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RESPIRATÓRIA AGUDA
Dra. Gisele Limongeli Gurgueira
Coordenadora do Setor de Emergência Pediátrica
HSP – HU UNIFESP
Departamento de Pediatria EPM - UNIFESP
Insuficiência Respiratória aguda
Insuficiência Respiratória aguda
■ Identificação
– TSMF, feminina, 1ano e 3 meses de idade, natural e procedente
de São Paulo
■ Queixa e duração
– Febre, tosse e cansaço no peito, há 05 dias
Caso Clínico
■ História
– Mãe refere que há 05 dias, iniciou quadro súbito de febre (39º C),
com melhora parcial com uso de antipiréticos, associada a tosse
produtiva de expectoração amarelada e dificuldade respiratória.
Alimentando-se pouco.
■ Antecedentes pessoais
– Gestação: Sem intercorrências
– Parto normal, a termo, 3210 g, chorou ao nascer
– Vacinação em dia
– Sem doenças pregressas
Caso Clínico
■ Ao exame físico
– REG/MEG, pálido, hidratado, taquidispneico, afebril,
– choroso, irritado. Peso: 10 kg
– Orofaringe e Otoscopia : Sem achados significativos
– Aparelho Cardiovascular
■ BNF 2T, sem sopros, FC= 156
– Aparelho Respiratório
■ Retração subcostal e de fúrcula. MV + rude, com roncos, estertores crepitantes em hemitorax
direito. FR= 70
– Abdome
■ Plano, normotenso, indolor a palpação, ausência de visceromegalias, RHA+ e normais
– Extremidades
■ Perfusão periférica 2 seg, sem cianose, sem edema
■ Quais são as suspeitas diagnósticas principais????
CLASSIFICAÇÃO DA IRA
à TIPO I: PaO2 baixa e PaCO2 normal ou ê
Ventilação
Difusão
Perfusão
Capacidade
de transporte Incapacidade de
O2 captação de O2
pela célula
Principais causas de comprome5mento respiratório em crianças
DREPRESSÃO DO CENTRO RESPIRATÓRIO PATOLOGIAS OBSTRUTIVAS DE VIAS AÉREAS
Drogas (sedativos e anestésicos) Obstrução de vias aéreas superiores
Encefalopatia hipóxico isquêmica Laringite
Trauma cranioencefálico Epiglotite
Infecções (meningites, encefalites) Corpo estranho
Obstrução de vias aéreas inferiores
DOENÇAS NEUROMUSCULARES Asma
Síndrome de Guillian Barre Bronquiolite
Miastenia Gravis Corpo estranho
Compressão Extrínseca
DISTÚRBIOS METABÓLICOS
Hipofosfatemia PATOLOGIAS RESTRITIVAS DO PARENQUIMA PULMONAR
Hipomagnesemia Fibrose pulmonar
Hipopotassemia Cifoescoliose
Alcalose metabólica grave
DIMINUIÇÃO DA COMPLACÊNCIA PULMONAR
BLOQUEIO NEUROMUSCULAR POR DROGA Edema Pulmonar
Pneumonia
DIMINUIÇÃO DO TRANSPORTE DE O2 Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo
Choque Doença da membrana hialina
QUADRO CLÍNICO
DEPENDE DA ETIOLOGIA X FASE DA IRA
CARDIOVASCULAR
FREQUÊNCIA CARDÍACA
MECANISMOS
PRESSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
COMPENSATÓRIOS COR PELE/ CIANOSE/ PALIDEZ
AUMENTO DO ENCHIMENTO CAPILAR
Imagem
Radiografia lateral de pescoço Sinais clínicos de epiglo=te, corpo estranho em via Crupe não tem indicação de Rx para
aérea alta, abscesso retrofaríngeo diagnós=co
Radiografia de tórax Todas as crianças com desconforto respiratório
moderado e grave com supeita de alteração
localizada
Radiografia de tórax com Suspeita de aspiração de corpo estranho Hiperaeração do lado da aspiração
expiração forçada ou em do corpo estranho
decúbito bilateral
US de tórax Avaliar presença de derrame pleural / Efusões grandes ou septadas podem
pneumotorax/consolidacoes/ não elucidar o diagnós=co
diferencial
Ecocardiografia Avaliação de alteração estrutural, func=onal e
presence de hipertensão pulmonar
Tomografia de Tórax Anomalias congênitas, massa medias=nal, hérnia
diafragmá=ca, abscessos pulmonares
Broncoscopia Obstrução de vias aéreas: corpo estranho, rolha de Pode ser u=lizado como método
muco espesso e estruturais (maláceas) diagnós=co de agente e=ológico
Caso – RX Tórax – PA - Entrada Artefato
Hemograma
Gasometria
Ht: 30 , Hb: 9
pH 7,26 Leuco: 3500 (6/47/0/2/43/02)
PCO2 35 Plaq: 100.000
PO2 68 U: 39 C: 0,8
à CORREÇÃO DA HIPERCAPNIA
TRATAMENTO da E5ologia
Insuficiência Respiratória aguda
Máscara simples
Máscara fechada
Máscara Venturi
Suporte ventilatório não invasivo
Cânula nasal de alto fluxo – Fluxos elevados que
excedem o volume minuto do paciente podendo
chegar a 60 l/min
1. Redução da resistência inspiratória (fluxo laminar, aquecimento
e humidificação e diminuição das moléculas do gás
2. Minimiza as perdas insensíveis
3. Permite fluxos mais elevados com a eliminação do espaço
morto anatômico nasofaríngeo, Melhora da condutância das
vias aéreas e do transporte mucociliar e um fornecimento de
baixos níveis de pressão positiva nas vias aéreas1.
Suporte ventilatório não invasivo
Ventilação não invasiva – CPAP/BIPAP
1. Aplicação de pressão positiva em via aérea através de pronga
nasal ou máscara facial.
2. Parte do trabalho respiratório será realizado pelo aparelho de
ventilação mecânica
Caso – Exames - Entrada
Gasometria
pH 7,30
PCO2 48
PO2 60 Mantendo desconforto respiratório
HCO3 20 Sonolência
BE -4 FR 72 ipm FC 160
SatO2 87% SatO2 oxímetro 85% com máscara com
reservatório
Insuficiência Respiratória aguda
Principais indicações de intubação intratraqueal
* Instabilidade ou Falência Respiratória – Fase III e IV da IRA
* Trabalho respiratório excessivo – uFlização de musculatura acessória ao máximo
* Necessidade de aumento progressivo do pico de pressão inspiratória na VenFlação não
invasiva para manter trocas gasosas
* Obstrução de vias aéreas funcional ou anatômica que não responderam com os
disposiFvos descritos anteriormente
* Instabilidade Circulatória (choque sépFco, choque cardiogênico)
* Alteração do nível de consciência comprometendo os reflexos de tosse e engasgo
* Parada Cardiorrespiratória
* Controle inadequado SNC (Escore de Glasgow ≤ 8)
* TCE com sinais de herniação – para hipervenFlação
* Intubação ProfiláFca (Transporte)
FIM