Você está na página 1de 212

Prof.

Paulo Roberto de Albuquerque


DDSR - UFRN
DIAGNÓSTICO CLÍNICO
 História Clínica

 ANAMNESE – sintomas cardinais da pneumologia : tosse,


dispneia, dor torácica
 Antecedentes – asma, tuberculose, COVID, colagenoses
 Hábitos de vida – tabagismo, cigarros eletrônicos;
acampamentos
 Exposição ocupacional- mofo, pássaros, sílica, asbesto,
algodão, etc
ANAMNESE

 Tosse: seca, cheia; periodicidade; frequência


 Aspectos da secreção: clara, purulenta, sanguinolenta
 Hemoptise: sangue vermelho vivo - não é hematêmese

 Dispneia: MRCm – intensidade da dispneia

 Dor torácica: tempo, intensidade, localização

 Sintomas gerais: febre, anorexia, perda de peso...


Diagnóstico clínico

 EXAME FÍSICO: inspeção ; palpação ; percussão e ausculta


pulmonar em busca de um diagnóstico sindrômico

 Exames físico geral- baqueteamento digital, alterações pele –


estigmas de doenças reumáticas ; cianose, circulação colateral,
edemas, etc

 Outros sinais de doenças sistêmicas associadas a


pneumopatias, tais como ...
Biotipo - padrões de DPOC

5
Fabricação artesanal de carvão vegetal
Quadro clínico
•Tosse
•Dispneia
•Creptos em
“velcro”
•baqueteamento
Fenômeno de Raynaud
DOENÇAS REUMÁTICAS
Bronquiectasias congênita e infecções
Pulmonares de repetição
Jovem com cianose; exposição
ocupacional a solventes e tintas
 Diagnóstico por Imagem
 Diagnóstico Funcional
 Diagnóstico Broncoscópico
 Diagnóstico Bacteriológico
 Diagnóstico Histopatológico
 Diagnóstico Imunológico
 Teste tuberculínico ( PPD )
 Diagnóstico por Imagem
 Diagnóstico Funcional
 Diagnóstico Broncoscópico
 Radiografia simples do tórax - PA/L
 Radiografia contrastada - desuso
 Tomografia Computadorizada do tórax
Alta resolução ( TCAR )
Angio-tomografia

 Ultrassonografia do tórax ( USG )


 Ressonância Eletromagnética ( RNM )
 Incidências:
PA : póstero-anterior
AP: ântero-posterior
Perfil: lateral ( L )
 Decúbito lateral com raios horizontais :“Lawrel”

 Ápico-lordótica -- desuso

 Oblíquas – ver costelas, etc


Radiografia de tórax - PA
Radiografia de tórax normal - Incidência póstero anterior

1 = traquéia

2 = clavícula

3 = arco aórtico

4 = espinha da escápula

5 = primeira costela

6 = costela posterior

7 = costela anterior

8 = artéria pulmonar direita

9 = artéria pulmonar esquerda


Radiografia de tórax normal - Incidência perfil

1 = corpo vertebral

2 = esterno

3 = artéria pulmonar direita

4 = artéria pulmonar esquerda

5 = aorta descendente

6 = aorta ascentente

7 = coração
Radiografia de tórax em PA/L
SÍNDROMES PULMONARES

 Consolidação
 Atelectasia
 Derrame pleural
 Pneumotórax
hiperaeração pulmonar – Enfisema Pulmonar
 Cavitações
 Doenças Intersticiais
SÍNDROME DE CONSOLIDAÇÃO

- Observa-se padrão acinar ou de preenchimento alveolar


e hipotransparência ao Rx com aero-broncograma

CAUSAS:
-- Pneumonias bacterianas
 Hemorragia alveolar
 Infarto pulmonar
 Neoplasias
 Dano alveolar difuso
Consolidação Lobar
Pneumonia Lobar
Consolidação Lobar
Consolidação Lobar
SEMIOLOGIA – sintomas
 Tosse cheia; expectoração purulenta ou
hemoptoicos ( raros )
 Síndrome Infecciosa: febre, adinamia,
inapetência
 APP – doenças alérgicas, infecções de
repetição
 HV – tabagismo, exposição ocupacional,
etc
Exame físico

