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TRATAMENTO FITOSSANITÁRIO

Wellington Quadros Tanno


CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Data Assunto

Introdução
Pragas
20/03/2018
Níveis de Danos Econômicos
Métodos de controle de pragas

Plantas daninhas
22/03/2018 Doenças
Características das Doenças

Defensivos Agrícolas
27/03/2018
Tecnologias de Aplicação de Defensivos

29/03/2018 Prova
DEFINIÇÃO DE PRAGA

Fungos
Animais
Embora o termo seja
mais utilizado para
insetos, segundo a FAO
Bactérias Praga é "qualquer
espécie, raça ou
biótipo de vegetais,
animais ou agentes
Vegetais
patogênicos, nocivos
aos vegetais ou
Nematóides
produtos vegetais".
DEFINIÇÃO DE PRAGA

Tudo que causa destruição, desequilíbrio ecológico, devastação

das plantações, extinção de outras espécies, epidemias é

considerado uma praga

Geralmente relacionado à superpopulação


DEFINIÇÃO DE PRAGA

Qualquer espécie que por algum motivo ficar sem predador

algum e tendo fonte de alimentação em abundância e

espaço à sua disposição transforma-se numa praga

biológica
Antes

Depois
CARACTERÍSTICAS DAS PRAGAS
PRINCIPAIS ORDENS DE IMPORTÂNCIA AGRÍCOLA

Orthoptera
Gafanhoto, grilo, louva-a-deus
PRINCIPAIS ORDENS DE IMPORTANCIA AGRÍCOLA

Isoptera
Cupins
PRINCIPAIS ORDENS DE IMPORTANCIA AGRÍCOLA

Isoptera
Cupins
PRINCIPAIS ORDENS DE IMPORTANCIA AGRÍCOLA

Coleóptera
Besouros
PRINCIPAIS ORDENS DE IMPORTANCIA AGRÍCOLA

Diptera
Moscas e mosquitos
PRINCIPAIS ORDENS DE IMPORTANCIA AGRÍCOLA

Lepidóptera
Mariposas, borboletas
PRINCIPAIS ORDENS DE IMPORTANCIA AGRÍCOLA

Hymenoptera
Vespas, formigas, abelhas
PRINCIPAIS ORDENS DE IMPORTANCIA AGRÍCOLA

Hemiptera
Percevejos e cigarrinhas
PRINCIPAIS ORDENS DE IMPORTANCIA AGRÍCOLA

Arachnid
ácaros
Ácaros
TAXONOMIA

É a ciência que trata da classificação dos


organismos e organização em grupos, para um
estudo racional de cada espécie.

Categorias taxonômicas - as principais são Filo, Classe,


Ordem, Família, Gênero e Espécie, podem citar algumas
secundárias como subordem, subfamília e tribo.

ESPÉCIES
 Atta sexdens rubropilosa Forel, 1908 - saúva-limão
 Atta sexdens piriventris Santschi, 1919 - saúva-limão-sulina
 Atta laevigata F. Smith, 1858 - saúva-cabeça-de-vidro
 Atta bisphaerica Forel, 1908 - saúva-amarela ou saúva-mata-
pasto
 Atta capiguara Gonçalves, 1944 - saúva-dos-
pastos ou saúva-parda
CARACTERÍSTICAS DAS PRAGAS
CARACTERÍSTICAS DAS PRAGAS

Adaptação ao meio ambiente


Proliferação rápida
Elevada taxa de reprodução
Capacidade de dispersão
Provocam danos à planta
Prejuízo financeiro
CARACTERÍSTICAS DAS PRAGAS

Condições ideais:
 Alimento
 Água
 Abrigo

Consequências:
 Danos
Potencial
Real
CARACTERÍSTICAS DAS PRAGAS
MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS
MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS

 Métodos Legislativos
 Métodos Mecânicos
 Métodos Culturais
 Método De Resistência De Plantas
 Método De Controle por
Comportamento
 Métodos De Controle Físico
 Método De Controle Biológico
 Método De Controle Autocida
 Métodos Químicos
 Manejo Integrado De Pragas
MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS

