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CIRCULATÓRIO o Reforço no 1° som: dilatação cardíaca ou

anemia.
• Sinais clássicos de problemas cardíacos: o Reforço do componente pulmonar do
Dispneia ou taquipneia; Distensão veia jugular ou segundo som: Hipertensão no circuito
mamária; Fraqueza e intolerância ao exercício; menor, bronquite, pneumonia e enfisemas.
Causas congênitas. o Reforço do componente aórtico do
• Fazer exame físico geral: segundo som: Hipertensão aórtica nas
o Mucosas (cianótica- insuficiência síndromes renais.
pulmonar) , distensão venosa, pulso arterial o Diminuição do primeiro som: Debilidade
(frequência e qualidade), auscultação cardíaca por miocardites, miocardioses.
cardíaca o Diminuição do componente pulmonar do
o Pulso fraco: problema no coração, segundo som: Estenose pulmonar ou
vasodilatação, hipovolemia. insuficiência tricúspide.
o Pulso forte: problema renal e obstrução. o Diminuição do componente aórtico do
• Edema: Alteração de pressão oncótica ou segundo som: Estenose aórtica ou
alteração na permeabilidade dos vasos. insuficiência mitral.
o Submandibular, tórax ventral, úberes, • SOPROS: Holossistólico e holodiastólico.
membros, contorno do abdômen-ascite I) Extremamente baixo
→doenças cardíacas, hipoproteinemia, II) Sopro baixo
tromboflebites, vasculites ou linfadenites. III) Moderado (restrito ao foco)
• INSPEÇÃO IV) III, mas com irradiação para outros focos
o Vasos sanguíneos: veias visíveis são a V) IV, com frêmio
mamaria e jugular, pulsação forte e VI) V, sem necessidade encostar o estetoscópio no
aumento de volume: falha cardíaca ou tórax.
retorno venoso. • ELETROCARDIOGRAMA:
o Vasos linfáticos: Normalmente não são o P: despolarização do átrio;
visíveis, caso haja dilatação: linfangites e o QRS: polarização do ventrículo;
linfangiectasia. o T: repolarização dos átrios e ventrículos.
• PALPAÇÃO: pouco usado- aumento de • PERICARDIOCENTESE
sensibilidade a dor: pericardite. • Diagnostico e terapêutico
• PERCUSSÃO: zona pré-cordial, triangulo de 6-8 • Cateter 2 x 160 mm, seringa 60 ml,
cm de lado e percussão radial (da periferia para o imobilização do MT, bloqueio anestésico 2 ml
centro). Maciez- projeção cardíaca. lidocaína.
o Aumento: hipertrofia e dilatação cardíaca,
hidropericardias, pericardite traumática. DOENÇAS CARDIOVASCULARES
o Redução: enfisema pulmonar.
o Ausência: Derrames pleurais. • DOENÇA DO MÚSCULO BRANCO:
• Animais jovens- bezerros e borregos com
• AUSCULTAÇÃO: crescimento rápido;
o FC: 60-80 bpm • Deficiência de selênio e/ou vitamina E;
o Linha do cotovelo e escapulo-umeral( 1-3 • Lesões focais, multifocais ou difusas no
minutos) músculo cardíaco;
o Taquicardia: Excitação simpática • Idade: pequenos ruminantes: 1° semana e
Insuficiência cardíaca, infecções, febres, bezerros até a 4° semana ou antes dos 4
anemias intoxicações. meses.
o Bradicardias: Excitação Vagal, • Histórico: dietas com deficiência em selênio
intoxicações, jejum doenças hepática. (0,1 a 0,3 ppm) durante a gestação.
o 1° som: válvulas mitral e tricúspide, • Etiopatogenia: lesão celular, peróxidos e
pequeno silêncio radicais livres do metabolismo celular (o
o 2° som: Válvulas pulmonar e aórtica, selênio e a vitamina E são antioxidantes
grande silencio biológicos) ; ruptura da parede celular.
Reforços no som • Sinais clínicos: Variáveis
• Reforço fisiológicos: Esforço físico e parede • Arritmias;
torácica delgada. • Taquicardia persistente;
• Reforço patológicos: taquicardia, febre, • Murmúrios cardíacos;
hipertrofia cardíaca, retração da parede caudal do • Intolerância aos exercícios;
lobo pulmonar esquerdo. • Cianose e dispneia;
• Congestão de mucosas;
• Morte súbita- pequenos ruminastes 24 • Outras causas: ionóforos, cisticercose, taenia e
horas. toxoplasmose.
