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Zoonoses e
Higiene Sanitária
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SUMÁRIO
SUMÁRIO
Listeriose p.83
Bacillus spp. p.86
Botulismo p.87
Clostridium perfringes p.89
Escherichia coli p.91
Campylobacter spp. p.93
Vibrio cholerae p.95
Enteroviroses p.97
Hepatite A-------------------------------------------------------------------p.98
Hepatite E-------------------------------------------------------------------p.99
Rotavírus--------------------------------------------------------------------p.99
Vírus Norwalk---------------------------------------------------------------p.100
Parasitoses p.100
Complexo Teníase-Cisticercose-----------------------------------------------p.100
Giardíase-------------------------------------------------------------------p.104
Conteúdo com base nas aulas da Prof.ª Ana Paula A. C. Barbon
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Dermatofitoses.
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Saprozoonose
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Vigilância epidemiológica
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predileção para a multiplicação bacteriana, encontrando problemas no sistema reprodutor, podendo ter
grande quantidade de bactéria e se estiver com a ausência repetição de cio também.
da incidência solar ela sobreviverá um tempo superior no
ambiente, chegando até 200 dias.
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A transmissão venérea é rara, porém existe, a forma mais Tem as provas de triagem, sendo o teste do anel do leite
fácil de introduzir a doença no rebanho de forma venérea é (TAL), esse teste é um teste de rebanho e de fácil
execução.
pela inseminação artificial, pois insere a bactéria na região
se baseia na união do antígeno com anticorpo, se tiver
de sua predileção, já que o sêmen é depositado diretamente
dentro do leite anticorpos contra Brucella abortus e se
no colo do útero. ao colocar a hematoxilina (corante azul) forme o anel
Na monta natural tem que passar pelo fluido vaginal que do leite, será positivo para brucelose.
contém enzimas e pH mais ácido, podendo eliminar a se der positivo, ao colocar o antígeno no leite irá se
juntar com os anticorpos e a gordura do leite vai
bactéria. A brucelose é uma doença ocupacional, sendo
começar a puxar essa malha de antígeno e anticorpo
necessário fazer educação em saúde. formando o anel do leite.
O teste do antígeno acidificado tamponado tem a mesma
característica de busca de anticorpos pelo soro dos
animais, se der positivo nesses de triagem faz o teste da
prova confirmatória.
Se fizer trânsito internacional entre os animais tem que
realizar o teste de fixação do complemento.
Notificação obrigatória!!!
Art. 5º do Decreto 5.741/2006 (PNCEBT) revogado pela
IN10/2017.
IN 30/2006, que disciplina a habilitação de Médicos
Veterinários no PNCEBT.
DIRETO: pesquisa do agente.
A brucelose é de notificação obrigatória, sendo notificação
isolamento do agente (arriscado!). compulsória e imediata, ou seja, tem um tempo de 24h
PCR. para fazer a notificação para os órgãos de competência.
imuno-histoquímica.
Não é muito comum devido ao seu risco, não sendo de
rotina fazer a pesquisa doo agente de forma direta. Doxiciclina, aplicada por no mínimo 6 semanas, e
estreptomicina.
INDIRETO: pesquisa dos anticorpos. humanos e animais domésticos.
sorologia O tratamento nos animais é realizado apenas nos animais
domésticos, ou seja, que não sejam animais de rebanho
porque é um tratamento caro e longo, não compensando
para o produtor realizar.
O protocolo é igual em humanos e animais, a doxiciclina é o
antibiótico de escolha, caso não apresente efeitos pode
escolher a estreptomicina.
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Luvas.
Óculos com proteção lateral.
Máscara (N95).
A RB51 marca as fêmeas com um V na face esquerda, a
Bota.
B19 coloca o último dígito do ano também na face
esquerda. Camisa de manga comprida.
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Animais positivos, mas que não tenham nenhuma lesão Presença de lesão indicativa (bursite), retira a bursite e
indicativa (bursite com bastante conteúdo purulento), tem região do sistema reprodutor e faz o tratamento a
a carcaça liberada para o consumo em natureza, quente.
retirando a região de sistema reprodutor e o restante da ex. cozimento do restante da carcaça, sendo um
carcaça pode ser consumida.
aproveitamento condicional.
Se encontrar na inspeção ante mortem animal com febre,
esse animal terá que ser descartado pela febre, sendo
condenação total.
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Mastite.
Infertilidade.
Queda na produtividade/desempenho.
proprietário irá observar uma queda na produtiva
principalmente.
Linfadenomegalia.
é difícil ser vista em animais vivos.
Caquexia progressiva.
Tosse seca, curta e repetitiva.
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É a via mais comum de transmissão. Testa duas espécies de Mycobacterium, depois de 72h
Complexo primário nos pulmões e linfonodos adjacentes. volta e analisa o resultado.
É possível a forma digestiva nos humanos? E nos O diagnóstico animal é baseado na hipersensibilidade, sendo
animais? um teste alérgeno.
a forma digestiva é bem comum nos humanos pela Utiliza a tuberculina avium e a tuberculina bovis, utiliza um
forma indireta de transmissão, ou seja, pela ingestão cutímetro para medir a tábua do pescoço do animal e
de alimentos contaminados, sendo o sítio primário o anota a espessura da pele.
digestivo. Depois disso inocula a tuberculina, sempre cranial é a
o Mycobacterium pode ser encontrado em outros tuberculina avium e caudal é a tuberculina bovina, depois é
órgãos pelo carreamento do bacilo na circulação feita a leitura para observar se teve crescimento ou não,
sanguínea. por meio de uma comparação verifica se é positivo,
inconclusivo ou negativo.
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a urina dos ratos portadores da doença é o caminho Em torno de 10.000 casos/ano em locais que consegue
mais fácil de transmissão da leptospirose. fazer essa notificação, então fica aquela questão de
Ser humano, animais domésticos (caninos, suínos, bovinos, poder ser uma doença subnotificada.
equinos, ovinos e caprinos) e silvestres. Aumento de acordo com o volume pluviométrico, em
dentre os animais de produção, os suínos e bovinos épocas de verão no sul e sudeste.
apresentam uma sensibilidade maior pela doença. nas épocas de inverno no norte e nordeste pela maior
incidência de chuvas.
Aglomeração centrol-sul tem uma relação mais
demográfica, teremos mais pessoas com uma condição de
Desde Hipócrates (icterícia infecciosa). aglomeração e saneamento básico precário em alguns
1886: descrita por Weil. casos, ocorrendo a atração desses roedores
foi descrita com maior afinco o quadro clínico nos sinantrópicos positivos para a bactéria ou pela notificação
humanos. ser maior.
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existe as bactérias saprófitas também, mas Pode ser transmitida ao humano pela urina dos animais ou
apresentam muitos sorovares patogênicos. através de órgãos e carcaças.
O ciclo se perpetua.
Patogênicas
Saprófitas
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Ação mecânica nas células endoteliais. É uma fase intermitente, sendo difícil realizar o diagnóstico
A Leptospira pode entrar através das mucosas ou pele e o isolamento bacteriano. Pode persistir por meses ou
Faz uma septicemia caindo na corrente sanguínea, sendo a Leptospiremia ou fase precoce
fase precoce da patogenia, pode cair em qualquer órgão e o
quadro clínico dependerá do local que ela se instalar. Mal estar.