MÉTODOS LEGISLATIVOS
Serviço Quarentenário
Tem por objetivo evitar a entrada de pragas exóticas e impedir a
sua disseminação.
No Brasil, são empregados tratamentos quarentenários para
algumas frutas:
Fumigação – aplicação de fumigantes;
Tratamento a frio – emprego de câmeras com temperaturas
baixas, na qual as frutas permanecerão por determinado tempo,
dependendo da praga a ser eliminada.
Tratamento a quente – emprego de vapor d’água ou da
hidrotermia.
Irradiação - emprego de raios gama do Cobalto ou Césio ou raios
de Elétron.
MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS

Métodos mecânicos

Controle por esmagamento, catação de lagartas


MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS

Métodos culturais
Emprego de práticas agrícolas normalmente utilizadas no cultivo das plantas objetivando o
controle de pragas.
MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS

Método de resistência de plantas


Uso de plantas que devido suas características genéticas sofrem menor dano por pragas.
MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS

Método de controle por comportamento


Consiste no uso de processos (hormônios, feromônios, atraentes, repelentes e macho estéril) que
modifiquem o comportamento da praga de tal forma a reduzir sua população e danos.
MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS

Método de controle físico


Consiste no uso de métodos como fogo, drenagem, inundação, temperatura e radiação
eletromagnética no controle de pragas.
MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS

Método de controle biológico


É um fenômeno natural que consiste na regulação do número de plantas e animais por inimigos
naturais.
Parasitóides – um parasitóides mata o hospedeiro e exige
somente um indivíduo para completar o desenvolvimento.
O adulto tem vida livre.

Predador – é um organismo de vida livre durante todo o ciclo


de vida e que mata a presa. Usualmente é maior do que a
presa e requer mais do que um indivíduo para completar o
desenvolvimento.
Controle Biológico - Parasitódeis

Lagarta parasitada por um Parasitoide


Controle Biológico - Parasitóides

Fungo parasitando um inseto


Controle Biológico - Parasitóides

Cotesia flavipes parasitando a broca da cana


Controle Biológico - Parasitóides

Besouro da espécie Oulema melanopus , possivelmente parasitado por larvas de vespa


da espécie Tetrastichus julis seu predador natural.
Controle Biológico - Parasitóides

Lagarta parasitada por ovos


Controle Biológico - Parasitóides

Besouro parasitado por ovos


Controle Biológico - Parasitóides

Fêmea da espécie Aedes aegypti


Controle Biológico - Predadores

Joaninha predando ovos e pulgões


Controle Biológico - Predadores

Percevejo predador de lagarta


Controle Biológico - Predadores

Percevejo predador de besouros


MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS

Método de controle autocida


Técnica do macho estéril através de manipulação genética.
MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS

Métodos químicos
Uso de agrotóxico.
PRAGAS DE IMPORTANCIA AGRÍCOLA
PRINCIPAIS PRAGAS INSETOS DA CANA DE AÇÚCAR
PRINCIPAIS PRAGAS INSETOS DA CANA DE AÇÚCAR

Pragas das Raízes Pragas das Folhas


Pragas do colmo
Cigarrinha Lagarta do cartucho
Broca
Besouros Curuquerê
Lagarta elasmo
Cupins Pulgão
Cigarrinha das folhas
Broca do colmo – Diatraea sacharalis

Massa de ovos de D. sacharalis na face superior e inferior da folha


Broca do colmo – Diatraea sacharalis

Lagarta raspando inicialmente o colmo


Broca do colmo – Diatraea sacharalis

Lagarta raspando e perfurando o colmo


Broca do colmo – Diatraea sacharalis

Lagarta na galeria aberta no interior do colmo


Broca do colmo – Diatraea sacharalis

Lagartas dentro do colmo


Broca do colmo – Diatraea sacharalis

Furo da entrada com fezes da lagarta


Broca do colmo – Diatraea sacharalis

Pupa dentro da galeria do colmo


Broca do colmo – Diatraea sacharalis

Adulta de D. sacharalis
Broca do colmo – Diatraea sacharalis

“Coração morto” sintoma típico do ataque de lagartas


Broca do colmo – Diatraea sacharalis

Galerias realizadas pelas lagartas


Broca do colmo – Diatraea sacharalis

Gemas raspadas e perfuradas pelas lagartas


Broca do colmo – Diatraea sacharalis

“Brotação lateral” sintoma típico do ataque da lagarta


Broca do colmo – Diatraea sacharalis

“Enraizamento aéreo, sintoma típico do ataque da lagarta


Broca do colmo – Diatraea sacharalis

Quebra do colmo realizado pela lagarta


Broca do colmo – Diatraea sacharalis

Sintoma do complexo broca-podridão


Broca do colmo – Diatraea sacharalis

Sintoma do complexo broca-podridão


Broca do colmo – Diatraea sacharalis

Sintoma do complexo broca-podridão


Broca do colmo – Diatraea sacharalis

Dano causado pela lagarta


Broca do colmo – Diatraea sacharalis

Canavial atacado pela broca


Broca do colmo – Diatraea sacharalis

CONTROLE DA BROCA:
Coleta-se 100 colmos por talhão, abre longitudinalmente cada colmo e conta-se o
número total de internódios e número de internódios brocados e calcula-se a IF
(intensidade de infestação).