• Diagnóstico: • Meningoencefalite trombótica;
• Concentração de selênio no sangue total. • Doenças respiratórias;
• Concentração de vit. E no plasma • Isoladas em abordos em bovinos;
• Bioquímicos: CK, AST e LDH(Lactato • Sinais clínicos: arritmias ou anormalidades
desidrogenase)- indicadores de lesão cardíacas, diagnostico geralmente em necropsia.
muscular • Tratamento: antibióticos- pode ser eficiente em
• Urinálise: proteínas aumentadas, mioglobinas caso de diagnostico, mas se tiver fibrose no
positivas(mioglobinuria) miocárdio causa arritmias permanentes.
• Tratamento: ENDOCARDITE
• Suplementação de selênio e Vit. E • IM ou SC • Doença que acomete as válvulas do coração.
de preferência • Mesmo que a Bula diga IV • • Únicas das tratáveis;
não usar combinações vitamínicas • • Maior incidência na TRICÚSPIDE;
Aplicações a cada 72 horas, 3-4 vezes. • Secundaria a: infecções ósseas, abcessos,
• Manter o animal em local fechado pneumonia crônica metrite, mastite, tromboflebites
• Complicações: edema pulmonar(furosemida 1 e periodontites.;
mg/kg SID ou BID) ou pneumonia aspirativa( • Agentes: Trueperella pyogenes • Streptococcus
antibióticos são necessários) spp. • Staphylococcus spp. • Helcococcus ovis
• Prognostico: Reservado a desfavorável, bezerros mais recentes
que sobrevivem até 3 dias tem bom prognostico. • Sinais clínicos: Febre recorrente, perda de peso,
anorexia, queda na produção, claudicação,
HIPERCALEMIA taquicardia, coração palpitante, dor na região
• Altos níveis de potássio K+, diarreia aguda e cardíaca.
severa em neonatos o Sinais de falha cardíaca→ distensão e
• E. coli enterotoxigênica(diarreia secretora, acidose pulsão da veia jugular e mamaria →
metabólica e baixos níveis de HCO3 sérico) taquicardia e dispneia.
• Rotavírus e corona vírus. o CLAUDICAÇÃO E RIGIDEZ + SINOVITE E
• Etiopatogenia: Redução do limiar de excitação da ARTRITE
célula, perca do potencial de excitação, os átrios • Exames laboratoriais: Anemia não regenerativa,
são mais afetados que os ventrículos. neutrofilia, cultura de sangue 24-48 horas- pico de
• Sinais clínicos: Diarreia Aguda, desidratação e febre.
bradicardia/ arritmias em bezerros com menos de • Tratamento:
2 semanas. o Antibióticos prolongados: > 3 semanas –
• Bradicardia: alterações: pico de onda T e penicilina 22,000- 33,0000 Ui/kg BID
variação de onda P. o AINEs: Carprofeno: 3 mg/ikg IM
• Diagnostico: análise ácido-base e eletrólitos e o Evitar livre acesso ao sal
ECG. Tem que fazer diferencial p/ hipoglicemia ou • Prognóstico: reservado.
miocardite séptica. PERICARDITE SÉPTICA
• Tratamento: Fluidoterapia alcalinizante (dextrose • Retículopericardite traumática: perfuração do
ou glicose), solução IV glicose 5% + 150-300 mEq pericárdio, as vezes envolve o miocárdio até o lobo
NaHCO³/L (12,5-25g/L)- 1-3 geralmente é pulmonar, há migração de bactérias (corpo
suficiente . estranho ou TGI- pericardite fibropurulenta)
• Repor o potássio total o Bezerros em septicemia-
• PH: maior que 7., bom prognostico. broncopneumonia bacteriana
Sinais de falha cardíaca→ distensão de veias→ edema
NEOPLASIAS ventral e sons cardíacos abafados → taquicardia e
• Sinais clínicos: Arritmias, murmúrios, distensão e dispneias.
ou pulsação da veia jugular e abafamento dos sons • Sinais clínicos: aparecia de dor, relutância em se
cardíacos. Presente geralmente no átrio direito. movimentar, cotovelos abduzidos.
• Prognostico: desfavorável, <6 meses- lavagem • Exames: neutrofilia na fase subaguda ou crônica,
do pericárdio redução de albumina e aumento de globulina
sérica e fibrinogênio(hiperfibrinoenemia)
MIOCARDITE SÉPTICA • Diagnóstico: sinais clínicos é suficiente,
ecocardiograma, pericardiocentese, raio-x
• Bactérias gram. negativas (neonatos: histophillus • Tratamento: pouco sucesso, antibióticos,
sommi e adultos: Trueperlla pyogenes); procedimento cirúrgico (toracotomia e
periocardiotomia ou pericardiectomia) drenagem e
lavagem do pericárdio.
• Prognostico: desfavorável quando há
evidências de falência cardíaca.
