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Maria Eduarda Cabral

Zoonoses e

Higiene Sanitária
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SUMÁRIO

Zoonoses e Higiene Sanitária p.1


Brucelose p.5
Tuberculose p.9
Leptospirose p.12
Raiva p.18
Febre Maculosa Brasileira p.22
Doença de Chagas p.27
Toxoplasmose p.33
Febre Amarela p.38
Hantavirose p.43
Leishmaniose Tegumentar Americana p.49
Leishmaniose Visceral p.55
Introdução a Higiene dos Alimentos p.60
Higiene Pessoal, Ambiental e de Alimentos p.64
Boas Práticas p.68
APPCC p.72
Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA's) p.74
Salmonelose p.79
Shigelose p.82
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SUMÁRIO

Listeriose p.83
Bacillus spp. p.86
Botulismo p.87
Clostridium perfringes p.89
Escherichia coli p.91
Campylobacter spp. p.93
Vibrio cholerae p.95
Enteroviroses p.97
Hepatite A-------------------------------------------------------------------p.98
Hepatite E-------------------------------------------------------------------p.99
Rotavírus--------------------------------------------------------------------p.99
Vírus Norwalk---------------------------------------------------------------p.100
Parasitoses p.100
Complexo Teníase-Cisticercose-----------------------------------------------p.100
Giardíase-------------------------------------------------------------------p.104
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 zoonose recentemente conhecida


ou uma zoonose já reconhecida mostrando um aumento
na incidência ou na expansão em uma área geográfica, ou
 zoonoses: “zoon” = animal; “nossos” = doença. alterações no comportamento do vetor ou hospedeiro.
 é uma palavra de origem grega.  está ligada a uma doença nova e que foi recentemente
conhecida ou uma doença que teve alguma alteração,
podendo ser uma mutação no DNA ou alteração no
, existe a possibilidade
vetor.
do ser humano transmitir uma doença para o animal,
porém, os primeiros conceitos falavam que eram doenças  são aquelas que reaparecem
que os animais transmitiam. depois de sua erradicação ou controle, em geral indicando
falha nas ações de controle.
 Século XIX: o médico alemão Rudolf Virchow introduziu o
conceito.  é uma doença que não existia mais, mas por alguma
falha no controle ela retornou com as mesmas
características de antigamente.
 é algo ruim por mostrar uma falha nesse método de
 doenças ou infecções naturalmente controle, podendo ser por falta de legislação rigorosa
transmissíveis entre animais vertebrados e seres para o controle dessa doença, falta de vacinação e
humanos. entre outros.
 o sentido de transmissão do animal para o humano é
maior, mas não anula a existência da transmissão do
animal para o humano.
 doenças relacionadas a operação
ou trabalho que a pessoa está exposta.
 apresenta relação com o trabalho do indivíduo.
 se é uma doença que tem o sentido de transmissão
uma maior capacidade de agregar a doença ao
humano a partir de um animal, a profissão mais
susceptível a ter uma zoonose ocupacional é o médico
veterinário, zootecnista e todos que trabalham
diretamente com os animais.
 brucelose: tem a característica de ter a transmissão
com pessoas diretamente envolvida com o abate
desses animais ou com a produção dos mesmos.
 leptospirose: tem uma relação com todos aqueles
que trabalham com a higiene do esgoto, com água
contaminada ou água não tratada.  A gripe suína já esteve presente a alguns tempos atrás,
acarretando em problemas de saúde e embargos
 precisa saber se essa zoonose tem um papel econômicos.
ocupacional para realizar análises estratégicas para
eliminar e controlar essa doença.  A partir do momento que entende a cadeia da doença
consegue controlar esses determinantes e fatores.
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 Bacil us anthracis já foi usado como bioterrorismo, a febre  Raiva.


aftosa em alguns países que já obteve a erradicação da  Hantavirose.
doença pode ser usada como bioterrorismo.
 De acordo com a OMS: Bacterianas
 60% dos patógenos humanos são zoonóticos.
 Tuberculose.
 75% das enfermidades emergentes humanas são de
origem animal.  Brucelose.
 80% dos patógenos que poderiam ser usados em  Leptospirose.
bioterrorismo também são de origem animal.
Fúngicas

 Dermatofitoses.

 Período neolítico (a.c): intensificação da agricultura, Parasitárias


domesticação dos animais e início de vida em aldeias.
 Toxoplasmose.
 Idade média (d.c): cidades medievais em castelos
 Teníase e cisticercose.
feudais (aglomeração de pessoas, alimentos e resíduos:
animais sinantrópicos).  Hidatidose.
 os animais sinantrópicos se aproximam em busca dos  Leishmaniose.
alimentos, abrigo e água, esses animais possuem  Giardíase.
agentes etiológicos diversos e pela aproximação
transmite a doença para os seres humanos.
 Últimos 50 anos: crescimento permanente do raiva
conhecimento disponível do tema zoonoses! ANTROPOZOONOSES
aumento de zoonoses: países subdesenvolvidos! estafilococose
As zoonoses ainda são mais prevalentes em países AMPHIXENOSIS
subdesenvolvidos devido a relação da qualidade ambiental Mycobacterium tuberculosis
interferir diretamente na interação dos animais
ZOOANTHROPONOSES
(principalmente sinantrópicos), não fornecendo uma boa
qualidade de água, não possuindo uma boa qualidade na
 A maior parte das doenças são classificadas como
inspeção de alimentos, não apresentando saneamento
antropozoonoses, são doenças transmitidas dos animais
que acometem o humano.
básico, sendo uma porta de entrada para diversas doenças.
 ex. raiva.
O Brasil está incluso nessa lista de países
 As amphixenosis tem o mesmo sentido de transmissão,
subdesenvolvidos.
pode atingir humano e animal na mesma velocidade,
acontece nos animais e humanos.
 ex: Staphylococcus, presente na microflora do humano
e do animal.
 Enquanto as zooanthroponoses teremos os animais sendo
acometidos, se refere a doença que o humano pode levar
Virais até os animais, é mais raro esse sentido de transmissão.
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 ex. Mycobacterium tuberculosis.  ex. toxoplasmose.


 o toxoplasma precisa ter o oocisto caindo no
ambiente para se tornar maduro e infectante para
o humano, o agente necessariamente para
Zoonoses diretas continuar seu ciclo de transmissão precisa da fase
ambiental.
 Doença se mantém na mesma espécie de vertebrado.
 ex. raiva - antropozoonose viral direta.
 A doença está na espécie do vertebrado, não depende de
mosquito, carrapato, não precisa passar um ciclo do
agente etiológico no humano.. ou seja, não depende de  Virais: raiva (doente e portador).
nenhum outro meio.
 Bacterianas: Leptospirose, Brucelose por B. canis.
Ciclozoonoses  Fúngicas: Dermatofitoses, Esporotricose.

 Doença precisa passar por dois vertebrados para


completar seu ciclo.
 ex. complexo teníase-cisticercose.
 se controlar pelo menos um dos vertebrados já  Protozoários: toxoplasmose, leishmaniose visceral,
não tem a doença, por isso é realizado uma giardíase.
inspeção criteriosa nas linhas de inspeção.
 Helmintos: hidatidose, larva migrans – cutânea e
 É obrigatório ter dois vertebrados para completar seu visceral.
ciclo, caso não tenha esses dois vertebrados, o ciclo não
se completa.  Artrópodes: sarna sarcóptica, infestação por pulgas
 ex: complexo teníase-cisticercose – se controlar pelo ou carrapatos.
menos um dos vertebrados já não tem a doença, por
isso é realizado uma inspeção criteriosa nas linhas de
inspeção.
 Viral, antropozoonose, direta.
 o hospedeiro definitivo é o homem e o hospedeiro
intermediário é o suíno ou bovino.  não precisa do ambiente ou invertebrado para
transmitir para o humano.
Metazoonoses  o ciclo da raiva é muito complexo podendo ter várias
vertentes.
 Doença precisa passar por invertebrado, ou seja, o
agente etiológico precisa passar por um invertebrado.
 ex. leishmaniose.
 precisa do mosquito palha para transmitir a
doença, esse mosquito pica o animal acometido e
após isso pica o ser humano, se não tiver esse
mosquito não tem a doença.

Saprozoonose

 Agente precisa passar por fase ambiental sem


parasitismo.
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 clássicas: brucelose e tuberculose.


 emergente: listeriose alimentar,
3.

 complexo teníase/cisticercose; toxoplasmose.

 Parasitária, antropozoonose e ciclozoonose.


 Parasitária, antropozoonose e metazoonose.

 Parasitária, Antropozoonose, Saprozoonose.

Vigilância epidemiológica

 Veterinário é profissional de saúde! (Resolução do


MS/CNS n. 287/98).

 Coleta sistemática e contínua, análise e interpretação de


dados sobre desfechos específicos, para uso no
planejamento e avaliação das práticas de saúde pública ou
1. gastroenterites defesa animal.
associadas a ingestão de alimentos.
 clássica: salmonelose.
 emergente: campilobacteriose.
2.
 É qualquer doença localizada em um espaço limitado
denominado “faixa endêmica”.
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 É qualquer doença que tem o conhecimento da sua


quantidade em um espaço limitado (ex. cidade e região).
 A pandemia é uma epidemia que atinge grandes
proporções, podendo se espalhar por um ou mais
continentes ou por todo o mundo.
 É uma doença infecciosa e transmissível que ocorre numa
comunidade ou região e pode se espalhar rapidamente  Ultrapassa regiões territoriais.
entre as pessoas de outras regiões, originando um “surto  Apresenta uma grande extensão territorial, atingindo mais
epidêmico”. de um continente ao mesmo tempo.
 Ultrapassa o nível esperado, pode ter dentro de uma
doença endêmica surtos epidêmicos, isso é visto na
dengue.

Grande parte da quantidade de bactéria encontrada Rato do deserto: Brucella neotomae.


estará no material abortivo, sendo necessário saber
destinar corretamente esse material. Caninos: Brucella canis.
 Brucella canis é a menos patogênica para o homem.
Ovinos: Brucella ovis.
Animais: Doença de Bang, Aborto Contagioso e Aborto Cetaceos: Brucella ceti.
Infeccioso.
Pinipedes: Brucella pinnipedialis.
Homem: Febre de Malta, Febre Ondulante, Febre de
Gibraltar. Camundongo do campo: Brucella microti.
 os sintomas entre os animais e o homem são  não apresenta uma característica zoonótica.
diferentes, sendo nos humanos os principais sintomas A Brucella não é espécie-específica porque podemos
a febre e fadiga. encontrar Brucella abortus em caprinos também, ou seja,
essa bactéria apresenta uma preferência pela espécie, mas
pode ocorrer uma transmissão entre espécies animais
Coco-bacilo gram-negativo do gênero Brucella. também.

Caprinos e ovinos: Brucella melitensis.


 a Brucella melitensis é a mais patogênica para o
homem, mas ainda não é encontrada no Brasil.
Bovinos e bubalinos: Brucella abortus.
 Brucella abortus é a principal bactéria estudada e é a
que é realizado o controle no Brasil.
Suideos, lebres, renas, roedores: Brucella suis. O microrganismo é sensível sob a luz solar direta.
 Brucella suis é rara acontecer a transmissão para o O e o são as duas
humano. principais fontes de contaminação, são os locais de
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predileção para a multiplicação bacteriana, encontrando  problemas no sistema reprodutor, podendo ter
grande quantidade de bactéria e se estiver com a ausência repetição de cio também.
da incidência solar ela sobreviverá um tempo superior no
ambiente, chegando até 200 dias.

Epididimite e orquite nos machos.


 o macho quando atingido tem uma inflamação no
sistema reprodutor.

Maior prevalência de foco e fêmeas soropositivas no


noroeste do Paraná.
A Santa Catarina consegue controlar com muita eficácia
a Brucelose, as cidades ao entorno da fronteira com esse
estado contêm barreiras sanitárias melhores. A fêmea gravida tem bastante progesterona e açúcares
envolvendo a gestação, sendo uma atração para a
bactéria, encontrando um ambiente favorável para a sua
multiplicação.
Febre aguda e irregular.
 febre ondulante e oscilante, indo e voltando ao longo
das semanas. Direto.
Suores noturnos.  em humanos tem a forma direta de transmissão, sendo
Fadiga. o contato direto com o material abortivo.
 aparece inicialmente como se fosse uma gripe, tem Indireto.
fadiga grande, febre ondulante, suores noturnos..  a forma indireta é uma das mais relatadas pela
Anorexia. questão de alimentos não pasteurizados.
Perda de peso.  sendo importante tomar cuidado com os alimentos.
Dor de cabeça.
Artralgia.
Oral.
 bastante relatada em casos de brucelose, mas são
casos relatados na cronicidade da doença. Conjuntiva.
Pele.
Tendência a cronificar (se não tratada).
 em animais pode ter a forma direta, podendo entrar
pela via oral, conjuntival e pela pele.
 quando comprar um animal tem que observar o status
Nas fêmeas prenhes produz placentite seguida de aborto sanitário do animal.
(terço final da gestação).
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A transmissão venérea é rara, porém existe, a forma mais Tem as provas de triagem, sendo o teste do anel do leite
fácil de introduzir a doença no rebanho de forma venérea é (TAL), esse teste é um teste de rebanho e de fácil
execução.
pela inseminação artificial, pois insere a bactéria na região
 se baseia na união do antígeno com anticorpo, se tiver
de sua predileção, já que o sêmen é depositado diretamente
dentro do leite anticorpos contra Brucella abortus e se
no colo do útero. ao colocar a hematoxilina (corante azul) forme o anel
Na monta natural tem que passar pelo fluido vaginal que do leite, será positivo para brucelose.
contém enzimas e pH mais ácido, podendo eliminar a  se der positivo, ao colocar o antígeno no leite irá se
juntar com os anticorpos e a gordura do leite vai
bactéria. A brucelose é uma doença ocupacional, sendo
começar a puxar essa malha de antígeno e anticorpo
necessário fazer educação em saúde. formando o anel do leite.
O teste do antígeno acidificado tamponado tem a mesma
característica de busca de anticorpos pelo soro dos
animais, se der positivo nesses de triagem faz o teste da
prova confirmatória.
Se fizer trânsito internacional entre os animais tem que
realizar o teste de fixação do complemento.

Notificação obrigatória!!!
Art. 5º do Decreto 5.741/2006 (PNCEBT) revogado pela
IN10/2017.
IN 30/2006, que disciplina a habilitação de Médicos
Veterinários no PNCEBT.
DIRETO: pesquisa do agente.
A brucelose é de notificação obrigatória, sendo notificação
 isolamento do agente (arriscado!). compulsória e imediata, ou seja, tem um tempo de 24h
 PCR. para fazer a notificação para os órgãos de competência.
 imuno-histoquímica.
Não é muito comum devido ao seu risco, não sendo de
rotina fazer a pesquisa doo agente de forma direta. Doxiciclina, aplicada por no mínimo 6 semanas, e
estreptomicina.
INDIRETO: pesquisa dos anticorpos.  humanos e animais domésticos.
 sorologia O tratamento nos animais é realizado apenas nos animais
domésticos, ou seja, que não sejam animais de rebanho
porque é um tratamento caro e longo, não compensando
para o produtor realizar.
O protocolo é igual em humanos e animais, a doxiciclina é o
antibiótico de escolha, caso não apresente efeitos pode
escolher a estreptomicina.
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Para prevenir a doença humana, é necessário controlar e Interfere no exame.


erradicar nos animais!!!  somente após 24 meses após vacinação.
A vacinação é a principal estratégia para prevenir a  exame sorológico em fêmeas vacinadas com B19 pode
brucelose, existe uma legislação por trás dessa vacinação. ser feita após 24 meses da vacinação para não dar
No humano não tem essa vacinação, então, praticamente, interferência devido a presença do antígeno O.
o papel do veterinário é fundamental para controlar a
doença. RB51
PNCEBT, 2017: vacinação de bezerras de 3 a 8 meses
com a B19. Não possui antígeno (O).
 a vacinação é obrigatória em bezerras de 3 a 8 Menor risco de aborto.
meses, sendo uma dose única. Não interfere na sorologia.
 a B19 é a mais comum, mas também existe a RB51. Menos patogênica humana.
IN 13/2007: permite a RB51 em bezerras com mais de
9 meses.
IN 10/2017: permite a RB51 em bezerras de 3 a 8 SEMPRE consumir leite ou derivados pasteurizados!!!!
meses.
Conscientizar a população sobre o risco.
 antes era exclusivo da B19 a vacinação de bezerras
Coibir o comércio de POA clandestinos.
de 3 a 8 meses.
 médico veterinário: inspeção e vigilância sanitária.
EPI no momento da vacinação
 doença vinculada à profissão.

Luvas.
Óculos com proteção lateral.
Máscara (N95).
A RB51 marca as fêmeas com um V na face esquerda, a
Bota.
B19 coloca o último dígito do ano também na face
esquerda. Camisa de manga comprida.

Ambas são cepas atenuadas de B. abortus. Segundo o Decreto no 9013/2017.


 cepas atenuadas apresentam um risco para quem irá Art.138.
manusear a vacina.
 § 4º os animais reagentes positivos a testes
diagnósticos para brucelose, na ausência de lesões
B19
indicativas, podem ter suas carcaças liberadas para
Antígeno liso (O). consumo em natureza.
Patogênica humana.  final do abate.
 mais patogênica para o humano. Animal positivo para brucelose leva para o abate sanitário,
é um abate de emergência mediato, deixando por último o
Pode causar aborto. abate para não ter contaminação da linha, para diminuir a
Pode causar orquite. velocidade da linha de abate e instruir que os
trabalhadores tenham atenção para ter a prevençã.
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Animais positivos, mas que não tenham nenhuma lesão Presença de lesão indicativa (bursite), retira a bursite e
indicativa (bursite com bastante conteúdo purulento), tem região do sistema reprodutor e faz o tratamento a
a carcaça liberada para o consumo em natureza, quente.
retirando a região de sistema reprodutor e o restante da  ex. cozimento do restante da carcaça, sendo um
carcaça pode ser consumida.
aproveitamento condicional.
Se encontrar na inspeção ante mortem animal com febre,
esse animal terá que ser descartado pela febre, sendo
condenação total.

Os macrófagos são atraídos pela bactéria para tentar


contê-la, com isso, essa bactéria se aloja no interior dos
macrófagos, gerando os nódulos caseosos.
A tuberculose bovina é uma doença tão antiga quanto a
Inicialmente são nódulos com presença de pus, ao longo do
civilização. tempo se tornam granulomas e ficam com aspecto
 antigamente pensava que a tuberculose bovina e arenoso.
humana possuía a mesma espécie de agente causador
envolvida, ou seja, o mesmo Mycobacterium. Ácido–álcool
resistentes
1882: anunciou que havia cultivado o bacilo (coloração ziehl
responsável pela doença do homem e dos bovinos (grande neelsen)
divisor de águas na história da tuberculose).
 também conhecido como bacilo de Koch devido ao
Robert Koch que conseguiu cultivar o Mycobacterium. Não consegue isolar a espécie por meio da coloração de
1911: bovinos tuberculosos representavam um grande gram, então, é realizado a coloração de ziehl-neelsen, faz a
risco para a saúde pública (prevalência na Europa de 20 a coloração e ao usar o álcool para descolorir os bacilos, eles
40% dos bovinos) – elaborado programas de erradicação! serão resistentes e não irão descolorir com o álcool, depois
joga o azul de metileno para corar os que não são álcool
resistente.

Complexo Mycobacterium tuberculosis


M. tuberculosis.
M. bovis. Todos os mamíferos!
M. africanum. Doentes crônicos perpetuam a doença.
É o complexo que tem potencial zoonótico para o homem. Às vezes a tuberculose por apresentar a característica
crônica, faz com que o portador não apresente nenhuma
Crescimento lento, sintomatologia, entretanto, ele continua perpetuando a
invadem macrófagos doença, devido a isso, é importante adquirir animais com o
formando nódulos mesmo status sanitário que o rebanho possui.
caseosos.
Demora de semanas a
meses para ocorrer
sua multiplicação.
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Mastite.
Infertilidade.
Queda na produtividade/desempenho.
 proprietário irá observar uma queda na produtiva
principalmente.
Linfadenomegalia.
 é difícil ser vista em animais vivos.

Estudo conduzido pelo professor José Soares Ferreira Neto


(USP) – 2016.
Grande parte do Brasil possui poucos casos de
tuberculose, o maior foco é na região centro-sul de casos
de animais positivos para tuberculose.
A hipótese para esse maior foco é por serem locais que
apresentam uma concentração maior de rebanho leiteiro,
o rebanho leiteiro por possuir animais que vivem por um É uma zoonose ocupacional, apresentando uma relação
período maior devido a sua utilização leiteira, notamos mais direta com os profissionais que lidam com esses animais.
casos para tuberculose. Animais para humanos
contato direto: médico veterinário e magarefes.
 manipulando o animal, o bacilo faz a entrada pela via
Tosse. aerógena.
Febre. contato indireto: leites e seus derivados.
Escarro (sangue).  pelos alimentos, os mais relacionados a grandes surtos
 fase avançada. com tuberculose são os produtos lácteos que não
Dificuldade respiratória. passam pela pasteurização, pois a temperatura
utilizada para a pasteurização é suficiente para
Emagrecimento progressivo. eliminar o M. bovis.
A sintomatologia humana é semelhante à dos animais,  a produção de queijos com leite cru tem que ter no
devido a cronicidade pode confundir com várias doenças mínimo 60 dias de maturação e rebanho livre de
por conta dos sintomas inespecíficos. tuberculose e brucelose.
A maior sintomatologia é a tosse que persiste por um Humanos para animais
tempo prolongado, uma tosse seca que pode se tornar A transmissão dos humanos para os animais também é
produtiva. Na fase mais avançada da doença é feito o teste possível, podendo carrear o M. bovis para o rebanho que
do escarro para fazer o isolamento do agente, ao fazer esse estava livre de tuberculose.
teste pode encontrar rastros de sangue.

Caquexia progressiva.
Tosse seca, curta e repetitiva.
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 os animais podem se contaminar pelo Mycobacterium


através da via digestiva, os bezerros durante a
amamentação podem ingerir, resultando no sítio
primário o digestório, ou seja, o leite da mãe positiva
para tuberculose pode contaminar os bezerros.

M. tuberculosis é o humano transmitindo para outro


humano.
Isolamento bacteriano.
Uma pessoa que tem o M. tuberculosis pode passar para
o animal, mas é uma via mais rara.  a resposta é depois de semanas a meses porque é a
característica do Mycobacterium, essa bactéria demora
para se multiplicar.
Baciloscopia.
 método mais comum.
 o teste do escarro é como se fosse o padrão ouro
para o diagnóstico em humanos, sendo feito a
baciloscopia logo após.
PCR.
Imunohistoquímica.

M. bovis é a via mais comum do humano transmitir para


os bovinos.

É a via mais comum de transmissão. Testa duas espécies de Mycobacterium, depois de 72h
Complexo primário nos pulmões e linfonodos adjacentes. volta e analisa o resultado.
É possível a forma digestiva nos humanos? E nos O diagnóstico animal é baseado na hipersensibilidade, sendo
animais? um teste alérgeno.
 a forma digestiva é bem comum nos humanos pela Utiliza a tuberculina avium e a tuberculina bovis, utiliza um
forma indireta de transmissão, ou seja, pela ingestão cutímetro para medir a tábua do pescoço do animal e
de alimentos contaminados, sendo o sítio primário o anota a espessura da pele.
digestivo. Depois disso inocula a tuberculina, sempre cranial é a
 o Mycobacterium pode ser encontrado em outros tuberculina avium e caudal é a tuberculina bovina, depois é
órgãos pelo carreamento do bacilo na circulação feita a leitura para observar se teve crescimento ou não,
sanguínea. por meio de uma comparação verifica se é positivo,
inconclusivo ou negativo.
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Se for positivo faz a marcação com a letra P e a conduta


frente a essa positividade é o abate sanitário.

NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA (IMEDIATA E


CONFIRMADO)!!!
Art. 5º do Decreto 5.741/2006 (PNCEBT).
IN10/2017 (PNCEBT).
IN 30/2006, que disciplina a habilitação de Médicos
Leitura em 72 horas. Veterinários no PNCEBT.
Na prega da cauda é feita em rebanho de corte.

É feito o abate mediato, coloca esses animais no curral de


sequestro, é realizado o abate por último por precisar
averiguar por mais tempo a carcaça e passar por um
critério de julgamento correto.

Controlar a sanidade animal – B&T.


Investigar fontes de contaminação de humanos doentes.
Coibir o comércio de POA clandestinos.
Incentivar pequenos produtores ao cooperativismo e
produção legalizada.

Doença de Weil, Icterícia Infecciosa. Bactérias patogênicas do gênero Leptospira.


 a leptospirose leva a um quadro ictérico, devido a isso
o nome popular é icterícia infecciosa, mas nem
sempre a icterícia aparece nas pessoas acometidas
com a doença. Roedores sinantrópicos (principal reservatório natural).
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 a urina dos ratos portadores da doença é o caminho Em torno de 10.000 casos/ano em locais que consegue
mais fácil de transmissão da leptospirose. fazer essa notificação, então fica aquela questão de
Ser humano, animais domésticos (caninos, suínos, bovinos, poder ser uma doença subnotificada.
equinos, ovinos e caprinos) e silvestres. Aumento de acordo com o volume pluviométrico, em
 dentre os animais de produção, os suínos e bovinos épocas de verão no sul e sudeste.
apresentam uma sensibilidade maior pela doença.  nas épocas de inverno no norte e nordeste pela maior
incidência de chuvas.
Aglomeração centrol-sul tem uma relação mais
demográfica, teremos mais pessoas com uma condição de
Desde Hipócrates (icterícia infecciosa). aglomeração e saneamento básico precário em alguns
1886: descrita por Weil. casos, ocorrendo a atração desses roedores
 foi descrita com maior afinco o quadro clínico nos sinantrópicos positivos para a bactéria ou pela notificação
humanos. ser maior.

Primeira guerra mundial: distribuição entre as Letalidade: se tiver um agravamento do quadro a


tropas pela questão sanitária. letalidade sobe para mais de 15%.
 a leptospirose apresenta uma relação direta entre o É uma doença endêmica com uma distribuição discrepante
ambiente, atração dos sinantrópicos para o meio pelo território brasileiro, se concentrando em grandes
urbano e a falta de saneamento básico. centros urbanos que possuem um aglomerado de pessoas
No Brasil: 1940 foi descrita no Rio de Janeiro em cães unidos com um baixo saneamento básico,
(Leptospira).
Centro-oeste tem um padrão para números de casos
para Leptospirose.