 Inspeção : estática / dinâmica


 Palpação
 Percussão
 Ausculta
Semiologia pulmonar
 INSPEÇÃO
 Manobra de Rualt – expansibilidade
 PALPAÇÃO
 FTV
 PERCUSSÃO
 Som claro, maciço ou sub-maciço
 AUSCULTA
Hipotransparência LSD
Ausculta pulmonar
 Murmúrio Vesicular ( MV )
 Presente e simétrico

Sons brônquicos
roncos e sibilos – melodiosos e
contínuos
Ausculta pulmonar
 Sopro tubáreo – transmissão do ruído
traqueal quando há consolidação
 Pectorilóquia afônica
 Egofonia – voz caprina
 Estertores:
 Crepitantes – creptos: final da inspiração
 Bolhosos – sub-crepitantes; creptações grossas
: final da expiração
Hipotransparência ; aerobroncograma
Pneumonia Lobar
 Atelectasia:

indica redução do volume de um pulmão, lobo ou

segmento pulmonar, por causas diversas.

Ausência de ar na região comprometida; sem

aerobroncograma
Hipotransparência, sem aerobroncograma;
desvio mediastino p mesmo lado
Exame físico

 Inspeção : estática / dinâmica


 Palpação
 Percussão
 Ausculta
Broncoscopia: utlizada para
diagnóstico e coleta material
broncoscopia . rígida / flexível
BIÓPSIA BRÔNQUICA
carcinoma broncogênico
História de Tabagismo
Homem 70 anos; história de Tabagismo e
pneumonia recente; dor torácica e perda
de peso
Broncoscopia com lavado
bronco-alveolar

PESQUISA DE BAAR,
culturas p/ bactérias
CÉLULAS MALÍGNAS
CITOLÓGICO
SÍNDROME DE HIPER-AERAÇÃO
PULMONAR
hipertransparência pulmonar

 Pneumotórax
 Espontâneo – pac longilíneos
 Traumático – arma branca ou de fogo;
acidentes automotor
 Enfisema pulmonar

 DPOC
Hipertransparência; sem trama
HIPERTRANSPARÊNCIA; SEM TRAMA; DESVIO DO
MEDIASTINO
Exame físico

 Inspeção : estática / dinâmica


 Palpação
 Percussão
 Ausculta
DERRAME PLEURAL
 Derrame pleural:

 Acúmulo de líquido no espaço pleural, de causas


diversas, determinando compressão e desvio do
pulmão no sentido contralateral.
Exame físico

 Inspeção : estática / dinâmica


 Palpação
 Percussão
 Ausculta
Ultrassonografia do tórax
Toracocentese
PADRÃO DE CAVITAÇÃO

 Tuberculose

 Neoplasia

 Abscesso pulmonar

 Pneumonia necrostisante
TC – Cavitções lobo sup E
DIAGNÓSTICO CLÍNICO
 HISTÓRIA CLÍNICA

 ANAMNESE
 Antecedentes familiares
 Antecedentes pessoais
 Hábitos de vida; profissão

 EXAME FÍSICO
 EXAMES COMPLEMENTARES CABÍVEIS
Síndromes Intersticiais
DPI – doenças pulmonares intersticiais

 Pneumonites Intersticiais Agudas


 Fibrose Pulmonar Idiopática
 Doenças Fibrosantes Progressivas
 Pneumonites virais
 Tuberculose miliar
 Sarcoidose
 Silicose / ocupacionais
 Pneumonite de Hipersensibilidade - PH
 Bronquiolite Obliterante (BOOP)
 Linfangite carcinomatosa
Padrão miliar
Homem de 50 anos, dispneia progressiva; sem febre; trabalhou em
mineração por vários anos

SILICOSE
Pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico
Doenças ocupacionais
exposição ambiental
Tomografia computadorizada
Considerações técnicas Tomografia do Tórax
TC Multislice (CINE)

Aponte o celular

Download Artigo
BMJ 2015; 350:h2072 doi: 10.1136/bmj.h2072 (Published 7 May 2015)
Interstício Pulmonar

INTERSTICIO
INTERSTICIO
INTRALOBULAR
CENTRILOBULAR
SEPTOS
INTERLOBULARES

INTERSTICIO
INTERSTICIO PERIBRONCOVASCULA
R
PLEURAL
• Rede de tecidos conjuntivos que serve como sustentação para o pulmão
• Fica entre os alvéolos e os capilares pulmonares
• Possui 4 subdivisões
SEPTOS • Quando normal não é visualizado na TC de tórax
INTERLOBULARES