DOENÇAS DE VEIAS E ARTÉRIAS
• Flebite e trombose:
o Venopunção traumática
▪ Reação perivascular a drogas
irritantes
o Solução de glicose ou dextrose
▪ Solução hipertônica
▪ Reação local
o Tetraciclinas e Fenilbutazona
▪ Altamente irritantes
▪ EUA – não deve ser usado em
bovinos de mais de 20 meses.
o Repetidas venopunções
▪ Medicações ou fluidoterapia
• Flebites, tromboflebites
asséptica e séptica
o Uso de agulhas (40x12)
▪ Muito curtas para serem utilizadas
o Uso prolongado de cateteres
intravenosos
▪ Técnica asséptica de inserção
▪ Qualidade e material de fabricação
• Onfaloflebites: animais jovens
• Sinais clínicos: consistência firme, distensão
venosa, trombos (agudos ou crônicos), região
dolorida (descamação, movimento reduzido do
pescoço e edema.
• Tratamento: Se for asséptica e aguda: compressa
de água fria e injeção de perilesional de NaCl 0,9%,
ou compressa de água morna. Tromboflebite:
aspirina oral 240-480/ vaca BID. Em casos de
séptica: risco de endocardite, compressa quente
várias vezes ao dia, penicilina procaína 20,000-
30,000 UI/kg IM ou SC BID.
• Prognostico: Reservado.
DOENÇAS METABÓLICAS • Crônica: resposta proliferativa dos
queratinócitos: hiperplasia das lâminas
LAMINITE epidérmicas e, em consequência, crescimento
anormal e deformação do casco
• Inflamação das lâminas da derme e epiderme; o Deformações, crescimento exagerado;
• Alterações circulatórias e inflamação das o Estrias longitudinais;
lâminas sensitivas (lâminas dérmicas e córion o Concavidade na face anterior;
laminar) com consequente necrose e perda do o Sem sinais sistêmicos.
estojo córneo ou crescimento anormal e • Sinais gastrointestinais:
deformação do casco; o Timpanismo, diarreia, toxemia.
• Vasoconstrição nos tecidos digitais: histamina, Graus:
produção de acido lático(fermentação I. Animal altera o apoio dos membros torácico
excessiva de carboidratos ou endotoxinas constantemente, visando posição álgica,
bacterianas). claudicação discreta.
• *** equinos ocorre geralmente após colite. II. Animal encurta ainda mais a fase de apoio, mas
• Multifatorial se movimenta voluntariamente.
o Pneumonia; III. Reluta-se a levantar, mas anda “pisando em
o Excesso de trabalho; ovos”
o Cetose; IV. Decúbito em tempo prolongado com sinais
o Metrite; claros de inflamação podal.
o Mastite; • Diagnostico: Histórico, anamnese, exame
o Retenção de placenta; físico, exames complementares (raio-x,
o Pós-parto; bloqueio anestésico e termografia).
o Desgaste excessivo do casco; o Histologia: hiperemia, hemorragia,
o Endotexemas; edema acentuado das lâminas
o Lesões vascular. dérmicas, trombose e hiperplasia das
o DIETA RICA EM GRÃOS- distúrbios laminas epidérmicas.
digestivos com dietas ricas em • Profilaxia: Dieta rica em grãos controla e
carboidratos – fator muito importante fornecimento de forragem, bezerros devem
em BOVINOS. possuir dietas com >15% de proteína.
▪ Na acidose láctica, aparentemente, o • Tratamento: controle da dieta, medicamentos
baixo pH e toxinas liberadas pela morte que causem vasodilatação periférica
da flora Gram-negativa residente no
aparelho digestivo dos ruminantes, o Acepromazina (vasodilatador)- 0,01 a
levariam a lesão da mucosa ruminal 0,06 mg/kg IV a cada 6 ou 8 horas
permitindo a absorção de endotoxinas o Ou, Isoxuprime (cloreto de isoxsuprina)
que estimulariam a liberação de 1,2 mg kg a cada 12 horas via oral
mediadores vasoativos com
conseqüente vasoconstrição digital e
o Fenilbutazona (anti-inflamatória) - 4,4
desencadeamento de laminite. mg/ kg IV a cada 12 horas por 4 dias
• Lesão: separação das lâminas epidérmicas do ▪ Reduzir a dose para 2,2 mg
casco das lâminas sensitivas (lâminas durante os 10 dias seguidos.
dérmicas e córion laminar) da 3ª falange. o DMSO (dimetilsulfóxido) varredor de
• Epidemiologia: equinos mais comuns em radicais livres e efeitos anti-
machos não castrados entre 4-10 anos e inflamatórios- dose 0,1 IV a cada 12
bovinos em animais jovens e gado de leite e horas por 3 dias.