Países desenvolvidos: a leptospirose é considerada


uma patologia reemergente e ocupacional.
 já foi controlada, tem uma relação direta com o
saneamento dos países.
Países em desenvolvimento (que carecem da
estrutura sanitária básica): problema de saúde pública.
 países em desenvolvimento, como o Brasil, ainda é uma
doença endêmica e surtos epidêmicos em épocas de
enchentes.
Bactérias espiroquetas, espiraladas, flexíveis e móveis.
 são bactérias patogênicas.
 apresentam movimentos de saca rolha.
Cilindro protoplasmático que se enrola ao redor de um
filamento axial central.
Envelope externo de LPS e mucopeptídeos antigênicos.
 como fator antigênico tem um envelope externo de
LPS que leva a uma maior virulência da bactéria.
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 existe as bactérias saprófitas também, mas Pode ser transmitida ao humano pela urina dos animais ou
apresentam muitos sorovares patogênicos. através de órgãos e carcaças.
O ciclo se perpetua.

Epidemiologicamente, é importante saber o sorovar da


região para conseguir criar estratégias para o controle.

Patogênicas

L. interrogans. Leptospira Icterohaemorrhagiae


L. borgpetersenii.
L. inadai.
L. kirschneri. 200 sorovares. Rattus norvegicus.
L. noguchii.  é a espécie mais importante para a transmissão dentro
L. weilli . dos centros urbanos.
L. santarosai. Rattus rattus são os de telhados e comuns.
O sorovar mais importante é o Icterohaemorrhagiae.
 como sintomas teremos a característica de hemorragia
e icterícia.

Saprófitas

Participam do meio ambiente, mas não são patogênicas


para o humano.
L. biflexa.
L. wolbachii. 38 sorovares.
L. hollandia.
Por meio de alimentos, água, solo contaminado e animais
domésticos podemos ter acesso a bactéria.

Os roedores sinantrópicos portadores da bactéria e


carreadores, liberam a Leptospira pela urina chegando em
contato com a água e solo, o ser humano entra em
contato com a urina apresentando a doença.
Animais domésticos entram em contato com a água Mucosas: ocular, digestiva, respiratória, genital.
contaminada pela Leptospira, se tornam reservatórios
podendo transmitir para os humanos. sistema vascular: rins, fígado, baço, sistema nervoso
central, olhos e trato genital.
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Ação mecânica nas células endoteliais. É uma fase intermitente, sendo difícil realizar o diagnóstico

A Leptospira pode entrar através das mucosas ou pele e o isolamento bacteriano. Pode persistir por meses ou

íntegra, quando as pessoas permanecem em enchentes e anos, perpetuando a bactéria.

água contaminada por um período maior, irá causar uma


abertura do poro propiciando a entrada dessa bactéria.

Faz uma septicemia caindo na corrente sanguínea, sendo a Leptospiremia ou fase precoce
fase precoce da patogenia, pode cair em qualquer órgão e o
quadro clínico dependerá do local que ela se instalar. Mal estar.
Febre de início súbito e alta.
A bactéria faz uma ação mecânica nas células endoteliais
do sistema vascular. Cefaleia.
Dores musculares.
Lesões  relatada na panturrilha.
Náuseas ou êmese.
São variáveis conforme o órgão atingido.
Enterite.
: hemorragias, trombos e isquemia.
Complicações hepática, renais e vasculares.
 os trombos são originados pela lesão nas células
 o quadro inicial depende do órgão acometido.
endoteliais, após a formação do trombo pode resultar
em isquemia.
Fase tardia
interrompida com a produção de
anticorpos específicos e subsequente fagocitose das Manifestações clínicas graves!
“leptospiras” da circulação. caracterizada pela tríade de
 é conhecida como a fase precoce, ainda encontra a icterícia, insuficiência renal e hemorragias, mais
bactéria no sistema vascular, sendo a leptospiremia. comumente pulmonar.
 a fase precoce é interrompida quando o sistema  no geral, as pessoas apresentam a síndrome de Weil,
começa a tentar combater a Leptospira da circulação. sendo a icterícia, insuficiência renal e hemorragia.
 quando ocorre a apresentação da hemorragia na fase
pulmonar, em questão de dias a pessoa pode vir a óbito
Leptospiras se abrigam nos túbulos renais (não há ação se não tratada corretamente.
fagocitária). : letalidade de até
Se multiplicam e são eliminadas pela urina. 40%.
A fase de leptospirúria é intermitente e pode persistir
por meses ou anos.
Quando o sistema faz essa fagocitose, a Leptospira se Abortos.
abriga nos túbulos renais por ser um local que o Retenção de placenta.
organismo não consegue fazer fagocitose, por isso a importância
Fetos prematuros.
bactéria é eliminada pela urina, essa fase é chamada de econômica
Infertilidade. e social
lepstospirúria por ser eliminada pela urina para o meio
Mastites.
ambiente.
Queda na produção de leite e carne.
mais susceptíveis.
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É interessante realizar a vacinação para suínos e bovinos


em certas regiões que apresentem surtos frequentes.

Leptospirose canina: icterícia e lesões hemorrágicas.


 L. Icterohaemorrhagiae.
Grave comprometimento renal e outros sintomas
(icterícia).
Quando será possível detectar no exame direto?
 L. Canicola.
 terá relevância na fase de leptospiremia, pois consegue
Sinais clínicos dependem dos sorovares..... podem ser até fazer o isolamento da bactéria.
sinais inaparentes!!!  só funciona quando a pessoa e o animal está na fase
de leptospiremia.

Histórico.
Serviço de saúde deve notificar o serviço competente
 animal tem acesso a roedores sinantrópicos? tem
para o controle de endemias a cada caso confirmado.
acesso a enchentes? está em região de surtos
epidêmicos?
Contexto epidemiológico.
Exame físico do animal. Antibioticoterapia específica (1ª semana mais eficiente) e
tratamento de suporte do quadro clínico.
CONFIRMATÓRIO: exames laboratoriais!!!
 penicilina/doxiciclina.

Sorologia é o padrão ouro.


Recomendado pela OMS, Medidas socioambientais: água, esgoto e enchentes
Antígeno-O dos LPS. (investimentos em saneamento básico).

1:800 (áreas endêmicas). Vacinação de animais.


 nos animais de produção a vacina depende da região,
É positivo quando o ponto final da reação encontrar uma
não é uma vacina obrigatória, depende se é uma região
aglutinação de pelo menos 50%.
que está apresentando um surto epidêmico ou
apresenta uma endemia.
Controle de roedores.
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Três aplicações sucessivas, intervalo de sete a dez dias


entre elas.
Oferecer quantidade e número de locais suficientes para
contato de todos os roedores da colônia
Número de pontos: conforme local e intensidade da
infestação (importância do levantamento).
20 a 100 gramas de isca em cada ponto.

Basicamente são 3A’s, sendo eles: alimento, água e abrigo.


É importante evitar esses 3 pontos.

1. Levantamento de dados de agravos transmitidos por


roedores (mordeduras, p.ex.).
2. Identificação e caracterização da área-alvo.
3. Levantamento do índice de infestação predial: busca ativa.
4. Ações diretas de controle.
 desratização.
5. Análise de dados e programação continuada.

Permitidos pela ANVISA: anticoagulantes a base de


hidroxicumarina:
 pó de contato (usado exclusivamente no interior das
tocas).
 isca granulada.
 isca ou bloco impermeável (parafinado ou extrusado).
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Doença do Cachorro Louco, Hidrofobia. Imunofluorescência direta (IFD) + prova biológica.


 doença do cachorro louco porque o cão apresenta  precisa encontrar os corpúsculos de Negri também.
uma alteração comportamental, se tornando agressivo
e sendo uma fonte de contaminação para o humano.
 o humano apresenta essa hidrofobia por não
Rhabdoviridae.
conseguir deglutir.
Gênero Lyssavirus.
Cadeia de RNA linear.
Envelope lipídico antigênico (ligação acetilcolina –
Lyssavirus, da família Rhabdoviridae com oito genótipos. neurovirulência).
 envelope lipídico se liga a acetilcolina e consegue fazer
a movimentação chegando no órgão que tem a
Animais domésticos principalmente cães e gatos. Animais replicação viral, transmitido pela saliva para outros
silvestres: macaco, lobo, gato do mato, graxaim, guaxinim, animais e humanos.
raposa, gambá e todas as espécies de morcegos.

Hiperestesia, paralisia muscular, hipersensibilidade aos


estímulos sensoriais, miofasciculações e dificuldade de
coordenação motora, seja voluntária ou involuntária.
 o paciente precisa ser isolado para não ficar mais
exacerbado a alteração de comportamento devido ao
meio ambiente.

Apresenta uma sensibilidade viral a agentes químicos,


como detergentes e sabões, éter, acetona, álcool,
Inquietude, prurido no local da inoculação do vírus, componentes iodados, formol..
tendência a atacar objetos, pessoas e animais. Alterações  inicialmente pode indicar que faça uma limpeza
de tonalidade do latido (latido bitonal) e dificuldade de profunda da lesão, diminuindo a possibilidade de
engolir. distribuição do vírus até o sistema nervoso central,
 o cão começa a ter um latido grosso e depois fino, isso fazendo a eliminação de um fator.
ocorre devido a paralisia das cordas vocais.  é extremamente importante realizar essa higienização
na região que teve o ataque.
Resiste 35 segundos quando em temperatura de 60°C.
Através da inoculação do vírus presente na saliva do 4 horas a 40°C.
animal infectado, em geral por mordida, e mais raramente Raiva não tem tratamento!
por arranhaduras ou lambeduras de mucosas ou pele com
solução de continuidade.
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planta dos pés, essa pessoa tem que ter o esquema da


vacina mais aplicação do soro.
Lambedura e arranhadura são mais raras, a
saliva que faz a transmissão da raiva para os humanos.

Antropozoonose. O vírus é lento e é uma característica interessante para


OMS: 55 a 60 mil casos evoluam para óbito/ano. a realização do controle.
 existem relatos de pessoas que sobreviveram, mas são A incubação viral é longa, ou seja, o tempo que vai começar
poucas pessoas que conseguem se curar, porém, essas a apresentar os primeiros sintomas será longo, a média é
pessoas que se curaram, apresentaram diversas 60 dias, mas pode durar até anos.
sequelas. Após a inoculação viral, o vírus começa a andar de forma
 no geral, a letalidade se aproxima de 100%, sendo centrípeta por meio dos nervos, se liga nos receptores
importante trabalhar com a prevenção e controle da de acetilcolina nos nervos periféricos, migrando de 100 a
raiva. 400mm por dia.
Existe o ciclo aéreo que tem o morcego Desmodus  ao chegar no sistema nervoso central começa a se
rotundus desempenhando um papel importante, esse ciclo replicar, tem tropismo pelas glândulas salivares,
aéreo tem ganhado um papel fundamental na epidemiologia começando a ser transmitindo e iniciando os sintomas,
da doença. depois disso, começa a descer para os órgãos
A vacinação e a medicina veterinária foram importantes periféricos, chegando no pulmão e coração.
para o controle da raiva em cães e gatos, por conta disso, Por isso é importante realizar uma boa higienização, se
atualmente, o ciclo aéreo se destacou com casos de lavar adequadamente com água e sabão já é o suficiente
positividade para a raiva humana. porque o vírus é sensível, com isso, diminuímos a carga
Temos uma maior dificuldade de controle no ciclo silvestre. viral no local da agressão.
O vírus passa despercebido pelo sistema imune, pois fica
protegido pela bainha de mielina dos nervos, não acionando
o sistema imune.
Mordedura.
Lambeduras. saliva humanos
Arranhadura. meses sem apresentar sintomas!!
O protocolo utilizado nos humanos para fazer a escolha
 os morcegos demoram meses para apresentar os
de soro ou a vacinação pós-exposição é com base no local
sintomas, porém, enquanto isso eles estão eliminando
que teve a agressão e como foi essa transmissão.
o vírus e transmitindo para outros animais.
A mordedura é mais agressiva e faz a inoculação da
3 a 5 dias até apresentar sintomas.
saliva, dependendo do local que foi mordido, se for mais
próximo do sistema nervoso ou for locais com maiores  os animais domésticos apresentam os sintomas de 3
quantidades de nervos, como extremidade das mãos e a 5 dias, mas já estão transmitindo a doença e
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eliminando o vírus, depois vem a óbito dentro de 5 a 7 Diferencial: botulismo, cinomose ou corpo estranho em
dias.
orofaringe.
 se o animal teve a agressão, tem que deixar isolado e
em observação por 10 dias, analisando o Bovinos
comportamento do animal.
 se o animal ficou 10 dias em observação sem vir a Os herbívoros apresentam a forma paralitica, se afasta
óbito, significa que foi uma agressão por alguma dos animais e procura lugares sombreados, tem paralisia
alteração comportamental, cessando o protocolo do rúmen não se alimentando mais até vir a óbito.
vacinal no humano agredido.
DIFERENCIAL
EEB (encefalopatia espongiforme bovina – doença da vaca
louca).
laboratórios produtores de
Botulismo.
vacinas/cavernas.
Enterotoxemia.
 é caracterizado como uma doença laboral, pois os
trabalhadores que realizam a produção das vacinas ou Babesiose.
trabalham em cavernas, podem se contaminar pela via Intoxicações.
aerógena. Tétano.
Pessoas em contato com animais doentes/produção.

Importante enviar para laboratórios oficiais para fazer a


necropsia correta do animal e realizar o diagnóstico.

Hiperestesia

Hipersensibilidade aos estímulos sensoriais (tátil, olfativo,


auditivo, luminoso).

Paralisia
A notificação é baseada nos casos suspeitos, sendo a
notificação obrigatória. Paralisia de fibras musculares e dificuldade de
coordenação motora, seja voluntária ou não.
 fase de paralisia por adentrar no sitio de acetilcolina,
causando a paralisia de fibras musculares.
Sempre que o histórico tiver contato com animal
transmissor (mordida).

Horas até 3 dias.


Cães e gatos com sinais neurológicos.
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Alteração da sensibilidade no local da lesão:


formigamento, pontadas, dormência, calor ou frio.
Mudanças no comportamento habitual: extrovertido Médicos Veterinários,
para calado, introvertido para agitado, insônia. biólogos e manipuladores de laboratórios (3 doses):
 0, 7 e 28 dias.
Período inicial com sinais inespecíficos, tem em média de
 sorologia: > 0,5 UI/mL (14 dias).
horas até 3 dias após os 60 dias do período de incubação.
 se não atingir o valor mínimo da sorologia, faz uma
nova dosagem na vacinação e uma nova sorologia.

2 a 10 dias.
Sintomas se exacerbam: com água e sabão (quanto mas
 aerofobia. rápido, melhor será).
 sialorreia. 10 dias.
 alterações gastrointestinais. dias 0, 3, 7 e 14 (Nota Informativa
 alucinações, delírios e ansiedade. no 26-SEI/2017- CGPNI/DEVIT/SVS/MS, de 17 de julho
 hiperexcitabilidade intermitente. de 2017) – alteração.

Tem uma intensificação dos sintomas em um período mais


em caso de animal
confirmado, administrar até a terceira dose da vacina.
longa de 2 a 10 dias.
 aplicação de soro em casos mais graves, só pode até
o 7 dia, após 7 dias o soro não tem mais efeito.
 solução concentrada e purificada de anticorpos,
Alterações psicológicas. preparados em equinos imunizados com antígeno
rábico.
 aplicado no local da agressão e subcutâneo profundo
(região glútea - sobra).
100%.
 é uma solução purificada de anticorpos, o que
As paralisias progridem de forma irregular e sobrar coloca na região glútea.
descoordenada.
Em geral atingem musculatura lisa e estriada, inclusive
respiratória, gerando alterações ventilatórias
A morte se dá após complicações que comprometem
vários órgãos e sistemas.
O tratamento é suporte.

Doença de notificação compulsória ao SVO, devendo ser


informada pelo meio mais rápido disponível e de
investigação epidemiológica com busca ativa, para evitar a
ocorrência de novos casos e óbitos. Programa Nacional de Controle da Raiva em Herbívoros.
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Controle da população de transmissores (usualmente os Método seletivo indireto: pasta ao redor de feridas
morcegos hematófagos Desmodus rotundus). recentes nos herbívoros.
Vacinação dos herbívoros domésticos em situações  passar ao redor das feridas porque eles costumam
específicas. voltar para o animal.
Vigilância epidemiológica.
Educação em saúde e outros procedimentos de defesa
sanitária animal.

Receptividade.
 alimento.
 abrigo.
Vulnerabilidade:
Sempre! Prevenindo a doença no animal, previne-se a
 modificações de abrigos naturais. doença no homem!
 circulação viral.
Uma área de risco é aquela que tem uma grande
receptividade e vulnerabilidade.

A receptividade são os A’s, tem alimento e abrigo,


deixando uma recepção maior. A vulnerabilidade é quanto
tem uma modificação de abrigos naturais fazendo com que
tenha uma circulação viral maior.

30 anos de trabalho preventivo para raiva canina!


Método seletivo direto: captura e pasta vampiricida
Década de 80 e 90 tiveram muita campanha de vacinação.
no dorso (Warfarina).
 a estratégia de vacinação foi importante para diminuir
 o morcego retorna ao seu ambiente e os outros os casos humanos pela transmissão pelos cães.
morcegos irão lamber o dorso vindo a óbito.
4 não teve nenhum registro de raiva humana.
não teve nenhum registro de raiva em cães.
teve um caso de um menino no Rio de Janeiro.

O Paraná está dentre os estados que mais ocorrem casos


de febre maculosa junto com o Sudeste, é uma doença
que está aumentando a prevalência durante o tempo.
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Pintada, Febre que Pinta, Febre Chitada, Tifo Exantemático


de São Paulo, Febre Paculosa das Montanhas Rochosas ou
Febre Maculosa do Novo Mundo. Picada de carrapatos infectados. Pode ocorrer
 terá febre como sintoma, o nome popular tem relação transmissão através da contaminação de lesões na pele
com a sintomatologia, com a pessoa que descobriu ou pelo esmagamento do carrapato.
com a região.
 visualiza máculas na pele da pessoa acometida.
 São Paulo é a cidade com a maior prevalência. Letalidade superior a 80%, se não tratada.
Mundialmente endêmica.
Evolução aguda.
Rickettsia rickettsii, da família Rickettsiaceae, parasito Vetor próximo aos humanos.
intracelular obrigatório, com característica de bactéria Variedade de espécies de hospedeiros para o vetor.
gram negativa.

O agente etiológico foi isolado em cães, gambás e coelhos


silvestres entre outros. Foi demonstrado que muitas
espécies de animais, em especial os roedores, apresentam
uma rickettsemia prolongada e de alto título.
 locais que tem um grande número de capivaras ou
equinos tem a possibilidade de ter um maior número de
casos.
O homem é um hospedeiro acidental.
 o vetor dessa bactéria serão os carrapatos, sendo o
homem o hospedeiro acidental. Número de óbitos (2005-2010)
Fonte: Araújo et al., 2015.
Tem característica de prevalência maior nos locais que
tem os vetores e animais infectados.
A sintomatologia clínica aparece de 2 a 14 dias depois da
Se levar o cão para uma área endêmica e com uma alta
picada do carrapato. A doença inicia-se de forma súbita e
prevalência, se não fizer um cuidado adequado para
se caracteriza por febre, calafrios, cefaleia, dores
diminuir a população de carrapatos nos cães, se torna uma
musculares, articulares e ósseas.
forma de transmitir a doença para os humanos.
 é considerada uma doença aguda.
Diagnóstico diferencial: dengue, é importante que os
estabelecimentos de saúde tenham a capacidade de
realizar o diagnóstico rápido.
Na maioria dos hospedeiros naturais a infecção não é O Paraná tem menos casos, mas apresenta a doença e a
aparente. Cães infectados experimental ou naturalmente circulação da bactéria no estado.
podem apresentar febre alta, dor abdominal, depressão e
anorexia.
 cães infectados experimentalmente apresentaram
alguns sinais clínicos. Rickettsia rickettsii
Sintomas clínicos adicionais tais como, letargia e nistagmo,
Cocobacilos (0,1 a 0,3 μm).
conjuntivite e petéquias na boca foram relatados.
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Obrigatoriamente intracelulares. maio a


Gram negativo. outubro.
outubro a fevereiro.
Entretanto, já foi verificado que não é apenas o carrapato
adulto que se contamina e carreia a bactéria, a ninfa
também pode transmitir a doença.

O carrapato permanece infectado durante toda a sua


vida.
Transmissão transovariana.
Cão doméstico, gato, cabra, cavalo, lebre, cachorro do O carrapato aderido ao roedor está infectado, o
mato, gamba, furão, paca, preá, capivara, quati, diversas carrapato adulto carreia os ovos e o humano pode se
espécies de morcegos, entre outras. contaminar nesse momento pelo carrapato adulto.
 o cão tem uma grande proximidade com os humanos,  esse grande número de ovos infectados aumenta as
podendo carrear o carrapato contaminado. chances de outros animais se infectarem, após a
IMPORTÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA! transformação em larva precisa de outro hospedeiro,
se transformando de larva para ninfa.

EUA: Dermacentor.
Brasil e outros paises: Amblyomma cajennense.
 conhecido como carrapato estrela.
Outras espécies de Amblyomma também são descritas
como reservatório (A. dubitatum).
Potencialmente qualquer espécie de carrapato, inclusive o
Rhipicephalus sanguineus.

Condições para proliferação do vetor. Tem a grande quantidade de ovos espalhados no ambiente,
Existe uma sazonalidade porquê de acordo com algumas ao estarem em condições ideais pode sobreviver até 25
épocas do ano temos um número maior de carrapatos dias em uma temperatura alta.
adultos. Se torna larva no ambiente, contamina outro animal no
qual vamos ter a transformação em ninfa. começando o
potencial de transmissão para o humano.
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Se o homem entrar em contato com a ninfa pode ocorrer


a transmissão para o humano desde que ela permaneça
aderida na pele até 6 horas.
A forma adulta contamina outros hospedeiros.

Dependendo da época do ano terá uma fase de


desenvolvimento do carrapato.
As larvas hexápodes: meses de março a julho.

As ninfas octópodes: julho a novembro Se não tratados de forma rápida e feito o diagnóstico
precoce. os casos podem se tornar graves, com delírio,
Os adultos: novembro a março. choque e insuficiência renal.
O carrapato permanece infectado durante toda a sua A falência circulatória pode levar à anóxia e necrose dos
vida. tecidos, com gangrena das extremidades.
Os adultos podem sobreviver em jejum, sob condições A gravidade depende da extensão e local da lesão vascular.
naturais, por 12 a 24 meses, a ninfa por até 12 meses e As chances de cura dependem do tempo de diagnóstico
as larvas ao redor de 6 meses. da doença, pois se feito de forma rápida teremos uma
menor extensão vascular e menor gravidade da doença.

Rickettsia rickettsii
febre de moderada a alta, que dura
2-14 dias.
geralmente de 2 a 3 semanas. Acompanhada de cefaleia
Primeiras alterações serão as hemorragias e o e calafrios.
aparecimento de máculas e exantemas na pele.
 inespecíficos: diferenciar dengue, leptospirose,
causa lesões nos pequenos vasos da hepatite viral, malária..
pele.
pode apresentar exantema
 tumefação, proliferação e degeneração das células
endoteliais, com formação de trombos e oclusão maculopapular róseo, nas extremidades, em torno do
vascular. punho e tornozelo, de onde irradia para o tronco, face,
pescoço, palmas e solas. São frequentes petéquias e
º 4º exantema. hemorragias.
 extremidades e progressão centrípeta, evoluindo de A doença pode também cursar assintomática.
macropapular a petequial.
Alguns casos evoluem gravemente, ocorrendo necrose
 ocorre uma extensão da lesão, iniciando na nas áreas de sufusões hemorrágicas, em decorrência de
extremidade e evoluindo de forma centrípeta para vasculite generalizada.
outras regiões do corpo.

Máculas róseas. Direto: histopatologia, imunocitoquímica e técnicas de


Limites irregulares e mal definidos. biologia molecular por PCR.
2 a 6 mm de diâmetro. Indireto: imunofluorescência indireta.
Sinal clínico característico.  o padrão ouro é a imunofluorescência indireta pareada.
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Humano sintomático: havendo carrapatos na pele,


coletá-los com luvas e pinças, colocar em um recipiente
adequado e encaminhar para o laboratório de referência. Depois de mosquitos, os carrapatos são os maiores
 anamnese tem um papel fundamental, se conseguir vetores de doenças para os seres humanos.
extrair da pessoa que ela estava em uma área Controlar a infestação de carrapatos nos animais.
endêmica e que apresenta esses sintomas, já ajuda no
diagnóstico da doença. Controlar o carrapato no ambiente dos animais.


Amostra de caso suspeito.
Segunda amostra de soro após 14-21 dias.

14 dias 4x

Pega uma primeira amostra logo que chegou o paciente


suspeito, só que as vezes não vai ter o crescimento da IgG,
consegue isolar a IgM, 14 dias depois a IgG tem que ter evitar as áreas infestadas por
aumentado em torno e 4 vezes. carrapatos
Já inicia o tratamento antes de ter o diagnóstico definitivo
 usar roupas claras e de mangas compridas para
facilitar a visualização.
com antibioticoterapia.
 criar o hábito de sempre fazer a inspeção no corpo
para verificar a presença de carrapatos.
Educação em saúde!
movimento de tração constante de
Meningococcemia. um lado para outro, utilizando pinça ou mesmo os dedos
desde que protegidos, evitando assim o contato com
Sepsis. secreções e sangue do carrapato que poderão conter
Viroses exantemáticas (enteroviroses, mononucleose Rickettsias.
infecciosa, rubéola, sarampo).

Doxiciclina que poderá ser utilizada em casos leves e


moderados.
Nos casos mais severos, que requerem internação e evitar o contato
utilização de antibioticoterapia por via endovenosa: o sempre que possível.
cloranfenicol.

