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PEDIATRIA
• CONCEITO
• ETIOLOGIA
• CLASSIFICAÇÃO
• MANIFESTAÇÕES CLINICAS
• DIAGNÓSTICO
• TRATAMENTO
• PREVENÇÃO
• REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
INTRODUÇÃO
• Cardiopatias congênitas são más formações no coração que levam a pequenas ou
grandes alterações estruturais ou circulatórias, comprometendo parcialmente ou
totalmente seu funcionamento, gerando uma alta taxa de mortalidade no primeiro ano
de vida (HUBER et al., 2010).
CIRCULAÇÃO FETAL
• O feto tem pulmão não funcionante, logo a mãe que manda O2 para o feto via vasos
placentários;
• Sangue chega 100% oxigenado → V. Umbilical → Uma parte fica no fígado para oxigená-lo
e outra parte segue para VCI;
• Na VCI já não é mais 100% oxigenado, pois misturou com sangue dos MMII que tinham
• baixa oxigenação, além de ter misturado com o do fígado ➔ Cerca de 80% oxigenado ;
• • Ao cortar o cordão umbilical, não há mais essa passagem e o pulmão começa a funcionar
CONCEITO
As cardiopatias congénitas são malformações cardíacas que ocorrem durante o
desenvolvimento do coração do feto no útero materno.
FACTORES GENETICOS
• Sindrome de down
• Trissomias
• Sindrome de turner
CLASSIFICAÇÃO
• Existem diversas cardiopatias congénitas, algumas complexas, outras mais simples.
Globalmente, dividem-se em dois grupos principais:
• CARDIOPATIAS CIANÓTICAS, quando há tendência para a pele ter uma tonalidade
azulada;
• CARDIOPATIAS ACIANÓTICAS, quando essa tendência não está presente.
CARDIOPATIAS CIANÓTICAS
A característica mais evidente das cardiopatias cianóticas é a tonalidade azulada dos lábios e
da pele. Trata-se de um sinal claro de que não há oxigênio suficiente no sangue. A forma
mais comum da doença é conhecida como tetralogia de Fallot.
• Anomalia de Ebstein
Central caracterizada pela pigmentação azulada dos labios lingua ou leito ungueal por
aumento da hemoglobina desoxigenadapelo menos 5g/dl ou 50g/l com saturaçao de 85%.
• As cardiopatias congenitas cianoticas, podem classifcar-se :
TETRALOGIA DE
Com Hipofluxo pulmonar FALLOT
ATRESIA TRICUSPIDE
E ANOMALIA DE
EBSTEIN
• As cardiopatias congenitas cianoticas, podem classifcar-se :
Sindrome do ventriculo
esquerdo hipoplasico
CLASSIFICAÇÃO C.C.C
DO PONTO DE VISTA CLÍNICO
1. Cianóticas
1.1 – cardiopatia cianóticas por diminuição do fluxo pulmonar.
• Tetralogia de Fallot
• Atresia Tricúspide
• Transposição das Grandes Artérias
• Anomalia de Ebstein
• Defeitos do septo atrioventricular (DSAV)
LESÕES CARDÍACAS CONGENITAS MAIS COMUNS
1. Tetralogia de Fallot
Descrita por Fallot em 1888 que apresentava quatro característica anatómica:
CIV
Estenose A. Pulmonar
Dextra posição da aorta/cavalgamento da aorta
Hipertrofia do VD
1.1 Etiologia e Epidemiologia
Representa 10% de todas asa lesões cardíacas congénitas.
Supõem-se que Tetralogia de Fallot ocorra devido anormalidade na septação do tronco
arterioso na aorta e artéria pulmonar que ocorre precocemente (3ª - 4ª Semana de gestação)
1.2 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
RX do Tórax
Imagem clássica do coração em forma de bota ( pequeno troco da artéria pulmonar com a ponta
voltada para cima, secundária a hipertrofia ventricular direito
Electrocardiograma
Desvio do eixo para direita e HVD
Ecocardiograma
Mostra as características anatómicas inclusive os níveis de estenose pulmonar e quantifica o grau
de estenose
Dimensão da CIV
Grau de hipertrofia do infundíbulo e paredes do VD
Posição aórtica
1.4 TRATAMENTO DO T. FALLOT
Tratamento clínico
Controle da insuficiência cardíaca
Tratamento das crise hipoxia (O 2)
Colocação da Criança em posição; com os joelhos dobrados sobre o tórax ( retorno venoso )
Se os ataques forem frequentes ( agonista beta adrenérgicos ) ; propanolol diminui os espasmo muscular
Tratamento das complicações secundaria: hiperglobulia, crise de cianose etc. (Propanolol )
Tratamento cirúrgico
Paliativo :
Cirurgia de BROCK / em desvio
Coinfecção de shunt
Correção Cirúrgica definitiva:
Encerramento do CIV
Ressecção muscular e alongamento do infundíbulo ou ressecção da válvula pulmonar
Alongamento do tronco da artéria pulmonar
Correcção das anomálias associadas
2. ATRESIA DA VÁLVULA TRICUSPIDE
RX do tórax
Revela silhueta cardíaca normal ou ligeiramente aumentada com fluxo sanguíneo pulmonar
diminuído
VD pequeno ou quase ausente
Pobreza da trama pulmonar
Ecocardiograma
Permite o diagnostico mais preciso das dimensões do VD e da dimensão da CIV
DIAGNOSTICO AV.
2.4
TRATAMENTO DA AV TRICUSPIDE
3.1 - Definição:
Diz – se que há conexão ou drenagem anómala, quando uma ou mais veias pulmonares drenam fora do átrio
esquerdo, podendo ser total ou parcial.