Febre de início súbito e alta.
A bactéria faz uma ação mecânica nas células endoteliais
do sistema vascular. Cefaleia.
Dores musculares.
Lesões relatada na panturrilha.
Náuseas ou êmese.
São variáveis conforme o órgão atingido.
Enterite.
: hemorragias, trombos e isquemia.
Complicações hepática, renais e vasculares.
os trombos são originados pela lesão nas células
o quadro inicial depende do órgão acometido.
endoteliais, após a formação do trombo pode resultar
em isquemia.
Fase tardia
interrompida com a produção de
anticorpos específicos e subsequente fagocitose das Manifestações clínicas graves!
“leptospiras” da circulação. caracterizada pela tríade de
é conhecida como a fase precoce, ainda encontra a icterícia, insuficiência renal e hemorragias, mais
bactéria no sistema vascular, sendo a leptospiremia. comumente pulmonar.
a fase precoce é interrompida quando o sistema no geral, as pessoas apresentam a síndrome de Weil,
começa a tentar combater a Leptospira da circulação. sendo a icterícia, insuficiência renal e hemorragia.
quando ocorre a apresentação da hemorragia na fase
pulmonar, em questão de dias a pessoa pode vir a óbito
Leptospiras se abrigam nos túbulos renais (não há ação se não tratada corretamente.
fagocitária). : letalidade de até
Se multiplicam e são eliminadas pela urina. 40%.
A fase de leptospirúria é intermitente e pode persistir
por meses ou anos.
Quando o sistema faz essa fagocitose, a Leptospira se Abortos.
abriga nos túbulos renais por ser um local que o Retenção de placenta.
organismo não consegue fazer fagocitose, por isso a importância
Fetos prematuros.
bactéria é eliminada pela urina, essa fase é chamada de econômica
Infertilidade. e social
lepstospirúria por ser eliminada pela urina para o meio
Mastites.
ambiente.
Queda na produção de leite e carne.
mais susceptíveis.
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Histórico.
Serviço de saúde deve notificar o serviço competente
animal tem acesso a roedores sinantrópicos? tem
para o controle de endemias a cada caso confirmado.
acesso a enchentes? está em região de surtos
epidêmicos?
Contexto epidemiológico.
Exame físico do animal. Antibioticoterapia específica (1ª semana mais eficiente) e
tratamento de suporte do quadro clínico.
CONFIRMATÓRIO: exames laboratoriais!!!
penicilina/doxiciclina.
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eliminando o vírus, depois vem a óbito dentro de 5 a 7 Diferencial: botulismo, cinomose ou corpo estranho em
dias.
orofaringe.
se o animal teve a agressão, tem que deixar isolado e
em observação por 10 dias, analisando o Bovinos
comportamento do animal.
se o animal ficou 10 dias em observação sem vir a Os herbívoros apresentam a forma paralitica, se afasta
óbito, significa que foi uma agressão por alguma dos animais e procura lugares sombreados, tem paralisia
alteração comportamental, cessando o protocolo do rúmen não se alimentando mais até vir a óbito.
vacinal no humano agredido.
DIFERENCIAL
EEB (encefalopatia espongiforme bovina – doença da vaca
louca).
laboratórios produtores de
Botulismo.
vacinas/cavernas.
Enterotoxemia.
é caracterizado como uma doença laboral, pois os
trabalhadores que realizam a produção das vacinas ou Babesiose.
trabalham em cavernas, podem se contaminar pela via Intoxicações.
aerógena. Tétano.
Pessoas em contato com animais doentes/produção.
Hiperestesia
Paralisia
A notificação é baseada nos casos suspeitos, sendo a
notificação obrigatória. Paralisia de fibras musculares e dificuldade de
coordenação motora, seja voluntária ou não.
fase de paralisia por adentrar no sitio de acetilcolina,
causando a paralisia de fibras musculares.
Sempre que o histórico tiver contato com animal
transmissor (mordida).
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2 a 10 dias.
Sintomas se exacerbam: com água e sabão (quanto mas
aerofobia. rápido, melhor será).
sialorreia. 10 dias.
alterações gastrointestinais. dias 0, 3, 7 e 14 (Nota Informativa
alucinações, delírios e ansiedade. no 26-SEI/2017- CGPNI/DEVIT/SVS/MS, de 17 de julho
hiperexcitabilidade intermitente. de 2017) – alteração.
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Controle da população de transmissores (usualmente os Método seletivo indireto: pasta ao redor de feridas
morcegos hematófagos Desmodus rotundus). recentes nos herbívoros.
Vacinação dos herbívoros domésticos em situações passar ao redor das feridas porque eles costumam
específicas. voltar para o animal.
Vigilância epidemiológica.
Educação em saúde e outros procedimentos de defesa
sanitária animal.
Receptividade.
alimento.
abrigo.
Vulnerabilidade:
Sempre! Prevenindo a doença no animal, previne-se a
modificações de abrigos naturais. doença no homem!
circulação viral.
Uma área de risco é aquela que tem uma grande
receptividade e vulnerabilidade.
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EUA: Dermacentor.
Brasil e outros paises: Amblyomma cajennense.
conhecido como carrapato estrela.
Outras espécies de Amblyomma também são descritas
como reservatório (A. dubitatum).
Potencialmente qualquer espécie de carrapato, inclusive o
Rhipicephalus sanguineus.
Condições para proliferação do vetor. Tem a grande quantidade de ovos espalhados no ambiente,
Existe uma sazonalidade porquê de acordo com algumas ao estarem em condições ideais pode sobreviver até 25
épocas do ano temos um número maior de carrapatos dias em uma temperatura alta.
adultos. Se torna larva no ambiente, contamina outro animal no
qual vamos ter a transformação em ninfa. começando o
potencial de transmissão para o humano.
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As ninfas octópodes: julho a novembro Se não tratados de forma rápida e feito o diagnóstico
precoce. os casos podem se tornar graves, com delírio,
Os adultos: novembro a março. choque e insuficiência renal.
O carrapato permanece infectado durante toda a sua A falência circulatória pode levar à anóxia e necrose dos
vida. tecidos, com gangrena das extremidades.
Os adultos podem sobreviver em jejum, sob condições A gravidade depende da extensão e local da lesão vascular.
naturais, por 12 a 24 meses, a ninfa por até 12 meses e As chances de cura dependem do tempo de diagnóstico
as larvas ao redor de 6 meses. da doença, pois se feito de forma rápida teremos uma
menor extensão vascular e menor gravidade da doença.
Rickettsia rickettsii
febre de moderada a alta, que dura
2-14 dias.
geralmente de 2 a 3 semanas. Acompanhada de cefaleia
Primeiras alterações serão as hemorragias e o e calafrios.
aparecimento de máculas e exantemas na pele.
inespecíficos: diferenciar dengue, leptospirose,
causa lesões nos pequenos vasos da hepatite viral, malária..
pele.
pode apresentar exantema
tumefação, proliferação e degeneração das células
endoteliais, com formação de trombos e oclusão maculopapular róseo, nas extremidades, em torno do
vascular. punho e tornozelo, de onde irradia para o tronco, face,
pescoço, palmas e solas. São frequentes petéquias e
º 4º exantema. hemorragias.
extremidades e progressão centrípeta, evoluindo de A doença pode também cursar assintomática.
macropapular a petequial.