Iniciar imediatamente a investigação epidemiológica com


Portaria do MS Nº 4 de 03 de outubro de busca ativa de casos suspeitos, colocar a comunidade sob
2017: todo caso de febre maculosa é de notificação vigilância informando que aos primeiros sintomas (febre,
obrigatória às autoridades locais de saúde.
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cefaleia e mialgias) devem ser procurados os serviços de Verificar a extensão da presença dos carrapatos na área
saúde. e orientar a população sobre a necessidade da retirada
Serviços de saúde devem estar preparados para casos dos mesmos nos indivíduos infestados (com luvas) já que a
suspeitos, principalmente se for áreas de ocorrência! doença parece ocorrer com maior frequência em
indivíduos que permanecem com o vetor no corpo por
mais de seis horas.

É negligenciada e tem uma importância epidemiológica,  não é a picada em si que faz a transmissão do
dentro dos países que tem uma prevalência alta na protozoário para o humano, quando o inseto pica abre
américa latina, o Brasil se destaca pelo número de pessoas uma porta de entrada para as fezes.
infectadas.  o inseto pica e defeca ao mesmo tempo, nas fezes
que se encontra o Trypanosoma.
Animais: ingestão de caças ou picada de barbeiros.

Tripanossomíase americana, doença do bicho barbeiro.


1909 em Minas Gerais, verificou
 o inseto barbeiro é o vetor da doença.
um parasito flagelado no esfregaço sanguíneo humano, em
 recebe o nome de barbeiro porque tem como costume macacos sagui e em macerado de vetores hematófagos.
o hábito de buscar o humano e o animal para fazer a
Trypanosoma cruzi, em homenagem ao
picada durante a noite e, no humano tem a relação de
seu chefe Oswaldo Cruz.
fazer a picada na face.

Trypanosoma cruzi. Acredita-se que exista 12 milhões de pessoas infectadas


 é um protozoário. no mundo.
20 a 40 mil mortes/ano.
EUA, Austrália e Espanha, não endêmicos, já registraram
160 espécies de animais e humanos. a doença.
100 a 200 mil novos casos/ano.
 América Latina é o grande foco da doença.
Cardiopatia chagásica, megaesôfago e megacólon.
serviços médicos contínuos.
 tem uma tendência a ter várias apresentações,
encontrando muitos infectados crônicos da doença.
Assintomáticos ou cardiopatia.

Humanos: penetração ativa na solução de continuidade


da pele e mucosas das formas tripomastigotas presentes
nas fezes do inseto barbeiro; transfusão sanguínea;
transplacentária e transmamária.
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Oral: contamina-se pela alimentação, houve um aumento


de casos transmitidos pela via oral.
 oral pelo consumo de açaí ou consumo de caldo de
cana.
Oral e vetorial são as formas mais comuns de
transmissão.

Marsupiais estão sendo reservatórios importantes por


terem um contato maior com os humanos.

O norte do estado do Paraná tem uma maior área


endêmica do que o centro-sul, apresentando relação com
a presença do vetor e do Trypanosoma.
Didelphis albiventris

Em 2012 foi assinalada no estado a presença de um ciclo


silvestre ativo de transmissão de T. cruzi de origem
recente, tendo como reservatório Didelphis marsupialis e
D. albiventris e o vetor Panstrongylus megistus.
 no passado as formas mais comuns de infecção nos Em fevereiro de 2005: surto agudo de Doença de
barbeiros eram pelo T. braziliensis e o outro T. infestans. Chagas em Navegantes – SC.
 nem todo barbeiro está infectado. Quiosques às margens da BR-101.
Insetos foram comprimidos junto com cana.
O suco foi servido, contaminado 24 pessoas.
Três indivíduos da mesma família morreram.
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Esse protozoário cai na corrente sanguínea e a cada 12h


ocorre a multiplicação assexuada, ao chegar nos órgãos
de eleição causa os sintomas clínicos.
Outro barbeiro irá fazer a picada nesse humano
contaminado, será infectado e no intestino do inseto tem
a multiplicação desse protozoário, o inseto libera a forma
infectante.

O estado do Pará é um dos mais acometidos e é o local


que tem o maior número de casos da doença.
Epidemiologicamente relacionado com:
 condições habitacionais.
Penetração da célula pelos tripomastigotas por meio do
repasso sanguíneo, sendo os tripomastigotas a forma
infectante.
 o humano ao sofrer a picada do inseto irá coçar, dessa
forma, facilita a entrada dos protozoários presentes
nas fezes.
Perdem o flagelo e se transformam em amastigotas.
 maior número de animais reservatórios.
Dão início a um processo de divisão binária que ocorre a
cada 12 horas.
diferenciação dos amastigotas em
tripomastigotas.
 únicas formas infectantes para outras células!
 os macrófagos fazem a fagocitose, irá saturá-lo e
ocorre a diferenciação na célula de amastigota para
tripomastigota que é a forma infectante.
Reiniciarão o ciclo invadindo outras células e se
multiplicando.

A forma infectante do protozoário é a tripomastigota, que


apresenta o flagelo, o barbeiro terá a forma infectante
picando o humano, dessa forma abre uma porta de
entrada para as fezes.
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3 – 4 O prurido é responsável pela contaminação da porta de


semanas. entrada com as fezes contaminadas com as formas
Exclusivamente hematófagos. flagelares.
Ingerem formas tripomastigotas dos doentes crônicos.
No estômago desses insetos já começam as primeiras
modificações (esferomastigotas e epimastigotas) e
multiplicação do parasito e se diferenciam à medida que
caminham até a porção terminal do intestino.
mais abundantes nas
porções iniciais do intestino.
Algumas epimastigotas permanecem durante a vida do
inseto infectado, sempre em multiplicação.
Outros se movem para o intestino terminal:
 nesta porção: diferenciação em formas Unicamente os animais mamíferos de pequeno e médio
tripomastigotas metacíclicas. porte e o homem são hospedeiros vertebrados de T. cruzi.
 são eliminadas nas fezes e urina do vetor (mistura na No entanto, se alimentam em aves, anfíbios e répteis ->
porção final), e ambas contêm os flagelados REFRATÁRIOS.
infectantes. Tanto no meio doméstico quanto no meio silvestre, temos
uma prevalência de reservatórios contaminados.

Família Reduviidae, subfamília Triatominae e os principai


gêneros e espécies são: Roedores (podendo até 100% estar infectados).
 Triatoma infestans. foram os principais Carnívoros, como lontras, já foram assinalados como
causadores da reservatórios.
 Triatoma braziliensis. manutenção do ciclo Edentados, como tatus (90%) e gambás (20% a 70%).
 Triatoma dimidiata.
Primatas (22%).
 Rhodnus prolixus.
 Panstongylus megistus (mais encontrado no
Paraná). Cães (11% a 15%).
Gatos (0,5% a 69%).
Ovinos e caprinos (26%).
Suínos (sem % exata).
Cobaia, cutia e ratos (10% a 30%).

Após a picada do vetor e escoriação cutânea provocadas


pelo prurido, há penetração das formas os
Após a picada do vetor há defecação. tripomastigotas metacíclicas na solução de continuidade da
 não é a picada que causa a doença, são as fezes. pele ou mucosas.
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Lesão e Macrófagos - Rompimento


invasão multiplicação das células
Transfusão sanguínea, transplacentária, transmamária, primária primária fagocitárias
transplante de órgãos.
Era mais comum no passado quando não tinha a avaliação Multiplicação
do sangue, atualmente tem um controle maior desse MIOCÁRDIO em outras
sangue para fazer a transfusão sanguínea. células

Ingestão de alimentos contaminados com as formas


metacíclicas, geralmente por maceração do vetor Miocardite difusa com importantes lesões nas miocélulas
contendo o parasito. A infecção ocorre pela penetração e no sistema de condução.
das formas infectantes nas mucosas.
Essa via tem aumentado, animais também se contaminam
dessa forma. Ataque aos plexos nervosos intramurais das vísceras, com
acentuada lesão neuronal autônoma ao nível do
sistema parassimpático.
Ocorre pelo contato da pele ferida ou de mucosas com
material contaminado (sangue de doentes ou de animais,
excretas de triatomíneos).
 pode acontecer em laboratório ou com sangue de
pessoas e animais infectadas com a excreta contendo
os triatomíneos. A parasitemia sanguínea torna- se aparente entre o 8º e
o 12º dia e dura cerca de um mês.

Escassa em reservatórios.
 com base nos sinais clínicos, por isso é escassa nos
vetores pelo fato de não ter a apresentação desses
sinais.
Desenvolvimento de fases aguda, indeterminada e crônica
em humanos (DCH).
Somente ecdises entéricas nos vetores. A parasitemia pode durar de um mês até 40 dias, ocorre
 nos vetores a patogenia é a multiplicação do um aumento de IgM e IgG ao longo da vida do paciente.
protozoário no intestino.
No humano, após a entrada do protozoário começa a
ocorrer uma lesão e invasão primária nas células, com isso,
o sistema imune começa a tentar combater realizando a
fagocitose, dentro dessas células fagocíticas ocorre a
multiplicação primária até o seu rompimento. Início sutil, subclínico.
Febre.
 período febril longo.
Sensação de fraqueza.
Aumento do fígado e do baço.
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Miocardite aguda. Direto: exame parasitológico do sangue, PCR e


Dependendo da extensão e do comprometimento do órgão hemocultura (importantes na fase aguda).
a pessoa pode vir a ter uma parada e outras complicações  precisa encontrar o protozoário, é importante nos
vindo a óbito. casos que tem a fase aguda pela fidedignidade ser
PERÍODO FEBRIL: 30 a 40 dias. maior, cai a qualidade ao fazer em fase crônica.
Indireto: IFI e ELISA.
 fase crônica da doença.
Ausência de manifestações clínicas, cardíacas, digestivas
ou nervosas, assim como inexistência de alterações
eletrocardiográficas e radiológicas do coração e do tubo
digestivo. Os casos suspeitos de Doenças e Chagas Aguda (DCA) são
de notificação compulsória e imediata.
Sorologia positiva!
 pode voltar após anos, fazendo o indivíduo apresentar
a enfermidade.
O Ministério da Saúde recomenda o tratamento
quando:
Cardiopatia Chagásica Infecção aguda, infecção congênita, infecção crônica
recente (incluindo todas as crianças e adolescentes
Três síndromes principais: arritmias, soropositivos), infecção crônica na forma indeterminada e
insuficiência cardíaca e tromboembolismo. formas clínicas iniciais.
 queixas: palpitações, sensação de parada do coração Na fase aguda, independentemente do modo do contágio,
e vertigens. todos devem ser tratados, pois 60% deles podem ser
 característica: aumento do coração - quanto maior, curados tanto em termos parasitológicos quanto
pior é o prognóstico. sorológicos.
BENZNIDAZOL
 complicações: tromboses e as embolias por
destacamentos de trombos, que são levados a outros A droga utilizada apresenta muitos efeitos colaterais.
órgãos. O tratamento ainda é restrito ficando dependente de um
único medicamento.
Doença digestiva

Sistema nervoso entérico: as células nervosas


sofrem degeneração em meio ao processo inflamatório É a melhor estratégia!
encontrado em suas vizinhanças e seu número se reduz
Evitar a formação de colônias do barbeiro nas residências.
acentuadamente.
Usar mosquiteiros ou telas.
Desernevação intrínseca no esôfago e no
colo distal: incoordenação motora, retenção de Proteção individual (repelentes, roupas de mangas longas,
alimentos no esôfago e de fezes no reto, levando à entre outros) durante a realização de atividades noturnas
formação do megaesôfago e do megacólon. (pesca ou pernoite) em áreas de mata.
 evitar atividades noturnas porque o barbeiro tende a
atacar a noite.
Evitar o consumo de alimentos obtidos em condições de
higiene duvidosas.
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Evitar instalar luz próxima aos equipamentos de  Triatodex (Universidade de Brasília).


processamento de alimentos (atração dos insetos).
Frutas e verduras sempre bem lavadas.
Resfriamento ou congelamento de alimentos não
previne a transmissão oral por T. cruzi, mas sim o
cozimento acima de 45°C!

Instituições de pesquisa vêm investindo em aplicativos


gratuitos para a identificação de triatomíneos.
 Triatokey (Fiocruz – MG).

Seres humanos: congênita (mais grave), ingestão de


cistos em carnes mal cozidas e oocistos em água e
Doença do gato. alimentos (mais relacionados a surtos – duas ou mais
pessoas apresentando sintomas semelhantes e que
 devido ao fato de o gato ser o hospedeiro definitivo da tiveram contato com algo parecido).
doença, liberando os oocistos infectantes pelas fezes.
Animal: oocistos em água e alimentos, carnivorismo em
algumas espécies e forma congênita.

Protozoário do Filo Apicomplexa – Toxoplasma gondii.

Protozoário do Filo Apicomplexa, chamado Toxoplasma


gondii, ordem Coccidia.
Todos os vertebrados homeotérmicos (aves e mamíferos). Parasito intracelular obrigatório.
HOSPEDEIRO DEFINITIVO: felídeos.
 fase sexuada.
Abortos, natimortos, hidrocefalia, neuropatia, HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: várias
oftalmopatias, cegueira. espécies.
 se atingir uma pessoa imunocomprometida pode ter um  incluindo o ser humano.
agravamento levando a sintomas neurais.
 fase assexuada.

Alterações neuromusculares, oculares, reprodutivas.


500 milhões de pessoas em todo mundo apresentam
Ovinos, caprinos – aborto ou natimortos. reação sorológica positiva para o parasito.
 é difícil mensurar a prevalência, não é uma doença de
notificação obrigatória nos casos que não são
congênitos.
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 existe uma distribuição global da doença, a prevalência A toxoplasmose é, do ponto de vista epidemiológico, uma
é maior onde tem deficiência de saneamento básico, infecção de ampla distribuição geográfica, sendo relatada
onde não tem o tratamento adequado da água, pelo em todo planeta, com índices de soropositividade variando
hábito de ingerir carne crua e realizar uma má entre 23 a 83%, dependendo de fatores como: clima,
higienização do alimento. socioeconômicos e culturais. A infecção já foi
alterações neonatais, lesões oculares, microcefalia, descrita em todos os mamíferos e aves.
hidrocefalia, calcificações cerebrais, alterações  o protozoário não é tão sensível assim, se tem uma
psicomotoras e retardo mental. certa umidade favorece a permanência durante anos
infecção do feto por via do oocisto no ambiente.
transplacentária.
 aspecto mais grave da toxoplasmose humana.
 quando corresponde a infecção primária na gestante
com a gravidez tem um aparato clínico grave, o
taquizoíto passa por via transplacentária, podendo
abortar e ter outras alterações neonatais.

O gato por meio das fezes libera o oocisto que cai no meio
ambiente, contaminando água e alimento, outro gato pode
se contaminar com os occistos deixados no ambiente.
Esses oocistos caem imaturo e se tornam maduros no
ambiente, outra forma do gato se contaminar é pelo
Alta prevalência em animais. hábito de carnivorismo, ingerindo carne crua ou praticando
Os animais errantes e que ficam no peri-urbano a caça, se tornando soropositivo.
apresentam uma maior exposição a esse parasita, tendo No intestino ocorre a fase sexuada, fazendo a
um aumento nessas regiões peri-urbana. transmissão e contaminação do ambiente.
DIFÍCIL DIAGNÓSTICO DA PREVALÊNCIA O homem pode ingerir os oocistos maduros pela água
Doença de notificação compulsória semanal: contaminada ou pelos alimentos contaminados, além disso,
toxoplasmose gestacional e congênita. pela ingestão de cistos teciduais nos hospedeiros
intermediários, sendo animais que se contaminaram com o
(PORTARIA DE CONSOLIDAÇÃO Nº 4, DE 28 DE
meio ambiente contaminado pelos oocistos maduros
SETEMBRO DE 2017).
liberados pelos gatos contaminados.
Não consegue fazer a notificação, a portaria de  no hospedeiro intermediário ocorre a fase assexuada.
2017 fala sobre as doenças de notificação
obrigatória, precisa relatar semanalmente os Outra forma de transmissão, que é mais rara, seria a via
por transfusão.
casos encontrados durante a semana da
toxoplasmose gestacional e congênita. A forma mais grave de transmissão para o humano é a
forma transplacentária, a gestante que teve a primo-
Uma pessoa saudável não apresenta sintomas, infecção passa por meio da placenta os taquizoítos para
não havendo a notificação. o feto.
O humano pode se contaminar pelos oocistos maduros
presentes na água, verduras e frutas, pode se
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contaminar com os bradizoítos na carne de hospedeiros


intermediários pela ingestão de carne crua, mal cozida ou
produtos lácteos não pasteurizados e pela via
transplacentário pelos taquizoítos.
 é importante o cuidado com aquilo que se ingere.
 o contato com as fezes dos gatos é uma forma de
transmissão, sendo importante higienizar bem as mãos.

Se contamina pelo oocisto esporulado (esporozoíto), tem a


Forma infectante para o hospedeiro intermediário.
transformação em taquizoítos que infecta diversas
1 a 5 dias no meio externo. células.
Resistente até 5 anos em condições úmidas; Começa a se multiplicar de forma rápida, se multiplica de
Resistentes à desinfetantes. forma assexuada e ativa o sistema imune que libera os
anticorpos tentando contê-lo, com isso, ele tenta se
A única forma infectante é a que sai pelas fezes dos gatos,
encistar para se proteger do sistema imune, ficando na
sendo infectante para o hospedeiro intermediário (seja o sua forma de cisto.
homem ou outros animais), sai das fezes imaturos e em Se ingerir na forma crua das carnes com a presença de
torno de 1 a 5 dias no meio externo se tornam maduros e cisto teremos a infecção do humano pelos bradizoítos.
esporulados. Taquizoíto é multiplicação rápida, bradizoíto é a
multiplicação lenta porque sua intenção é ficar quieto, se
Pode resistir de meses a anos em ambientes que tem uma
multiplicando devagar para o sistema imune não identifica-
condição úmida e que não tem incidência solar direta, lo.
sendo resistente à desinfetantes, é resistente a cloro, sendo
importante fazer os processos de filtração da água.

Quando o gato defeca e esconde as fezes por hábito está


protegendo o oocisto se ele estiver positivo, sendo importante
quem tem gato deixar essa caixa de areia exposta a
radiação solar por um período, pois essa radiação tira a
umidade e as condições ideais para se esporular no
ambiente e se tornar infectante.

Acontece nos hospedeiros definitivos, sendo os felídeos.


Os felídeos ingerem os cistos e o organismo do gato pelas
enzimas da ingestão faz liberar os taquizoítos, depois de
5 dias da infecção e ingestão do cisto, tem a
transformação sexuada, encontrando os merozoitos e a
formação do oocisto imaturo.
Precisa do tempo no meio ambiente para se maturar,
sendo de 1 a 5 dias, durante 9 dias pós-infecção o animal
pode ficar expelindo o oocisto maduro pelas fezes.

Gatos e outros felinos


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Únicos animais onde há reprodução sexuada.

assintomática.
Se contamina com as fezes do gato, podendo permanecer
oftalmopatias, problema neurais,
com o gato durante a gestação, a higiene básica e sanitária
retinite, linfadenopatias, esplenomegalia..
dos alimentos é importante para não ter a transmissão da
abortos e retardo motor e mental.
doença.
 quanto mais no início, maior o risco de abortar, sendo
pior o quadro de manifestação neurológia nos fetos.

Contaminação de água ou alimentos com oocistos


esporulados.

GATO OOCISTOS AMBIENTE

Ingestão de cistos teciduais com bradizoítos.


Transplacentária – traquizoítos.
Quanto mais cedo a infecção ocorre na gestação, mais
intensa são as manifestações clínicas.
Etiologia: felinos. Primo-infecção coincide com a gravidez: ausência
de anticorpos prévios, com isso, os taquizoítos são
Hábitos: mãos. passados pela placenta para o feto, podendo:
Se caso a escola tenha a areia para a criança brincar, tem  aborto.
que ter proteção porque se o gato tem acesso a essa areia e  tétrade de Sabin.
liberar os oocistos, a criança ao manipular a areia e
colocar na boca pode ter a contaminação e adquirir a
Tétrade de Sabin
doença. Macro ou microcefalia:
 coriorretinite.
Calcificação cerebral:
 retardo mental.

Alterações oculares

Estrabismo.
Cegueira.

Crianças normais

Cistos latentes.
MANIFESTAÇÃO TARDIA: até 20 anos depois!
As crianças podem nascer normais e depois de anos, por
efeitos hormonais que ativa o sistema pode fazer com
que tenha a sintomatologia da toxoplasmose.
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(SES) informou que o último balanço, de 31 de novembro


de 2018, apontou para 902 casos confirmados entre os
mais de 2,2 mil casos notificados.”

Oocistos nas fezes e gatos -> eliminação ativa: 1-2


semanas (FN).
 faz a floculação para encontrar os oocistos nas fezes
9000 habitantes. do gato.
Novembro de 2001 a janeiro de 2002. Sangue, líquido cefalorraquidiano, saliva, leite, escarro,
600 pessoas com sintomas. medula óssea, cortes de placenta, conteúdos de infiltrados
426 apresentaram sorologia compatível com cutâneos, do baço, fígado, músculos e linfonodos.
toxoplasmose aguda (IgM).  inoculação em camundongo ou histopatológico.
7 grávidas: 1 aborto espontâneo, 6 filhos positivos (1
óbito por anomalia congênita grave).
Exame oftalmológico: 176 casos avaliados, 14 (8%) Hemaglutinação (HAI), imunofluorescência indireta (IFI),
com alterações sugestivas da toxoplasmose ocular. aglutinação por imunoabsorção (ISAGA), ensaio
imunoenzimático (ELISA).
Origem: contaminação do reservatório de água da
É a forma mais comum.
cidade.
Oocistos de fezes de gatos jovens que habitavam o local,
um dos filhotes apresentou sorologia positiva.
A água era captada em poço artesiano e não passava por
processos de coagulação ou filtração, sendo apenas
clorada.
Oocistos de T. gondii também foram recuperados em uma
caixa d’água de uma escola pública do município.

Quebrar o ciclo é a melhor estratégia.


Impossível pela circulação de T. gondii entre os animais
selvagens.
impedir a caça.

OUTUBRO: 777 já foram confirmados com a Não permitir que o gato faça a caça e não ofertar carne
contraprova em laboratório, 461 seguem em investigação crua para os gatos, os gatos de rua e silvestres são difíceis
e 603 foram descartados. de realizar esse controle.
JANEIRO/2019: “Quase 10 meses após o surto de
toxoplasmose ser oficializado em Santa Maria, o município
ainda registra novos casos da doença. Em resposta à
solicitação de GaúchaZH, a Secretaria Estadual de Saúde T. gondii sensível ao congelamento (-12ºC, 18h).
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Sensível a 67ºC por 20 min. “É importante saber que o contato com gatos não causa a
48h entre 2,0 e 2,5% NaCl doença. O perigo está no contato com as fezes
contaminadas do felino e no consumo de água
contaminada e alimentos mal lavados ou mal cozido.”
Fonte: Site Ministério da Saúde
(https://saude.gov.br/saude-de-a-z/toxoplasmose)

Nenhum POA cru / higiene verduras.


Lavar as mãos antes de refeições.
Sorologia para T. gondii.
Não manipular terra ou caixas de areia de gatos.
Fazer no mínimo 3 sorologias durante a gravidez.

Tem várias espécies acometidas e é a que está presente


ultimamente, os humanos são os hospedeiros acidentais.
Vômito negro. O primata é um sentinela e mostra que o vírus está
circulando no local, a ideia não é eliminar o macaco, ao
 remete ao sinal clínico do paciente. morrer o macaco sinaliza que está ocorrendo uma
 tem uma característica de ser uma doença das circulação viral.
Américas e África, na época relatava o vômito negro A eliminação dos macacos é ruim porque não teremos a
pela característica da coloração e semelhança com a sinalização, para a transmissão da doença precisa do
borra de café. vetor.

Vírus amarílico, arbovírus do gênero Flavivirus e família Seres humanos.


Flaviviridae (do latim flavus = amarelo). Ultimamente não tem mais o ciclo urbano no Brasil, apenas
É um RNA vírus, pertencente ao mesmo gênero e família o ciclo silvestre.
de outros vírus que causam doenças no homem, tais como Desde 1942 não tem mais o ciclo urbano no Brasil, o último
o Dengue, o West Nile, o Rocio e o St. Louis. surto de febre amarela cogitou-se a reurbanização da
doença, mas foi um caso atípico e não fechou o ciclo
urbano.

Macacos, humanos, marsupiais; gambá, porco espinho e Febre, dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômito, dores
morcego têm potencial de serem o reservatório do vírus no corpo, icterícia (a pele e os olhos ficam amarelos) e
no ambiente silvestre. hemorragias (de gengivas, nariz, estômago, intestino e
urina).
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A Febre Amarela tem um espectro clínico muito amplo, habitantes/ano e a taxa de letalidade média em torno de
podendo apresentar desde infecções assintomáticas e 44,6%
oligossintomáticas até quadros exuberantes com evolução importância epidemiológica e econômica, alta taxa
para a morte, nos quais está presente a tríade clássica de letalidade e grande número de doentes.
que caracteriza a falência hepática da febre amarela:
icterícia, albuminúria e hemorragias.  o Brasil na sua história era endêmico, principalmente
na região da Amazônia devido as condições favoráveis
O número de casos das formas leves e moderadas para a multiplicação do mosquito, mas ao longo do
representam 90% de todos os casos da infecção. Já, as tempo percebeu um agravamento de casos da febre
formas graves são responsáveis por quase a totalidade amarela na região centro-sul.
dos casos hospitalizados e fatais, representando 5 a 10%
do número total de casos. Notificação obrigatória de casos suspeitos!

Em 24 horas.
A febre amarela tem uma característica cíclica, já espera
A Febre Amarela é transmitida pela picada dos mosquitos que ela ocorra em épocas chuvosas e que tem maiores
transmissores infectados (gêneros Haemagogus e temperaturas.
Sabethes). A transmissão de pessoa para pessoa não  as estratégias são baseadas no fechamento do ano
ocorre por contágio. de dezembro até maio para visualizar a característica
 transmitidas pela picada dos mosquitos fêmeas. cíclica da doença pelo aumento de casos no verão.
 existe a passagem do vírus durante toda a vida do
mosquito para os filhotes.