3.2 – Incidência
É responsável por aproximadamente 1-2% das cardiopatias congénitas
3.3 – Etiologia
A perturbação no desenvolvimento da drenagem venosa pulmonar normal, durante a terceira semana de
gestação
Anatomicamente todas as veias pulmonares falham em conectar-se com o átrio esquerdo e retornam
anormalmente via coração direito.
Pode ocorrer uma drenagem supracardiaca, cardíaca intracardíacas ou uma mista.
Uma comunicação ao nível arterial é necessária para o debito cardíaco sistémico e a sobrevida.
Os Bébés sem obstrução apresentam:
Cianose
Sopro contínuo
B2 amplamente desdobrada e sopro de ejecção sistólico no BESE.
Retardo do crescimento.
Cianose, taquipeneia acentuada, dispneia e sinais de ICC direita, hepatomegália.
Pode não haver sopro algum ou nenhuma alteração no B2.
Electrocardiograma
Desvio do eixo para a direita e graus variáveis de hipertrofia ventricular e atrial
direito.
Rx tórax
Revela evidência de cardiomegália.
Aumento da trama vascular pulmonar(homem de neve ou figura em 8), observado
quando as veias anómalas drenam através de uma veia cava superior esquerda
persistente, para a veia braquicefálica e depois para a veia cava superior direita.
Ecocardiograma
Coração direito com uma sobrecarga de volume o shunt direito-
3.7 – Tratamento
4.1- Definição
É uma anomalia caracterizada por um erro embrionário na divisão espiral do tronco arterioso em que
aorta se origina do ventrículo direito e artéria pulmonar do ventrículo esquerdo.
Fisiologicamente há uma inversão dos fluxos de modo que, o VE sai da circulação pulmonar e do VD, a
circulação sistémica.
Sem mistura de entre as duas circulações, a morte ocorre rapidamente. A mistura pode ocorrer no nível
arterial, F.oval patente, CIA. CIV a nível dos grandes vasos(PCA).
4.2- Incidência -TGVB
Representa aproximadamente 5% de todas cardiopatias congénitas.
4.3- Classificação – TGVB/TGA
Sem estenose pulmonar.
Diagnostico – TGVB
RX do Tórax
Vascularização pulmonar aumentada e silhueta cardíaca classicamente é a de um
ovo em um cordão,criado pelo mediastino superior estreitado.
Electrocardiograma
Desvio do eixo para a direita hipertrofia ventricular direito
Ecocardiograma
Monstra a transposição das grandes artérias e os sítios e graus de mistura e
quaisquer lesões associadas.
Tratamento – TGVB
Tratamento clinico inicial: Prostaglandina E1 para manter a permeabilidade
do canal arterial
Se não resultar o tratamento clinico – faz-se septostomia arterial com o
balão(intensificar a mistura entre as duas circulações).
TTO da TGVB é sempre de emergência ou urgência:
TTO – Emergência
Hemodinamicamente intervencionista com ampliação ou abertura da CIA
com o balão de Rashkind
TTO – Urgência
Cirurgias paliativas:
Cirurgias de Blalock-Hanlon(feituras da CIA)
Waterton-Cooley(shunt aorto-pulmonar) com ou sem bandagem pulmonar.
Cirurgias para correcção total
Técnica de Rastelli(correcção das vias de Saída VD e VE com tubo
prostético
Técnica de Senning(inversão do fluxo atrial através do túnel com retalho).
Técnica de Jatenie(correcção anatómica com reimplante das coronárias)
5- TRUNCUS ARTERIOSUS
5.1- Introdução
É uma má formação congénita em comum porem não é rara, ocorre com igual frequência em ambos os sexos
ou com ligeira predominância para o sexo masculino.
Responde por menos de 1% dos casos de todas cardiopatias congénitas.
5.2- Definição
O truncus arteriosus é uma má formação que se desenvolve embriologicamente em consequência da ausência
completa da formação das cristas espirais que dividem o tronco arterial primitivo comum na aorta e na artéria
pulmonar.
5.3- Etiologia
Resulta de uma falha na septação do tronco, que normalmente ocorre durante 3ª-4ªsemana de gestação.
Anatomicamente um único tronco arterial origina-se do coração, com uma grande CIV abaixo da válvula
troncal.
5.4- Classificação TA
.Tipo 1- A aotra descendente e um curto tronco pulmonar, nascendo do tronco arterioso comum
.Tipo 2- As artérias pulmonares (direita e esquerda), nascem próximas uma da outra ou de um orifício comum na parede dorsal do tronco comum.
.Tipo3 – As artérias pulmonares nascem de modo independente nas paredes laterais do tronco.
.Tipo 4 – Não existem artérias pulmonares, a circulação dos pulmões é feita pelas artérias brônquicas, que nascem no inicio da aorta descendente.
. Electrocardiograma
-Oeixoéhabitualmentenormal,raramenteocorredesvioparaaesquerda.
-EvidenciasdeHipertrofiaventriculardireitoecombinada.
. Ecocardiograma
-Define anatómia,inclusiveaCIV,funçãodavalvatruncaleaorigemdasartériaspulmonares.
.Angiocardiografia
-Ainjecçãodecontrastedentrodosventrículos,ajudavisualizarapresençadaCIVeumaúnicagrandeartériaemergindodocoração.
-Mostraotiposexactodetruncusarteriosus
COMPLICACÕES
• Policitemia
• Tromboembolismo (IAM)
• Disturbios hemorragicos
• Abcesso cerebral
• Hiperuricemia
5.7 - Tratamento
Tratamento clinico (anticongestivos)
Tratamento cirúrgico(encerramento da CIV e colocação de um
conduto entre os ventrículo direito e as artérias pulmonares.
Referências Bibliográficas