Alguns casos evoluem gravemente, ocorrendo necrose
ocorre uma extensão da lesão, iniciando na nas áreas de sufusões hemorrágicas, em decorrência de
extremidade e evoluindo de forma centrípeta para vasculite generalizada.
outras regiões do corpo.
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–
Amostra de caso suspeito.
Segunda amostra de soro após 14-21 dias.
14 dias 4x
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cefaleia e mialgias) devem ser procurados os serviços de Verificar a extensão da presença dos carrapatos na área
saúde. e orientar a população sobre a necessidade da retirada
Serviços de saúde devem estar preparados para casos dos mesmos nos indivíduos infestados (com luvas) já que a
suspeitos, principalmente se for áreas de ocorrência! doença parece ocorrer com maior frequência em
indivíduos que permanecem com o vetor no corpo por
mais de seis horas.
É negligenciada e tem uma importância epidemiológica, não é a picada em si que faz a transmissão do
dentro dos países que tem uma prevalência alta na protozoário para o humano, quando o inseto pica abre
américa latina, o Brasil se destaca pelo número de pessoas uma porta de entrada para as fezes.
infectadas. o inseto pica e defeca ao mesmo tempo, nas fezes
que se encontra o Trypanosoma.
Animais: ingestão de caças ou picada de barbeiros.
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Escassa em reservatórios.
com base nos sinais clínicos, por isso é escassa nos
vetores pelo fato de não ter a apresentação desses
sinais.
Desenvolvimento de fases aguda, indeterminada e crônica
em humanos (DCH).
Somente ecdises entéricas nos vetores. A parasitemia pode durar de um mês até 40 dias, ocorre
nos vetores a patogenia é a multiplicação do um aumento de IgM e IgG ao longo da vida do paciente.
protozoário no intestino.
No humano, após a entrada do protozoário começa a
ocorrer uma lesão e invasão primária nas células, com isso,
o sistema imune começa a tentar combater realizando a
fagocitose, dentro dessas células fagocíticas ocorre a
multiplicação primária até o seu rompimento. Início sutil, subclínico.
Febre.
período febril longo.
Sensação de fraqueza.
Aumento do fígado e do baço.
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existe uma distribuição global da doença, a prevalência A toxoplasmose é, do ponto de vista epidemiológico, uma
é maior onde tem deficiência de saneamento básico, infecção de ampla distribuição geográfica, sendo relatada
onde não tem o tratamento adequado da água, pelo em todo planeta, com índices de soropositividade variando
hábito de ingerir carne crua e realizar uma má entre 23 a 83%, dependendo de fatores como: clima,
higienização do alimento. socioeconômicos e culturais. A infecção já foi
alterações neonatais, lesões oculares, microcefalia, descrita em todos os mamíferos e aves.
hidrocefalia, calcificações cerebrais, alterações o protozoário não é tão sensível assim, se tem uma
psicomotoras e retardo mental. certa umidade favorece a permanência durante anos
infecção do feto por via do oocisto no ambiente.
transplacentária.
aspecto mais grave da toxoplasmose humana.
quando corresponde a infecção primária na gestante
com a gravidez tem um aparato clínico grave, o
taquizoíto passa por via transplacentária, podendo
abortar e ter outras alterações neonatais.
O gato por meio das fezes libera o oocisto que cai no meio
ambiente, contaminando água e alimento, outro gato pode
se contaminar com os occistos deixados no ambiente.
Esses oocistos caem imaturo e se tornam maduros no
ambiente, outra forma do gato se contaminar é pelo
Alta prevalência em animais. hábito de carnivorismo, ingerindo carne crua ou praticando
Os animais errantes e que ficam no peri-urbano a caça, se tornando soropositivo.
apresentam uma maior exposição a esse parasita, tendo No intestino ocorre a fase sexuada, fazendo a
um aumento nessas regiões peri-urbana. transmissão e contaminação do ambiente.
DIFÍCIL DIAGNÓSTICO DA PREVALÊNCIA O homem pode ingerir os oocistos maduros pela água
Doença de notificação compulsória semanal: contaminada ou pelos alimentos contaminados, além disso,
toxoplasmose gestacional e congênita. pela ingestão de cistos teciduais nos hospedeiros
intermediários, sendo animais que se contaminaram com o
(PORTARIA DE CONSOLIDAÇÃO Nº 4, DE 28 DE
meio ambiente contaminado pelos oocistos maduros
SETEMBRO DE 2017).
liberados pelos gatos contaminados.
Não consegue fazer a notificação, a portaria de no hospedeiro intermediário ocorre a fase assexuada.
2017 fala sobre as doenças de notificação
obrigatória, precisa relatar semanalmente os Outra forma de transmissão, que é mais rara, seria a via
por transfusão.
casos encontrados durante a semana da
toxoplasmose gestacional e congênita. A forma mais grave de transmissão para o humano é a
forma transplacentária, a gestante que teve a primo-
Uma pessoa saudável não apresenta sintomas, infecção passa por meio da placenta os taquizoítos para
não havendo a notificação. o feto.
O humano pode se contaminar pelos oocistos maduros
presentes na água, verduras e frutas, pode se
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assintomática.
Se contamina com as fezes do gato, podendo permanecer
oftalmopatias, problema neurais,
com o gato durante a gestação, a higiene básica e sanitária
retinite, linfadenopatias, esplenomegalia..
dos alimentos é importante para não ter a transmissão da
abortos e retardo motor e mental.
doença.
quanto mais no início, maior o risco de abortar, sendo
pior o quadro de manifestação neurológia nos fetos.
Alterações oculares
Estrabismo.
Cegueira.
Crianças normais
Cistos latentes.
MANIFESTAÇÃO TARDIA: até 20 anos depois!
As crianças podem nascer normais e depois de anos, por
efeitos hormonais que ativa o sistema pode fazer com
que tenha a sintomatologia da toxoplasmose.
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OUTUBRO: 777 já foram confirmados com a Não permitir que o gato faça a caça e não ofertar carne
contraprova em laboratório, 461 seguem em investigação crua para os gatos, os gatos de rua e silvestres são difíceis
e 603 foram descartados. de realizar esse controle.
JANEIRO/2019: “Quase 10 meses após o surto de
toxoplasmose ser oficializado em Santa Maria, o município
ainda registra novos casos da doença. Em resposta à
solicitação de GaúchaZH, a Secretaria Estadual de Saúde T. gondii sensível ao congelamento (-12ºC, 18h).
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Sensível a 67ºC por 20 min. “É importante saber que o contato com gatos não causa a
48h entre 2,0 e 2,5% NaCl doença. O perigo está no contato com as fezes
contaminadas do felino e no consumo de água
contaminada e alimentos mal lavados ou mal cozido.”
Fonte: Site Ministério da Saúde
(https://saude.gov.br/saude-de-a-z/toxoplasmose)
Macacos, humanos, marsupiais; gambá, porco espinho e Febre, dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômito, dores
morcego têm potencial de serem o reservatório do vírus no corpo, icterícia (a pele e os olhos ficam amarelos) e
no ambiente silvestre. hemorragias (de gengivas, nariz, estômago, intestino e
urina).