animais confinados. o Aspirina(anticoagulante) – 10-20 mg/kg
• Sinais clínicos: • Compressas frias
• Aguda: • Anti-inflamatórios nos estágios iniciais
o Dor e claudicação • Heparina (evitar formação de trombos) - 40-80
o Aumento da temperatura da pata, UI /kg IV ou SC a cada 8 ou 12 horas.
edema; • Cirurgia- casos crônicos.
o Relutância em levantar-se;
o Membros estendidos, lombo arqueado; CETOSE
o Casco alargado e mole e com
hemorragias; ❖ Desordem no metabolismo energético dos ácidos
o Dor ao pinçamento. graxos durante períodos de aumento de sua
• Subaguda: utilização hepática;
o Sinais clínicos menos evidentes; ❖ Acúmulo de acetoacetato e hidroxibutirato e seus
o Troca de apoios. produto de descarboxilação;
❖ Cetonúria, hipoglicemia e baixos níveis de o Ovinos: 5-7 g de glicose + solução
glicogênio hepático; isotônica de bicarbonato de sódio ou
❖ Aumento das necessidades de glicose ou redução ringer com lactato;
da ingestão de carboidratos. o Cesariana.
❖ Balanço energético negativo:
o Os carboidratos ingeridos são convertidos no rúmen VACAS
em 2 grupos de ácidos: acético e butírico que são
potencialmente cetogênicos; e propiônico que é
glicogênico. Quando a demanda de glicose é
adequada os corpos cetônicos (ácido acetoacético,
acetona e betahidroxibutirato) formados no fígado, a
partir da oxidação dos ácidos graxos, são
distribuídos para os tecidos para a produção de
energia, sendo metabolizados em presença de
oxaloacetato. O ácido propiônico é convertido em
oxaloacetato e passa a glicose. Quando há falta de
glicose no organismo pela diminuição do aporte de
carboidratos outras vias de produção de energia são
acionadas e a concentração de oxalacetato, nestes
casos, tende a ser baixa, já que está sendo utilizado
para a produção de glicose. Os corpos cetônicos OVELHAS
produzidos no fígado se acumulam no sangue
desencadeando a doença, uma vez que há falta de
oxalacetato para sua utilização pelos tecidos.
❖ Vacas: alta produção- doença síndrome
debilitante.
❖ Ovelhas: gestação gemelar e sistema intensivo-
doença com síndrome nervosa.
❖ Sinais clínicos: Hiperexcitabilidade,
agressividade, atitude de alerta, tremores
musculares, incoordenação e ataxia dos membros
posteriores, diminuição dos movimentos ruminais,
corrimento nasal seroso, ptialismo, decúbito
esternal e morte se não trato morrem rapidamente.
o 1° fase: isolamento, redução da
consciência, andar a esmo e head presing.
o 2° fase: anorexia, ataxia, dificuldade para
permanecer em estação, olhar vago,
surdez e cegueira cortical, aumento dos
parâmetros fisiológicos (menos a TR),
ranger os dentes e constipação.
o 3° fase: Decúbito esternal → lateral,
redução da consciência, aumento da FC,
FR, redução da perfusão renal (uremia e
oliguria) convulsões coma e morte.
❖ Diagnóstico: histórico, anamnese, exame físico.
❖ Determinação de concentração plasmática ou
sérica DHB
❖ Aparelhos portáteis ou fitas reagentes-
determinação de corpos cetonicos na urina
❖ PH, glicemia e função hepática;
❖ Necropsia: desidratação, mais de um feto,
degeneração gordurosa.
❖ Tratamento:
o Vacas: Glicose endovenosa 500-750
ml aplicada rapidamente;
o Propileno glicol na dose 225 g duas
vezes ao dia- 2 dias seguidos;
o Dexametasona -4 a 6 dias;
o Insulina associada a glicose ou
glicocoticoides dose 200-300 UI e
repede em 24 e 48 horas;
HIPOCALCEMIA comerciais no Brasil já contém 20 a 23% de 46
gluconato de cálcio)
➢ Febre do leite, febre ou paresia puerperal;
➢ Geralmente nas 48 horas após parto;
➢ Os mecanismos de absorção intestinal de Ca,
induzido pelo 1,25-di-hidroxicolecalciferol, e
reabsorção óssea, através do paratormônio,
demoram 24-48 horas em funcionar
eficientemente o animal desenvolve hipocalcemia;
➢ Sinais clínicos:
o 1° fase: vaca em pé, com sinais de excitação e
hipersensibilidade, tremores musculares,
movimentos de cabeça, ataxia, mugidos,
dispneia com respiração a boca aberta.
o 2° fase: não permanece em pé, decúbito
esternal, marcada depressão, anorexia e
redução da temperatura, taquicardia,
taquipneia, pupilas dilatadas e reflexo pupilar
diminuído ou ausente, chanfro vazio e pode
acontecer timpanismo. As vacas nesta fase
mantêm a cabeça voltada para o lado,
encostada no flanco, e se for colocada na
posição normal torna a recolocá-la na posição
anterior.
o 3° fase: perca da consciência evolução para o
coma, não há lesões significativas
macroscópicas nem microscópicas.