Intensidade de Infestação: II = 100 X n° internódios atacados


n° total de internódios

O controle é recomendado quando o IF>3%


Broca do colmo – Diatraea sacharalis
EXERCÍCIO PRÁTICO
Broca do colmo – Diatraea sacharalis

• O monitoramento deve ser feito mensalmente, quando as plantas


ainda jovens até quando se conseguir entrar no canavial.
• O monitoramento seve para definir o momento de entrada com a
medida de controle.
Broca do colmo – Diatraea sacharalis

• CONTROLE CULTURAL:

- Plantio de variedades resistentes ou tolerantes;

- Corte da cana sem desponte;

- Moagem rápida após o corte;

- Eliminação de plantas hospedeiras próximas ao canavial (milho.

Milheto...)
Broca do colmo – Diatraea sacharalis

• CONTROLE BIOLÓGICO:
• Cotesia flavipes: parasita da lagarta

C. flavipes fazendo a postura de ovos na lagarta da broca e posteriormente eclodindo em seu interior
Broca do colmo – Diatraea sacharalis

- A liberação pode ser parcela ou de uma

única vez.

- Liberação de aproximadamente 6000

vespinhas / ha (4 copos) ou mais


Broca do colmo – Diatraea sacharalis

• CONTROLE BIOLÓGICO:
• Trichogramma galloi: parasita de ovos

- Atua na fase de ovos utilizar em associação com a Cotesia


- Indice abaixo de 5% usar Cotesia
- Entre 5 e 10% usar Trichograma
- Maior que 10% usar os dois
Broca do colmo – Diatraea sacharalis

• CONTROLE COM INSETICIDAS

• Pulverização de triflumurum, lufenuronv ou fipronil na região do


palmito, quando II > 3% com lagartas recém eclodidas.

• Nomes comerciais

Produtos químicos: Engeo Pleno , Altacor (DuPont)

Produtos fisiológicos: Certero (Bayer), Rimon (Supra), Match


(Syngenta)
Broca do colmo – Diatraea sacharalis

• Prejuízos

Para cada 1% de II estima-se perdas de

- 0,42% na produção de açúcar;

- 0,25% na produção de álcool;

- 1,14% no TCH

- A estimativa de danos é feito na frente de colheita ou na chegada na usina,

servindo para identificar as áreas problemas que merecem maior atenção no

ano seguinte.
Cigarrinha – Mahanarva fimbriolata

• O aumento da cana crua fez com que essa praga se torna-se

primária nos canaviais;

• Cada fêmea deposita 340 ovos, que em 20 dias liberam as

ninfas que sugam a seiva da planta. Ciclo de 37 dias.

• Maiores problemas nos períodos chuvosos


Cigarrinha – Mahanarva fimbriolata

Ovos no tecido da planta Ninfa na espuma


Cigarrinha – Mahanarva fimbriolata

Espuma produzida pelas ninfas na cana crua


Cigarrinha – Mahanarva fimbriolata

Adulto recém formado ainda na espuma Adulto da cigarrinha


Cigarrinha – Mahanarva fimbriolata

Amarelecimento ocasionado pela cigarrinha


Cigarrinha – Mahanarva fimbriolata

Diminuição de entrenós e brotação lateral causado pela cigarrinha


Cigarrinha – Mahanarva fimbriolata

Apodrecimento do colmos atacado pela cigarrinha


Cigarrinha – Mahanarva fimbriolata

• Amostragem populacional:

5 pontos por hectare. Contagem do número de insetos por metro

linear;

Nível de controle: NC= 3 ninfas / m linear de sulco

Nível de dano econômico: NDE= 6 ninfas / m linear de sulco


Cigarrinha – Mahanarva fimbriolata
• Controle Cultural: retirada da palha para futura infestação

• Resistência varietal: poucas alternativas

• Controle biológico:

- Anagrus urichi – parasita de ovos

- Salpingogaster nigra – predador de ninfas

- Metarhizium anisoplia – fungos entomopatogêncos

• Controle químico: imidacloprid; tiametoxan; carbofuran.


