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Estudo Ultrassonografia Cardíaca II

Aula 1

História:

1971- Primeiro trans esofágico descrito.

2007 – 3D

Indicações para trans esofágico:

• Trans torácico não conclusivo


• Visualização de estruturas não visualizadas por trans torácico
• Impossibilidade de via por trans torácico
• Imagens com maior acuidade de diagnóstico
• Bloco operatório
• Cardiologia de intervenção
• Fonte embólica
• Endocardite infeciosa
• Próteses valvulares
• Anomalias no septo intra-auricular
• Massas ou tumores
• Patologia da aorta
• Pré – cardioversão elétrica de FA

Apêndice auricular

Contraindicações absolutas:

• Perfuração ou ulcera do esófago


• Estenose do esófago
• Tumor do esófago
• Divertículo esofágico
• Hemorragia digestiva alta ativa
Contraindicações relativas:

• Radioterapia prévia no pescoço ou tórax


• História de cirurgia gastroinstestinal
• Hemorragia digestiva alta recente
• Esófago de Barret
• História de disfagia
• Hérnia do hiato
• Varizes do esófago
• Esofagite ativa
• Ulcera péptica ativa
• Trombocitopénica
• Restrição do movimento do pescoço

Complicações major:

• Morte
• Rutura do esófago
• Laringospasmo ou broncospasmo
• Edema agudo do pulmão
• Taquicardia ventricular

Complicações minor:

• Arritmias
• Dessaturação
• Hemorragia minor
• Hipotensão

Apesar da taxa de complicações ser baixa ( 0.18 – 2.8 %), o TEE não deixa de ser um
procedimento semi-invasivo que não é isento de riscos logo a indicação deverá ser clara e
convincente.

Entubação:

• Decúbito lateral esquerdo


• Remover próteses dentárias
• Anestesia da orofaringe
• Sedação
• Colocar o bocal de proteção da sonda

Posições standart do transdutor:


Vias e incidências:
A válvula mitral tem 6 segmentos, sendo estes 3 anteriores ( A1, A2, A3) e 3 posteriores (P1, P2
, P3)

Aula 2

O trans esofágico apresenta maior acuidade que o TT sobretudo nos tumores cardíacos.

ETE a nível da Endocardite infeciosa:

Oferece informações sobre:

• Diagnóstico
• Avaliação de complicações
• Indicação cirúrgica
• Intraoperatório

Um ETE negativo nunca descarta a possibilidade de endocardite infeciosa, e em caso de


suspeita persistente de endocardite infeciosa o ETE deverá ser repetido por precaução. Neste
tipo de doença o TT e o ETE funcionam como complemento um do outro e deverão ambos ser
realizados em todos os doentes que tenham uma suspeita de Endocardite Infeciosa.
Vegetações:

O ETT tem uma sensibilidade de 75% no diagnóstico de infeções, mas ao realizar ETE esta
sensibilidade poderá aumentar para 85-90%.

Abcesso:

A sensibilidade para o diagnóstico de abcessos do ETE é de 90%.

Outras lesões:

O ETE tem uma grande importância para a avaliação de doenças como aneurisma valvular,
perfuração ou prolapso valvular e rutura dos músculos papilares.

Válvula Mitral:

Quando os folhetos têm uma mobilidade aumentada diz se que existe um prolapso mitral.

Quando existe uma restrição dos folhetos em diástole diz se que há doença mitral reumática.

Quando há uma restrição dos folhetos em sístole diz se que é cardiopatia isquémica dilatada.

ETE respostas a fornecer:

• Anatomia da válvula
• Causa e mecanismo da regurgitação
• Quantificação da regurgitação
• Probabilidade de reparação cirúrgica eficaz
• Controle da eficácia da mesma

Doenças da aorta:

A proximidade entre ambos faz com que exista uma alta definição das imagens em ETE.

Respostas a fornecer:
Vias obrigatórias: TSVE, válvula aórtica, aorta ascendente, arco aórtico e aorta descendente

Aula 3 endocardite

Endocardite infeciosa:

Infeção do miocárdio normalmente causada por bactérias ou fungos. Esta pode provocar febre,
sopros cardíacos, petéquias, anemias, fenómenos embólicos e vegetações endocárdicas, estas
vegetações podem levar a obstrução ou insuficiência valvular, abcesso do miocárdio ou
aneurisma micótico.