➢ Diagnóstico:
o Ovinos: normal: 1,3 a 1,44 em geral.
o Caprinos: normal é em média 0,83 + ou i 0,1
mmol/L, e valores menores que 0,73 sem sinais
clínicos já são considerados hipocalcemia
subclínica.
Bovinos
8,5 e 10mg/dL.

➢ Tratamento: Gluconato de cálcio via endovenosa,


na dose de 1 g para cada 45 kg, o Ca é cadiotoxico
então a administração deve ser feita entre 10-20
minutos.
o Administrar vitamina D na última semana de
gestação.
o Pequenos ruminantes: Soluções de
gluconato de cálcio com concentração de 20 a
23%, por via intravenosa, na dose de 1 g de Ca
para cada 50 Kg de peso vivo, o que equivale
à 1 ml para cada 1 Kg de peso vivo (soluções
Sons anormais
Crepitação
Anormalmente fortes Exercício, acidemia,
na traqueia febre, cardiopatia, Começo da inspiração Doenças
anemia, doença ao começo da obstrutivas(bronquites)
pulmonar expiração
Inspiração mais forte Estenose das vias Ao final da inspiração Doenças restritivas
extratorácicas (edema, pneumonia
intersticial...)
Anormalmente mais Asma, bronquite,
forte no tórax broncopneumonia Parte inferior do Edema pulmonar
pulmão
Expiração mais forte Estenose de vias
intratorácicas
Maior quantidade de Enfisema Sibilos
ar- diminuição de Expiração Estreitamentos
sonoridade intratorácico, doenças
Sons não audíveis Derrames pleurais obstrutivas,
broncopneumonia e
Dispneia expiratória Dispneia inspiratória bronquites
Estenose de laringe, Microbronquites difusas Inspiração Estreitamentos
traqueia, brônquios e extratorácicos e colapsos
nasal de traqueia
Edema de glote Asma brônquica
Abcessos retro e Diminuição de
parafaríngeos elasticidade pulmonar
• Dispneia expiratória: pulmão com alteração,
secreção→ crepitação, sibilos + dor
RESPIRATÓRIO o Broncopneumonias e pneumonias,
• Tipos de lavados:
DISPNEIA o Solução salina 100-500 ml
o Taquipneia- elevação da frequência o Avaliar celularidade
respiratória (febre, estenoses das vias, PERCUSSÃO
edema e hemorragia pulmonar, insufiencia • Local: através de linhas paralelas os solos que
cardíaca e anoxia) correspondem aos seguimentos: linha
o Bradipneia- intoxicação paravertebral EIC 12, linha ilioisquiática e EIC 11,
o Hiperpneia- No caso de aumento de linha de encontro e EIC 8 e linha do pescoço e EIC
frequência e amplitude do movimento 5.
respiratório • Som: claro
o Hipopneia-respiração superficial (dor e o Submaciez ou maciez: pneumonias,
animais idosos) derrames pleurais, hérnias diafragmáticas
▪ Estenoses, corpos externos, e tumores.
inflamação ou compressão. o Timpânico: pneumotórax.
ARRITMIAS o
o Fase inspiratória prolongada: estenose DOENÇAS DA CAVIDADE NASAL DE
das vias superiores. RUMINANTES
o Fase expiratória prolongada: enfisema e • Proteção: filtração e umidificação do ar, epitélio
perda da elasticidade pulmonar. ciliado, células caliciformes produtoras de muco,
o Pausa prolongada: processos dolorosos anatomia espiralada
de tórax e abdômen.
SECREÇÃO: • Sinais clínicos: secreção nasal, respiração
o Unilateral: rinite unilateral, sinusite... ruidosa, deformidade na cabeça, protrusão do
o Bilateral: processos situados atras das globo ocular.
coanas. • Geralmente tem caráter crônico e progressivo;
o Escassa: doenças leves
• Afastamento do rebanho e emagrecimento
o Abundantes: bronquites, pneumonias.
progressivo;
o Contínua: Rinites.
• Geralmente: acometem um único indivíduo
o Descontínuas: aumenta quando abaixa a
(aspergilose, prototecose, neoplasias ou tem baixa
cabeça(sinusite), aparece após crises de
morbidade (pitiose, rinosporidio);
tosse(pneumonias).