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A Febre Amarela tem um espectro clínico muito amplo, habitantes/ano e a taxa de letalidade média em torno de
podendo apresentar desde infecções assintomáticas e 44,6%
oligossintomáticas até quadros exuberantes com evolução importância epidemiológica e econômica, alta taxa
para a morte, nos quais está presente a tríade clássica de letalidade e grande número de doentes.
que caracteriza a falência hepática da febre amarela:
icterícia, albuminúria e hemorragias. o Brasil na sua história era endêmico, principalmente
na região da Amazônia devido as condições favoráveis
O número de casos das formas leves e moderadas para a multiplicação do mosquito, mas ao longo do
representam 90% de todos os casos da infecção. Já, as tempo percebeu um agravamento de casos da febre
formas graves são responsáveis por quase a totalidade amarela na região centro-sul.
dos casos hospitalizados e fatais, representando 5 a 10%
do número total de casos. Notificação obrigatória de casos suspeitos!
Em 24 horas.
A febre amarela tem uma característica cíclica, já espera
A Febre Amarela é transmitida pela picada dos mosquitos que ela ocorra em épocas chuvosas e que tem maiores
transmissores infectados (gêneros Haemagogus e temperaturas.
Sabethes). A transmissão de pessoa para pessoa não as estratégias são baseadas no fechamento do ano
ocorre por contágio. de dezembro até maio para visualizar a característica
transmitidas pela picada dos mosquitos fêmeas. cíclica da doença pelo aumento de casos no verão.
existe a passagem do vírus durante toda a vida do
mosquito para os filhotes.
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Haemagogus e Sabethes.
Aedes aegypti.
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Somente sintomático:
reposição de fluidos.
suporte circulatório.
suporte à saturação de hemácias.
hemodiálise. 1. Casos humanos suspeitos e mortalidade de primatas não
humanos.
Não existe tratamento para febre amarela, o protocolo
utilizado é com base na sintomatologia do indivíduo. 2. Epizootias: em primatas não humanos (sentinelas e não
transmissores).
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A doença é de notificação obrigatória imediata de casos As áreas são delimitadas de acordo com cada espécie de
suspeitos. reservatório.
Oxymycterus judex
Akodon
Thaptomys nigrita
Oligoryzomys nigripes
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Desratização
Notificação imediata.
Vigilância em Saúde Municipal ou Estadual. No meio rural, tomar medidas antirratização no perímetro
da residência.
Em infestações altas, aplicar rodenticidas químicos a base
de dicumarínicos (profissionais habilitados).
domiciliar,
peridomiciliar ou silvestre. Manejo ambiental
As áreas rurais são mais acometidas do que a área
urbana, com isso, as estratégias estão mais focadas Saneamento e melhoria nas condições de moradia,
nessa região. tornando as habitações e os locais de trabalho impróprios
à instalação e à proliferação de roedores (antirratização),
associados às desratizações focais (no domicílio e/ou no
peridomicílio), quando extremamente necessário.
1. Antirratização. 1. Informes a população em geral.
2. Desratização. 2. Locais Prováveis de Infecção (LPI): higienização e EPIs para
3. Manejo ambiental. desratização e antirratização.
3. Laboratórios: mesmo risco.
Antirratização
4. Profissionais de vigilância epidemiológica.
Eliminar abrigos, tocas e ninhos de roedores, bem como 5. Ecoturistas: evitar contato com solo.
reduzir suas fontes de água e alimento.
Armazenar insumos e produtos agrícolas a pelo menos 30
metros do domicílio.
O silo ou tulha deverá estar suspenso a uma altura de
40cm do solo, com ratoeiras.
Os produtos armazenados no interior dos domicílios devem
ser conservados em recipientes fechados e a 40cm do
solo.
Vedar fendas e quaisquer outras aberturas com tamanho
superior a 0,5cm, para evitar a entrada de roedores nos
domicílios.
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Em 2016:
12.690 casos no Brasil.
Lesões de pele e mucosa com apresentações distintas
dependente do agente causador e resposta imunológica do 212 na região Sul.
hospedeiro. 201 casos no Paraná.
inicialmente lesão na pele, com a progressão da doença
e com base no sistema imune do indivíduo, pode
acometer a mucosa.
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as formas amastigotas, ingeridas durante o repasto Leishmania (V.) guyanensis: causa sobretudo
sanguíneo, se diferenciam em formas promastigotas lesões cutâneas. Ocorre na margem norte do Rio
(flageladas) que são posteriormente inoculadas na pele Amazonas em áreas de colonização recente, estando
dos mamíferos durante a picada. associada com desdentados e marsupiais como
saliva estará contaminada, fica no aparelho bucal da reservatórios primários.
fêmea para ser inoculado no hospedeiro. Leishmania (V.) naiffi: ocorre na Amazônia, nos
Estados do Pará e Amazonas, tendo o tatu como
reservatório natural. O parasita causa LTA de evolução
benigna.
geralmente a pessoa apresenta a lesão e tem a cura
espontânea.
Leishmania (V.) shawi: responsável por casos
esporádicos no Amazonas e Pará tem como reservatórios
vários animais silvestres como macacos, preguiças e
Américas, são reconhecidas 11 espécies dermotrópicas de procionídeos.
Leishmania causadoras de doença humana e 8 espécies, Leishmania (V.) lainsoni: registrada apenas na
até o momento, que provocam a doença somente em Amazônia, tem a paca como animal suspeito de ser o
animais. reservatório natural.
No Brasil, sete espécies de Leishmania causadoras da
doença foram identificadas, sendo seis do subgênero
Viannia e uma do subgênero Leishmania.
As três principais espécies são: L. (Viannia)
braziliensis, L. (V.) guyanensis e L. (Leishmania)
amazonensis. Mosquito-palha, tatuquira, birigui, asa dura, asa branca,
L. braziliensis é a mais comum, está distribuída por todo cangalha, cangalhinha, ligeirinho, péla-égua.
o território brasileiro, sendo a mais prevalente e conhecido mais como mosquito-palha no Paraná e em
epidemiologicamente uma das mais importantes. algumas cidades de São Paulo.
Mais recentemente: as espécies L. (V.) lainsoni, L. (V.) Não ultrapassam 0,5 cm de comprimento, tendo pernas
naiffi, L. (V.) lindenberg e L. (V.) shawi. longas e delgadas, e corpo densamente piloso.
A gravidade da doença depende da espécie do protozoário Têm como característica o voo saltitante e a manutenção
envolvido no processo e da resposta imunológica do das asas eretas, mesmo em repouso.
hospedeiro vertebrado.
Somente as fêmeas estão adaptadas com o respectivo
aparelho bucal para picar a pele de vertebrados e sugar
o sangue.
O gênero Lutzomyia é o responsável pela transmissão do
parasito nas Américas, principalmente no Brasil.
350 espécies catalogadas, distribuídas desde o sul do
Canadá até o norte da Argentina.
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OMS Silvestre
Deve ser abundante na natureza e ter a mesma Transmissão ocorre em área de vegetação primária. É
distribuição geográfica que a doença. fundamentalmente uma zoonose de animais silvestres, que
pode acometer o ser humano quando este entra em
Poder de atração ao vetor e contato estreito com o vetor.