O vírus circula entre animais silvestres os macacos que,


no período de viremia, ao serem picados pelos mosquitos
silvestres lhe repassam o vírus.
O homem susceptível infecta-se ao penetrar na mata e
ser picado por mosquitos infectados e, desta forma, é
inserido acidentalmente no ciclo de transmissão: macaco
-> mosquito silvestre -> homem.

O vírus é introduzido no ciclo pelo homem em período de


viremia. Ao ser picado pelo Aedes aegypti, este vetor
torna-se infectado, passa pelo período de incubação
extrínseca e estará apto a transmitir o vírus para outras
pessoas susceptíveis, incluindo o ciclo de transmissão:
homem -> Aedes aegypti -> homem.

Principal doença infecciosa no período colonial das


Américas e África.
coeficiente de incidência médio anual tem
variado em torno de 0,02 casos/100.000
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Febre amarela silvestre X Febre amarela urbana


Flavivirus da família Flaviviridae (do latim flavus = amarelo). Precisa fazer a diferenciação desses dois ciclos, sendo
feito com base na: diferença geográfica, espécie
2 genótipos. vetorial e tipo de hospedeiro.
1 sorogrupo
5 genótipos.
RNA, fita simples, não segmentado.
3 PROTEÍNAS ESTRUTURAIS: prM, E e C Febre amarela silvestre
 antígenos de superfície.
Ambiente silvestre, região de matas, locais urbanos
próximos a essas áreas. Sentinelas com manutenção
clínica.
O Brasil confirmou 1.127 casos e 328 óbitos no período de
1º julho de 2017 a 3 de abril de 2018. Febre amarela urbana
No mesmo período do ano anterior, foram confirmados Circulação entre seres humanos, áreas densamente
691 casos e 220 óbitos. povoadas e sem relação com ambiente silvestre.
O surto de 2017 foi importante pela possibilidade de
reurbanização da febre amarela e mostrando que é uma
doença reemergente.
Doença reemergente Febre amarela silvestre

Haemagogus e Sabethes.

Febre amarela urbana

Aedes aegypti.

Febre amarela silvestre

Primatas não humanos e outros animais.


Todo o papel do primata tem que ser esclarecido para a
população, muitas pessoas pensam que precisam eliminar
o primata para eliminar a doença, mas, na realidade, se os
Faixa etária de 35 a 45 anos e maior número de casos primatas morrerem sem causa definida irá mostrar que
em pessoas do sexo masculino. está circulando a febre amarela.
Essa faixa etária é de pessoas mais ativas e
Febre amarela urbana
trabalhadores, que adentram mais o ciclo silvestre que
tem a circulação viral
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Exclusivamente humanos. e constitui a fase em que o sangue humano torna-se


infectante para os vetores não infectados.
3 a 5 dias.
fígado.
 células de Küpffer e os hepatócitos.
O vírus circula entre os macacos, picados pelos mosquitos  tem tropismo pelo fígado, por conta disso tem a
contaminados. O homem é inserido acidentalmente e característica de icterícia.
infecta-se a penetrar na mata e ser picado por mosquitos Necrose em grandes extensões do parênquima hepático.
infectados.

O vírus é introduzido no ciclo pelo homem em período de


viremia. Ao ser picado pelo Aedes aegypti, este vetor
torna-se infectado e estará apto a transmitir o vírus para
outras pessoas susceptíveis.

Os humanos que apresentam a tríade e tem um


agravamento da doença vindo a óbito, tem uma
O vírus em poucas horas atinge os linfonodos regionais e mortalidade de 50 a 60%.
desaparece da circulação nas 24 horas seguintes.
Nos linfonodos, o vírus amarílico infecta
preferencialmente células linfoides e macrófagos, aí
realizando o ciclo replicativo. Febre elevada (acima de 38,5°C).
Liberação das partículas virais pelas células, pelos vasos Resistência ao uso de antitérmicos.
linfáticos até a corrente sanguínea, iniciando o período de Dor abdominal intensa.
viremia, localizando no fígado. Mialgia (especialmente em membros inferiores).
 o período de viremia se inicia podendo chegar no fígado Icterícia rubínica (amarelo alaranjado).
e tendo o agravamento do quadro com a tríade de
falência hepática. Hemorragia conjuntival, prostração.
Bilirrubinas, ureia e creatinina elevadas.
O período de viremia varia de acordo com a apresentação
clínica. Formas leves: 2 dias. Formas graves: 5 a 7 dias. icterícia, albuminúria
Este período de viremia coincide com o início do período e hemorragias.
prodrômico da enfermidade e em particular com a febre Vômito escuro.
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Alguns países exigem a comprovação da vacinação quando


são turistas do novo mundo.

Vacina 17D, atenuada, dose única e confere proteção


próxima a 100%. Desde 2017: única dose durante toda a
vida (a partir de 9 meses de idade).

Não aplicar em pessoas alérgicas a ovo.


Não aplicar em mulheres grávidas.
CLÍNICO: sintomatologia. Não aplicar em imunocomprometidos.
EPIDEMIOLÓGICO: sintomatologia, áreas de risco, Não aplicar em casos de doença autoimune.
circulação viral. Não aplicar em lactentes.
LABORATORIAL: Isolamento viral, ELISA, inibição de
hemaglutinação (IH), fixação do complemento (FC) e
soroneutralização (TN), reação em cadeia de polimerase
(PCR), imuno-histoquímica. Vigilância de fronteiras: Certificado Internacional
de Vacinação e Profilaxia válido para a Febre Amarela
 pode enviar para laboratórios de referências e
apenas para viajantes internacionais procedentes de
credenciados para fazer a identificação do vírus.
áreas de ocorrência da doença.
 estamos em um país endêmico para a febre amarela,
principalmente para as pessoas que moram na região
norte do país, precisa fazer o certificado internacional
de vacinação e profilaxia, tem que vacinar 10 dias
antes e só pode embarcar depois de 10 dias.
Outras doenças infecciosas contidas na síndrome ictero-
febril-hemorrágica aguda (SFIHA), por isso há necessidade Controle do A. aegypti para eliminação do risco de
da história epidemiológica para a sua identificação e reurbanização.
diferenciação. Ações de educação em saúde.

Hepatites graves fulminantes, Leptospirose, Malária,


febre hemorrágica da Dengue, Febre Tifoide, Febre
Maculosa, Septicemias..

Somente sintomático:
 reposição de fluidos.
 suporte circulatório.
 suporte à saturação de hemácias.
 hemodiálise. 1. Casos humanos suspeitos e mortalidade de primatas não
humanos.
Não existe tratamento para febre amarela, o protocolo
utilizado é com base na sintomatologia do indivíduo. 2. Epizootias: em primatas não humanos (sentinelas e não
transmissores).
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3. Achado do vírus em vetor silvestre.

Países como Argentina e Chile são mais acometidos do que


o Brasil, mas tudo se iniciou nos Estados Unidos.
Não adquirem a doença.

Doença do rato do mato.


 alguns dados epidemiológicos de ocorrência e
prevalência da doença não são altos, mas a letalidade
é alta, isso pode decorrer devido à proximidade desses
ratos silvestres com os humanos não ser muito comum. Pela inalação de aerossóis, formados a partir da urina,
fezes e saliva de roedores silvestres.
 forma mais comum de transmissão.
Existem relatos também por mordeduras e roedores,
Vírus do gênero Hantavírus. contato do vírus com mucosas e na Argentina e Chile,
pessoa a pessoa.

Humanos e roedores silvestres (principal reservatório


natural). É de forma horizontal e não letal.
 os roedores não apresentam os sinais clínicos, são os  transmitem geralmente através da mordedura.
reservatórios naturais da doença.

Febre, mialgia, dor dorso-lombar, dor abdominal, cefaleia


intensa, náuseas, vômitos e diarreia. ELISA-IgM e IgG, imunohistoquímica e RT-PCR.
tosse seca, taquicardia, dispneia
e hipoxemia.
IgG, imunohistoquímica e RT-PCR.
 pode ser confundida com várias outras doenças que
no contexto epidemiológica são mais prevalentes que
a hantavirose.
 a pessoa começa a apresentar tosse intensa e seca, Primeiros casos nos EUA: 1993.
em poucos dias tem o agravamento e o problema
Brasil: primeiro relato em 1993, em Jequitiba-SP.
pulmonar agudo, tendo taquicardia, dispneia e
hipoxemia. Paraná: 2 casos em 1998: óbito casal de agricultores
em Bituruna.
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Sudeste, Centro-Oeste e Sul são as regiões que tem uma


maior notificação e maior distribuição da doença.

46 dos 399 municípios do Paraná já apresentaram a Fonte: Sinan/SVS/MS


positividade desse vírus, estando presente nos (*) Dados sujeitos a alterações
reservatórios e até mesmo nas pessoas pela notificação. Quando iniciou a identificação da doença o número de
mortes começou a diminuir, a hantavirose não tem um
tratamento específico, apenas sintomático.

O Sul apresenta o maior número de casos notificados da


doença.
Fonte: Duarte et al., 2018
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A doença é de notificação obrigatória imediata de casos As áreas são delimitadas de acordo com cada espécie de
suspeitos. reservatório.

Oxymycterus judex
Akodon

Thaptomys nigrita
Oligoryzomys nigripes
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Roedor infectado passa de forma horizontal para outro


roedor pelo comportamento agressivo ao morder o outro
roedor.
O humano pega a doença por inalar, ao entrar em uma
casa fechada tem que fazer a abertura de janelas e
deixar arejar, a inalação do vírus ocorre através da
excreta, urina e salivas.

Vírus do gênero Hantavirus.


Família Bunyaviridae.
Linhagens:
 patogênicas: identificada em animais e humanos.
Percutânea, por meio de escoriações cutâneas ou
 outras: só identificada em roedores, até o momento. mordedura de roedores.
16 variantes do vírus no mundo. Contato do vírus com mucosa (conjuntival, da boca ou do
7 variantes no Brasil: 5 patogênicas. nariz), por meio de mãos contaminadas com excretas de
roedores.
 Araraquara.
Transmissão pessoa a pessoa, relatada, de forma
 Juquitiba. esporádica, na Argentina e Chile, sempre associada ao
 Castelo dos Sonhos. hantavírus Andes.
 Anajatuba.
 Laguna Negra.
mais agressiva e patogênica. Não causam a doença!!
 Chile e Argentina. somente reservatório.
 passa de pessoa para pessoa, não está presente no
Brasil.
dupla camada lipídica, mais sensível
a desinfetantes.
RNA fita simples. Febre, mialgia, dor dorso-lombar, dor abdominal, cefaleia
intensa e sintomas gastrointestinais como náuseas,
6 horas exposto à luz do sol ou 3 vômitos e diarreia.
dias protegido. Esse quadro inespecífico dura cerca de 1 a 6 dias (até 15
dias).
 sintomatologia inespecífica, confundível com outras
doenças.
 depois desse quadro inespecífico a evolução da doença
é rápida, sendo aguda.
 o início do aprofundamento do quadro clínico é a tosse
seca.
Início TOSSE SECA (suspeitar de hantavirose).
Manifestação clínica depende da linhagem do Hantavirus.
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 febre hemorrágica com síndrome renal (FHSR): 4


linhagens, letalidade de 1 a 10%
 síndrome cardiopulmonar pelo hantavírus
(SCPH): 20 linhagens, letalidade de 20 a 40%
 no Brasil encontra mais a SCPH que tem a taxa
de letalidade mais alta.

313 casos humanos nos EUA, 75% dos


habitavam áreas rurais, letalidade de 37%
Fase cardiopulmonar
Argentina relata 19 casos, e infecção inter-humana!
Evolução rápida, necessitando de hospitalização e PROFISSIONAIS DE SAÚDE ADQUIRIRAM A
assistência ventilatória nas primeiras 24 horas. A DOENÇA!
hiperemia conjuntival e a congestão facial acontecem em
alguns casos.
40% de letalidade.
7 a 42 dias.
DIFERENCIAL: leptospirose e dengue.
Infecções subclínicas podem ocorrer.
O vírus não promove a morte celular da célula hospedeira.
Se liga a plaquetas: trombocitopenia. febre elevada, calafrios, cefaleia retro-
orbitária, fotofobia, mialgias, dor abdominal, hepatomegalia,
Alterações de permeabilidade vascular. náuseas e vômitos, hiperemia cutânea difusa acometendo
Citocinas dos macrófagos. a face, o pescoço e a parte superior do tórax e petéquias
Maciça transudação de líquidos para o espaço no palato mole e nas axilas.
alveolar: edema pulmonar e insuficiência respiratória Ásia e Europa.
aguda.
O sistema imune tem uma agressividade na resposta para Evolução
combater o vírus, os macrófagos liberam as citocinas e ocorre Hipotensão e choque antes do 5º ou 6º dia.
uma alteração na permeabilidade vascular acometendo as
plaquetas que acarreta em uma trombocitopenia, essa ocular, pele, mucosas, no trato digestivo e
alteração da permeabilidade vascular faz com que ocorra o no sistema nervoso central.
extravasamento de líquido, sendo visível no RX. Função renal deteriora, em geral, 24 horas após a
hipotensão, surgindo oligúria ou mesmo anúria.
Evolução
Diferencial
Progressiva infiltração de líquido e proteínas no interstício
e alvéolos pulmonares. Leptospirose e de outras febres hemorrágicas virais que
ocorrem, nas mesmas áreas de ocorrência das
hantaviroses.
Taquipneia, hipoxemia e taquicardia. Hipotensão pode
evoluir para o choque, acompanhado de grave depressão
miocárdica, evidenciada pelo baixo débito cardíaco e
resistência vascular sistêmica aumentada.
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Remover diariamente as sobras dos alimentos de animais


domésticos a noite.
Caso não exista coleta regular, os lixos orgânicos e
inorgânicos devem ser enterrados.
separadamente, respeitando-se uma distância mínima de
30 metros do domicílio e de fontes de água.
Qualquer plantio deve sempre obedecer a uma distância
mínima de 50 metros do domicílio.
Os armazenamentos comerciais devem seguir as mesmas
orientações.
Manter o lixo a 1,5 metro de altura do solo.

Desratização
Notificação imediata.
Vigilância em Saúde Municipal ou Estadual. No meio rural, tomar medidas antirratização no perímetro
da residência.
Em infestações altas, aplicar rodenticidas químicos a base
de dicumarínicos (profissionais habilitados).
domiciliar,
peridomiciliar ou silvestre. Manejo ambiental
As áreas rurais são mais acometidas do que a área
urbana, com isso, as estratégias estão mais focadas Saneamento e melhoria nas condições de moradia,
nessa região. tornando as habitações e os locais de trabalho impróprios
à instalação e à proliferação de roedores (antirratização),
associados às desratizações focais (no domicílio e/ou no
peridomicílio), quando extremamente necessário.
1. Antirratização. 1. Informes a população em geral.
2. Desratização. 2. Locais Prováveis de Infecção (LPI): higienização e EPIs para
3. Manejo ambiental. desratização e antirratização.
3. Laboratórios: mesmo risco.
Antirratização
4. Profissionais de vigilância epidemiológica.
Eliminar abrigos, tocas e ninhos de roedores, bem como 5. Ecoturistas: evitar contato com solo.
reduzir suas fontes de água e alimento.
Armazenar insumos e produtos agrícolas a pelo menos 30
metros do domicílio.
O silo ou tulha deverá estar suspenso a uma altura de
40cm do solo, com ratoeiras.
Os produtos armazenados no interior dos domicílios devem
ser conservados em recipientes fechados e a 40cm do
solo.
Vedar fendas e quaisquer outras aberturas com tamanho
superior a 0,5cm, para evitar a entrada de roedores nos
domicílios.
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O Brasil é endêmico para a Leishmaniose. úlcera cutânea, com fundo


Existe uma concentração maior dessa doença nas granulomatoso e bordas infiltradas em moldura.
Américas, sendo que essa enfermidade se encontra entre  a lesão é indolor e tem uma borda mais elevada, com
as 6 doenças mais importantes do mundo. um fundo granulomatoso, parecendo um quadro.
úlcera na mucosa nasal, com
ou sem perfuração, ou perda do septo, podendo atingir
Úlcera de Bauru, Ferida Brava ou Nariz de Tapir. lábios, palato e nasofaringe.
 a imagem da pessoa por acometer principalmente a
face traz uma repulsa da sociedade.
 úlcera de Bauru porque o Sudeste (interior de São Semelhante a encontrada em humanos.
Paulo) tem altos índices de Leishmaniose.
 nariz de Tapir: relação com a questão social e
psicológica, pois quando tem o agravamento da doença
pode ultrapassar a mucosa causando ferimentos Pela picada de fêmeas de mosquitos flebotomíneos
graves. infectados pelo agente, tanto em humanos como nos
animais.
 fêmea tem que estar infectada com a forma
promastigota, por meio da sua saliva faz a liberação
L. (V.) braziliensis, L. (V.) guyanensis, L. (L.) amazonensis, L. dessa forma para o hospedeiro.
(V.) lainsoni, L. (V.) naiffi, L. (V.) lindenberg, L. (V.) shawi.

Seres humanos e animais.


Homens, cães, equinos, asininos, gatos, roedores Clínico, epidemiológico e laboratorial (parasitológico direto,
domésticos ou sinantrópicos, preguiças, tamanduás, imunológicos, teste intradérmico, sorológicos e
raposas e marsupiais. moleculares).
 existem diversas espécies acometidas, o cão se encaixa  teste intradérmico é o padrão ouro de diagnóstico da
por enquanto como um hospedeiro acidental da doença.
doença.
 os animais silvestres que fazem a manutenção do
agente no meio ambiente.
 é conhecida como uma zoonose silvestre.

Em 2016:
 12.690 casos no Brasil.
Lesões de pele e mucosa com apresentações distintas
dependente do agente causador e resposta imunológica do  212 na região Sul.
hospedeiro.  201 casos no Paraná.
 inicialmente lesão na pele, com a progressão da doença
e com base no sistema imune do indivíduo, pode
acometer a mucosa.
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A região Sul apresenta o menor número de casos,


entretanto, o Paraná que mantém esse número de casos já
que 201 ocorreram nesse Estado.

Sul é a região que apresenta o menor número de casos e


apresenta um certo equilíbrio durante os anos.

Região Norte, Centro-Oeste e Nordeste tem um maior


número de casos.
Sexo masculino tem o maior número de casos na faixa
etária produtiva (faixa etária que tem o maior número de
indivíduos trabalhando), dos 20 aos 49 anos.

Protozoário pertencente ao gênero Leishmania.


Parasitas com ciclo de vida em hospedeiros vertebrados
(mamíferos) e insetos vetores (flebotomíneos).
(aflageladas – no
mamífero):
 arredondada e imóvel (3-6 μm), que se multiplicam
É uma doença cíclica, está padronizado em torno de 20 a obrigatoriamente dentro de células do sistema
30 mil casos/ano. monocítico fagocitário (especialmente macrófagos).
Teve um aumento na década de 90 e muitos  é a que encontramos no hospedeiro, ou seja, no
pesquisadores descrevem que essa relação tem a ver mamífero, sendo aflagelada.
com a forma que o ambiente foi tratado, nesse período
teve uma exploração maior, desmatamento e aproximação (no vetor):
dos seres humanos nessa região de mata, pois essa  flageladas, 15-23 μm, vivem no meio extracelular, na
doença tem essa característica silvestre. luz do trato digestivo.
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 as formas amastigotas, ingeridas durante o repasto Leishmania (V.) guyanensis: causa sobretudo
sanguíneo, se diferenciam em formas promastigotas lesões cutâneas. Ocorre na margem norte do Rio
(flageladas) que são posteriormente inoculadas na pele Amazonas em áreas de colonização recente, estando
dos mamíferos durante a picada. associada com desdentados e marsupiais como
 saliva estará contaminada, fica no aparelho bucal da reservatórios primários.
fêmea para ser inoculado no hospedeiro. Leishmania (V.) naiffi: ocorre na Amazônia, nos
Estados do Pará e Amazonas, tendo o tatu como
reservatório natural. O parasita causa LTA de evolução
benigna.
 geralmente a pessoa apresenta a lesão e tem a cura
espontânea.
Leishmania (V.) shawi: responsável por casos
esporádicos no Amazonas e Pará tem como reservatórios
vários animais silvestres como macacos, preguiças e
Américas, são reconhecidas 11 espécies dermotrópicas de procionídeos.
Leishmania causadoras de doença humana e 8 espécies, Leishmania (V.) lainsoni: registrada apenas na
até o momento, que provocam a doença somente em Amazônia, tem a paca como animal suspeito de ser o
animais. reservatório natural.
No Brasil, sete espécies de Leishmania causadoras da
doença foram identificadas, sendo seis do subgênero
Viannia e uma do subgênero Leishmania.
As três principais espécies são: L. (Viannia)
braziliensis, L. (V.) guyanensis e L. (Leishmania)
amazonensis. Mosquito-palha, tatuquira, birigui, asa dura, asa branca,
 L. braziliensis é a mais comum, está distribuída por todo cangalha, cangalhinha, ligeirinho, péla-égua.
o território brasileiro, sendo a mais prevalente e  conhecido mais como mosquito-palha no Paraná e em
epidemiologicamente uma das mais importantes. algumas cidades de São Paulo.
Mais recentemente: as espécies L. (V.) lainsoni, L. (V.) Não ultrapassam 0,5 cm de comprimento, tendo pernas
naiffi, L. (V.) lindenberg e L. (V.) shawi. longas e delgadas, e corpo densamente piloso.
A gravidade da doença depende da espécie do protozoário Têm como característica o voo saltitante e a manutenção
envolvido no processo e da resposta imunológica do das asas eretas, mesmo em repouso.
hospedeiro vertebrado.
Somente as fêmeas estão adaptadas com o respectivo
aparelho bucal para picar a pele de vertebrados e sugar
o sangue.
O gênero Lutzomyia é o responsável pela transmissão do
parasito nas Américas, principalmente no Brasil.
350 espécies catalogadas, distribuídas desde o sul do
Canadá até o norte da Argentina.
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Requisitos para uma espécie de Deve ter longo tempo de vida.


flebotomíneo ser vetora Proporção grande de indivíduos infectados.
Deve ter grande concentração do parasito na pele ou no
Deve ser antrofílica e zoofílica. sangue.
Deve estar parasitado.
Deve estar parasitado com a mesma espécie de parasito Parasito deve ser isolado e caracterizado e deve ser o
que a do homem. mesmo que parasita o homem.
Deve ter distribuição geográfica igual ao do parasito. GARANTAM A CIRCULAÇÃO DO AGENTE NA
Deve transmitir o protozoário pela picada. NATUREZA!
Deve ser abundante na natureza.

Zoonoses de animais silvestres, principalmente, devido a


característica peridomicílio rural.
Marsupiais, desdentados, carnívoros e mesmo primatas e
mais raramente animais domésticos.
 são os reservatórios naturais.
O homem representa hospedeiro acidental e parece não ter
um papel importante na manutenção dos parasitas na
natureza.
Ocorrência simultânea em humanos e caninos. Se inicia através da picada da fêmea para o repasto
O cão pode ser um reservatório? sanguíneo em um indivíduo saudável.
 no Ministério da Saúde os animais são considerados Na saliva dessa fêmea está cheio de promastigotas e é
hospedeiros acidentais. inoculado no hospedeiro vertebrado.
 o cão ainda não é um reservatório. No hospedeiro esse promastigota será fagocitado pelo
macrófago, se transformando em amastigota e iniciando
a sua multiplicação até o rompimento do macrófago, a
partir disso, são liberadas na corrente sanguínea.
Quando um outro inseto faz a picadura no humano e
ingere essa forma amastigota, teremos a transformação
da forma amastigota em promastigota, essa promastigota
se concentra na faringe do inseto ficando no aparelho
bucal.

OMS Silvestre

Deve ser abundante na natureza e ter a mesma Transmissão ocorre em área de vegetação primária. É
distribuição geográfica que a doença. fundamentalmente uma zoonose de animais silvestres, que
pode acometer o ser humano quando este entra em
Poder de atração ao vetor e contato estreito com o vetor.
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contato com o ambiente silvestre, onde esteja ocorrendo Borda em forma de quadro, fica mais elevada do que a
epizootia. pele e no seu interior é granulomatosa, com o passar do
É o mais importante e é o que mantém a concentração de tempo adquire crostas.
protozoário e de vetor, sendo uma zoonose silvestre.

Pode acometer o homem se ele adentrar nessa área


silvestre que epidemiologicamente tem a concentração do
protozoário e do vetor.

Ocupacional e lazer

Transmissão associada à exploração desordenada da


floresta e derrubada de matas para construção de Lesões podem progredir em número e extensão, evoluir
estradas, usinas hidrelétricas, instalação de povoados, para cura clínica espontânea com reativações posteriores
extração de madeira, desenvolvimento de atividades ou acometer tardiamente a mucosa nasal.
agropecuárias, de treinamentos militares e ecoturismo.
Tem relação com o trabalho do indivíduo e relação com a
exploração do ambiente silvestre, além disso, com pessoas
que fazem o ecoturismo também.

Lesões podem progredir em número e extensão, evoluir


Rural e periurbano em áreas de
para cura clínica espontânea com reativações posteriores
colonização ou acometer tardiamente a mucosa nasal.
Relacionado ao processo migratório, ocupação de encostas Nariz de Tapir é sinal clínico conhecido, tendo uma relação
e aglomerados em centros urbanos associados a matas psicossocial do indivíduo, além disso, pode perfurar o
secundárias ou residuais. palato.

Em zonas de colonização próxima a matas que tem um


alto índice do vetor e do protozoário.

Lesões exclusivamente na pele, podendo atingir as


mucosas.
Iniciam no ponto de inoculação das promastigotas
infectantes. Concomitância entre casos de LTA em pacientes
A lesão primaria é geralmente única, entretanto, quanto portadores da síndrome da imunodeficiência adquirida
mais picadas, mais lesões. (AIDS).
Surge após um período de incubação variável de 10 dias a  apresentação clínica mais grave pelo aprofundamento
três meses. dos sintomas, o indivíduo não consegue combater o
 período de incubação é longo, podendo ser considerada protozoário.
com uma doença crônica.
Pápula eritematosa que progride lentamente para nódulo.
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Parasitológico: cultivo, imprint ou histopatológico.


 busca a forma amastigota, é um diagnóstico
laboratorial importante de se realizar.
Imunológicos: Intradermorreação de Montenegro
(IDRM) é baseada na visualização da resposta de
hipersensibilidade celular retardada.
Sorológico: IFI e ELISA – Reação cruzada com
Com a evolução, ganha destaque o notável polimorfismo Tripanossomatídeos.
das lesões.  não pode fazer apenas ser feito porque tem reação
São frequentes as ulcerações com bordas elevadas, cruzada com o Trypanossoma.
enduradas e fundo com tecido de granulação grosseira, Molecular: PCR.
configurando a clássica lesão com borda em
moldura.