• Tipo de secreção (outra referência)
o Serosa: doenças catarrais leves
o Serosa: transparente e fluida- inflamação
o Mucosas: doenças mais crônicas
inicial
o Purulenta: rinites graves
o Mucosa: branca e pegajosa- geralmente
o Hemorrágica: processos parasitários,
associada a processos virais ou precede a
bacterianos e virais avançados.
infecções secundarias
o Espumosa: edema pulmonar.
o Purulenta: amarelo-esbranquiçada-
o Superior
contaminação bacteriana
MOVIMENTO RESPIRATÓRIO:
o Hemorrágica: aspecto vermelho-
o Toraco-abdominal: em ruminantes o
traumatismos, processos patológicos muito
abdômen é mais demostrado ao respirar.
agressivos, lesões vasculares provocadas
o Respiração exclusivamente toráxica:
por corpos estranhos, ferimentos, úlceras
reticulites, hepatites, timpanismo, ascite e
ou pólipos;
ruptura do diafragma.
• O odor e o fluxo de ar de ambas as narinas devem
o Respiração exclusivamente abdominal:
ser também analisados. Nos casos de rinites em
pleurite, fraturas ou fissuras de costela.
que o agente causa inflamação crônica necrosante
• Expirar: lento- fenômeno passivo→ relaxamento/
ou necrose tumoral, um odor desagradável é
elasticidade do pulmão
perceptível.
• Inspirar: rápido- fenômeno ativo do diafragma
• A palpação dos linfonodos da cabeça:
• 1:1,2
o Mandibulares ou maxilares: drenam a
• Aparelho de ventilação: 8 mpm, 60 s na
metade ventral da cabeça, incluindo
proporção 1:2.
cavidade nasal, lábios, língua e glândulas
• Dispneia inspiratória: se for com hiperpneia- salivares.
exclui dor- o Parotídeos: drenam a parte superior da
o Neoplasias, sinusites. cabeça.
o retro faríngeos: drenam partes internas da craniofacial. A exoftalmia ocorre como
cabeça, incluindo 50 esôfago proximal, consequência da extensão da inflamação
palato e faringe. granulomatosa da cavidade nasal para
o Nos casos de conidiobolomicose e pitiose seios paranasais e região retrobulbar, que
chama a atenção uma marcada hipertrofia projeta o globo ocular para fora da órbita.
dos linfonodos da cabeça. o Lesões extra nasais
• Lesões neurológicas: nos casos de
conidiobolomicose rinofaríngea. Os sinais
CONIDIOBOLOMICOSE identificados são o desvio lateral da
• Dispneia inspiratória, hiperpneia, cabeça, pressão da cabeça contra objetos,
bradipneia, respiração toraco-abdominal; andar em círculos, cegueira.
• Histórico : Aumento de volume no nariz, • Neoplasias: em corte sagital da cabeça:
secreção bilateral mucopurulenta pútrida; massas na cavidade nasal, cuja localização
• Conidiobolus incongruus , Conidiobolus varia de acordo com a apresentação clínica
lamprauges ou Conidiobolus coronatus , rinofacial ou rinofaríngea. Essas massas
fungos comumente encontrados em caracterizam-se por serem amarelo-
regiões de clima tropical e subtropical em esbranquiçadas com superfície irregular ou
áreas de alta umidade, como parasitas de finamente granular, por vezes
insetos, em vegetais em decomposição e multilobulada, firmes com focos friáveis,
no solo; que, ocasionalmente, ao corte apresentam
• Animais devem estar em imunossupressão; estrias acastanhadas ou avermelhas.
• Lesões granulomatosas, na cavidade nasal, Geralmente causam obstrução e
e seios paranasais e tecidos adjacentes; destruição de meatos, coanas nasais e
• Em ovinos a doença varia entre 7 a 20 dias infiltram placa cribriforme.
ou estender até seis meses. • Histopatológico: revela que as massas
Sinais clínicos: correspondem a inflamação granulomatosa
• redução do apetite; composta principalmente por macrófagos,
• emagrecimento, apatia; às vezes associada a áreas de necrose com
• secreção nasal serosa ou extensão variável, circundadas por células
mucosanguinolenta, com o avanço da gigantes multinucleadas, plasmócitos,
doença; linfócitos e proliferação de fibroblastos.
• respiração ruidosa e dispneia Invasão vascular de hifas fúngicas, trombos
arteriais, estão ocasionalmente presentes.
inspiratória;
Lesões com as mesmas características
• obstrução por massas granulomatosas
podem ser vistas em outros órgãos
(levando a hiperpneia ;
caracterizando disseminação teratógena
• adoção de postura ortopneia)
ou linfática.
• Pode: lesões cutâneas nodulares nas
• Hinfas dificilmente identificadas em
orelhas.