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contato com o ambiente silvestre, onde esteja ocorrendo Borda em forma de quadro, fica mais elevada do que a
epizootia. pele e no seu interior é granulomatosa, com o passar do
É o mais importante e é o que mantém a concentração de tempo adquire crostas.
protozoário e de vetor, sendo uma zoonose silvestre.
Ocupacional e lazer
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Definido pela epitelização das lesões ulceradas, regressão Redução do contato vetorial: inseticidas de uso
total da infiltração e eritema, até 3 meses após a residual, do uso de medidas de proteção individual
conclusão do esquema terapêutico! (mosquiteiros, telas finas nas janelas e portas, repelentes
Dependendo do caso, prolongar até 6 meses. e roupas que protejam as áreas expostas).
Evitar a exposição nos horários de atividades do vetor
(crepúsculo e noite).
vestir roupa longa quando adentrar as matas.
Distanciamento mínimo de 400 a 500 metros das
moradias em relação à mata (saneamento).
Manejo ambiental: limpeza de quintais e terrenos, a
fim de alterar as condições do meio que propiciem o
estabelecimento de criadouros para formas imaturas do
vetor.
O controle da LTA deve ser abordado, de maneira Poda de árvores, de modo a aumentar a insolação (evitar
abrangente, sob os aspectos: as condições favoráveis ao desenvolvimento de larvas de
flebotomíneos).
vigilância epidemiológica (para entender o vetor que
está presente e a espécie do protozoário). Destino adequado do lixo orgânico, a fim de impedir a
aproximação de mamíferos comensais (marsupiais e
medidas de atuação na cadeia de transmissão.
roedores, prováveis fontes de infecção para os
medidas educativas. flebotomíneos).
medidas administrativas.
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Lutzomyia cruzi
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Milteforan
Não existe cura parasitológica estéril para a Leishmaniose
Esfregaço – método de certeza Visceral Canina. O declínio da carga parasitária reduzirá o
potencial de infecção dos flebotomíneos e,
consequentemente, a transmissibilidade da doença.
Aspirado de medula óssea (recomendado) – mais seguro.
Assim, a cada quatro (04) meses, o animal em
A punção aspirativa linfonodo/hepática: boa sensibilidade: tratamento deverá retornar ao médico veterinário para
hospital. uma reavaliação clínica, laboratorial (pelo proteinograma)
Cultivo parasitológico também é possível. e parasitológica (pelas citologias de linfonodo e medula
óssea). Se necessário, um novo ciclo de tratamento
invasivos! deverá ser indicado.
Encontro das formas amastigotas do parasita.
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Controle dos reservatórios, diagnóstico e eliminação de a vacinação em cães não é uma forma estratégica de
cães infectados e medidas para evitar a contaminação de prevenir e controlar essa doença em humanos.
cães sadios.
“Não existem estudos que comprovem a efetividade do uso
Vacina: cães??? dessa vacina na redução da incidência da leishmaniose
a vacina é recente, faz a vacina em animais visceral em humanos. Dessa forma, o seu uso está restrito à
soronegativos, porém, existe uma controvérsia em
proteção individual dos cães e não como uma ferramenta
relação a eficácia.
de saúde pública.”
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Entende-se pelo conhecimento aplicado à Agente ou propriedade física, química ou biológica que
por meio de normas de . pode tornar o alimento impróprio para o consumo ou
Alimento seguro: apresenta propriedades nutricionais esteticamente inaceitável para o consumidor, ou ainda
esperadas pelo consumidor e é seguro (sem danos à capaz de afetar a saúde animal e a dos manipuladores dos
saúde) aliado ao prazer de alimentar-se bem. alimentos, podendo atingir o meio ambiente.
ex. se comprar um hambúrguer de frango, entretanto, Sinônimo de CAUSA!
esse hambúrguer contém carne bovina misturada, só a causa de tornar impróprio o alimento.
que não está escrito na embalagem a presença dessa é a causa do problema e da doença.
carne bovina, isso torna o alimento não seguro.
A higiene está relacionada aos alimentos que serão os
veiculadores do agente que chegam até o consumidor
levando aos sintomas e ao quadro clínico referente Deve ser compreendido como a probabilidade da
daquele microrganismo. ocorrência e a severidade das consequências de um efeito
adverso.
PROBABILIDADE E SEVERIDADE DE UM
PERIGO!
Probabilidade de ocorrer o perigo.
Higiene dos alimentos – food hygiene químico ou biológico, além disso, pode ser acidental ou
intencional.
Garantia das propriedades (validade e autenticidade) e a
inocuidade.
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Física
Biológica
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Composição química
Alguns grupos de bactérias crescem com uma atividade
de água baixa. Nutrientes disponíveis para a multiplicação microbiana.
O pão tem disponível uma grande quantidade de água para ex: açucares, lipídios vitaminas e minerais.
o crescimento de microrganismos, apesar da umidade
estar baixa.
pH Temperatura ambiental
Microrganismos possuem valores ótimos, mínimo e máximo Os microrganismos podem se multiplicar em uma faixa
para a multiplicação: ampla (-35ºC a 90ºC).
pH próximo ao neutro (6,5 a 7,5): mais favorável Psicrófilos: ótima entre 10 a 15ºC.
para a maioria, principalmente para as bactérias
patogênicas. Psicrotróficos: entre 0 e 7ºC.
alimentos de baixa acidez (pH > 4,5): mais alimentos refrigerados!!
sujeitos a multiplicação.
ex. Listeria.
alimentos ácidos (4-4,5): leveduras e bolores e
algumas bactérias láticas. Mesófilos: ótimo 25 a 40ºC.
bactérias láticas competem com as bactérias grande maioria.
patogênicas que não gostam do meio ácido.
Termófilos: ótimo entre 45 a 65ºC.
as bactérias láticas são benéficas.
alimentos muito ácidos (pH < 4): quase que Bacillus e Clostridium (esporos).
exclusivo de bolores e leveduras.
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Superfícies ou mãos.
Procedimento que envolve a utilização de água e Antissepsia: procedimento com o mesmo efeito da
detergente para a melhor remoção da sujidade. sanitização (redução de patógenos), porém com ação
Pode ser comtemplada em uma única operação com a externa como pele e mucosas em seres vivos.
limpeza.
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Uniformes
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Compostos da embalagem.
Tinta. estocagem e
Formação de aminas biogênicas. comercialização
Diversos programas trazem dentro do BPF pontos do Acroleína. preparo e consumo.
PPHO.
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acroleína é uma substância química produzida quando Inclinação suficiente em direção aos ralos (sifonados).
tem altas temperaturas relacionada a óleo.
Acesso direto e independente: não comum a outros usos Tem o objetivo de não retornar o odor do esgoto.
(habitação).
não pode ter conexão entre outros estabelecimentos,
tem que ter um acesso independente.
Acabamento liso, impermeável, cores claras, isenta de
em relação a habitação, se morar na casa e fazer um fungos e em bom estado de conservação.
restaurante não poderá ter uma conexão entre a casa
Preferência azulejadas (altura mínima de 2m).
e o restaurante.
Cantos arredondados para facilitar a higienização.
Áreas circundantes devem oferecer proliferação de
insetos e roedores ou atração de outros animais. Forros e tetos
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Possível rastreamento dos produtos com embalagens alimentos. As luminárias localizadas sobre a área
abertas (identificação visível).
de preparação dos alimentos devem ser
Ventilação adequada.
