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CARDIOPATIAS CONGÊNITAS
Introdução:
Amplo espectro de apresentação clínica podendo varias desde crianças
assintomáticas (na CIA, por exemplo) ou sintomáticas;
Diagnóstico: 40-50% durante primeira semana de vida e em 50-60%
dos casos, por volta do primeiro mês;
Pode ser realizado ecocardiograma fetal e identificar a cardiopatia
ainda dentro da barriga da mãe.
Após o nascimento (neonatal): ocorre fechamento funcional do canal
arterial e do forame oval no inicio e posteriormente o fechamento
anatômico troca gasosa pela circulação pulmonar surgimento das
alterações hemodinâmicas significativas manifestações clinicas;
Podem ser:
Acianóticas: CIV, PCA, estenose pulmonar, CIA, coarctação de
Ao, estenose aórtica;
Cianóticas: Tetralogia de Fallot, transposição das grandes
artérias.
Em caso de shunts direito-esquerdo, ocorre transferência de sangue
mal oxigenado do coração direito para o esquerdo, causando cianose.
Já nos shunts esquerdo-direito, a principal manifestação clinica é a
insuficiência cardíaca.
História Clínica:
História gestacional detalhada:
Infecções maternas durante a gestação: rubéola (relacionado à
surdez neurossensorial na criança);
Medicações: uso de anticonvulsivantes, anfetaminas, álcool,
drogas ilícitas durante a gestação;
Doenças: DM, doenças do colágeno (lúpus).
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História pós-natal:
Taquipneia (criança cansa muito fácil na mamada), taquicardia,
fenômenos bronquíticos de repetição (infecção respiratória
hiperfluxo pulmonar);
Pouca tolerância aos exercícios, baixo ganho ponderal;
Cianose, sopros, palpitações, síncopes, dor torácica;
Síndromes cromossômicas / gênicas associadas (Down
defeito do septo atrioventricular).
Exames Complementares:
Radiografia de Tórax;
ECG;
Ecocardiograma (principal, pode ser realizado durante a gestação).
Etiologia
o Causa desconhecida, embora anomalias cromossômicas estejam
envolvidas em grande parte do diagnóstico:
Trissomia do 18 (Síndrome de Edwards): 90% tem cardiopatia
associada
Trissomia do 21 (Síndrome de Down): 50% tem algum tipo de má
formação cardíaca congênita, o mais comum é o defeito do septo
interventricular
o 90% dos casos ocorrem isolados, não associados à síndrome;
o 2-4%: são relacionadas a fatores maternos e teratogênicos de doenças.
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1. Comunicação interatrial
o A comunicação entre os átrios é indispensável no período fetal, através
do forame oval;
o Ocorre fechamento funcional nas primeiras horas de vida e anatômico
até o primeiro ano de vida;
o Os pacientes podem ser assintomáticos porque a diferença de pressão
entre os átrios é pequena, podendo manifestar em fases tardias da vida;
o Associação com outras mal formações é relativamente comum;
o Mais comum no sexo feminino;
o Fisiopatologia: após 3-4 anos de vida redução da complacência do
VD que é conectado à circulação pulmonar de baixa resistência shunt
esquerdo-direito aumento do AD, VD e dilatação da artéria pulmonar.
Defeito do tipo ostium secundum: 70%
o Sintomas: com frequência nenhum sintoma
Dispneia, palpitações, fadiga;
Infecções respiratórias (pelo hiperfluxo) e déficit ponderal;
Raramente terão insuficiência cardíaca.
o Sinais
Desdobramento fixo e amplo de B2 (importante);
Sopro sistólico (hiperfluxo pela valva pulmonar) mais audível em
terceiro espaço intercostal esquerdo;
CIA grande: pode ter sopro diastólico (hiperfluxo pela valva
tricúspide), tipo ruflar em área tricúspide.
2. Comunicação interventricular
o Cardiopatia de diagnóstico mais frequente;
o Geralmente de tamanho médio ou pequeno (após os dois primeiros anos
de vida pode ocorrer redução do diâmetro e fechamento espontâneo);
o Fisiopatologia:
Quanto menor o orifício (defeito), maior é a intensidade do sopro;
Shunt esquerdo-direito (sobrecarga de volume hiperfluxo para
o VD);
Defeito do tipo perimembranoso: mais comum, 70%.
o Manifestações Clínicas:
a) CIV pequenas: assintomático, sopro holossistólico (regurgitativo) em
borda paraesternal esquerda inferior acompanhado de frêmito;
b) CIV grandes: hiperfluxo e hipertensão pulmonar, dispneia,
taquicardia e sudorese, dificuldade para mamar, infecções
respiratórias e insuficiência cardíaca.
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4. Coarctação de Aorta:
o Cardiopatia comum na infância, ocorre pelo estreitamento na junção do
arco aórtico com a aorta descendente;
o A maioria (98%) localizam-se abaixo da emergência da a. subclávia
esquerda na origem do ductus arteriosus;
o Fisiopatologia: hipertensão arterial sistêmica secundaria. A
transmissão da onda de pulso para a parte inferior do organismo é
impedida pulsos femorais débeis ou impalpáveis;
o Manifestações Clínicas:
Muitas crianças e adultos jovens são assintomáticos
Sintomas e sinais relacionados à hipertensão: cefaléia,
epistaxe, tontura e palpitações, alterações de pulsos
Sintomas de IC
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5. Tetralogia de Fallot
o Cardiopatia congênita cianótica mais comum na infância;
o Consiste de:
1) Estenose pulmonar subvalvar (obstrução do trato de saída de VD)
2) Hipertrofia ventricular direita
3) CIV perimembranoso
4) Dextroposição da aorta
o Fisiopatologia:
Retorno venoso para AD e VD é normal
Sístole contração do VD sangue mal oxigenado é desviado em
grande parte para cavidades esquerdas e aorta cianose
o Aspectos Clínicos:
Cianose generalizada;
Dedos em baqueta de tambor;
Hipodesenvolvimento pondero-estatural;
Posição de cócoras: aumenta a resistência sistêmica, reduzindo o
shunt pela CIV e forçando a um aumento do fluxo pulmonar.
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