ABBAS, A.K.; KUMAR, V.; MITCHELL, R.N. Fundamentos de Patologia - Robbins & Cotran - 8ª ed., Elsevier/Medicina Nacionais, Rio de Janeiro, 2012.
Lóbulo pulmonar secundário
Tomografia computadorizada
avaliar vasos, parênquima,
mediastio e pleural
Padrão de Infiltrado difuso

 Pneumonites Intersticiais Agudas


 Fibrose Pulmonar Idiopática
 Pneumonites virais
 Tuberculose miliar
 Sarcoidose
 Pneumonite de Hipersensibilidade
 Bronquiolite Obliterante (BOOP)
 Linfangite carcinomatosa
DOENÇAS INTERSTICIAIS
PULMONARES
As DPIs formam um grupo de mais de 200 doenças,
a maioria das quais, raras
DPIs
Pneumonia intersticial
idiopática
DPI-DTCs
Pneumonite de
hipersensibilidade Sarcoidose Outras DPIs

Fibrose Pulmonar • Linfhangioleiomatose


Pneumonia Esclerose sistêmica
Idiopática • Histiocitose das células de
intersticial com Langerhans
características • DPI associada ao fármaco
Pneumonia intersticial autoimunes
idiopática não Artrite reumatoide • Outras DPIs
específica • DPIs de vasculite/granulomatose
• Outras DPIs raras
Bronquiolite respiratória Polimosite e • POS-COVID
doença pulmonar dermatomiosite
intersticial
Pneumonia intersticial Doença do tecido
linfoide idiopática conjuntivo mistoI
Pneumonia
intersticial descamativa
Fibroelastose pleuro Síndrome de
Pneumonia
parenquimatosa Sjögren As DPIs são um grupo heterogêneo
idiopática
organizadora de doenças que afetam o parênquima
criptogênica Lúpus eritematoso
IIPs não classificáveis sistêmico ILD pulmonar, com inflamação
Pneumonia intersticial
aguda Outras doenças do
generalizada e fibrose difusa
tecido conjuntivoI

Cottin V et al. Eur Respir Rev 2018;27:180076 1


1
5
Padrão miliar
Lesões fundamentais

I - Aumento da densidade

 Opacidades em vidro fosco


 Opacidades do tipo consolidação
 Opacidades micronodulares
 Opacidades reticulares
VIDRO FÔSCO BILATERAL; BASAL
Sinal do alvo
TC – vidro fôsco
consolidação
Lesões fundamentais

I - Aumento da densidade

 Opacidades em vidro fosco


 Opacidades do tipo consolidação
 Opacidades micronodulares
 Opacidades reticulares
Distribuição das doenças é a chave para compreensão
dos achados na TCAR
Etapas no diagnóstico pela TCAR
Distribuição da doença

PADRÃO
PERILINFÁTICO
Nódulos com Distribuição Perilinfática
Sarcoidose
TUBERCULOSE PRIMÁRIA
Preenchimento bronquiolar/vascular

com árvore em brotamento


(distribuição assimétrica)

 tuberculose
 bronquiectasias (sinusopatias)

 bronquiolites infecciosas

(broncopneumonias)
 bronquiolite respiratória

 neoplasias (microangiopatias)
Preenchimento Bronquiolar: Árvore em Brotamento

tuberculose
TC – Cavitções lobo sup E
Bola fúngica
Aspergiloma
Cavitações múltiplas
Opacidades Reticulares
Imagens lineares numerosas,
entrelaçadas, sugerindo malha ou rede
Sem Distorção do parenquima