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apropriadas e estar protegidas contra explosão e OBS: este procedimento pode apresentar outras
nomenclaturas desde que obedeça ao conteúdo
quedas acidentais.
estabelecido nesta Resolução.
Os procedimentos operacionais padronizados são exigidos
para todas as indústrias e empresas manipuladoras de
alimentos, independentemente da escala ou setor a que
Conjunto de ações eficazes e contínuas de controle de pertence.
vetores e pragas urbanas, com o objetivo de impedir a
RDC275/2002
atração, o abrigo, o acesso e ou proliferação dos mesmos.
Obrigatória a dedetização periódica! Cuidados após
tratamento..
Comprometimento dos responsáveis.
Tomar cuidado após o tratamento, precisa deixar descrito
no manual como será o cuidado após a dedetização, sendo Formação da equipe de trabalho.
feito nos dias que não terá produção do alimento. composição de equipe multidisciplinar.
Treinamento da equipe e do operacional (em BPF).
Elaboração dos POPs.
Elaboração das fichas de registros.
Aquisição de materiais/produtos e equipamentos.
Validação do processo.
Adequações dos POPs.
Objetivo.
Onde se aplica este POP.
No topo tem que descrever o manual, como ele serve,
quais são as pessoas envolvidas, objetivos, legislação Descrição do Procedimento e Responsabilidades.
utilizada para compor a escrita do manual e seus Monitoramento e ações corretivas.
conceitos. Verificação e ações preventivas.
Após isso, começa os POPs e em seguida ou dentro do Documentos e registros.
POP teremos a instrução de trabalho (como executar a
tarefa). Referências utilizadas.
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o limite crítico é baseado nos indivíduos que tem podem estar presentes nas salas de manipulação ou
maiores chances de sofrer com uma DTA, sendo o foco em alimentos prontos!
crianças, idosos e debilitados. Mais comuns! É o mais encontrado dentro da
empresa.
Codex alimentarius
Baseia-se na prevenção, eliminação ou redução dos PCC é qualquer ponto, etapa ou procedimento no qual se
perigos em todas as etapas da cadeia produtiva. aplicam medidas preventivas para manter um perigo
1. Identificação do perigo (é físico? químico? biológico?). identificado sob controle, com objetivo de
2. Identificação do ponto crítico. eliminar, prevenir ou reduzir os riscos à saúde do
3. Estabelecimento do limite crítico. consumidor.
4. Monitoramento.
5. Ações corretivas.
Constatação do risco significativo da ocorrência de um
6. Procedimentos de verificação.
certo perigo que provoque impacto à saúde pública.
7. Registros de resultados.
Risco: probabilidade da ocorrência de um perigo! Pode ser
Esses sete princípios são sequenciais. classificado em alto, médio ou baixo.
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prima) é PCC1 e coloca se é de ordem física, química ou consegue controlar se reajustar as boas práticas e o
biológica. PPHO.
ex. desinfetante.
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Grupo A
Grupo D
O grupo A antigamente era mais comum, as crianças eram
mais acometidas, causando dor de garganta e pintas no Raro: relacionado ao preparo ou estocagem inadequados.
corpo da criança (principalmente pescoço e tronco –
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Enterobacteriaceae.
Salmonella enterica.
As aves possuem na sua microbiota esse gênero
é a espécie importante.
bacteriano, também está presente nos suínos e nos
mais comuns são S. Typhi e a S. Paratyphi, répteis.
S. Enteritidis e S. Typhimurium. Os répteis possuem uma carga bacteriana alta na sua
os sorovares/sorotipos são diversos para a flora, inclusive no casco e na pele desses animais, possui
Salmonella. uma carga suficiente para causar o quadro clínico no
para facilitar a padronização da nomenclatura, foram indivíduo.
adotadas algumas regras, com isso, o sorovar é escrito Animal contaminado contamina os solos, água, chegando no
em letra maiúscula e normal, estando apenas o gênero ambiente, também pode chegar através dos alimentos
em itálico. pela ingestão de carne crua.
Tiphy e Paratyphi estão no complexo de Salmonellas É uma bactéria sensível a temperatura alta, sendo assim.
tifoides, que tem relação exclusiva de transmissão de não se deve ingerir a carne crua de animais que portam
humano para humano. essa bactéria na sua flora como aves e suínos, os
a Enteritidis é a mais prevalente. pescados idem.
3 grupos:
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Início após 3-4 semanas. O cozimento adequado é a forma mais garantida de evitar
Artrite reativa. essa situação.
Dentro do grupo da Salmonella spp. pode ter um
A inclusão da Salmonella Enteritidis não está no externo do
ovo, a higienização por fora não reduz a carga microbiana
agravamento do quadro, ocorre em poucas pessoas esse para Salmonella, a Salmonella é encontrada na gema,
agravamento e depois que a pessoa apresentou esses durante o processo de formação da gema e da casca será
sintomas clássicos de DTA começa a apresentar após um aderida a gema.
mês a artrite reativa, principalmente da articulação É importante realizar o controle na saúde do animal para
coxofemoral. não ter a inclusão dessas bactérias durante o processo
de matéria-prima.
Em alguns casos é mais agravante porque pode apresentar
É exigido que quem faz o serviço de alimentação utilize a
a síndrome de Reiter. forma seca do ovo, sendo a desidratação dos ovos que
elimina o perigo da Salmonella.
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= não elimina a
Salmonella.
Se a pessoa é idosa, crianças, bebês ou faz uso excessivo
de antiácidos ou com doença a nível estomacal pode ter
dificuldade em eliminar a Salmonella.
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locais com falta de saneamento básico irá interferir, Essa enterotoxina quando presente pode levar a uma
aumentando as chances de acarretar problemas, sequela parecida com a síndrome de Reiter na
principalmente em crianças.
Salmonelose, na Shigella é mais comum a artrite reativa,
se tivesse o investimento na prevenção e atenção mas também pode ter uma síndrome mais grave sendo a
primária de saúde teríamos um reflexo mais positivo
síndrome urêmica hemolítica, podendo levar a morte se for
nas prevenções de DTA.
um grupo de risco.
criança que vive em condições precárias de ambiente
e que não tem acesso a água de qualidade e tratada,
acaba por ser uma fase de risco, principalmente
criança abaixa de 5 anos, tem um agravamento maior
da doença.
Principal fonte de infecção: água contaminada
com fezes humanas.
a rota é fecal-oral, a água contaminada pode
contaminar alimentos idem, por isso a importância da
fonte primária da água dentro da indústria.
pacientes
imunossuprimidos e crianças.
Doença de Reiter (artrite reativa).
Síndrome urêmica hemolítica (HUS).
É um perigo biológico importante durante a produção de transmitindo para os humanos, sendo que os veterinários
leite. possuem um risco maior de se contaminar. Mas a forma
mais comum de infecção no humano é via alimentos.
O leite é um dos produtos mais comumente associados a
surtos de Listeria, sendo resistente ao processo térmico.
Pode ter a transmissão direta, ou seja, direto com o
animal, o animal se contamina e são portadores da doença
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Listeriose.
Conhecida como Listeriose.
sobrevive
Humanos: Listeria monocytogenes sorotipos 1/2a, 1/2b aos níveis recomendados de nitrato de sódio e cloreto de
e 4b. sódio.