Endocardite não infeciosa:

Formação de trombos estéreis de fibrina e plaquetas nas válvulas cardíacas e endocárdio


adjacente.

Deve-se fazer o trans esofágico quando:

Pacientes com válvula proteica, o tt não é suficiente para diagnóstico, estabeleceu-se o


diagnóstico de endocardite infeciosa clinicamente.

Razões para falsos negativos:

• Má janela acústica
• Vegetações de pequenas dimensões
• Embolização recente
• Vegetações pouco móveis
• Locais atípicos das vegetações
• Existência de lesões cardíaca pré existentes

Características ecocardiográficas das vegetações:

Massa aderente, com forma irregular, com densidade distinta à da superfície cardíaca onde
está aderida, pediculada com movimento errático que não acompanha o movimento da
válvula.

Deteção de vegetações:

ETT : 40 -80%

ETE: > 95%

Complicações da endocardite:
Flail, abcesso, aneurisma, fistula, desneregência da válvula protésica, embolização, efusão
pericárdica. Regurgitação valvular aguda, falência cardíaca, shunt intracardíaco, tamponamento
cardíaco, obstrução valvular, hemólise.

Exemplos de abcesso:

Exemplo aneurisma:

Exemplos de imagens:
Critérios major para endocardite:

• Vegetação
• Abcesso
• Pseudoaneurisma
• Atividade anormal
• Lesões paravalvulares definitivas
• Culturas positivas

Critérios minor para endocardite:

• Febre
• Achados ecocardiográficos sugestivos, mas que não entrem nos major
• Predisposição
• Fenómenos vasculares

Classificação para Endocardite:

Sim – 2 major; 1 major e pelo menos 3 minor; 5 minor

Possível – 1 major e 1 ou 2 minor; 2 a 4 minor

Não – não apresenta critérios

Classes de recomendação:

Classe I – é recomendado ou indicado

Classe II – deve ser considerado

Classe III – não é recomendado


Critérios de Duke:

Aula 4

Massas cardíacas

Método de diagnóstico de eleição:

• Localização da massa
• Morfologia da massa
• Envolvimento das estruturas valvulares
• Possibilidade de múltiplas massas
• Avaliação da repercussão hemodinâmica

Vias de ETE recomendadas:


Frequência usadas para o diagnóstico de massas: 5 -7 Hz.

Tumores:

• Raros e podem ser benignos ou malignos.


• Dividem-se em primários e não primários.

Achados ecocardiográficos do mixoma:

• Massa única
• Maioria da localização fossa ovalis
• Forma globosa ou irregular
• Lesão pediculada
• Grande mobilidade
• Contorno variável
• Ecoestrutura variável

Fibroelastoma papilar:

Necessário uma realização diferencial com outras estruturas comom vegetações, calcificação
valvular, entre outras.

Os tumores secundários atingem o coração por extensão direta, disseminação linfática ou


extensão intracavitária.

Trombos intracardíacos:

A estase sanguínea irá provocar a formação de trombos

VE – a formação de trombos ocorre em regiões de estase sanguínea como o aneurisma apical


acinético e discinético. ( ETT maior sensibilidade mas ETE maior especifidade)

AE – associados a dilatação auricular, doença da válvula mitral e FA. (ETE tem uma elevada
sensibilidade para detetar trombos na AE)

Coração direito – a documentação de trombos é rara sendo documentada quando existe


dilatação severa do VD e disfunção sistólica. Podem ser formados trombos nos cateteres e
eletrocateteres sendo quando não estão aqui formados são maioritariamente de origem
venosa.

Aula 5
A – Septo intrauricular lipomatoso

B – Aneurisma do septo intrauricular

C – Corda com inserção mesoventricular VE

D – Desnerescência casiosa

Kissing lesions – lesão causada por uma lesão de uma estrutura que passa para outra

Aula 6

Miocardiopatias

Doenças que envolvem principalmente o miocárdio e não são resultado de hipertensão


pulmonar, cardiopatia congénita, doença valvular, doença coronária ou anomalias de
pericárdio.

Classificação clínica:

• Dilatada
• Hipertrófica
• Restritiva
• Displasia arritmogénica do VD
• Outras

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