Cigarrinha – Mahanarva fimbriolata

Metarhizium anisopliae parasitando ninfa de M. Metarhizium anisopliae em arroz para


fimbriolata preparo da calda
Cigarrinha – Mahanarva fimbriolata

Anagrus urichi parasitando ovos de m. fimbriolata


Cigarrinha – Mahanarva fimbriolata

Salpingogster nigra alimentando de ninfa m. fimbriolata Adulto de Salpingogster nigra


Migdolus – Migdolus fryanus

• As larvas destroem as raízes das soqueiras

• Ciclo longo maior de até dois anos;

• Ficam na camada de (0 a 30cm);

• Atacam nos períodos secos e frios do ano.

• Danos de 10 t por hectare por ano

• Ataque maior em solos arenosos


Migdolus – Migdolus fryanus

Fêmea de MIgdolus larva de MIgdolus


Migdolus – Migdolus fryanus

Ovos de Migdolus Larvas de Migdolus no solo


Migdolus – Migdolus fryanus

Larvas de Migdolus no solo


Migdolus – Migdolus fryanus

Adulto dentro da câmara pupal


Migdolus – Migdolus fryanus

Larva atacando as raízes da touceira


Migdolus – Migdolus fryanus

• Os migdolus vêm causando grandes prejuízos a diversas culturas,

principalmente na cana-de-açúcar. A maior dificuldade é o controle,

pois suas larvas podem ser encontradas até 4 metros de

profundidade no solo.

• Podem ainda ocorrer em outras espécies de importância econômica,

como café, eucalipto, feijão, mandioca, videira e pastagens.


Migdolus – Migdolus fryanus

• Danos: As larvas do besouro destroem o sistema radicular das plantas

atacadas, perfurando-os em todos os sentidos e alimentando-se dele.

• Em canas mais velhas, as touceiras atacadas apresentam aspectos e canas

afetadas por seca ou fogo. Os efeitos são mais evidentes durante os períodos

em que as plantas estão sujeitas a déficit hídrico, quando é possível

encontrar números elevados de larvas junto às touceiras atacadas. Os

adultos também podem fazer orifícios nos toletes. Os danos ao canavial são

irreparáveis: de queda da produtividade à perda da plantação.


Migdolus – Migdolus fryanus

Sintomas do ataque em “reboleiras” em canavial


Migdolus – Migdolus fryanus

• Controle: O controle do besouro é difícil e trabalhoso. Isso se deve ao

fato de, aliado ao desconhecimento do seu ciclo biológico, o que

impossibilita antever com exatidão o seu aparecimento em uma

determinada área, a larva e mesmo os adultos passarem uma etapa

da vida em grandes profundidades no solo (2 a 5 metros), o que

proporciona a esse inseto uma substancial proteção às medidas

tradicionais de combate.
Migdolus – Migdolus fryanus
• Apesar do modo de vida pouco peculiar desse inseto, o mesmo
apresenta algumas características biológicas favoráveis ao agricultor, as
quais devem ser exploradas no sentido de aumentar a eficiência do
controle. Entre essas características merecem destaque as seguintes:

- a baixa capacidade reprodutiva (cerca de 30 ovos por fêmea);

- a fragilidade das larvas no que se refere a qualquer interferência


mecânica no seu habitat;

- o curto período de sobrevivência dos machos (1 a 4 dias);

- a ausência de asas funcionais nas fêmeas, o que restringe, sobremaneira,


a disseminação.
Migdolus – Migdolus fryanus
• O controle consiste no emprego concomitante de três métodos:
• a) Mecânico: o controle mecânico esta vinculado à destruição do canavial
atacado e, nesse aspecto, devem ser considerado a época de execução;
Migdolus – Migdolus fryanus
• b) Químico: o método mais simples e pratico de controle é o químico aplicado no

sulco de plantio. Essa forma de aplicação de inseticidas tem revelado resultados

promissores no combate a essa praga;