H&E: o que se ver são espaços circulares
• Há duas formas clínicas:
ou alongamentos envoltos por reação de
• RINOFACIAL:
Spledore- Hoppli em áreas de necrose.
o há acometimento da região rostral
• Hifas são coradas fortemente em marrom
da cavidade nasal, conchas nasais,
por GMS e fracemente de rosa por PAS.
junção mucocutânea, lábio
• PCR- bom, mas varia de espécie devido
superior, pele da face, palato duro e
sua alta especificidade
maxila.;
• Imuno-histoquímica- definitivo (C.
o Aumento do volume crânio rostral;
lamprauges) .
o Geralmente uni;
o Obstrução das narinas e conchas
nasais;
o Pode haver acometimento das
narinas, palato duro e maxila;
o Pode apresentar úlceras.
• Rinofarigea: ocorre com maior frequência
e cursa com o envolvimento da região
etmoidal, conchas nasais, seios paranasais
e palato mole. Nessa forma de
apresentação pode-se observar exoftalmia
unilateral associada a assimetria
o ELISA direto e indireto;
o Reação tuberculínica
OESTROSE o TCC- teste cervical simples
• Dispneia inspiratória, hiperpneia, o TPC- teste da prega caudal
bradpineia, respiração o TCC- teste cervical
predominantemente toráxica; comparativo(confirmatório)
• Histórico: vermifugação em atraso, o Histopatológico;
secreção bilateral mucopurulenta e sinais o Isolamento e identificação do agente.
neurológicos; • Tratamento:
o Miíase cavitaria de caprinos e ovinos- lavar o Abate sanitário;
da mosca Oestrus ovisI ou “bicho de o Não há tratamento.
cabeça”;
o Deposição das larvas no primeiro estágio
nas narinas → migram para cavidade nasal,
seios frontais e maxilares e as vezes até a
base dos chifres→ realizam duas ecdises e
viram L# que causam a doença.
• SINAIS CLÍNICOS:
o Agitação e movimento de cabeça e
discreta secreção nasal mucosa;
o Animais precisam as narinas sobre
o solo;
o Espirros e início de secreção nasal
seromucoso e evolui para
mucopurulento;
o Pode levar a broncopneumonias
infecciosas
o Meningite bacteriana: ataxia,
nistagmo e amaurose;
• Diagnostico: percussão com som macico
no seio frontal e granulomas no seio nasal.
• Tratamento:
o Ivermectina- 1 ml a cada 50 kg-
ivomec 1%
o Anti-inflamatório

TUBERCULOSE
• Dispneia expiratória (pausada), hipopneia,
respiração abdominal( fossa parslombar
preenchida pela força);
• Caráter crônico e de notificação obrigatória;
• Bactérias: Mycobacterium bovis e Mycobacterium
ovium
• Infectocontagiosa e zoonótica;
• Progressiva de lesões nodulares denominadas de
tubérculos ou granulomas.
• Sinais clínicos:
o Tosse;
o Corrimento nasal;
o Emagrecimento crônico;
o Estertores pulmonares;
o Hiperplasia de linfonodos;
o Dispneia;
o Pode apresentar problemas como no TGI e
mastites.
• Diagnóstico:
PNEUMONIA ENZOOTICA o Utilização do sistema DART: depressão
• Dispneia expiratória, hipopneia, taquipneia, (D), perda de apetite (A), mudanças de
respiração predominantemente abdominal; padrão respiratório (R) e elevação da
temperatura.
• A anatomia do pulmão bovino contribui para
o A citologia por lavado broncoalveolar
doenças infecciosas:
demonstra ser um indicador sensível da
• Etiologia multifatorial; saúde pulmonar e um instrumento
o Mannheimia haemolytica- mesmo sendo potencialmente útil para estudar a DRB;
oportunista, a M. hemolítica causa o Ultrassom: principais alterações
pneumonias graves, normalmente identificadas são as efusões pleurais,
acompanhadas de exsudato irregularidade pleural, presença de
fibrinonecrótico e hemorragia abscessos, consolidação pulmonar,
o alveolar1 pneumotórax e lesões na parede torácica.
o Pasteurella 41 multocida Distanciamento das pleuras (presença de
o Haemophylus somnus liquido), característica anecoica(
o Herpesvirus bovino tipo I(BHV-1) transudado de baixa celularidade e
conteúdo proteico- fibrinoso) como em
o Virus da Parainfluenza de tipo 3
congestão passiva, em casos de pleuristes(
o BVD
característica mais densa e ecoica)- FAZER
o Vírus Sincicial Respiratório Bovino (VSRB) DO LADO DIREITO.