Portaria n. 204, DE 17 DE FEVEREIRO DE 2016, do


Ministério da Saúde.

1. Antimonial pentavalente, na forma de


.
2. Anfotericina B.
3. Pentamidinas.
Antimonial pentavalente é a primeira escolha, entretanto,
às vezes não tem a resposta esperada, um dos outros
Diferencial: micose, câncer e afins. antibióticos que tem mostrado uma boa resposta a lesões de
mucosas é a Anfotericina B. Em último caso utiliza a
Pentamidina.
Lesões típicas de LTA, especialmente se o paciente
procede de áreas endêmicas ou esteve presente em
lugares onde há casos de leishmaniose. Porém, exames
laboratoriais são fundamentais para atribuir o diagnóstico
definitivo, pois muitas lesões fúngicas e carcinomas podem
apresentar lesões similares.
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Definido pela epitelização das lesões ulceradas, regressão Redução do contato vetorial: inseticidas de uso
total da infiltração e eritema, até 3 meses após a residual, do uso de medidas de proteção individual
conclusão do esquema terapêutico! (mosquiteiros, telas finas nas janelas e portas, repelentes
Dependendo do caso, prolongar até 6 meses. e roupas que protejam as áreas expostas).
Evitar a exposição nos horários de atividades do vetor
(crepúsculo e noite).
 vestir roupa longa quando adentrar as matas.
Distanciamento mínimo de 400 a 500 metros das
moradias em relação à mata (saneamento).
Manejo ambiental: limpeza de quintais e terrenos, a
fim de alterar as condições do meio que propiciem o
estabelecimento de criadouros para formas imaturas do
vetor.
O controle da LTA deve ser abordado, de maneira Poda de árvores, de modo a aumentar a insolação (evitar
abrangente, sob os aspectos: as condições favoráveis ao desenvolvimento de larvas de
flebotomíneos).
 vigilância epidemiológica (para entender o vetor que
está presente e a espécie do protozoário). Destino adequado do lixo orgânico, a fim de impedir a
aproximação de mamíferos comensais (marsupiais e
 medidas de atuação na cadeia de transmissão.
roedores, prováveis fontes de infecção para os
 medidas educativas. flebotomíneos).
 medidas administrativas.

Detecção do caso, a sua confirmação, o registro de sua


terapêutica (importância das eSF – áreas endêmicas).
 eSF é a equipe de saúde da família.
Registro das variáveis básicas, fluxo de atendimento e
informação.
Análises de dados distribuídos em indicadores
epidemiológicos.

Protozoário tripanosomatídeos do gênero Leishmania, da


espécie Leishmania infantun/Leishmania chagasi.
Calazar, Barriga D Agua, Febre Dumdun, Doença do
Cachorro.
 Calazar é o nome mais popular. Homem, cão (Canis familiaris), raposas (Dusicyon vetulus e
Cerdocyon thus), marsupiais (Didelphis albiventris).
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 o cão tem uma importância de fazer a manutenção do


protozoário no meio ambiente.

Após o período inicial de incubação os pacientes


apresentam sinais e sintomas de uma infecção sistêmica
que incluem, febre, fadiga, perda de apetite, perda de
peso, palidez cutâneo-mucosa e hepatoesplenomegalia.
É endêmica em 76 países, incluindo países da América
 no início tem sintomas levemente inespecífico, latina (12).
principalmente uma febre duradoura.
Dos casos registrados na América Latina, 90% ocorrem
 se não for diagnosticado precocemente tem a perda no Brasil.
de peso, perda de apetite, palidez e entre outros sinais,
 o Brasil é o país mais importante quando se pensa na
se não tratado rapidamente e corretamente pode vir
distribuição da Leishmaniose.
a óbito.
Coeficiente de incidência é de 2,0
casos/100.000 habitantes!
O controle dessa doença no Brasil é um desafio.
Classicamente os cães se apresentam com lesões
cutâneas, descamação e eczemas, em particular no
espelho nasal e orelhas.
Nos estágios mais avançados os cães podem apresentar
onicogrifose, esplenomegalia, linfoadenopatia, alopecia,
dermatites, ceratoconjuntivite, coriza, apatia, diarréia,
hemorragia intestinal, edemas de patas e vômitos.
A maior parte dos animais se tornam assintomáticos.
O animal tem uma perda progressiva de peso associado
com pelo quebradiço e quedas na pelagem, no toque 8 Sul do Brasil não possuía casos autóctones
percebe-se um aumento de volume do fígado e do baço (primeiro caso aconteceu no RS).
nos quadros mais graves
Antigamente, encontrava mais no Norte e Nordeste na
área de mata. Ultimamente, percebeu-se uma urbanização
dessa doença na série histórica.
No Brasil a forma de transmissão da enfermidade é
através da picada de fêmeas de insetos flebotomíneos
das espécies Lutzomyia longipalpis e Lutzomyia cruzi
infectados com as formas promastigotas do agente.

O diagnóstico é baseado nos aspectos clínicos-


epidemiológicos e laboratorial. No início de 2000 teve um crescimento grande dessa
doença nas outras regiões devido a mudança ambiental e
epidemiológica, saindo do ambiente silvestre e passando
para o ambiente urbano.
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Lutzomyia cruzi

Urbanização da doença nas últimas décadas..

Casos autóctones em centros urbanos


como: Rio de Janeiro (RJ), Campo Grande (MS), Belo
Horizonte (MG), Palmas (TO), Fortaleza (CE), Mossoró (RN),
Salvador (BA), Araçatuba (SP), Bauru (SP), Teresina (PI).
Todas as regiões do Brasil, tornando-se endêmicas nestas
regiões.

Leishmania (Leishmania) donovani, presente no continente


asiático.
Leishmania (Leishmania) infantum, presente na Europa e
Américas
 Leishmania (Leishmania) chagasi (sinônimo).

40 a 60% podem ser assintomáticos!!!


O cão é a fonte principal de manutenção do protozoário
no ambiente urbano, nem sempre os cães são
sintomáticos.
O diferencial para cão seria a sarna demodécica.

No Brasil, duas espécies, estão relacionadas com a


transmissão do parasito:
O inseto portador da forma promastigota do protozoário,
Lutzomyia longipalpis através da picadura transmite para o humano.
No humano, os macrófagos fagocitam essa forma
promastigota e no seu interior tem a transformação em
amastigota, em seguida, rompe essa célula de defesa.
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Quando outro inseto picar o humano infectado irá


continuar o ciclo, no inseto tem a transformação de
amastigota em promastigota e permanece na região de
glândula salivar da fêmea.

Caracteriza-se por febre irregular, geralmente associada


a emagrecimento progressivo, palidez cutâneo-mucosa e
aumento da hepatoesplenomegalia.
Mais de dois meses de evolução, na maioria das vezes
associado ao comprometimento do estado geral.

Crianças e idosos são mais susceptíveis.


Letalidade de 90%, se não tratado!

O período de incubação é variável tanto no homem como


no cão. Caso não seja feito o diagnóstico e tratamento adequado,
 é considerado relativamente longo o período de a doença evolui progressivamente, com febre contínua e
incubação. comprometimento mais intenso do estado geral. Instala-se
No homem: 10 a 24 meses com um período médio de 2 a a desnutrição (cabelos quebradiços, cílios alongados e
6 meses. pele seca), edema dos membros inferiores que pode
evoluir para anasarca.
No cão varia de 3 meses a vários anos, com média de 3 a
7 meses. Outras manifestações importantes incluem hemorragias
(epistaxe, gengivorragia e petéquias), icterícia e ascite.

Na maioria dos casos inclui febre com duração inferior a


quatro semanas, palidez cutânea-mucosa e
hepatoesplenomegalia.
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Saúde em ampolas de 5 ml, contendo 405mg de Sb+5 (1


ml = 81mg de Sb+5).
Sempre suspeitar de Leishmaniose visceral humana A Leishmaniose visceral canina é mais resistente
quando o paciente apresentar hepatomegalia associada ou à terapia do que a terapia humana e a cura
não à esplenomegalia (área de transmissão). parasitológica é raramente obtida.
Cão suspeito: proveniente de área endêmica ou onde Não pode usar os mesmos medicamentos dos humanos
esteja ocorrendo surto, com manifestações clínicas nos animais.
compatíveis com a LVC.
baseado em teste imunológico e teste direto.

Portaria Interministerial no. 1.426, de 11 de


julho de 2008, do MS e MAPA: proíbe o tratamento
de cães com a utilização de drogas da terapêutica humana
Ensaio Imunoenzimático (ELISA): não disponível na ou não registrados no MAPA.
rede pública, mas usado para cães (confirmatório).
 eutanásia de animais soropositivos.
Imunofluorescência Indireta (IFI).
 a leishmaniose visceral tem uma grande importância na
 pode ser realizado nos animais também, antigamente saúde pública, sendo recomendado a eutanásia dos
era o confirmatório, porém, atualmente é o ELISA animais soropositivos.
Teste rápido imunocromatográfico (teste de Em 2017: Milteforan (Virbac) registrado no MAPA,
triagem para cães). como não é utilizado na terapia humana, pode ser utilizado
RIFI: aceita-se como positivas diluições a partir de 1:80. para o tratamento de cães.
Nos títulos iguais a 1:40, recomenda-se a solicitação de  eutanásia não é obrigatória em animais tratados com
uma nova amostra em 30 dias. É o teste feito em Milteforan.
humanos.  desde 2017 existe um medicamento exclusivo para o
tratamento de animais que rebate a portaria, a
Humanos: teste sorológico positivo sem manifestação eutanásia não é obrigatória nessa circunstância.
clínica não autoriza o início do tratamento.  não tem a cura do animal soropositivo.

Milteforan
Não existe cura parasitológica estéril para a Leishmaniose
Esfregaço – método de certeza Visceral Canina. O declínio da carga parasitária reduzirá o
potencial de infecção dos flebotomíneos e,
consequentemente, a transmissibilidade da doença.
Aspirado de medula óssea (recomendado) – mais seguro.
Assim, a cada quatro (04) meses, o animal em
A punção aspirativa linfonodo/hepática: boa sensibilidade: tratamento deverá retornar ao médico veterinário para
hospital. uma reavaliação clínica, laboratorial (pelo proteinograma)
Cultivo parasitológico também é possível. e parasitológica (pelas citologias de linfonodo e medula
óssea). Se necessário, um novo ciclo de tratamento
invasivos! deverá ser indicado.
Encontro das formas amastigotas do parasita.

Diagnóstico e tratamento precoce dos casos humanos.


Antimoniais pentavalentes: antimoniato N-metil Atividades de educação em saúde.
glucamina, que vem sendo distribuída pelo Ministério da Controle vetorial recomendado no âmbito da proteção
coletiva.
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Controle dos reservatórios, diagnóstico e eliminação de  a vacinação em cães não é uma forma estratégica de
cães infectados e medidas para evitar a contaminação de prevenir e controlar essa doença em humanos.
cães sadios.
“Não existem estudos que comprovem a efetividade do uso
Vacina: cães??? dessa vacina na redução da incidência da leishmaniose
 a vacina é recente, faz a vacina em animais visceral em humanos. Dessa forma, o seu uso está restrito à
soronegativos, porém, existe uma controvérsia em
proteção individual dos cães e não como uma ferramenta
relação a eficácia.
de saúde pública.”

pessoas tenham acesso ao alimento para que não passem


fome.
Segurança dos alimentos: tem relação com a
inocuidade e com a multiplicação de microrganismos que
transmitem doenças para o consumidor.
Dar subsídios para a inserção do Médico Veterinário no O MAPA legisla dentro da produção, industrialização e
contexto da higiene, segurança do alimento e vigilância armazenamento, sendo 3 níveis: federal, estadual e
sanitária. municipal.
Conhecer a relação entre a tríade alimento-agente- A partir do momento que passa para o consumo direto
homem que fundamenta o controle das doenças para o consumidor, quem fiscaliza é o Ministério da Saúde,
transmitidas por alimentos. sendo a ANVISA a nível federal e a VISA a nível municipal.

“Entende-se, por , um conjunto de


Definição de regras (de produção, processamento, ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir
transporte, armazenamento, preparo e consumo). e de intervir nos problemas sanitários decorrentes
Definição de parâmetros microbiológicos, químicos e do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da
físicos (possíveis riscos). prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo:
o controle de bens de consumo que, direta ou
indiretamente, se relacionem com a , compreendidas
BPF, PPHO e HACCP. todas as etapas e processos, da produção ao consumo; e
o controle da prestação de serviços que se relacionam
Ferramentas de controle para comprovar a produção de direta ou indiretamente com a saúde."
alimentos em condições seguras. Lei Federal no 8.080 de 19 de setembro de 1990.
A Vigilância Sanitária e seus agentes públicos
podem realizar determinados atos administrativos, como a
fiscalização, a autuação, e a interdição de
estabelecimento irregulares, de modo a garantir a
segurança adequada para a população, com base em um
conjunto de normas legais estabelecidos pela legislação.
Segurança alimentar: relação que não pode faltar A bactéria carreia microrganismos para os alimentos,
alimento para a população, precisa assegurar que as podendo colocar em risco a saúde do indivíduo.
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Ferramenta: BPF (Boas Práticas de Fabricação).


 BPF é a base para qualquer empresa iniciar, desde o
beneficiamento até o fornecimento para o consumidor.

Segurança dos alimentos – food safety

Garantia da inocuidade (sem danos à saúde).


Ferramenta: APPCC (Análise de Perigos e Pontos
Críticos de Controle).
Seria o topo da pirâmide, começa com a higiene que seria
o BPF e o PPHO, para depois atingir a APPCC.

Entende-se pelo conhecimento aplicado à Agente ou propriedade física, química ou biológica que
por meio de normas de . pode tornar o alimento impróprio para o consumo ou
Alimento seguro: apresenta propriedades nutricionais esteticamente inaceitável para o consumidor, ou ainda
esperadas pelo consumidor e é seguro (sem danos à capaz de afetar a saúde animal e a dos manipuladores dos
saúde) aliado ao prazer de alimentar-se bem. alimentos, podendo atingir o meio ambiente.
 ex. se comprar um hambúrguer de frango, entretanto, Sinônimo de CAUSA!
esse hambúrguer contém carne bovina misturada, só  a causa de tornar impróprio o alimento.
que não está escrito na embalagem a presença dessa  é a causa do problema e da doença.
carne bovina, isso torna o alimento não seguro.
A higiene está relacionada aos alimentos que serão os
veiculadores do agente que chegam até o consumidor
levando aos sintomas e ao quadro clínico referente Deve ser compreendido como a probabilidade da
daquele microrganismo. ocorrência e a severidade das consequências de um efeito
adverso.
PROBABILIDADE E SEVERIDADE DE UM
PERIGO!
Probabilidade de ocorrer o perigo.

Presença de corpos estranhos, substâncias químicas e


microrganismos vivos nos alimentos.
Acidental ou intencional.
É a presença do perigo no alimento, podendo ser físico,

Higiene dos alimentos – food hygiene químico ou biológico, além disso, pode ser acidental ou
intencional.
Garantia das propriedades (validade e autenticidade) e a
inocuidade.
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Fatores intrínsecos: relacionados a características


próprias dos alimentos que favorecem o crescimento dos
microrganismos:
 atividade de água (Aa); acidez (pH); potencial de oxido-
redução (Eh) e composição química.
Fatores extrínsecos: relacionados ao ambiente onde
os alimentos se encontram:
 umidade e temperatura.

Física

Qualquer objeto ou partícula estranhos ao alimento.


Atividade de água (Aa)
 inseto é um perigo físico, pois estará vendo o corpo do
inseto. Parâmetro que mede a disponibilidade de água em um
alimento (relacionada com a conservação dos alimentos).
 é a água disponível para o microrganismo se multiplicar
no alimento.
 existem microrganismos como as bactérias que
precisam de mais Aa para crescer e se multiplicar.
Microrganismos necessitam de água para sobreviverem
Química (metabolismo e multiplicação).
Quando há contato do alimento com compostos químicos Varia de 0 a 1.
ou introdução de alguma substância durante as fases de Bactérias exigem maiores valores de Aa que os fungos.
produção. Valor: 0,6 (limitante para a multiplicação).
 abaixo de 0,6 dificulta a multiplicação dos
microrganismos.

Biológica

Presença de microrganismos como bactérias, vírus,


fungos e parasitas.
 bactéria é o grupo que tem maior prevalência nos
surtos de DTA.
Risco Relativo Maior, pois podem aumentar em
número e/ou contaminar outros alimentos. Fonte: Google Imagens
Relação dinâmica com o alimento e o processo. É a água que está livre e disponível no alimento, a molécula
É o mais comum dentro dos surtos de DTA. de água ligada quimicamente não é utilizada pelas bactérias.
Água total tem relação com a umidade total do alimento.
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Microrganismos aeróbicos (valores positivos de Eh -


oxigênio) e anaeróbicos (valores negativos de Eh).
Anaeróbios facultativos (ambos).
preservação de alimentos: embalagens.
Consegue trabalhar com a preservação de alimentos
através de embalagens, como por exemplo, embalagem a
vácuo que retira o oxigênio.

Composição química
Alguns grupos de bactérias crescem com uma atividade
de água baixa. Nutrientes disponíveis para a multiplicação microbiana.
O pão tem disponível uma grande quantidade de água para  ex: açucares, lipídios vitaminas e minerais.
o crescimento de microrganismos, apesar da umidade
estar baixa.

pH Temperatura ambiental

Microrganismos possuem valores ótimos, mínimo e máximo Os microrganismos podem se multiplicar em uma faixa
para a multiplicação: ampla (-35ºC a 90ºC).
 pH próximo ao neutro (6,5 a 7,5): mais favorável Psicrófilos: ótima entre 10 a 15ºC.
para a maioria, principalmente para as bactérias
patogênicas. Psicrotróficos: entre 0 e 7ºC.
 alimentos de baixa acidez (pH > 4,5): mais  alimentos refrigerados!!
sujeitos a multiplicação.
 ex. Listeria.
 alimentos ácidos (4-4,5): leveduras e bolores e
algumas bactérias láticas. Mesófilos: ótimo 25 a 40ºC.
 bactérias láticas competem com as bactérias  grande maioria.
patogênicas que não gostam do meio ácido.
Termófilos: ótimo entre 45 a 65ºC.
 as bactérias láticas são benéficas.
 alimentos muito ácidos (pH < 4): quase que  Bacillus e Clostridium (esporos).
exclusivo de bolores e leveduras.

Potencial oxi-redução (Eh)

Facilidade com que determinado substrato ganha ou perde


elétrons.
perde elétrons.
 quanto mais oxidado for mais positivo será o potencial
de oxi-redução.
ganha elétrons. Umidade relativa
Quanto mais oxidado é o composto mais positivo seu
potencial.
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Não havendo o equilíbrio: moléculas de água tendem a


“migrar” para o meio que está mais “seco”, alterando a Aa
do alimento, isto poderá afetar a capacidade de Microrganismo produz a toxina no intestino e ela causa a
multiplicação dos microrganismos. doença. Ingestão do microrganismo vivo em quantidade
 ex: se armazenarmos um alimento de baixa Aa em suficiente.
ambiente com alta UR, a atividade de água do alimento  ex.: Clostridium perfringens, forma toxigênica do
aumentará. Bacil us cereus.

Causada pela toxina pré-formada. Microrganismos se


multiplicam e produzem a toxina antes da ingestão;
microrganismos podem nem estar presentes ou viáveis no
Microrganismo que causa a doença. Ingestão do alimento no momento da ingestão.
microrganismo vivo.
 ex.: toxina botulínica e enterotoxina do Staphylococcus.
 ex.: Salmonella, Shigella, vírus da hepatite, Taenia
(cisticercose), Giardia.

Procedimento que elimina ou reduz os microrganismos


patogênicos em níveis suportáveis, sem risco para a
saúde.
Procedimentos que visam eliminar ou reduzir a
contaminação. Usado para ambiente e alimentos.
Processo completo: limpeza, lavagem e sanitização.
 tem como princípio e soma as etapas de limpeza +
Procedimento que evita o retorno da contaminação
sanitização, a lavagem pode ser uma etapa da limpeza.
(perigos: biológicos, físicos e químicos).
Relacionado ao controle aplicado após a esterilização,
sanitização ou antissepsia.
Procedimento que envolve a simples remoção de sujidades
Ambientes, superfícies ou mãos.
ou resíduos macroscópicos de origem orgânica ou
inorgânica.

Superfícies ou mãos.
Procedimento que envolve a utilização de água e Antissepsia: procedimento com o mesmo efeito da
detergente para a melhor remoção da sujidade. sanitização (redução de patógenos), porém com ação
Pode ser comtemplada em uma única operação com a externa como pele e mucosas em seres vivos.
limpeza.

Procedimento físico ou químico que elimina todas as


formas de vida (esporulada), tornando o metabolismo
microbiano irreversível.
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Todas as pessoas que tenham contato com matérias-


primas, alimentos em processo e alimentos prontos,
equipamentos e utensílios devem seguir as boas práticas
de higiene pessoal e comportamento no trabalho para
proteger os alimentos da contaminação.

Uniformes
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As ações corretivas estarão baseadas na forma que o


treinamento estará voltado para os manipuladores.
O treinamento é a base para a educação e Remover diariamente (ou quando necessário).
conscientização dos colaboradores acerca da higiene.
 se for orgânico, remove diariamente, caso seja material
reciclado e que não está em muita quantidade pode
remover até em dois dias.
Manter sempre o ambiente limpo e agradável. Recipientes apropriados e fechados.
A higiene ambiental está ligada diretamente com a atração Recipientes ensacados e com tampas.
dos animais sinantrópicos.  evitar a atração de insetos e outros animais!
Falta de limpeza e higienização atraem animais e
insetos!!!
Essencial a periodicidade da limpeza: Objetivos: evitar a contaminação (DTAs) e o
desperdício de alimentos.
 diária (pisos, rodapés, recipientes lixo, etc.).
 semanal (paredes, janelas, etc.).
 quinzenal (estoque). Importante meio de contaminação do alimento.
 mensal (luminárias e telas). Boa qualidade para preparação dos alimentos.
 semestral (reservatório de água). Água potável, fervida ou filtrada.
 a fervura é uma forma de minimizar a transmissão de
doenças pelos alimentos.
Retirar excesso de sujidades (proibido varrer a seco áreas Higienização das caixas de 6 em 6 meses.
de manipulação). Vários surtos ocorrem pela qualidade da água.
Lavar com água de preferência aquecida a 40 -45ºC e
detergente. Solução clorada – para alimentos
Desinfetar com álcool 70% ou solução clorada a 200ppm. 10 litros de água tratada + 100ml de água sanitária, ou, 1
Enxaguar as superfícies que entrem em contato direto litro de água tratada + 1 colher (sopa) de água sanitária
com os alimentos (naturalmente...não utilizar panos). (2% de cloro).
Pisos e bancadas: rodos (plástico ou metal). Minimiza os riscos de ter um perigo biológico por serem
Proibido varrer nas áreas de manipulação do alimento,
sensíveis ao cloro.
preferencialmente realiza a limpeza com a água, sendo que
a água aquecida retira as moléculas de gordura.
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Evitar contaminação cruzada: lavagem de todos os


utensílios após o contato com a carne crua!
 evitar o contato do alimento cru com o alimento cozido!
 existem diversas bactérias patogênicas relacionadas
com a carne de frango.

Lavar em água corrente e potável no momento do uso.


Antes do uso, quebrar separadamente.
Não preparar alimentos com ovos crus.
Ovo cozido: permanecer por 7 min. após fervura da
água.

Tem que tomar cuidado por ser um alimento com bastante


substrato para a multiplicação bacteriana.
É um alimento em potencial para transmitir uma doença
para o individuo que se alimentar com a carne. Permanecer coberto com tampas ou filme plástico: nunca
Retirar pequenas porções do refrigerador. utilizar panos de pratos.
 coloca em pequenas porções porque algumas Manutenção da temperatura (buffets, geladeiras): ideal
bactérias preferem quando coloca grandes porções, para a higiene!
pois o centro da carne não chega na temperatura das
laterais, dessa forma, facilita a multiplicação de
bactérias psicotróficas no centro do alimento.
Evitar manipulação excessiva.
 manipulação excessiva facilita a transmissão por Abrangem diferentes medidas que devem ser adotadas
contaminação cruzada e também aumenta a pelas indústrias de alimentos a fim de garantir a qualidade
temperatura. sanitária e a conformidade dos produtos alimentícios com
Manter sob refrigeração até o preparo. os regulamentos técnicos (ANVISA, 2014).
 o aumento da temperatura deve ser de forma Serviços de alimentação devem possuir seu próprio
gradativa. manual de BP (oficiais).
Carnes congeladas: descongelar no refrigerador. Documentos acessíveis aos funcionários envolvidos e
disponíveis à autoridade sanitária, quando requerido.
Carne de frango Devem ser aprovados, datados e assinados pelo
responsável do estabelecimento.
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Procedimento Operacional Contempla também a monitorização, registros, ações


corretivas e verificação (“check-lists”).
Padronizado - POP
Legislação:
Procedimento escrito de forma objetiva que estabelece  Portaria MS no 1.428, de 26 de novembro de 1993
instruções sequenciais para a realização de operações (Precursora na regulamentação sobre BPF).
rotineiras e específicas na manipulação de alimentos.
 Portaria SVS/MS no 326, de 30 de julho de 1997
Dividido nos seguintes itens (POPs): (Baseada no Codex Alimentarius – BPFs e condições
a) higienização de instalações, equipamentos e móveis. higiênicos sanitárias).
b) controle integrado de vetores e pragas urbanas.  Portaria n°368, de 1997 (MAPA) (Regulamento técnico
c) higienização do reservatório. de condições higiênicos sanitárias e BPF).
d) higiene e saúde dos manipuladores.  RDC no 276/2004 (Dispõe sobre Regulamento
Técnico de Boas Práticas para Serviços de
RDC nº216/2004
Alimentação.).
BPF  ISO 22.000:2005 (norma para a certificação de
sistema de gestão da segurança na produção de
alimentos).