• Imidacloprid, fipronil, Carbofuran


Migdolus – Migdolus fryanus
• c) Cultural: consiste no uso de armadilhas com ferormônio sintético, as quais

capturam e matam os machos do besouro. Além do efeito de controle dessas

armadilhas, deve-se ressaltar também a possibilidade de monitorar um grande

número de fazendas, o que proporcionará, em breve, antever ataque de larvas

nas raízes.
Migdolus – Migdolus fryanus

Armadilhas ferormônio para machos de migdolus Machos de migdolus capturados


1 armadilha a cada 10 hectares
No período de revoada (out/nov a março)
Controle quando 2 machos / armadilha / dia
CUPINS
• Os cupins são insetos sociais, de hábitos subterrâneos, pertencentes à Ordem
Isoptera. Existem cerca de 2500 espécies e vivem em colônias altamente
organizadas, onde o princípio básico é a sobrevivência da colônia e não do
indivíduo. A alimentação preferida é a matéria orgânica morta ou em
decomposição, mas se alimentam também de vegetais vivos
Cupins
• Plantios. Penetrando pelas extremidades, os cupins destroem o tecido
parenquimatoso e as gemas, causando falhas na lavoura. Nas brotações, o
ataque ocorre no sistema radicular, provocando debilidade da nova planta.
Cupins

Ataque de cupins no colmo de plantio


CUPINS
• A única oportunidade que os produtores possuem para conter os
ataques dos cupins subterrâneos é no momento da instalação da
lavoura, tanto nas áreas de expansão, como nas de reforma. Isso
ocorre através da aplicação de inseticidas de solo no sulco de plantio
da cana.

• Os acréscimos na produção obtidos na colheita para o tratamento


com o inseticida Regent 800 WG foram de até 18 toneladas de cana
por hectare, semelhantes aos encontrados com o Heptacloro 400 CE
e Thiodan 350 CE.
20 iscas por hectare ao acaso (marcar com estacas)
Avaliar após 15 dias e dar notas
Controlar quando 30% das covas ou 20% das armadilhas Termitrap
apresentarem mais de 10 indivíduos
Sphenophorus levis – Bicudo da cana
Sphenophorus levis – Bicudo da cana
- Encontrados abaixo do

nível do solo;

- Utilizam os orifícios

deixados pela broca;

- Constroem abrigos

dentro das galerias;

- Ciclo de 56 dias;

- 60-70 ovos por fêmea;

- Principal dispersão por

mudas contaminadas.
Sphenophorus levis – Bicudo da cana

• População avaliadas por instalação de iscas de toletes de cana de


20cm, rachados, impregnados com inseticidas, aos 15 dias.

• Níveis de infestação:
- 0 - 0,5 adultos por isca = baixa

- 0,6 a 2 adultos por isca = média

- 2,1 a 3 adultos por isca = alta

- >3 adultos por isca = muito alta


Sphenophorus levis – Bicudo da cana

• Perdas estimadas:

• 5% = 4 a 6 t/ha

• 10% = 8 a 12t/ha

• 15% = 12 a 18 t/ha

• 20% = 16 a 24t/ha

• acima de 20% = 30 ou mais t/ha


Sphenophorus levis – Bicudo da cana

• Controle:

- Destruição da soqueira (eliminador ou grade – 3 passadas) – ovos,

larvas e pupas;

- Adultos: rotação de cultura (amendoim e soja) e inseticidas (fipronil);

- Áreas acima de 30% reforma imediata


Nematoides
Nematoides
• Atacam as raízes da cana, prejudicando a absorção de água e
nutrientes pela planta e injetam toxinas que produzem galhas ou
causar necroses

Galhas de Meloidogyne Necroses de Pratylenchus


Nematoides
• Amostragem

• Coletar raízes e solo, tanto em cana planta como soqueira, em

período chuvoso.

• 1 ou 2 subamostras por hectare e formar uma composta de 10 ha.

• Enviar ao laboratório de análise nematológica.