Animais: Listeria monocytogenes sorotipos 1/2a, 1/2b, é um problema gravíssimo por sobreviver a altas taxas
4a e 4b; Listeria ivanovii sorotipo 5 e Listeria innocua de cloreto de sódio e nitrato de sódio, a indústria tenta
(ocasionalmente). diminuir os níveis por fazer mal à saúde humana, mas
O quadro clínico do animal e do humano são semelhantes. ao diminuir facilita a multiplicação de Listeria.
IN 09/2009 - MAPA
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Bastonete.
Gram positivo.
Mesófilos. Náuseas e vômito. Alguns casos com diarreia.
tem característica de crescer em uma temperatura Semelhante a intoxicação por S. aureus.
ambiente, sendo uma bactéria patogênica. Tipo diarreico Tipo emético
Formador de esporos.
Período de incubação: 8- Período de incubação: 30
não possui uma alta taxa de letalidade, mas tem uma
16h. minutos – 5h.
alta prevalência devido a esporulação que ajuda na
manutenção do agente no ambiente. Duração doença: 12- Duração doença: 6-24h.
a formação de esporos mantém o microrganismo ativo 24h.
por muito tempo no ambiente, a melhor forma nesse Enterotoxina termolábil Enterotoxina
caso é a prevenção. (proteína – alto peso termorresistente
Grande número de espécies! molecular) (peptídeo – baixo peso
: principal representante. molecular)
tem relação com o crescimento em alimentos como
cereais.
ex. arroz. Amplamente distribuído na natureza: solo!!
permanece por muito tempo no solo, facilitando a
transmissão para diversos alimentos.
contaminam arroz, vegetais, carnes,
laticínios.
Início diarreia líquida com cólicas abdominais e dores. O arroz e amiláceos em geral.
vômito é raro. O B. cereus tem uma característica de que após o
diarreia é o sintoma principal do quadro, sendo líquida preparo ocorrer a contaminação se não fizer uma boa
e em grande volume. higienização.
dificilmente possui o vômito associado. O armazenamento do alimento pode propiciar a
multiplicação desse microrganismo.
Semelhante a diarreia do C. perfringens.
ex. se cozinhar o arroz e armazena-lo fora da
a característica do C. perfringes é de causar uma
geladeira, com isso, se o ambiente está contaminado e
toxinfecção, a toxina é produzida depois que o
pelo clima do país ser propicio para o seu
microrganismo chega na microvilosidade intestinal.
desenvolvimento, podemos ter a contaminação desse
Seu período de incubação é mais longo do que no emético, alimento.
tem a produção de uma enterotoxina que consegue ser
eliminada com a temperatura.
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: , , C1, C2, D, , F, G.
a F é um pouco menos prevalente em humanos, quando Intoxicação pela ingestão de alimentos contendo
comparada com a A, B e E. neurotoxinas.
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a diarreia é autolimitante, mas precisa fazer uma boa a água pode ser pela ingestão ou pela água
reidratação. contaminando o alimento.
Febre baixa. Não é muito frequente, mas pode ser confundida com a
Dores abdominais e náuseas. Shigelose.
Relação com a saída de um país que tem um estado Shigella é mais frequente que a EICE.
sanitário melhor para um país que possui um estado
sanitário pior.
Sorotipo: O157:H7.
Diarreia dos viajantes!
verotoxinas (ação nos vasos sanguíneos das
26h (média). microvilosidades do intestino grosso).
autolimitante. Esse sorotipo é extremamente importante, na história ficou
semanas. conhecida como doença do hamburguer nos EUA que foi
assemelha-se a cólera (fezes aquosas: água de arroz). causado pela O157:H7, sendo que nesse país ocorre
muitos problemas com esse sorotipo pelo aumento da
Duas enterotoxinas:
ingestão de leite cru.
1. inativada à 60ºC/30min.
2. inativada à 100ºC/30min. Possui verotoxinas que lesiona os vasos sanguíneos do
intestino grosso, por atingir o intestino grosso terá uma
alta.
colite hemorrágica.
para ter o quadro clínico a dose infectante deve ser
alta, mostrando que o alimento foi elaborado em Dores abdominais severas e diarreia aguda, seguida de
péssimas condições higiênicas. diarreia sanguinolenta (quantidade alta de sangue) e
ausência de febre.
Alimentos COLITE HEMORRÁGICA.
Contaminação de água e alimentos por condições higiênicas 3 – 9 dias.
precárias. 2 a 9 dias.
Diarreia de países subdesenvolvidos!!! síndrome urêmica
hemolítica (HUS).
DOENÇA GRAVE!!
A E. coli possui relação com o material fecal.
se atingir grupos de risco as chances de óbitos são
Manifestações semelhantes as causadas pela Shigella. altas!
Penetram em células epiteliais e causam as manifestações
clínicas. HUS
disenteria, cólicas abdominais, febre e mal-
Glóbulos vermelhos do sangue são destruídos (hemólise).
estar geral, podendo conter sangue e muco nas fezes.
Insuficiência renal, causando o acúmulo de substâncias
11h (média). tóxicas no sangue (o que é chamado uremia).
alta (108 células).
E. coli enterohemorrágica
Semelhante a Shigella (disenteria bacilar)
Bovinos são os reservatórios naturais.
Qualquer alimento ou água contaminados com material
fecal. o reservatório natural para esse sorotipo são os
bovinos, sendo encontrada na carne bovina, por conta
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líquidos, loperamida e, às
vezes, antibióticos.
administrar líquidos.
evitar antibiótico: pode piorar a diarreia e HUS.
antibióticos ou suporte.
Fonte: https://foodsafetybrazil.org/vinte-anos-surto-
alimentar-jack-in-the-box/
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Dores abdominais.
Dores de cabeça.
Trato gastrointestinal de grande variedade de animais,
Sangue (alguns casos).
particularmente bovinos, caprinos, ovinos, suínos e aves.
ENTEROCOLITE
FONTE MAIS IMPORTANTE DE TRANSMISSÃO.
Principal agente de diarreia nos EUA
tem uma variedade de animais que possuem o
Campylobacter na flora, as aves tem tido uma
prevalência maior.
contato direto com os animais ou portadores Artrite reativa.
(raro)/indireto pelos alimentos. pode levar a síndrome de Reiter que tem a artrite
a transmissão ocorre pela via indireta, mas existe reativa como principal sintoma.
alguns relatos de casos de contaminação do Síndrome hemolítico-urêmica (HSU).
humano pelo contato direto com os animais Septicemia e infecções em outros órgãos.
portadores, principalmente com as fezes.
Faz parte da flora intestina dos animais, tendo uma Síndrome de Guillain-Barré
relação com uma boa higienização durante o abate e Uma doença neurológica desmielinizante (mielina =
evisceração para evitar a contaminação. bainha que envolve os nervos) devido a uma
inflamação aguda dos nervos.
Leite cru, água e carnes/derivados contaminados,
principalmente carne de frango. Os nervos não são capazes de transmitir normalmente
os estímulos nervosos aferentes, levando a diversos
produtos de origem animal são os mais relatados no sintomas como fraqueza muscular e paralisia.
surto, principalmente a carne de aves.