Documento que descreve as operações realizadas pelo


estabelecimento, incluindo, no mínimo, os requisitos
sanitários dos edifícios, a manutenção e higienização das
instalações, dos equipamentos e dos utensílios, o controle
da água de abastecimento, o controle integrado de
vetores e pragas urbanas, controle da higiene e saúde
dos manipuladores e o controle e garantia de qualidade do
produto final.
 tem relação com a higiene dos alimentos, ambiental e
do indivíduo.
 o Manual de Boas práticas é um documento oficial que
é passível de ser fiscalizado, descreve todas as ABATE/PROCESSAMENTO..
operações realizadas dentro do estabelecimento. No abate e no beneficiamento dos produtos de origem
animal temos diversos perigos no fluxograma.

Compostos da embalagem.
Tinta. estocagem e
Formação de aminas biogênicas. comercialização
Diversos programas trazem dentro do BPF pontos do Acroleína. preparo e consumo.
PPHO.
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 acroleína é uma substância química produzida quando Inclinação suficiente em direção aos ralos (sifonados).
tem altas temperaturas relacionada a óleo.

Crescimento microbiano. estocagem e comercialização.


Contaminação cruzada.
Contaminação pelo manipulador. preparo e
Contaminação pelo ambiente. consumo
Crescimento microbiano.

Acesso direto e independente: não comum a outros usos Tem o objetivo de não retornar o odor do esgoto.
(habitação).
 não pode ter conexão entre outros estabelecimentos,
tem que ter um acesso independente.
Acabamento liso, impermeável, cores claras, isenta de
 em relação a habitação, se morar na casa e fazer um fungos e em bom estado de conservação.
restaurante não poderá ter uma conexão entre a casa
Preferência azulejadas (altura mínima de 2m).
e o restaurante.
Cantos arredondados para facilitar a higienização.
Áreas circundantes devem oferecer proliferação de
insetos e roedores ou atração de outros animais. Forros e tetos

Isento de goteiras, vazamento, umidade, trincas, bolor e


descascamento.

Superfície lisa, cores claras, fácil limpeza, material não


absorvente, com fechamento automático (mola ou
similar) e borracha de vedação na face anterior.
Entradas principais e câmaras: mecanismos de proteção
contra insetos e roedores.
O bloqueio sanitário é separado da área de Janelas: protegidas com telas de malha de 2mm, fácil
processamento. higienização e construídas de modo a evitar os raios
solares diretamente nos alimentos e equipamentos
sensíveis ao calor.
Material liso, resistente, impermeável, lavável, de cores  evitar incidência solar nos alimentos por aumentar a
claras e bom estado de conservação. temperatura, facilitando a permanência e multiplicação
das bactérias nos alimentos.
 resistente por receber muito produto químico pela
higienização frequente.
 cores claras por facilitar a visualização de sujeiras e de
uma boa higienização.
Fácil higienização.
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Garantir conforto térmico e ambiente livre de gases,


fumaça, gordura e condensação de vapores.
Fluxo de ar: área limpa para suja.
Não direcionar ventiladores e ar condicionado direto sobre
o alimento.
Coifa: material liso e resistente de fácil limpeza. Produtos diferentes são armazenados em locais
diferentes.
Se tiver uma área quente e outra fria e tem a ventilação
Não pode ter a mistura de produtos químicos com
comprometida entre as áreas, podendo começar a produtos alimentícios.
condensar o teto e formar gotículas que podem pingar no
alimento.
De preferência acima do piso da área total da cozinha
para facilitar a supervisão geral do ambiente e
processamento.
Banheiros separados por sexo, em bom estado de
conservação, com proporção de equipamentos no mínimo
1 para 10 funcionários.
Fluxo linear sem cruzamento de atividades.
Disponível: papel higiênico, sabonete líquido e antisséptico.
Lixeira com tampa acionada por pedal.
Não podem ter comunicação direta com a área de
manipulação de alimentos ou refeitórios. Comportar o volume de produção.
A ILUMINAÇÃO da área de preparação deve

proporcionar a visualização de forma que as


Alimentos separados por grupo.
atividades sejam realizadas sem comprometer a
Sacarias: sobre estrados fixos ou móveis (separados da
parede e afastamento mínimo de 10cm entre pilhas). higiene e as características sensoriais dos

Possível rastreamento dos produtos com embalagens alimentos. As luminárias localizadas sobre a área
abertas (identificação visível).
de preparação dos alimentos devem ser
Ventilação adequada.
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apropriadas e estar protegidas contra explosão e OBS: este procedimento pode apresentar outras
nomenclaturas desde que obedeça ao conteúdo
quedas acidentais.
estabelecido nesta Resolução.
Os procedimentos operacionais padronizados são exigidos
para todas as indústrias e empresas manipuladoras de
alimentos, independentemente da escala ou setor a que
Conjunto de ações eficazes e contínuas de controle de pertence.
vetores e pragas urbanas, com o objetivo de impedir a
RDC275/2002
atração, o abrigo, o acesso e ou proliferação dos mesmos.
Obrigatória a dedetização periódica! Cuidados após
tratamento..
Comprometimento dos responsáveis.
Tomar cuidado após o tratamento, precisa deixar descrito
no manual como será o cuidado após a dedetização, sendo Formação da equipe de trabalho.
feito nos dias que não terá produção do alimento.  composição de equipe multidisciplinar.
Treinamento da equipe e do operacional (em BPF).
Elaboração dos POPs.
Elaboração das fichas de registros.
Aquisição de materiais/produtos e equipamentos.
Validação do processo.
Adequações dos POPs.

Objetivo.
Onde se aplica este POP.
No topo tem que descrever o manual, como ele serve,
quais são as pessoas envolvidas, objetivos, legislação Descrição do Procedimento e Responsabilidades.
utilizada para compor a escrita do manual e seus Monitoramento e ações corretivas.
conceitos. Verificação e ações preventivas.
Após isso, começa os POPs e em seguida ou dentro do Documentos e registros.
POP teremos a instrução de trabalho (como executar a
tarefa). Referências utilizadas.

Comprovantes da realização de controles químicos.


Procedimento Operacional Padronizado Princípio(s) ativo(s) utilizado(s).
Procedimento de forma objetiva que estabelece Método de aplicação.
para a realização de Responsável técnico (da empresa contratada).
operações rotineiras e específicas relacionadas à Mapa de incidência.
produção, transporte, armazenamento e comercialização Registro dos produtos (Portaria SNVS n° 10/1985).
de ALIMENTOS. Cuidados pós-aplicação.
Medidas preventivas: abrigo, acesso e proliferação.
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Sistema baseado em abordagem científica e sistemática Contínuo: problemas detectados e imediatamente


para o controle de processo, elaborado pra corrigidos.
prevenir a ocorrência de problemas, assegurando que Sistemático: plano completo (matéria-prima a mesa do
os controles são aplicados em determinadas etapas no consumidor).
sistema de produção de alimentos, onde possam ocorrer
perigos ou situações críticas.
Portaria nº46/1998 (MAPA) BPF + PPHO
As boas práticas são a base para ter higiene. Para implementar o APPCC precisa estar muito bem
Está mais voltado para as prevenções e para a elaboração estruturado o BPF e PPHO.
daquilo que traz mais risco para a vida do consumidor. Indústria de alimentos.
Antigamente a análise e inspeção do alimento era feita  dependendo do estabelecimento alimentício o PPHO
apenas no final do processamento do produto, dessa forma, pode se tornar um POP dentro do BPF.
descartava todo o lote que estava alterado, então, ao Aproveita pré-requisitos para colocar o BPF e
implantar a APPCC consegue prevenir futuros perigos no PPHO na empresa, para exportar precisa do APPCC.
processamento do alimento, garante que cada ponto no
fluxograma foi avaliado e se teve algum problema foi
tomado correções para não ter que descartar todo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
alimento no final do lote. (MAPA).
Ministério da Saúde (MS).
controle de todo o processo desde a matéria prima até a
chegada do alimento na mesa do consumidor. Ministério da Ciência e Tecnologia.
Busca os perigos, coloca o risco da ocorrência de cada Organização das Nações Unidas para Alimentação e
perigo encontrado e tem que deixar tudo documentado. Agricultura (FAO).
Organização Mundial da Saúde (OMS).
Organização Mundial do Comércio (OMC).
Codex alimentarius.

Especificidade para controle de riscos.


crescimento microbiano (doenças
emergentes e reemergentes).
 está te encontro com as doenças emergentes e
reemergentes.
racional: baseia-se em dados científicos e registrados. crianças, idosos e debilitados.
Lógico: considera ingredientes, processos e produtos.
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 o limite crítico é baseado nos indivíduos que tem  podem estar presentes nas salas de manipulação ou
maiores chances de sofrer com uma DTA, sendo o foco em alimentos prontos!
crianças, idosos e debilitados. Mais comuns! É o mais encontrado dentro da
empresa.

Garantia da segurança dos alimentos (saúde pública).


os resíduos presentes nas matérias-
Diminuição dos custos operacionais: evita destruição e
reprocessamento. primas não são possíveis de serem removidos nesta fase
da cadeia alimentar, necessitando de controle na produção
Diminuição do número de análises. primária e/ou fases de processamento anteriores ao
Redução de perdas de matérias-primas e produtos. fornecimento (EXIGIR COMPROVAÇÃO).
Credibilidade do consumidor e cliente. Não poderia ser um PCC? E os desinfetantes?
Maior competitividade.  não poderia ser um PCC porque não consegue fazer
Atende a legislação para exportação e requisitos externos nada antes e com os pré-requisitos não elimina,
(codex, comunidade europeia e mercosul). precisando agir na hora.
 desinfetantes consegue reduzir essa possibilidade pelos
pontos de controle com os pré-requisitos.

Codex alimentarius
Baseia-se na prevenção, eliminação ou redução dos PCC é qualquer ponto, etapa ou procedimento no qual se
perigos em todas as etapas da cadeia produtiva. aplicam medidas preventivas para manter um perigo
1. Identificação do perigo (é físico? químico? biológico?). identificado sob controle, com objetivo de
2. Identificação do ponto crítico. eliminar, prevenir ou reduzir os riscos à saúde do
3. Estabelecimento do limite crítico. consumidor.
4. Monitoramento.
5. Ações corretivas.
Constatação do risco significativo da ocorrência de um
6. Procedimentos de verificação.
certo perigo que provoque impacto à saúde pública.
7. Registros de resultados.
Risco: probabilidade da ocorrência de um perigo! Pode ser
Esses sete princípios são sequenciais. classificado em alto, médio ou baixo.

Causas potenciais de danos inaceitáveis que possam


tornar um alimento impróprio ao consumo e afetar a
saúde do consumidor, ocasionar a perda da qualidade e da
integridade econômica dos produtos.

Salmonella, Campylobacter, Listeria monocytogenes,


Yersinia enterocolitica, Staphylococcus aureus, Clostridium A árvore de decisão são várias perguntas feitas para
perfringens, Clostridium botulinum, Bacil us cereus e descobrir se é ou não um PCC.
Escherichia coli. Se for um PCC coloca de acordo com o tempo que ocorre
no fluxograma, se é o primeiro a aparecer (ex. matéria
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prima) é PCC1 e coloca se é de ordem física, química ou  consegue controlar se reajustar as boas práticas e o
biológica. PPHO.
 ex. desinfetante.

RESFRIAMENTO: alimentos devem ser guardados em


equipamentos de frio, dentro de 90 minutos após
confecção. Definição da equipe executora de 3 a 7 pessoas
(multidisciplinar):
 limite: temperatura <10ºC dentro de 2h30.
 líder do programa: trabalhar em grupo e
 binômio tempo/temperatura (não está no programa
conhecimento técnico.
de pré-requisitos).
 integrantes com graduação e vivência no
O resfriamento é importante, os alimentos que são
estabelecimento.
preparados e armazenados na geladeira devem ser
 treinamento frequente.
guardados 90 minutos após a sua confecção, tem que
 BPF: de acordo com a legislação vigente antes de
diminuir a temperatura em menos de 10ºC dentro de iniciar o APPCC (avaliação pelo órgão competente).
2h30, caso não atinja está facilitando a multiplicação de
alguns microrganismos.
1ª Etapa: definição dos objetivos.
2ª Etapa: identificação e organograma da empresa.
3ª Etapa: avaliação de pré-requisitos*.
Ponto de Controle (PC) é qualquer ponto, etapa ou
procedimento no qual fatores biológicos, químicos ou 4ª Etapa: programa de capacitação.
físicos podem ser controlados, prioritariamente por 5ª Etapa: descrição de produto e uso esperado.
programas e procedimentos de pré-requisitos, como 6ª Etapa: elaboração do fluxograma de processo.
as Boas Práticas. 7ª Etapa: validação do fluxograma de processo.

grave, diarreia sanguinolenta e insuficiência renal aguda (p.


ex. E. coli O157:H7).
 dependendo do agente etiológico pode ter uma
DTA: doença originada pela ingestão de alimentos gravidade do quadro desse indivíduo.
contaminados comprometendo a saúde do consumidor ou
 se tem a presença de uma bactéria causando a
de grupos da população.
alteração, é mais comum ter a presença de febre do
Atualmente é um grupo de doenças de notificação que nos quadros de intoxicação (causadas pela toxina).
obrigatória.
 existem situações mais graves dependendo do agente,
É caracterizada como uma síndrome por apresentar um do saneamento básico e da característica econômica.
conjunto de sintomas, geralmente constituída de diarreia,
náuseas, vômitos, acompanhada ou não de febre.  E. coli O157:H7 está crescendo os números de casos
atualmente, sendo emergente, o quadro de insuficiência
O quadro clínico depende do agente etiológico envolvido e renal e diarreia sanguinolenta grave são comuns no
varia desde leve desconforto intestinal até quadros caso dessa bactéria.
extremamente sérios, podendo levar a desidratação
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exceção: o botulismo é uma exceção, único caso de


botulismo e E. coli O157:H7 já é notificado pelo SINAN
Baixo número de notificações e impacto na saúde! devido a gravidade e investigação da doença.
 devido algumas pessoas apresentarem um quadro
simples, esses casos acabam não sendo notificados.
 é extremamente subnotificada as DTA’s. Os grandes surtos (maior número de pessoas acometidas)
 fora a subnotificação, pode ocorrer um mal diagnóstico são notificados quando é decorrente de um restaurante,
por não vincularem com doenças transmitidas por festas e afins.
alimentos. Às vezes tem surtos dentro da própria casa que não são
 as crianças são as que mais sofrem com as DTA’s. relatadas ao médico por tentarem resolver sozinhos.
Ponta do Iceberg (300-350% maior). Identificação
No Brasil, de acordo com dados do Sistema de Informação
de Agravos de Notificação (Sinan) são notificados, em Inquérito epidemiológico com as pessoas envolvidas.
média, por ano, 700 surtos de DTA, com envolvimento de Exames laboratoriais dos alimentos e das pessoas;
13 mil doentes e 10 óbitos.
*considerar que nem todas as pessoas apresentam a
O Centers for Disease Control and Prevention (CDC), mesma sintomatologia!
centro de vigilância de doenças dos Estados Unidos, estima
que a cada ano cerca de 1 em cada 6 americanos (ou 48
milhões de pessoas) fica doente, 128 mil são hospitalizadas
e 3.000 morrem de doenças transmitidas por alimentos.
Fonte: MS/Brasil

Pela grade histórica percebemos que a maioria dos casos


são esporádicos, dificultando o registro no SINAN.
Se o surto for notificado, a primeira coisa é fazer a
notificação da doença e após isso a investigação (inquérito
epidemiológico).
A DTA tem relação com alimentos e água.
A maioria dos casos é esporádica, ou seja, não se A produção de informe e boletins servem para responder
relacionam no tempo e espaço com outros casos. a sociedade que teve um surto, foi elaborada as medidas
Essencialmente, registra-se a notificação de surtos. de prevenção para que não ocorra novamente, fazendo
educação em saúde.
Surto: duas ou mais pessoas sofrem uma
enfermidade similar apos a ingest ao de um
mesmo alimento!
O maior número de distribuição de DTA são em residências
devido ao fato do restaurante ser obrigatório a
implementação do BPF e programas de autocontrole, em
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casa as pessoas não são obrigadas a ter esse controle e


higiene igual quando fiscalizado pela vigilância.

Conservação de alimento à temperatura ambiente.


 mesófilas aeróbias patogênicas gostam da
temperatura ambiente.
Alimento resfriado em grandes quantidades.
Falhas na refrigeração.
Conservação a quente inadequada.
Descongelamento inadequado.
Preparação de quantidades excessivas.
Práticas inadequadas de armazenamento.

Físicas, químicas e biológicas!


Biológicas: grande maioria!

Microrganismo que causa a doença. Ingestão das células


viáveis do microrganismo patogênico.
Solo e água vento e chuva.
Microrganismos aderem à mucosa do intestino humano e
 água não potável. proliferam, colonizando-o. Ocorre a invasão da mucosa e
Utensílios: bandejas, facas, tábuas, moedores, etc.. penetração dos tecidos.
Manipuladores de alimentos... Exemplos: Salmonella, Shigella, E. coli invasiva.
 várias bactérias estão associadas a isso, como a S.
aereus.
Microrganismo produz a toxina no intestino e ela causa a
Microrganismo pode vir do meio ambiente, por isso é
doença (altera o funcionamento das células do trato
importante o inquérito epidemiológico, o vento e a chuva gastrointestinal).
que podem contaminar o solo e a água, saúde dos animais,  microrganismo não causa a doença, a toxina produzida
água não potável para elaboração dos alimentos., pode vir a nível intestinal irá causar um desequilíbrio e a doença.
de utensílios e equipamentos pela contaminação cruzada. Ex: Clostridium perfringens, forma toxigênica do Bacil us
cereus, Campylobacter jejuni.
 Campylobacter jejuni: tem aumentado nos EUA,
principalmente na cadeia avícola.

Causada pela toxina pré-formada. Microrganismos se


Aquecimento ou cocção insuficientes. multiplicam e produzem a toxina antes da ingestão;
 aquecimento insuficiente, pois a maioria são eliminadas microrganismos podem nem estar presentes ou viáveis no
pela temperatura. alimento no momento da ingestão.
Falhas no processo de cocção. Ex: toxina botulínica e enterotoxina do Staphylococcus.
Reaquecimento insuficiente.
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Para ter um surto de doença precisa de uma dose


infectante maior, porém, botulismo e E. coli tem uma dose
Mais de 250 agentes causadores:
infectante baixa para causar a doença.
 síndromes diarreicas (mais de 95%), incluindo as
diarreias sanguinolentas.
 síndromes neurológicas (agudas e crônicas).
 alguns agentes podem causar essas síndromes Fazem parte da microbiota normal da pele e mucosas de
neurológicas, podendo confundir com outras pessoas sadias – cavidade nasal.
doenças.  são devido a erro de manipulação e falta de higiene
 síndromes ictéricas (Hepatite virais A e E). pessoal, pois está na microbiota normal da pele.
 síndromes renais e hemolíticas. Encontradas frequentemente no ar, em fezes, esgotos e
 quadros respiratórios e septicêmicos. alimentos.
Um dos agentes mais comuns responsáveis por surtos de
intoxicação alimentar.
 o que causa o problema é a toxina pré-formada no
alimento, para isolar durante a investigação é a toxina
Bactérias: 92,2% específica, sendo uma toxina termoestável.
Vírus: 6,0%
Manipuladores assintomáticos
Protozoários e helmintos: 0,6%
Agentes químicos/Outros: 1,2% Presente em infecções mamárias (mastite) =
contaminação do leite.
Brasil, 2000 a 2017 (Fonte: Sinan/SVS/Ministério da Saúde)
 maior causador de mastite nas vacas, então, um dos
alimentos que se desconfia é dos produtos lácteos.
Maioria dos países relatam surtos pela ingestão de leite
ou queijos feitos a partir desse leite contaminado
(Inglaterra, Alemanha e França).
EUA: média 185.000 casos/ano
Prado et al., 2015

Número mínimo de microrganismos necessários para


causar a doença.
Varia de indivíduo para indivíduo: O quadro clínico é rápido por se tratar de uma toxina pré-
imunossuprimidos, crianças, mulheres grávidas e idosos formada, em intoxicações tem um quadro clínico mais
(menor dose infectante). grave do que na infecção.
Desconforto abdominal grande com alta produção de
Cuidado ao se determinar dose infectante: gases, com diarreia explosiva.
Clostridium botulinum e E. coli O157:H7.
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escarlatina), conseguiu controlar com a pasteurização dos


alimentos.
Grupo D atualmente é mais comum do que do grupo A.

Sintomatologia e presença da enterotoxina no alimento.

toxinas estafilocócicas são excretadas e


permanecem viáveis.
 se baseia na prevenção, boas práticas na manipulação
e atuação nos programas de autocontrole.

Dor de garganta e amidalites em crianças (tratamento:


Não é muito frequente. antibiótico).
Faz parte das bactérias lácticas (fermentativas) junto
com Lactobacillus. Escarlatina
Encontrados na mucosa bucal, trato intestinal, leite e
derivados, superfícies vegetais, etc.
 também está correlacionada a mastite em vacas.
A, B, C, D, F, G
 A e D: podem ser transmitidos aos humanos pelos
alimentos.

Não são muito comuns.

Grupo A

Diminuição após a pasteurização do leite.

Grupo D
O grupo A antigamente era mais comum, as crianças eram
mais acometidas, causando dor de garganta e pintas no Raro: relacionado ao preparo ou estocagem inadequados.
corpo da criança (principalmente pescoço e tronco –
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Enterobacteriaceae.
Salmonella enterica.
As aves possuem na sua microbiota esse gênero
 é a espécie importante.
bacteriano, também está presente nos suínos e nos
mais comuns são S. Typhi e a S. Paratyphi, répteis.
S. Enteritidis e S. Typhimurium. Os répteis possuem uma carga bacteriana alta na sua
 os sorovares/sorotipos são diversos para a flora, inclusive no casco e na pele desses animais, possui
Salmonella. uma carga suficiente para causar o quadro clínico no
 para facilitar a padronização da nomenclatura, foram indivíduo.
adotadas algumas regras, com isso, o sorovar é escrito Animal contaminado contamina os solos, água, chegando no
em letra maiúscula e normal, estando apenas o gênero ambiente, também pode chegar através dos alimentos
em itálico. pela ingestão de carne crua.
 Tiphy e Paratyphi estão no complexo de Salmonellas É uma bactéria sensível a temperatura alta, sendo assim.
tifoides, que tem relação exclusiva de transmissão de não se deve ingerir a carne crua de animais que portam
humano para humano. essa bactéria na sua flora como aves e suínos, os
 a Enteritidis é a mais prevalente. pescados idem.

3 grupos:

Como não tifóide temos a Salmonelose clássica que seria


a Enteritidis junto com outros sorovares que levam ao Ambiente:
quadro clássico de transtorno do trato gastrointestinal
com baixa letalidade.
A febre tifoide já foi considerada uma doença muito
importante ao longo da história e já teve surtos no país.
Bacilos Gram –.
Formato de bastonetes.
próximo de 7 (próximo da neutralidade). Relacionada com a Salmonelose clássica, sendo vista com
mais rotina e com alterações no trato gastrointestinal.
35-37ºC (5-47ºC).
Início entre 6 e 48hs.
 temperatura ótima parecida com a ambiental,
transparecendo para nós o grupo das mesófilas. Náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarreia, febre e dor
de cabeça.
 febre em alguns casos foram relatadas em surtos de
Salmonelose, sendo uma infecção alimentar.
Duração: 1-2 dias.
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Início após 3-4 semanas. O cozimento adequado é a forma mais garantida de evitar
Artrite reativa. essa situação.
Dentro do grupo da Salmonella spp. pode ter um
A inclusão da Salmonella Enteritidis não está no externo do
ovo, a higienização por fora não reduz a carga microbiana
agravamento do quadro, ocorre em poucas pessoas esse para Salmonella, a Salmonella é encontrada na gema,
agravamento e depois que a pessoa apresentou esses durante o processo de formação da gema e da casca será
sintomas clássicos de DTA começa a apresentar após um aderida a gema.
mês a artrite reativa, principalmente da articulação É importante realizar o controle na saúde do animal para
coxofemoral. não ter a inclusão dessas bactérias durante o processo
de matéria-prima.
Em alguns casos é mais agravante porque pode apresentar
É exigido que quem faz o serviço de alimentação utilize a
a síndrome de Reiter. forma seca do ovo, sendo a desidratação dos ovos que
elimina o perigo da Salmonella.

Penetração e passagem de organismos da luz intestinal PREVENÇÃO: cozimento adequado.


para o interior do epitélio do intestino delgado, onde a
inflamação ocorre
Dose infectante: 15 a 20 ufc (pequena)
Tem a ingestão da bactéria, passa pela primeira barreira
estomacal (o pH estomacal ajuda diminuir a carga
bacteriana). Algumas pessoas possuem algum problema no
pH ou usam muito antiácido ou apresentam uma doença
Febre tifoide e paratifoide pode ter diarreia
específica no estômago, não conseguindo eliminar essa
sanguinolenta e acometimento de diversos órgãos por cair
bactéria nesse primeiro desafio que ela sofre. na corrente sanguínea, ao chegar nas células de defesa
Essa bactéria penetra na luz intestinal e faz um podem se multiplicar nelas, sendo comum atingir fígado,
rim e baço.
desbalanceamento, alterando as microvilosidades e
Em 2% dos casos pode ter a síndrome de REITER ou
inflamando esse epitélio do intestino delgado causando a
artrite reativa.
sintomatologia.

