENTE NO LEITO

 Respiração espontânea
 Ar ambiente
 Oxigênio suplementar
 Interface e FiO2
 Ventilação não invasiva
 Ventilação invasiva
 Interface, modalidade e parâmetros
 Pressão de cuff, ( pediátrico ) posicionamento de cânula traqueal.
TÓRAX

 Predominância de fibras do tipo II diafragmáticas;


 Fadiga muscular;
 A imaturidade da musculatura abdominal não favorece a tosse ;
 Vias aéreas mais suscetíveis a obstrução pelo acumulo de secreção ;
 Complacência pulmonar diminuída.
 A respiração é predominantemente nasal até o 4º ao 6° mês de
vida, portanto, qualquer obstrução nasal pode resultar em uma
elevada resistência à passagem do ar e desconforto respiratório,
que, muitas vezes, é acompanhado de cianose e dispneia.

 A superfície alveolar da criança é bem menor do que a do adulto.


Aproximadamente, de 80 a 85% dos alvéolos se formam após o
nascimento, e os 20 milhões de sacos alveolares presentes no
nascimento aumentam para cerca de 300 milhões até os 8 anos de
idade.
Três Pilares

ANAMNESE

EXAMES
COMPLEMENTARES EXAME FÍSICO
ANAMNESE

Prontuário
 Identificação

 HDA

 Antecedentes Familiares
Exame Físico

 Inspeção Estática- Observação do paciente beira leito.


 Coloração da pele ;
 Acianótica/Cianótico;
 Anictérica/Ictérica;
 Afebril/Febril;
 Presença de cicatrizes;
 Edema;
 Atrofias musculares;
 Alterações ósseas e articulares. .
Inspeção Estática

 Tórax
Tórax Globoso ou em Tonel

 Aumento do diâmetro anteroposterior ;

 Relação insp./exp. 1:1 ;

 Uso de Musc. Acessória na maioria das vezes;

 Obstrução crônica do fluxo aéreo .


Cifoescoliose Torácica

 Natureza idiopática;

 Doenças congênitas ( distrofias musculares ) ;

 Distúrbio restritivo.
Tórax Cariniforme

 Peito de pombo

 Proeminência anormal do esterno

 Geralmente adquirido
 Asma grave da infância
 Esterno ainda frágil
Tórax Infundibiliforme

Peito escavado
 Depressão da região epigástrica;

 Processo xifoide mais posterior dos AC;

 Repuxamento excessivo das fibras anteriores do


Diafragma;
PRESENÇA DE DRENO TORÁCICO
 Comum em PO cirurgias pulmonares ou cardíacas.
 Drenagem de líquidos, como sangue (hemotórax), secreção purulenta (empiema
pleural), linfa ou derrame.
 Drenagem de ar (pneumotórax).
 Observar aspecto de liquido drenado, verificar a oscilação, manter posicionamento
adequado.
Inspeção Dinâmica

 Verificar movimentos torácicos abdominais.

 Expansibilidade torácica :
 Aumentada
 Reduzida
 Simétrica
 Assimétrica
Inspeção Dinâmica

 Padrão Respiratório :

 Pr: Torácica ou costal ou apical ;

 Diafragmática ou abdominal ;

 Paradoxal (Fadiga musc. ) ;

 Presentes em DPOC e asma graves, paralisia do diafragma .


Ritmos Respiratórios
 RESPIRAÇÃO DE CHEYNE STOKES

 Ritmos irregulares;

 Assimétricos;

 Seguidos de apneia;
 ICC, AVE, RNPT, IAM e
doenças neurológicas .
Respiração de kussmaul
 Caracterizado por inspirações e expirações profundas seguidas de pausa entre elas,
presentes em acidose (cetoacidose diabética) e IRC.
Respiração de Biot
 Conhecida também como respiração atáxica , apresentando ritmo irregular com
períodos de apnéia e variação do VC.

 Presentes em lesões de bulbo, HIC , meningites, hematomas extradurais e


coma.
Ausculta Pulmonar/Respiratória
Ausculta Pulmonar/Respiratória

 Os sons pulmonares são divididos e ruído fisiológico conhecido como murmúrio


vesicular, e ruídos patológicos também conhecidos de ruídos adventícios. São eles
roncos, sibilos e estertores crepitantes(finos, grossos, bolhosos) e atrito pleural.

 Simetria na ausculta;
 Complementar
SP FISIOLÓGICO
SIBILOS
Roncos
ESTERTORES CREPITANTES
RECURSOS USADOS NA PEDIATRIA
BABYPUFF
OBRIGADO!

@Kennedycalves

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