Não é apenas de origem alimentar, mas quando é de
água contaminada com as fezes pode transmitir o
Campylobacter para o consumidor. origem alimentar o Campylobacter jejuni é o principal
2 a 5 dias, mas pode durar causador, é uma doença neurológica que acomete a bainha
até 10 dias. de mielina.
relativamente longo quando comparado com outras Leva a uma paralisia ascendente e fraqueza muscular,
que acometem o trato gastrointestinal. lembrando o botulismo, a diferença é que nesse caso a
adesão a mucosa paralisia é ascendente.
intestinal e algumas vezes invasão (sangue e muco nas
fezes).
Essa bactéria adere a mucosa do intestino, principalmente
intestino delgado, levando a uma inflamação nas
microvilosidades e em alguns casos pode fazer uma
invasão no epitélio, encontrando como sinal clínico sangue
e muco nas fezes.
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devido a faixa restrita de temperatura, ela se torna Manipulação adequada dos alimentos.
sensível. BPF é importante como estratégia de controle.
Evitar contaminação cruzada. É uma zoonose emergencial.
O controle não é satisfatório, sendo a cólera uma nos últimos anos teve uma distribuição grande de água
pandemia com vários surtos epidêmicos, por isso, contaminada e pescados como principal alimento
acredita-se que estamos passando por uma pandemia de atribuído ao surto.
cólera. Endêmica: Índia, partes da Ásia e África.
tem uma relação fecal-oral, as condições sanitárias e
de higienização é um dos principais fatores de
A cólera é o principal representante do grupo. transmissão de cólera em alguns países para que se
torne endêmica.
Bacilos, gram-negativos, retos ou curvos, móveis (único
flagelo). 6h a 5 dias.
38 espécies fazem parte do gênero: 10 são Diarreia moderada ou aquosa e profusa!
patogênicas ao homem. casos severos: até 1 a 2l de fezes/hora.
Antígeno O (sorogrupo O1 e O139) e toxinas: colapso circulatório (perda rápida de liquido)
cólera! morte se não tratado!
para ter a cólera precisa da espécie do Vibrio cholerae
A pessoa entra em colapso circulatório pelo alto volume de
que tenha o antígeno O sendo de um dos dois
sorogrupos e que produza a toxina. fezes, se não tratado rapidamente o indivíduo vem a óbito,
principalmente crianças desnutridas e subnutridas.
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RESERVATÓRIO: homem.
Pessoas com baixos níveis de ácido do estômago – como
crianças, idosos e pessoas que tomam antiácidos, por
exemplo – são grupos de risco.
bactéria não sobrevive ao pH ácido! Controle
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Essa bactéria é invasiva, levando a gravidade do quadro Prevenção das feridas e higienização.
clínico, não faz septicemia, porém, se não tratada a ferida
por acarretar até na amputação do membro.
Controle
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Hepatite A
É extremamente importante e é a mais prevalente. a hepatite A e E não leva a uma insuficiência hepática
O Brasil é endêmico para a hepatite A. crônica, leva a uma insuficiência hepática aguda.
2 a 6 semanas.
Paciente mantém capacidade infectante durante 2-3
semanas antes da icterícia até 2 semanas após a
regressão do sintoma.
a pessoa positiva tem a capacidade de infectar a outra
antes de apresentar a icterícia, já infectando o meio
ambiente e passando para outros indivíduos.
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Hepatite E
também tem tropismo pelo Sintomatologia semelhante a hepatite A.
fígado. Diagnóstico sorológico.
não é tão prevalente quanto a hepatite A. para diagnóstico também mensura IgG e IgM.
não faz uma inflamação crônica, leva a uma saneamento básico e ingestão de água e
insuficiência hepática aguda. alimentos seguros.
Transmissão pela água contaminada (período de chuvas e
inundações): fecal-oral.
Rotavírus
RNA fita dupla. função, tendo a incapacidade de reabsorver o fluido, por
isso a diarreia e a perda de fluido é grave na rotavirose.
Gastroenterite em crianças menores de 5 anos.
na classificação de doenças diarreicas para faixa
etária de até 5 anos é a principal causa, podendo levar
a morte pela desidratação grave.
PI: média de 48hs com duração de até 5 dias.
Transmissão por água e alimentos contaminados (fecal-
oral).
Reidratação do paciente.
Vírus Norwalk
RNA fita simples. Vômito (pode levar a desidratação).
Nome: grande surto na cidade norte-americana (1968). Cólicas acompanhadas de desconforto abdominal.
também conhecido como norovírus. Dores musculares e fraqueza corporal.
é um vírus que está se destacando e tendo um Diarreia persistente.
aumento do número de casos.
adultos também apresenta o quadro clínico, mostrando
que não é rotavírus, mas sim norovírus.
Gastroenterites semelhantes ao rotavírus (muito tempo
se confundiu).
PI: média 48h. Boas práticas de manipulação.
Transmissão: água, vegetais crus e pescado. Ingestão de água tratada e alimentos crus higienizados
com água tratada.
Cozinhar bem os alimentos.
Após crises de vômito ou diarreia, limpar imediatamente
Forte dor de cabeça. as superfícies contaminadas com produto de limpeza
Febre alta. contendo água sanitária.
Complexo Teníase-Cisticercose
Tênia, Solitária.
Canjiquinha, Lombriga na Cabeça.
Conteúdo com base nas aulas da Prof.ª Ana Paula A. C. Barbon
Licenciado para - Luana Araújo de Menezes - 03731848244 - Protegido por Eduzz.com
suínos. específico.
bovinos. a teníase tem como o hospedeiro definitivo o homem,
liberando as proglotes no meio ambiente.
Disseminada
Mais grave das afecções parasitárias do SNC.
Com localização nas vísceras, pele e músculos. Parasita vive de 18 meses a 2 anos ou mais.
Se espalha por diversos pontos da musculatura do Acomete grande número de pessoas e sintomatologia
humano, vísceras e pele, não é a mais comum. grave (cefaleia, alucinações e epilepsia isolada).
os sintomas ocorrem repentinamente.
Oftalmocisticercose
Pode encontrar cistos viáveis ou calcificados, a relação do
Nos olhos e órbita. aspecto clínico também depende dessas características.
Neurocisticercose Distribuição
Giardíase
Agente: Giardia intestinalis (lamblia, duodenalis). Prevalência: 5% em cães com dono e até 72% em cães
Afeta humanos e animais. de rua.
Transmissão: água, alimentos, contato pessoa-pessoa 2 formas:
ou animais-pessoa. 1. trofozoíto com formato piriforme a elipsóide (localizado no
fecal-oral. intestino).
2. cisto ovalado (forma resistente e transmissível).
10 cistos levam a infecções!
Conteúdo com base nas aulas da Prof.ª Ana Paula A. C. Barbon
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Antiparasitários: , albendazol e
febendazol.
Doença clínica de moderada à severa (desidratação/perda Suporte: reidratação e alimentos menos gordurosos.
de peso), ou permanecer assintomática!
Diarreia, presença de gases e flatulência, dores
abdominais e náuseas.
Síndrome da má-absorção: ação irritativa da mucosa! Ambiente do animal deve ser descontaminado.
Fezes oleosa e tendem a boiar na água. Controle parasitológico dos animais de estimação.
PI: 1-4 semanas. Vacinação de animais de estimação contra a giardíase.
Educação sanitária e manipulação adequada dos alimentos.
Saneamento básico.