Indivíduos imunossuprimidas, crianças e idosos são grupos


de risco para essa doença.
septicêmicas e
A salmonela pode levar ao óbito dependendo da imunidade produzem a febre tifóide ou paratifóide nos seres
da pessoa. humanos (mortalidade 10 -15%).
S. Enteritidis  muito mais grave.
 causa septicemia, ultrapassa o trato gastrointestinal
O ovo também pode transmitir a Salmonelose, é um levando a lesões mais graves.
alimento extremamente importante para essa via de sintomatologia moderada ou mais
transmissão, aumentando o risco de ocorrência desse
branda (1% de mortalidade).
perigo biológico.
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Typhy e Paratyphi são exclusivas de seres humanos, Regiões Norte e Nordeste.


desconfia do saneamento básico pensando em água pela  condições saneamento básico.
via fecal-oral ser a mais comum, o portador sintomático ou É prevalente no Brasil ainda, principalmente na região
não está defecando no lugar incorreto que faz a Norte e Nordeste devido as condições inadequadas de
contaminação das águas de acesso e bebida das pessoas, saneamento básico, ainda existe surtos de febre tifoide sendo
sendo de humano para humano a transmissão. notificados na maioria das vezes no Norte e Nordeste, é
uma doença de notificação compulsória.

Ingestão através da água cai no epitélio da célula intestinal,


causa sintomas do trato gastrointestinal e invade a lâmina
própria do intestino caindo na corrente linfática, nos
macrófagos fazem a multiplicação e atingem a corrente
sanguínea chegando a diversos órgãos, como fígado, baço Mesmos sintomas que a febre tifóide, porém mais
e rim, levando a uma infecção sistêmica. brandos (máx. 3 semanas).
 vômitos, febre alta e diarreia – septicemia!
Os sintomas são mais brandos que a tifoide, o quadro
Doença natural: somente homem. clínico é semelhante, mas a sua durabilidade é de no
 fonte de contaminação indireta: água e máximo 3 semanas.
alimentos.
 via fecal-oral, a contaminação é pela água Síndrome de Reiter
principalmente, é indireta porque essas fezes também
podem contaminar o alimento de forma indireta. 2% das pessoas acometidas podem apresentar Síndrome
Sintomas graves: podendo ocorrer septicemia e de Reiter.
perfuração intestinal, além de vômitos, febre alta e Síndrome principal: artrite.
diarreia!! (período de incubação de 1-8 semanas).
Conjuntivite e lesões na planta do pé.
 pode ter diarreia sanguinolenta, febre mais alta que
pode chegar até 40ºC.

Sexualmente transmissível: Clamídia.


 nem sempre será pela Salmonella e por via alimentar,
a Clamidiose pode levar a uma formação mais crônica
da doença.
Tratamento: antibiótico.
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Cozinhar os alimentos a temperaturas > 65°C.


Manter os alimentos refrigerados.
Frequentemente com salmonelose (20x mais que
população normal) e com episódios recorrentes. Antibiótico: tifóide e paratifóide e saneamento básico.
maior cuidado!

= não elimina a
Salmonella.
Se a pessoa é idosa, crianças, bebês ou faz uso excessivo
de antiácidos ou com doença a nível estomacal pode ter
dificuldade em eliminar a Salmonella.

Cultura de fezes, pus, sangue ou uma amostra do reto.


 identificar a bactéria em uma amostra confirma
o diagnóstico. Nardvony, Figueiredo e Schimidt, 2004
Para exportação o limite crítico é menor (13%), para o
mercado interno aceita-se até 20%, não tem como eliminar
Higiene dos manipuladores.
a presença de Salmonella na carne por estar na microflora
Lavar as mãos com sabão após tocar em répteis.
do animal.
Evitar contaminação cruzada (entre equipamentos).

 se essa baixa dose atingi grupos de risco, como


imunocomprometidos, crianças e idosos teremos um
aprofundamento dos sintomas.
A Shigelose possui uma certa semelhança com a
Salmonelose.
Em alguns locais ainda é considerada endêmica.
A forma de transmissão é fecal-oral e tem como
hospedeiro o humano, a infecção ocorre de humano para
humano.
Bastonetes Gram –.
Grande maioria de infectados: humanos (raro em animais - S. dysenteriae*, S. sonnei, S. flexneri.
primatas).
 S. dysenteriae é o sintoma característico, sendo a
 alguns casos raros foram relatos que os primatas disenteria, apresentando uma diarreia com muco ou
poderiam portar a Shigella. sangue e uma gravidade maior no epitélio intestinal, é
Dose infectante: 10 ufc (variável – idade, a espécie mais grave que tem uma interferência maior
imunossupressor). nos sintomas.
 a dose infectante é baixa para causar os sintomas da Shigelose: comum em crianças mais jovens que vivem
Shigelose. em áreas endêmicas.
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 locais com falta de saneamento básico irá interferir, Essa enterotoxina quando presente pode levar a uma
aumentando as chances de acarretar problemas, sequela parecida com a síndrome de Reiter na
principalmente em crianças.
Salmonelose, na Shigella é mais comum a artrite reativa,
 se tivesse o investimento na prevenção e atenção mas também pode ter uma síndrome mais grave sendo a
primária de saúde teríamos um reflexo mais positivo
síndrome urêmica hemolítica, podendo levar a morte se for
nas prevenções de DTA.
um grupo de risco.
 criança que vive em condições precárias de ambiente
e que não tem acesso a água de qualidade e tratada,
acaba por ser uma fase de risco, principalmente
criança abaixa de 5 anos, tem um agravamento maior
da doença.
Principal fonte de infecção: água contaminada
com fezes humanas.
 a rota é fecal-oral, a água contaminada pode
contaminar alimentos idem, por isso a importância da
fonte primária da água dentro da indústria.

pacientes
imunossuprimidos e crianças.
Doença de Reiter (artrite reativa).
Síndrome urêmica hemolítica (HUS).

Algumas cepas produzem enterotoxina (shiga-toxina)


semelhante a E. coli O157:H7.
O tratamento instaurado dependerá se é do grupo de
Tem as cepas virulentas das espécies mais comuns da
risco, muitos serão portadores assintomáticos,
Shigella, passa pela barreira do estômago e penetra as dificultando o controle.
células da mucosa intestinal, causa um processo Tratamento suporte.
inflamatório intenso causando até mesmo a destruição
reduzir riscos de contaminação
tecidual, por isso, encontra fezes com muco ou
secundária (em geral, autolimitante).
sanguinolentas dependendo da gravidade. É uma cepa
invasiva pela produção de enterotoxinas, aumentando a
Boas práticas de higiene/higienização de utensílios de
pessoas com quadro clínico.
intensidade dos sintomas.

É um perigo biológico importante durante a produção de transmitindo para os humanos, sendo que os veterinários
leite. possuem um risco maior de se contaminar. Mas a forma
mais comum de infecção no humano é via alimentos.
O leite é um dos produtos mais comumente associados a
surtos de Listeria, sendo resistente ao processo térmico.
Pode ter a transmissão direta, ou seja, direto com o
animal, o animal se contamina e são portadores da doença
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Listeriose.
Conhecida como Listeriose.
sobrevive
Humanos: Listeria monocytogenes sorotipos 1/2a, 1/2b aos níveis recomendados de nitrato de sódio e cloreto de
e 4b. sódio.
Animais: Listeria monocytogenes sorotipos 1/2a, 1/2b,  é um problema gravíssimo por sobreviver a altas taxas
4a e 4b; Listeria ivanovii sorotipo 5 e Listeria innocua de cloreto de sódio e nitrato de sódio, a indústria tenta
(ocasionalmente). diminuir os níveis por fazer mal à saúde humana, mas
O quadro clínico do animal e do humano são semelhantes. ao diminuir facilita a multiplicação de Listeria.
IN 09/2009 - MAPA

EUA (1979 – 20 pacientes e 5 mortes)


Mamíferos, aves e peixes. – alimentos envolvidos: vegetais.
 a distribuição da bactéria no ambiente é enorme,  é classificada como uma doença emergente pelo
acometendo mamíferos, aves e peixes, essas espécies primeiro surto ser em 1979.
junto com o homem fazem a contaminação ambiental.
Ampla distribuição no ambiente e muito resistente!
 o solo contaminado, contamina indiretamente o
humano.
Gram-positivo, não formador de esporo (flagelos), Diversos surtos na história estão relacionados a produtos
anaeróbio facultativo. cárneos e vegetais.
 é extremamente resistente a altas taxas de NaCL, a No leite elimina o microrganismo, mas é capaz de produzir
pasteurização elimina a listeriose, sendo não formadora toxinas que causam a proteólise e lipólise.
de esporos.
Se tem a carne do animal positivo e não faz um bom
Crescimento em ampla faixa de temperatura (0°C a 44°C) processo de evisceração, pode causar a contaminação
– psicotróficos. cruzada da carcaça e, dependendo, essa carne pode ser
 é resistente a baixas temperaturas, é classificada como utilizada em pratos que seu consumo é cru.
psicotrófica por crescer dentro da temperatura de Os monogástricos têm uma característica clínica e de
refrigeração. surtos relatados menores em ovinos, caprinos e bovinos.
As espécies animais que são acometidas com maior Se tem a falta de PPHO na indústria pode causar uma
prevalência são os bovinos, ovinos e caprinos que são os contaminação nos produtos após a pasteurização, além do
fornecedores para a produção de produtos lácteos. perigo do consumo de leite cru.
pH ótimo: 6 -8 (silagem animal).
 capaz de crescer em uma ampla faixa de pH,
conseguindo crescer em faixas mais baixas de pH, de
5 a 4,5 de pH.
 precisa ter uma qualidade higiênica da silagem para
não facilitar a presença e transmissão dessa bactéria,
a fonte via alimentar indiretamente é comum de
contaminar os animais.
A Listeria causa abortos como um dos sintomas principais,
o resto abortivo, ou seja, a placenta contaminada fica no
A Listeria invade e passa o pH estomacal, principalmente
meio ambiente e, pode propagar e transmitir a Listeria
se tiver uma alta carga infectante.
para outros animais, além de permanecer no ambiente.
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Invade o intestino e causa uma inflamação a nível de


microvilosidades que muitas vezes não é perceptível, é
fagocitada pelos macrófagos e por ficar protegida faz a Leite cru e pasteurizado.
septicemia, podendo atingir diversos órgãos, os órgãos  pela questão do rebanho leiteiro ser portador.
mais relatados são o fígado, baço e cérebro.
 é eliminada pela pasteurização, mas se ocorrer após a
Tropismo pela placenta, sendo o grupo de risco em pasteurização por não ter um bom PPHO pode
grávidas. contaminar esse leite.
Em geral pode atingir as 3 fases de gestação, mas é mais Queijos.
comum no terceiro trimestre de gravidez.
Carne/carne moída de diferentes animais e embutidos.
 carne moída principalmente por não higienizar bem a
máquina que faz a moagem da carne.
 embutidos na teoria seria uma forma de consumo mais
segura, mas para conseguir eliminar a Listeria precisa
colocar uma alta taxa de cloreto de sódio, sendo difícil
essa formulação para evitar a transmissão de Listeria
nos locais.
Produtos cárneos crus e termoprocessados.
Produtos de origem vegetal.
Risco Refeições preparadas.
Aborto (2 ou 3º trimestre), nascimento prematuro,  local mais comum é dentro da geladeira, por resistir a
natimorto e septicemia neonatal. refrigeração e se multiplicar, se não faz uma boa
higienização da geladeira e dos refrigeradores, pode
facilitar a transmissão de psicotróficas.
Início: parece uma gripe com febre persistente.
 um adulto saudável parece uma gripe com febre alta e
persistente que dura semanas.
 pode ter uma gripe associada a quadros do TGI,
durante a septicemia pode ter um sintoma específico.
Meningite (ou meningoencefalite).
Endocardite.
Possui a capacidade da formação de biofilmes, sendo a
Lesões granulomatosas no fígado. forma de manutenção da bactéria, por isso é importante
Abscessos no baço e no fígado. trabalhar com prevenção, não existe eliminação de Listeria
sem PPHO.
Sinais gastrointestinais: preceder ou
acompanhar os outros sinais. Permanece em material inoxidável, principalmente na
indústria, dentro do sistema de refrigeração e nas
Letalidade variável! Pode chegar próxima a 50% geladeiras das residências.
A letalidade vem aumentando, principalmente nos grupos
de risco.
A letalidade depende da situação, local, quantidade ingerida Isolamento bacteriano.
e população atingida.
Imuno-histoquímica.
Histopatológico.
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Evitar contaminação das carcaças com fezes (jejum e


oclusão do reto).
Uso de antibióticos (penicilina ou ampicilina). Destino adequado ao material de aborto e cadáveres.
Evitar contaminação cruzada na indústria (fluxograma). Higienização dos alimentos.
PPHO: biofilmes.

Bastonete.
Gram positivo.
Mesófilos. Náuseas e vômito. Alguns casos com diarreia.
 tem característica de crescer em uma temperatura Semelhante a intoxicação por S. aureus.
ambiente, sendo uma bactéria patogênica. Tipo diarreico Tipo emético
Formador de esporos.
Período de incubação: 8- Período de incubação: 30
 não possui uma alta taxa de letalidade, mas tem uma
16h. minutos – 5h.
alta prevalência devido a esporulação que ajuda na
manutenção do agente no ambiente. Duração doença: 12- Duração doença: 6-24h.
 a formação de esporos mantém o microrganismo ativo 24h.
por muito tempo no ambiente, a melhor forma nesse Enterotoxina termolábil Enterotoxina
caso é a prevenção. (proteína – alto peso termorresistente
Grande número de espécies! molecular) (peptídeo – baixo peso
: principal representante. molecular)
 tem relação com o crescimento em alimentos como
cereais.
 ex. arroz. Amplamente distribuído na natureza: solo!!
 permanece por muito tempo no solo, facilitando a
transmissão para diversos alimentos.
contaminam arroz, vegetais, carnes,
laticínios.
Início diarreia líquida com cólicas abdominais e dores. O arroz e amiláceos em geral.
vômito é raro. O B. cereus tem uma característica de que após o
 diarreia é o sintoma principal do quadro, sendo líquida preparo ocorrer a contaminação se não fizer uma boa
e em grande volume. higienização.
 dificilmente possui o vômito associado. O armazenamento do alimento pode propiciar a
multiplicação desse microrganismo.
Semelhante a diarreia do C. perfringens.
 ex. se cozinhar o arroz e armazena-lo fora da
 a característica do C. perfringes é de causar uma
geladeira, com isso, se o ambiente está contaminado e
toxinfecção, a toxina é produzida depois que o
pelo clima do país ser propicio para o seu
microrganismo chega na microvilosidade intestinal.
desenvolvimento, podemos ter a contaminação desse
Seu período de incubação é mais longo do que no emético, alimento.
tem a produção de uma enterotoxina que consegue ser
eliminada com a temperatura.
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Difícil eliminação na indústria de alimentos devido a


formação de esporos. Sobrevivência em diferentes
temperaturas e pH, resistência à desidratação e capacidade
de adesão às superfícies que contatam alimentos.

Difícil eliminar devido a esporulação, a célula vegetativa é


passível de eliminação com altas temperaturas e com a O tipo diarreico é mais complicado pelos sintomas serem
utilização de produtos químicos. inespecíficos, enquanto que o tipo emético pelo sintoma
principal ser o vômito e ter um cereal envolvido que é o
arroz já facilita a investigação.

Possui uma alta prevalência, mas baixa letalidade.


Isolamento das cepas do alimento, fezes ou vômito do
paciente.
SINTOMAS: rápido início no caso da doença emética
associado a alguns alimentos como arroz e derivados,
amiláceos (pode guiar o diagnóstico clínico). Cozimento em vapor sob pressão, forno ou fritura destrói
células vegetais e esporos.
Importância do armazenamento adequado pós-preparo.

Cepas são classificadas em 4 grupos: I, II, III e IV,


de acordo com a toxina que produzem!
Não possui alta prevalência, entretanto, é letal.  grupo I: toxinas A (neurotoxina), B e F.
deriva da palavra “botulus” que significa  grupo II: toxinas E, B e F (cepas não proteolíticas).
salsicha em latim.
 primeiro caso no final do século 19 (Europa).
 no final da década 19 teve o primeiro caso envolvendo Amplamente distribuído na natureza!!!
a salsicha.
 se é esporulado a facilidade de contaminação do
Bastonete. ambiente é enorme, se mantendo no ambiente durante
Gram positivo. anos.
Anaeróbio. Pode contaminar solo, água e essa contaminação ambiental
 cresce em condições que tem ausência de oxigênio. atinge o alimento.
Tem que fazer um bom destino do material abortivo
Formador de esporos.
também por fazer a manutenção do organismo no solo.
Geralmente ocorre surtos de botulismo envolvendo
conservas. A intoxicação pelo botulismo alimentar tem
relação com as conservas e possui o envolvimento de um
3 formas da doença.
meio ambiente propício para o seu crescimento.

: , , C1, C2, D, , F, G.
 a F é um pouco menos prevalente em humanos, quando Intoxicação pela ingestão de alimentos contendo
comparada com a A, B e E. neurotoxinas.
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 um alimento inspecionado é mais seguro do que o


clandestino, o C. botulinum se aproveita quando as
pessoas não tem boas práticas e não tem boa
conservação, além disso, os esporos de botulismo estão
espalhados no meio ambiente.
PI: 12 a 36hs.
0,01
micrograma (letal).
 é uma intoxicação, ou seja, o indivíduo ingere a toxina
pré-formada. Sintomatologia
 baixa quantidade já é suficiente para causar o quadro
clínico grave. Início pode apresentar problemas gastrointestinais como
náuseas, vômitos e diarreia.
palmito, alimentos enlatados em
Paralisia flácida descendente: fadiga e fraqueza
más condições de armazenamento.
muscular acompanhados de queda das pálpebras (ptose),
 conservas em sua grande maioria, mas também pode resposta alterada da pupila à luz e visão dupla.
encontrar em outros alimentos.
Secura da boca, dificuldade de deglutição e do controle da
Cárneos cozidos, curados ou defumados. língua.
Conservas vegetais - conservas de palmito. Pode levar a morte em 3-5 dias por parada respiratória.
Queijo e pastas de queijo.
Ptose palpebral
>

 todo alimento que possui essas características podem


ser um perigo e tem um risco maior para a produção
da toxina botulínica.
Intoxicação alimentar: toxina pré-formada.
Forma mais comum.
Doença infecciosa causada pela proliferação e
Patogenia consequente liberação de toxinas em lesões infectadas
pelos esporos do C. botulinum que caem na corrente
As toxinas fazem uma paralisia flácida da musculatura sanguínea.
porque quem estimula a contração do músculo é a  é a mais rara, a lesão por si só já possui um ambiente
acetilcolina. propício para o esporo voltar a forma vegetativa e ter
Essa toxina impede a liberação de acetilcolina e em a produção de toxinas.
contrapartida não tem a contração do músculo, a paralisia Contaminação das lesões traumáticas ou das feridas
começa acometendo incialmente a face e progredindo. cirúrgicas e dependentes de drogas endovenosas.
Quando chega em órgãos essenciais, a pessoa vem a óbito.  ambiente contaminado com ferida aberta e necrose do
tecido, facilita a esporulação.
PI: é mais prolongado (aproximadamente 10 dias) que o
alimentar.
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Doença infecciosa causada pela ingestão de esporos de C.


botulinum (toxigênese no intestino de crianças com menos
de um ano de idade).
Extremamente grave por ser um grupo de risco, uma
criança abaixo de um ano não tem a flora intestinal e É através da detecção da toxina pré-formada.
imunidade desenvolvidas. No momento que a criança SORONEUTRALIZAÇÃO EM CAMUNDONGOS: detecção da toxina
ingere o mel cheio de esporos, ao chegar no intestino botulínica (soro sanguíneo).
encontra a bactéria se depara com um local perfeito para a Também pode-se pesquisar a toxina no alimento suspeito!
produção de toxinas. NOTIFICAÇÃO: nesse caso, a presença de uma pessoa
No botulismo infantil ingere os esporos, ao chegarem no contaminada já é um surto!
intestino começa a se transformar em células vegetativas e
produz as toxinas, causando o quadro de paralisia
descendente. administração do soro antitoxina botulínica e
tratamento suporte.
Também conhecida como ou
. Consumo de alimentos com tratamento térmico e prazo
de validade adequados.
 botulismo intestinal: são raros os casos de
 tratamento térmico de 121°C por 3minutos.
pessoas que acabam fazendo essa mesma condição
que o botulismo infantil.  utilização de nitrito.
Não ingestão de mel por crianças com menos de 1 ano.

Bacillus e Clostridium são os gêneros que esporulam, sendo


Clostridiose alimentar (C. perfringes) a forma de resistência da bactéria.
Bastonetes Gram-positivos.
Esporulado.
5 tipos toxigênicos: A, B, C, D e E.
 A e C são tóxicas para os humanos.
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 os outros tipos acarretam em problemas para os 6-24h.


animais.
24-48h.
 o tipo A é o mais comum e o tipo C o mais agressivo.
Dor abdominal severa e diarreia.
C. perfringens tipo C: enterite necrótica (carne suína
mal cozida). Ocasionalmente vômito e não há febre.
 rara.  como é a toxina que causa a alteração a nível de
microvilosidade intestinal, dificilmente irá cursar com
permitindo febre.
sua manutenção no ambiente por longos períodos!!!
 existe a contaminação ambiental pela esporulação que
contamina vegetais e frutas.
 os animais mais comuns de serem portadores são os Evidências clínicas e epidemiológicas.
bovinos e as aves. Cultura em alimentos e fezes.
O C. perfringes teve uma diminuição ao longo do tempo no
número de casos, mas ainda é uma DTA encontrada
Raramente causa morte, porém pode ser um problema Baseado em terapia de suporte, porém a maioria dos
para grupos de risco (crianças, idosos, imunossuprimidos...). casos é autolimitante (hidratação).
 o prognóstico para clostridiose alimentar é bom.
Maioria dos casos é relacionado com a hidratação devido
Manipulação domiciliar: maiores casos de surtos!
a diarreia volumosa, é uma doença autolimitante e que
 a manipulação errada dentro do próprio domicilio que apresenta um bom prognóstico.
vem causando o grande número de surtos.
Importância na educação dos indivíduos: manuseio e
conservação dos alimentos.
 a manipulação é essencial no sentido da higiene do Correto cozimento dos alimentos, principalmente carnes e
indivíduo e contaminação cruzada, mas o derivados.
armazenamento também tem uma interferência, sendo
Controle na temperatura de armazenamento e
a conservação e descongelamento incorreto.
reaquecimento.
Carnes de aves e de bovinos estão elencadas nos surtos
Evitar a contaminação cruzada entre produtos crus e
relatados, tanto carne ingerida crua/mal cozida quanto
cozidos.
carne extremamente manipulada.
Refrigeração imediata das sobras em pequenas
Ocorre a contaminação do alimento e os esporos possuem
quantidades para resfriar de maneira rápida o alimento.
a capacidade de sobreviver a temperatura de cozimento
(altas temperaturas), com isso, germinam e se multiplicam.
 quando se alimenta com a carne contaminada, o
microrganismo libera no intestino as toxinas causando
a sintomatologia.
 ocorre uma toxinfecção, ao ingerir o esporo, o mesmo
possui a capacidade de produzir toxinas levando ao
quadro clínico da doença.
 facilitadores da esporulação: resfriamento
inadequado, conservação a temperatura ambiente e
reaquecimento inadequado.
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Família Enterobacteriaceae, gram negativo, não-


esporulados. Patogenia
 a E. coli se encaixa nos coliformes termotolerantes. A bactéria se adere ao epitélio do intestino e destrói as
Flora intestinal dos animais de sangue quente. microvilosidades.
Dois ângulos: contaminação fecal (indicador de qualidade) Gastroenterite crianças.
e linhagens patogênicas. Baixa dose infectante: crianças.
 possui a característica de ser indicadora de higiene,  baixa dose infectante já pode causar alterações nas
para ver as condições sanitárias do ambiente, mas, microvilosidades das crianças.
também existem as patogênicas.
Não há uma enterotoxina típica.
 não tem enterotoxina envolvida.
 a bactéria que causa o problema sendo uma infecção
1. EPEC (E. coli enteropatogênica clássica). alimentar.
2. ETEC (E. coli enterotoxigênica).
Surtos esporádicos
3. EIEC (E. coli enteroinvasiva).
Não tem grandes casos de surto, tem uma relação com o
4. EHEC (E. coli enterohemorrágica). saneamento básico.
 mais agressiva. Pode confundir um pouco com a Cólera, porém, na Cólera
 nos últimos anos tem se observado um crescimento a perda de líquido é maior.
da 0157:H7 no Brasil que tem alertado as indústrias e Conhecida como diarreia do lactente.
as autoridades sanitárias.
Países menos desenvolvidos (ainda é problema).
Mortalidade mais alta na faixa de idade de recém-nascidos
Gastroenterite em crianças: recém-nascidos e e lactentes.
lactentes jovens são os mais susceptíveis.
Alimentos
 a partir de 6 meses a um ano de idade, quando a
criança está passando pela introdução alimentar, pode Carnes e alimentos crus ou semi-crus expostos a
acometer adultos, mas não agrava o quadro igual nas contaminação fecal.
crianças, sendo autolimitante.  esses alimentos, como vegetais, frutas e verduras
 a criança fica debilitada pela rápida desidratação. durante o processo de introdução alimentar tem que
Diarreia aquosa mais grave que outros redobrar o cuidado com a higiene.
patógenos! DIARREIA: tende a se tornar crônica em crianças.
 dores abdominais, vômitos e febre.  já tem descrito que essa diarreia em alguns casos
12 – 72h (média de 36h). tende a se tornar crônica em crianças.
média 24h.
Associado a alimentos e água contaminados. Cepas: produzem enterotoxinas (causa uma inflamação
 precisa fornecer uma água de qualidade porque a na mucosa do intestino).
água contaminada leva essa bactéria para as crianças,
Diarreia aquosa.
a E. coli está presente na flora intestinal normal dos
animais e dos humanos.
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 a diarreia é autolimitante, mas precisa fazer uma boa  a água pode ser pela ingestão ou pela água
reidratação. contaminando o alimento.
Febre baixa. Não é muito frequente, mas pode ser confundida com a
Dores abdominais e náuseas. Shigelose.
Relação com a saída de um país que tem um estado  Shigella é mais frequente que a EICE.
sanitário melhor para um país que possui um estado
sanitário pior.
Sorotipo: O157:H7.
Diarreia dos viajantes!
 verotoxinas (ação nos vasos sanguíneos das
26h (média). microvilosidades do intestino grosso).
autolimitante. Esse sorotipo é extremamente importante, na história ficou
semanas. conhecida como doença do hamburguer nos EUA que foi

 assemelha-se a cólera (fezes aquosas: água de arroz). causado pela O157:H7, sendo que nesse país ocorre
muitos problemas com esse sorotipo pelo aumento da
Duas enterotoxinas:
ingestão de leite cru.
1. inativada à 60ºC/30min.
2. inativada à 100ºC/30min. Possui verotoxinas que lesiona os vasos sanguíneos do
intestino grosso, por atingir o intestino grosso terá uma
alta.
colite hemorrágica.
 para ter o quadro clínico a dose infectante deve ser
alta, mostrando que o alimento foi elaborado em Dores abdominais severas e diarreia aguda, seguida de
péssimas condições higiênicas. diarreia sanguinolenta (quantidade alta de sangue) e
ausência de febre.
Alimentos COLITE HEMORRÁGICA.
Contaminação de água e alimentos por condições higiênicas 3 – 9 dias.
precárias. 2 a 9 dias.
Diarreia de países subdesenvolvidos!!! síndrome urêmica
hemolítica (HUS).
 DOENÇA GRAVE!!
A E. coli possui relação com o material fecal.
 se atingir grupos de risco as chances de óbitos são
Manifestações semelhantes as causadas pela Shigella. altas!
Penetram em células epiteliais e causam as manifestações
clínicas. HUS
disenteria, cólicas abdominais, febre e mal-
Glóbulos vermelhos do sangue são destruídos (hemólise).
estar geral, podendo conter sangue e muco nas fezes.
Insuficiência renal, causando o acúmulo de substâncias
11h (média). tóxicas no sangue (o que é chamado uremia).
alta (108 células).
E. coli enterohemorrágica
Semelhante a Shigella (disenteria bacilar)
Bovinos são os reservatórios naturais.
Qualquer alimento ou água contaminados com material
fecal.  o reservatório natural para esse sorotipo são os
bovinos, sendo encontrada na carne bovina, por conta
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disso, teve um surto grande acometendo uma rede de


fast food ficando com o nome de doença do
hambúrguer.
Alimentos de origem animal: carne bovina
(hambúrguer)
 DOENÇA DO HAMBURGUER.
Pouco frequente, mas grave (morte).