o Corona vírus bovino ▪ O acesso para visualização das
o Fatores externos: desmame, clima, estruturas torácicas ocorre por
transporte, matéria seca, superlotação, meio dos espaços intercostais
excesso de umidade, baixas temperaturas, (EIC), com o posicionamento do
descorna, castração, poeira e contato com transdutor em sentido longitudinal,
novos animais. paralelo ao arco costal. Diferentes
• Bacterias endêmicas do trato respitatorio + técnicas de UST foram relatadas
estresse: doença. como a avaliação do 3º, 5º e 7º 67
• Sinais clínicos: EIC no hemitórax direito , avaliação
o Broncopneumonia aguda: bilateral do 11º 59 ao 3º EIC ou o
o Secreção nasal e ocular serosa; exame da parte cranial direita do
o Febre elevada; pulmão. Frequência de 3,5 e 13,0
o Depressão e anorexia; MHZ
o Perda de peso; ▪ Cauda de cometa: são expressões
o Taquicardia; de descontinuidades resultantes da
o Posição ortopneica; constante oposição entre o ar
o Ruídos respiratórios; alveolar e os fluidos no interstício.
o Submaciez a percussão; • LAVADO TRAQUEAL + SWAB NASOFARÍNGEO:
o Tosse • Pós-mortem:
o Crepitação; o Hiperemia pulmonar
o Sinais de toxemia. o Atelectasia
o Na fase grave: intensa dispneia com o áreas róseo-claras ou esbranquiçadas:
gemidos EXPIRATÓRIOS. anemia, enfisema ou fibrose;
o Auscutação: dispneia mista ou expiratória. o Deposição de material amarelado na
o Ruídos traqueobrônquico, superfície pleural indicativa de exsudação
broncobronquiolar rude e áreas de silencio fibrinosa, purulenta ou ambas
são sinais de comprometimento do o Textura firme em áreas de consolidação
parênquima pulmonar. fibrose
o Odor fétido- pús. o Formação de nódulo
• Diagnóstico: alterações acompanhadas do o Broncopneumonia: consolidação irregular
aumento das frequências cardíaca e respiratória e na região crânio-ventral dos lobos craniais,
da temperatura retal podem confirmar o de coloração vermelho escuro a
diagnóstico. acinzentado.
o Diagnóstico definitivo: requer exames o Pneumonia intersticial: áreas difusas e
complementares mais específicos como não colapsadas de consolidação,
ultrassonografia, radiografia, broncoscopia principalmente, na região dorso-caudal dos
ou análises citológicas e microbiológicas. pulmões.
o Pneumonia granulomatosa: presença de
nódulos focais ou multifocais a
coalescentes (granulomas) no parênquima
pulmonar. SINUSITE
• Tratamento: • SEIOS FRONTAIS (descornas), SEIOS
o Isolamento dos animais doentes; MAXILARES(afecções dentais) e MÚLTIPLOS
o Antimicrobianos SEIOS( neoplasias, chifres, fraturas ósseas,
▪ Oxitetraciclina solução- 10 ostrus ovis)
mg/kg(IM) a cada 12 horas por 4 • • Sinais clínicos:
dias. o Aumento de volume externo ou
▪ Florfenicol- 40 mg/ kg( SC) dose amolecimento do seio
única . o Descarga nasal uni ou bilateral
▪ Sulfa + trimetropina- 15 a 60 mg/kh o Mucopurulenta
(IV) a cada 24 horas por 3 dias. o Mau cheiro e fluxo de ar desigual
o Anti-inflamatorios AINS: o Sinais de dor de cabeça
▪ Flunixin meglumine- 2,2 mg/kg( o Olhos fechados/pescoço extendido
dose de ataque) e 1,1 mg/kg( IM) a o Head pressing
cada 24 horas por 3 dias. o Febre, anorexia e letargia
o Broncodilatadores: o Sinais nervosos
▪ Clembuterol- 0,8 µg/kg (VO) a cada • Diagnóstico: sinais clínicos, percussão e palpação
24 horas. dos seios, cultura e antibiograma, perfuração
o Expectorantes: sinusal diagnostica.
▪ Iodeto de potássio- 5 a 10 • Tratamento:
mg/kg(VO) a cada 6 horas. o Limpeza da ferida cirúrgica: Solução salina
▪ Bromexina- 0,2 a 0,5 mg/kg (IM ou + desinfetantes suaves
VO) a cada 6 horas. o Antibiótico sistêmico (7-14 dias)
o Antipirético: o Penicilina geralmente é eficaz
▪ Dipirona- 50 mg/kg (IV) quando o Trepanação sinusal (em dois pontos)
apresentar febre maior que 39,4 °C. 2,5cm de diâmetro
• Profilaxia: o Pus líquido – bom prognóstico
o Vacinação (2 a 4 semanas antes do o Piogranulomas – prognóstico reservado
desmame e uma de reforço no desmame). o Retirada de dentes acometidos (quando
o CattleMaster: IBR, BVD, Pi3 e BRSV- for o caso)
vacina-se aos 3 meses e reforço após 30
dias. Revacinação anual com dose única.

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