Vidro fôsco
Opacidades Reticulares com Distorção
 FPI - espessamento septos com
Bronquiolectasias de tração e
faveolamento
Quadro clínico
•Tosse
•Dispneia
•Creptos em
“velcro”
•baqueteamento
PIU - Pneumonia Intersticial Usual
 Achados de TCAR:
 Sinais de fibrose
(faveolamento,
bronquiectasias de tração,
espessamento do interstício
intralobular, espessamento
irregular de septos,
interfaces irregulares)
 Opacidades VF (associadas
à fibrose)
 Predomínio periférico,
subpleural, regiões basais e
posteriores
Exposição a môfo/ pintura do barco;
cianose
32 anos, dispneia intensa e cianose;
mergulhador – exposição a tintas e solventes
Opacidades: vidro fosco/consolidação
TCAR - “pavimentação em mosaico”
TC – DERRAME PLEURAL
TC – derrame septado
Broncografia
TC - bronquiectasias
Sindrome de Kartagener
TC- Bronquiectasias
Angio – tomografia
26/06 Exames Complementares
Lesão expansiva
heterogênia,
lobulada, captante
de meio de
contraste, em seg.
ant. de lobo sup.
Esq. Medindo 82
x 74 mm,
c/extensão
mediastinal. Com
intima relação
com croça da
aorta e ramos
ascendente e
descendente da
aorta, tronco da
artéria pulmonar e
artéria pulmonar
principal à esq
c/sinais de
infiltração deste
vaso,com íntimo
contato com
brônquio-fonte e o
CASOS CLÍNICOS
Diagnóstico
Funcional
Diagnóstico Funcional
 Espirometria
Medida do ar que entra e sai dos pulmões

Spirare + metrum
Diagnóstico funcional
indicações da espirometria
 Diagnóstico e avaliação da gravidade de
diversas doenças pulmonares
 Avaliar progressão da doença
 Monitorizar a efetividade da terapêutica
 Avaliação pré-operatória
 Rastreamento de pessoas em risco de
adoecimento ( fumantes, exposição ocupacional
, etc)
 Avaliação da dispnéia e tosse crônica ( asma e
DPOC)

Consenso de espirometria, 2010


Volumes e capacidades
pulmonares
Traçado de Espirometria (VEF1)
Volume

VEF 1

Indivíduo Normal

Asmático (após broncodilatador)

Asmático (antes broncodilatador)

*Cada curva de VEF1 representa a


maior de três medidas repetidas 1 2 3 4 5
Tempo (segundos)

Global Initiative for asthma (GINA). WHO/NHLBI, 199


Asma
Brônquica
Padrão obstrutivo
Prova broncodilatadora
Padrões de DPOC

18
9
ESPIROMETRIA
Espirometria na DPOC

 Espirometria deve ser realizada em pac. fumantes


acima 45 apara detectar DPOC
 Fumantes com espirometria normal devem repetir o exame a
cada 3-5 anos
 Espirometria anormal é um forte preditor
de progressão rápida de DPOC
 Declínio anual do FEV1 em adultos não fumantes: 30ml/ano,
declínio superior a 50 ml/ano: anormal
ESPIROMETRIA - restritivo
ESPIROMETRIA - INTERPRETAÇÃO

 Distúrbio Obstrutivo:
 VEF1, VEF1/CVF reduzidos e CVF normal
 Redução de FEF 25-75 %
 Resposta ao broncodilatador
 Correlacionar com a clínica
ESPIROMETRIA - INTERPRETAÇÃO

 Distúrbio restritivo:

 VEF1, CVF reduzidos, mas com

Relação VEF1/CVF NORMAL


 Sem resposta ao BD
Gasometria arterial
Baqueteamento digital
dedos hipocráticos
Gasometria arterial

 Valores de referência: Ar ambiente

 pH: 7,35 a 7,45


 PaO2 : > 80 mm Hg
 PaCO2: 35 – 45 mm Hg
TCAR – espessamento septal e
faveolamnto
Nos alvéolos pulmonares o gás oxigênio do ar difunde-se para os capilares sangüíneos e penetra nas hemácias, onde se combina com a he
hematose).

Gasometria arterial- hipoxemia


Gasometria arterial

 Insuficiência Respiratória Aguda

 PaO2 < 60 mm Hg
 Relação PaO2/FiO2 < 300
 Quando < 200 IRpA grave
Equação de Henderson Hasselbach

HCO 3
-

pH = PK + Log
CO2
Gasometria arterial
 Alcalose: pH> 45
 Acidose : pH < 7,35
 Respiratória
 Respiratória  Diminuição CO2
 Aumento CO2
 Metabólica
 Metabólica  Aumento HCO3
 Diminuição HCO3
Obrigado !!!

Você também pode gostar