Isolamento da bactéria e escolha adequado do antibiótico.


Se for E. coli O157:H7: exames de sangue com
frequência para verificar a presença da síndrome HUS.

líquidos, loperamida e, às
vezes, antibióticos.

administrar líquidos.
 evitar antibiótico: pode piorar a diarreia e HUS.
antibióticos ou suporte.

Fonte: https://foodsafetybrazil.org/vinte-anos-surto-
alimentar-jack-in-the-box/

Possui relação com a carne.


Bacilo curvo, Gram negativo, móveis com único flagelo
(movimento de saca-rolha).
São microaerófilos: baixa quantidade de oxigênio para a
multiplicação (média 5%).
 crescem em ambientes que possuem uma baixa Cresce em faixa estreita de temperatura (30-47ºC).
quantidade oxigenação, em média 5% de oxigênio.  um pouco acima da temperatura ambiente, fica em uma
C. jejuni, C. coli e C. faixa de temperatura pequena e relativamente alta.
lari.  também é eliminada a temperatura de pasteurização.
 C. jejuni é a mais prevalente e envolvida em surtos. Sensíveis ao sal, desidratação e pH ácido.
Identificada na década de 70.
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Dores abdominais.
Dores de cabeça.
Trato gastrointestinal de grande variedade de animais,
Sangue (alguns casos).
particularmente bovinos, caprinos, ovinos, suínos e aves.
ENTEROCOLITE
 FONTE MAIS IMPORTANTE DE TRANSMISSÃO.
Principal agente de diarreia nos EUA
 tem uma variedade de animais que possuem o
Campylobacter na flora, as aves tem tido uma
prevalência maior.
 contato direto com os animais ou portadores Artrite reativa.
(raro)/indireto pelos alimentos.  pode levar a síndrome de Reiter que tem a artrite
 a transmissão ocorre pela via indireta, mas existe reativa como principal sintoma.
alguns relatos de casos de contaminação do Síndrome hemolítico-urêmica (HSU).
humano pelo contato direto com os animais Septicemia e infecções em outros órgãos.
portadores, principalmente com as fezes.
Faz parte da flora intestina dos animais, tendo uma Síndrome de Guillain-Barré
relação com uma boa higienização durante o abate e Uma doença neurológica desmielinizante (mielina =
evisceração para evitar a contaminação. bainha que envolve os nervos) devido a uma
inflamação aguda dos nervos.
Leite cru, água e carnes/derivados contaminados,
principalmente carne de frango. Os nervos não são capazes de transmitir normalmente
os estímulos nervosos aferentes, levando a diversos
 produtos de origem animal são os mais relatados no sintomas como fraqueza muscular e paralisia.
surto, principalmente a carne de aves.
Não é apenas de origem alimentar, mas quando é de
 água contaminada com as fezes pode transmitir o
Campylobacter para o consumidor. origem alimentar o Campylobacter jejuni é o principal
2 a 5 dias, mas pode durar causador, é uma doença neurológica que acomete a bainha
até 10 dias. de mielina.
 relativamente longo quando comparado com outras Leva a uma paralisia ascendente e fraqueza muscular,
que acometem o trato gastrointestinal. lembrando o botulismo, a diferença é que nesse caso a
adesão a mucosa paralisia é ascendente.
intestinal e algumas vezes invasão (sangue e muco nas
fezes).
Essa bactéria adere a mucosa do intestino, principalmente
intestino delgado, levando a uma inflamação nas
microvilosidades e em alguns casos pode fazer uma
invasão no epitélio, encontrando como sinal clínico sangue
e muco nas fezes.

Se localiza mais no intestino delgado, mas também pode


atingir o intestino grosso, por isso pode encontrar uma
enterocolite.
Térmico: aquecimento, pasteurização, refrigeração,
Diarreia líquida ou pegajosa.
congelamento.
Febre.
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 devido a faixa restrita de temperatura, ela se torna Manipulação adequada dos alimentos.
sensível. BPF é importante como estratégia de controle.
Evitar contaminação cruzada. É uma zoonose emergencial.

O controle não é satisfatório, sendo a cólera uma  nos últimos anos teve uma distribuição grande de água
pandemia com vários surtos epidêmicos, por isso, contaminada e pescados como principal alimento
acredita-se que estamos passando por uma pandemia de atribuído ao surto.
cólera. Endêmica: Índia, partes da Ásia e África.
 tem uma relação fecal-oral, as condições sanitárias e
de higienização é um dos principais fatores de
A cólera é o principal representante do grupo. transmissão de cólera em alguns países para que se
torne endêmica.
Bacilos, gram-negativos, retos ou curvos, móveis (único
flagelo). 6h a 5 dias.
38 espécies fazem parte do gênero: 10 são Diarreia moderada ou aquosa e profusa!
patogênicas ao homem.  casos severos: até 1 a 2l de fezes/hora.
Antígeno O (sorogrupo O1 e O139) e toxinas:  colapso circulatório (perda rápida de liquido)
cólera!  morte se não tratado!
 para ter a cólera precisa da espécie do Vibrio cholerae
A pessoa entra em colapso circulatório pelo alto volume de
que tenha o antígeno O sendo de um dos dois
sorogrupos e que produza a toxina. fezes, se não tratado rapidamente o indivíduo vem a óbito,
principalmente crianças desnutridas e subnutridas.

As fezes possuí uma coloração de água de arroz, sendo


Reconhecida em 1817 (primeira Pandemia): ao longo esbranquiçada.
dos anos, diversas outras pandemias.
 a Índia foi o primeiro país a relatar e depois se espalhou Patogenia
na Europa.
Em 1961: início da sétima pandemia que dura até o Penetra no homem (via oral)
momento???
 Brasil: década de 90. Atinge o intestino (produz a toxina da cólera)
 no Brasil, essa mesma pandemia chegou na década
de 90, se iniciando no Amazonas e dentre 5 anos
todos os estados do país já possuíam a cólera Balanço eletrolítico
desse último surto.
Diarreia intensa
Penetra via oral, passa pelo estômago e atinge o intestino
começando a produzir a toxina da cólera, que causa um
Distribuição desbalanço eletrolítico e intensifica a saída de água,
causando uma diarreia intensa.
Moluscos (ostras e mexilhões).
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RESERVATÓRIO: homem.
Pessoas com baixos níveis de ácido do estômago – como
crianças, idosos e pessoas que tomam antiácidos, por
exemplo – são grupos de risco.
 bactéria não sobrevive ao pH ácido! Controle

Tratamento Cozimento, refrigeração e congelamento adequados para


evitar a multiplicação.
Problema: presença da hemolisina de Kanagawa
 intravenosa (lactato ringer). (termoestável).
 reidratação oral.  quando tem a hemolisina precisa atingir uma
 em casos mais leves, a reidratação oral é suficiente, temperatura maior para elimina-la.
mas em casos mais severos faz a intravenosa.
tetraciclina.
Também da família Vibrionaceae.
Medidas de controle Vulnificus: vulnifica – significa ferida.
Saneamento básico (água contaminada). Não é muito prevalente.
BPF (higiene pessoal). Alto poder de invasão e mortalidade.
Cocção adequada (principalmente alimentos marinhos). 1.
Contaminação cruzada (cru x cozido): peixes.
2.

Também da família Vibrionaceae. Gastroenterite e septicemia primária


Relacionado ao consumo de peixes, crustáceos e moluscos. Quadro mais grave e com um maior número de
Gastroenterite branda, podendo em casos mais graves, mortalidade.
disenteria com fezes mucoides ou sanguinolentas. Ingestão de alimentos marinhos.
 no geral, leva a uma gastroenterite branda com  consumo de ostras cruas.
sintomas inespecíficos, mas decorrente da hemolisina
termoestável pode causar disenteria com fezes Gastroenterite e septicemia primária.
mucoides. Alta mortalidade (febre, calafrios, náuseas e hipotensão).
kanagawa. Bactéria extremamente invasiva, cai na corrente sanguínea
Surtos: alimentos marinhos crus ou parcialmente e causa septicemia, é rápido a presença do quadro clínico e
cozidos. a intensificação dos sintomas.
 caranguejo.
 camarão e moluscos. Infecções das feridas
 sushi. Pequenas lesões na epiderme (mordidas de caranguejos,
 os alimentos precisam ser cozidos de maneira corte por utensílios de limpeza de frutos do mar.. ).
adequada para eliminar essa bactéria, se não tiver Menor taxa de mortalidade.
NaCL não tem o crescimento dessa bactéria.
Dor intensa, eritema e edema no local que evolui para
necrose, podendo levar a amputação do membro.
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Essa bactéria é invasiva, levando a gravidade do quadro Prevenção das feridas e higienização.
clínico, não faz septicemia, porém, se não tratada a ferida
por acarretar até na amputação do membro.

Controle

Número de V. vulnificus aumenta na água a 13ºC a 22ºC


– evitar consumir alimentos marinhos crus no verão.
Refrigeração dos alimentos.
Cocção adequada, porém, se for cultural a ingestão do
alimento cru, deve ser realizado a refrigeração do
alimento antes.

 tem o caminho oral-fecal devido a contaminação da


água e alimentos, permanecendo por muito tempo no
local.
Parasitas intracelulares obrigatórios, ou seja,
Chegam até o intestino e fígado.
precisam de algo que possua vida para se multiplicar.
 chegam até a corrente sanguínea atingindo o intestino
 o vírus não consegue se replicar nos alimentos. e alguns atingem o fígado, como a hepatite A e E que
Classificados como RNA ou DNA. podem ser transmitidas pelos alimentos.
 no geral, são classificados como RNA os que são Replicação e liberação pelas fezes (vírus não se replicam
transmitidos pelos alimentos. nos alimentos).
 sua replicação é apenas no humano.

vírus entéricos (preferência por células do


trato gastrointestinal).
oral (água e alimentos) ou contato
pessoal.
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https://www.ibb.unesp.br/#!/Home/Departamentos/Microbiol  consegue sobreviver por dias a semanas em algumas


ogiaeImunologia/virus_transmitidos_por_alimentos_2017.pdf condições ambientais, podendo contaminar os
Sobrevivência ao meio ambiente, mãos e superfícies! alimentos por água contaminada.
 sobrevivência: fatores ambientais e do vírus. O molusco cru é um alimento incriminado diversas vezes,
água de recriação (não apenas a água comum que não tem
 muitas pessoas são assintomáticas e podem continuar
o tratamento, mas a água de piscinas também pode
manipulando o alimento, se não fizer um bom BPF pode
causar surtos).
contaminar os alimentos e transmitir para pessoas.
A educação em saúde é imprescindível para ter
Por meio das fezes que ocorre, o humano positivo elimina
higienização e não causar a contaminação de indivíduos
pelas fezes o vírus que se espalha no ambiente.
saudáveis.

Hepatite A
É extremamente importante e é a mais prevalente.  a hepatite A e E não leva a uma insuficiência hepática
O Brasil é endêmico para a hepatite A. crônica, leva a uma insuficiência hepática aguda.

Doença contagiosa, causada pelo vírus A (HAV).


Vírus RNA fita simples (enterovírus).
Transmissão via fecal-oral. Muitas vezes assintomático.
Não tem predileção por idade e gênero, tanto criança, Cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor
adultos e idosos podem apresentar um quadro de hepatite abdominal, pele e olhos amarelados (icterícia).
A.  vômito é um dos primeiros sintomas que o indivíduo
O pescado é o alimento incriminado pela hepatite A, apresenta, em casos mais graves pode ter a icterícia.
principalmente aquele que há o hábito de ser ingerido cru

2 a 6 semanas.
Paciente mantém capacidade infectante durante 2-3
semanas antes da icterícia até 2 semanas após a
regressão do sintoma.
 a pessoa positiva tem a capacidade de infectar a outra
antes de apresentar a icterícia, já infectando o meio
ambiente e passando para outros indivíduos.

Por ser fecal-oral, atinge a mucosa intestinal e cai na


corrente sanguínea, passa pelo fígado, podendo levar a Exame de sangue, no qual se procura por anticorpos anti-
necrose celular do parênquima hepática, por isso é HAV (IgM e IgG).
característico lembrar de hepatite e pensar em icterícia,
porém, na maioria dos casos os indivíduos são  uma vez a pessoa apresentando a doença já tem a
assintomáticos. imunidade prévia, por isso faz o exame opara ver se a
pessoa já teve o contato ou não com o vírus.
Não tem cronicidade do caso, porém, se apresentar a
insuficiência hepática será aguda, mas a pessoa não = curável (não tem
apresentará a cirrose que é na crônica. tratamento específico).
Insuficiência hepática aguda (1%).  apresenta um bom prognóstico.
 o tratamento é suporte.
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Vacina inativada. Ferver ou colocar duas gotas de hipoclorito de sódio em


um litro de água, 30 minutos antes de bebê-la, deixando o
recipiente tampado para que o hipoclorito possa agir,
tornando a água potável para o consumo.
OU
Lavar as mãos. Preparar uma solução caseira com uma colher das de
Lavar com água tratada, clorada ou fervida, os alimentos sopa de água sanitária a 2,5% (sem alvejante), diluída em
que são consumidos crus, deixando-os de molho por 30 um litro de água.
minutos. http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/hepatite-a
 muitos surtos também ocorrem em águas tratadas, pois
o tratamento da água é visando as bactérias.
Cozinhar bem os alimentos antes de consumi-los,
principalmente mariscos, frutos do mar e carne suína.
Medidas rigorosas de higiene: desinfecção de objetos,
bancadas e chão utilizando hipoclorito de sódio a 2,5% ou
água sanitária (creches, restaurantes e instituições
fechadas).

Hepatite E
também tem tropismo pelo Sintomatologia semelhante a hepatite A.
fígado. Diagnóstico sorológico.
 não é tão prevalente quanto a hepatite A.  para diagnóstico também mensura IgG e IgM.
 não faz uma inflamação crônica, leva a uma saneamento básico e ingestão de água e
insuficiência hepática aguda. alimentos seguros.
Transmissão pela água contaminada (período de chuvas e
inundações): fecal-oral.

Rotavírus
RNA fita dupla. função, tendo a incapacidade de reabsorver o fluido, por
isso a diarreia e a perda de fluido é grave na rotavirose.
Gastroenterite em crianças menores de 5 anos.
 na classificação de doenças diarreicas para faixa
etária de até 5 anos é a principal causa, podendo levar
a morte pela desidratação grave.
PI: média de 48hs com duração de até 5 dias.
Transmissão por água e alimentos contaminados (fecal-
oral).

Leva a lesões nas microvilosidades superiores intestinais e


das laterais, por fazer essas lesões a célula perde sua
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Lesões principalmente nas laterais e topo das


microvilosidades intestinais = interfere na reabsorção
de fluidos causando diarreia Vacinas em crianças menores de seis meses.
Brasil ainda apresenta endemia de rotavírus. Educação em higiene.
A gravidade da doença se torna maior em crianças abaixo Manipulação adequada dos alimentos.
de 5 anos. No Sul do Brasil ocorre mais no inverno, sendo que as
Em países desenvolvidos tem uma menor taxa de crianças ficam aglomeradas, fazem menos higienização, o
letalidade.
ambiente fica fechado e afins.

Forma abrupta de vômito, diarreia aquosa e a presença


de febre.
Pode levar à morte por efeitos da desidratação.

Reidratação do paciente.

Vírus Norwalk
RNA fita simples. Vômito (pode levar a desidratação).
Nome: grande surto na cidade norte-americana (1968). Cólicas acompanhadas de desconforto abdominal.
 também conhecido como norovírus. Dores musculares e fraqueza corporal.
 é um vírus que está se destacando e tendo um Diarreia persistente.
aumento do número de casos.
 adultos também apresenta o quadro clínico, mostrando
que não é rotavírus, mas sim norovírus.
Gastroenterites semelhantes ao rotavírus (muito tempo
se confundiu).
PI: média 48h. Boas práticas de manipulação.
Transmissão: água, vegetais crus e pescado. Ingestão de água tratada e alimentos crus higienizados
com água tratada.
Cozinhar bem os alimentos.
Após crises de vômito ou diarreia, limpar imediatamente
Forte dor de cabeça. as superfícies contaminadas com produto de limpeza
Febre alta. contendo água sanitária.

Complexo Teníase-Cisticercose
Tênia, Solitária.
Canjiquinha, Lombriga na Cabeça.
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 os cistos conforme passam o tempo e se calcifica na


musculatura do animal aparentando uma canjica.

suínos. específico.
bovinos.  a teníase tem como o hospedeiro definitivo o homem,
liberando as proglotes no meio ambiente.

Bovinos, suínos e humanos.


Taenia solium (suínos) e Taenia saginata (bovinos)
desenvolvendo-se na musculatura e o contaminando.

Cisticercose foi descrita século XVI, entretanto ficou


desconhecida até a metade do século XIX (larvas de tênias
eram responsáveis pela cisticercose em animais e
humanos).

Provocada pela presença da forma adulta da Taenia solium


ou da Taenia saginata no intestino delgado do homem.

Causada pelas formas larvais (Cysticercus cellulosae e


Cysticercus bovis) nos tecidos.

Taenia solium e Taenia saginata


A cisticercose é causada pela forma larval da tênia, sendo
Família: Taenidae. encontrado na carne, o Cysticercus cellulosae é o mais
Classe: Cestoidea. comum e está no suíno, por isso a carne do suíno é
Ordem: Cyclophyllidea. incriminada, sendo o animal o hospedeiro intermediário.
Formas larvais: Cysticercus cellulosae e Cysticercus O homem é o hospedeiro definitivo da doença,
bovis. apresentando a capacidade de reprodução da tênia,
apenas o homem é atingindo pela doença que carreia a
forma adulta, reprodução do parasita e a contaminação
ambiental.
O hospedeiro intermediário carreia a forma larval das
tênias, o homem contamina o ambiente com os ovos e tem
o contato albergando a forma larval na musculatura.
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O humano é o hospedeiro definitivo da teníase, no intestino


delgado tem a tênia, sendo o local que ocorre a reprodução
e libera as proglotes nas fezes e amadurecem, liberando Retardo no crescimento e no desenvolvimento das
os ovos que é a forma infectante para os animais crianças, e baixa produtividade no adulto!!
contaminando verduras, frutas e água.
: eliminadas em 60 a 70 dias.
A partir da ingestão dos ovos tem a eclosão dos ovos no
duodeno e liberam as larvas que tem predileção pela As tênias podem viver muitos anos no intestino delgado do
musculatura. homem.
O humano ao ingerir a carne mal cozida ou crua com essas eliminam 3-6 proglotes diariamente. Cada
larvas irá perpetuar o ciclo de transmissão. proglote contém (média) 30.000 a 50.000 ovos.
O humano tem a teníase e o animal tem a cisticercose, contém 80.000 ovos. Um paciente
para que o humano tenha cisticercose, precisa ingerir os parasitado pode contaminar o ambiente com cerca de
ovos que estão nas fezes do humano contaminado. 700.000 ovos por dia.
Se ingerir a forma crua da carne terá teníase e
cisticercose.
Pessoas que preparam alimentos e provam a carne antes
de cozinhar.
Fatores econômicos, culturais (hábitos alimentares) e
religiosos (carne crua).

Dores abdominais, náuseas, debilidade, perda de peso,


flatulência, diarreia ou constipação.
Distribuição mundial.
Pode ser assintomática!
Endêmica na América Latina.
luz intestinal.
Relacionada a abates clandestinos!
penetração em apêndice, colédoco, ducto
pancreático. Baixa notificação!
 o problema é em grandes infestações pode ter um
aspecto cirúrgico pela penetração no apêndice,
colédoco e ducto pancreático. Exame de proglotes nas fezes e pesquisa de ovos nas
fezes.
Infestação pode ser percebida pela eliminação Observação pelo paciente.
espontânea de proglotes nas fezes.

Praziquantel, mebendazol e albendazol.

Humano: pode se tornar o hospedeiro intermediário e


albergar a fase larval.
A reinfestação da tênia ocorre quando o indivíduo não tem
 o humano para ter a cisticercose precisa entrar no
hábito higiênico.
lugar do hospedeiro intermediário, ou seja, precisa
Grandes surtos na história estavam relacionados a ingerir os ovos liberados pelo humano contaminado.
casamentos árabes ou a pratos que tinham sua base o
kibe cru.
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Ingestão de alimentos contaminados (frutas e verduras)


Após 1 a 3 dias da ingestão dos ovos contaminados tem a com ovos de tênia.
liberação dos embriões no duodeno e jejuno, se rompem e
cai na corrente sanguínea, com isso, se fixa nos tecidos  a pessoa se contamina pela ingestão de frutas,
que tem predileção, sendo a musculatura, mas tem uma verduras, água contaminada pelos ovos da tênia
característica de se fixar em tecidos do globo ocular e do liberado pelo hospedeiro definitivo.
SNC. Ingestão de ovos através de água contaminada.
Manipulação inadequada (maus hábitos higiênicos).
Autocontaminação.
De acordo com o local de acometimento.

Disseminada
Mais grave das afecções parasitárias do SNC.
Com localização nas vísceras, pele e músculos. Parasita vive de 18 meses a 2 anos ou mais.
Se espalha por diversos pontos da musculatura do Acomete grande número de pessoas e sintomatologia
humano, vísceras e pele, não é a mais comum. grave (cefaleia, alucinações e epilepsia isolada).
 os sintomas ocorrem repentinamente.
Oftalmocisticercose
Pode encontrar cistos viáveis ou calcificados, a relação do
Nos olhos e órbita. aspecto clínico também depende dessas características.

Neurocisticercose Distribuição

Sistema nervoso central. América Central e do Sul, na Ásia, África e Austrália.


Pior prognóstico. endêmica.
esporadicamente.
Forma mista
América latina: 100 casos por 100.000 habitantes.
Mais de uma das localizações citadas.
Diagnóstico

Exames de imagem (RX, tomografia computadorizada e


ressonância nuclear magnética).
Estudos sorológicos específicos (fixação do complemento,
imunofluorescência e hemaglutinação) no soro e líquido
cefalorraquidiano.
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Tratamento Educação em saúde e higiene.


INTERROMPER O CICLO EVOLUTIVO.
Sintomático.
Antiparasitário (albendazol ou praziquantel).
Cirúrgico: dependendo do número, tamanho, localização e
grau de atividade dos cistos. Condenação total.
O indivíduo precisa ser acompanhado por um longo tempo Condenação parcial:
para verificar se houve a cura ou não.  frio.
A reinfestação pode ocorrer diversas vezes.  salga.
 calor.
É uma forma de controle eficaz, diminuindo o número de
Cozinhar bem as carnes e não consumir carnes mal pessoas com teníase e eliminando proglotes no ambiente.
cozidas.
Congelar a carne (Tº: inferiores a -15ºC por 6 dias).
Controlar acesso animais as fezes humanas (criação).
Inspeção da carne (carne clandestina).
Saneamento básico.

Giardíase
Agente: Giardia intestinalis (lamblia, duodenalis). Prevalência: 5% em cães com dono e até 72% em cães
Afeta humanos e animais. de rua.
Transmissão: água, alimentos, contato pessoa-pessoa 2 formas:
ou animais-pessoa. 1. trofozoíto com formato piriforme a elipsóide (localizado no
 fecal-oral. intestino).
2. cisto ovalado (forma resistente e transmissível).
10 cistos levam a infecções!
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Antiparasitários: , albendazol e
febendazol.
Doença clínica de moderada à severa (desidratação/perda Suporte: reidratação e alimentos menos gordurosos.
de peso), ou permanecer assintomática!
Diarreia, presença de gases e flatulência, dores
abdominais e náuseas.
Síndrome da má-absorção: ação irritativa da mucosa! Ambiente do animal deve ser descontaminado.
Fezes oleosa e tendem a boiar na água. Controle parasitológico dos animais de estimação.
PI: 1-4 semanas. Vacinação de animais de estimação contra a giardíase.
Educação sanitária e manipulação adequada dos alimentos.
Saneamento básico.

Distribuição mundial (países clima tropical).


Atinge pessoas que não tem hábitos higiênicos ou contato
íntimo (transmissão sexual).
Risco (crianças e seus familiares).
Falta de saneamento (água contaminada) – sobrevivem na
água.

Microscopicamente (exame direto).


Métodos de flutuação.
Teste imunoenzimático (ELISA).
3 testes (maior precisão): eliminação dos cistos
é intermitente.

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