• Controle com nematicidas ou rotação de cultura não hospedeiras ou

culturas armadilhas (Crotalaria), ou adição de matéria orgânica (torta

de filtro)
PRINCIPAIS PRAGAS INSETOS DO MILHO
Lagarta Elasmo - Elasmopalpus lígnosellus - LEPDOPTERA

29 dias
Lagarta Elasmo - Elasmopalpus lígnosellus
Lagarta Elasmo - Elasmopalpus lígnosellus
Lagarta Elasmo - Elasmopalpus lígnosellus

• Sintomas:

- Coração morto;

- Atenção nos 30 primeiros dias da cultura;

- Maior ocorrência em solos arenosos e nos períodos secos;

• Controle:

- Inseticidas Sistêmicos no Solo

- Pulverização com inseticidas – Endrin, Carbaryl, Malathion


Lagarta do cartucho - Spodoptera frugiperda
Lagarta do cartucho - Spodoptera frugiperda
Lagarta Elasmo - Elasmopalpus lígnosellus

• Sintomas:

- Excremento de fora do caule

- Consomem o tecido mais jovem da planta

• Controle:

- Dificuldade com o inseticida devido a larva estar dentro do cartucho;

- Jatos cônicos não funcionam

- Jatos dirigidos de Carbaryl, Diazinon, Metomil, Tricholorfan


PRINCIPAIS PRAGAS INSETOS DOS CITRUS
Ácaro da Ferrugem - Phyllocoptruta oleivora
Ácaro da Ferrugem - Phyllocoptruta oleivora

• Controle Químico: Quando a infestação média alcançar 30 ácaros por


cm2 de fruto, deve ser iniciado o controle químico. Alguns produtos
indicados: abamectin, dicofol, quinomethionate, enxofre, a mitraz.
Recomenda-se a alternância dos produtos em uma mesma safra. Adotando-
se a amostragem, é possível obter "frutos limpos" com uma a duas
pulverizações por safra.

• Inimigos naturais - dentre as espécies de ácaros benéficos o Iphiseiodes


zuluagai é o mais importante no controle biológico do ácaro da ferrugem.
Dentre os fungos benéficos, o Hirsutella thompsonii é o mais eficiente no
controle biológico natural. A manutenção da vegetação nas entrelinhas e o
uso de leguminosas favorece a atuação dos inimigos naturais das pragas.
Larva Minadora dos Citrus - Phyllocnistis citrela
LEPIDOPTERA
Seus ovos são No 1o estágio, a
claros, parecendo larva é
transparente, tem
uma gota d'água, e
a cabeça maior
são postos em que o corpo e
folhas novas, de ainda está
preferência na face caminhando junto
ventral. as nervuras

Detalhe da larva e Depois de


das galerias que terminar seu
constrói nas caminho, a Larva
folhas. A cabeça Minadora faz uma
passa a ter o dobra no canto da
mesmo tamanho folha, onde fica
do corpo protegida
Larva Minadora dos Citrus - Phyllocnistis citrela
Na dobra ela O MFC causa os maiores
forma a pupa
(crisálida), fase em prejuízos em viveiros e em
que os inseticidas pomares novos devido ao
não conseguem
atingir a praga. ataque às folhas novas e
brotações. As folhas
fortemente atacadas
O Minador adulto
tem como principal secam, tornando-se inativas
característica uma em sua função
pinta escura na
terminação de cada fotossintética, resultando
asa em redução na produção de
frutos, e interferindo no
crescimento normal da
planta cítrica.
Larva Minadora dos Citrus - Phyllocnistis citrela

Nível de ação: . Como sugestão, pulverizar replantas e pomar em formação quando 10% ou
mais ramos infectados e 40% ou mais ramos infectados para pomar em produção.
Controle químico - Quando se trata de viveiro ou pomar recém-instalado, o controle químico é
indispensável; as pulverizações devem se efetuadas a intervalos de oito a 10 dias. Os produtos
de maior eficiência são: lufenoron (match), abamectin (vertimec) e imidacloprid (confidor ou
winner). Em pomares adultos, o controle químico do MFC é desaconselhável e de um modo
geral desnecessário, face a eficiência relativamente alta dos inimigos naturais.
Controle biológico - A espécie Ageniaspis citricola é a que apresenta maior eficiência e pode ser
criada para liberação em campo, alcançando um controle que varia de 60 a 80%. Esta espécie
está sendo criada e liberada em pomares do Estado da Bahia como forte alternativa dentro da
Produção Integrada de Citros - PIC.
Larva Minadora dos Citrus - Phyllocnistis citrela

Ageniaspis citrícola parasitando LMC


Cochonilha Ortézia dos citros (Orthezia praelonga)
Cochonilha Ortézia dos citros (Orthezia praelonga)
Cochonilha Ortézia dos citros (Orthezia praelonga)

• A cochonilha ortézia (Orthezia praelonga) é uma das pragas que mais


podem provocar danos aos citros. Afeta todas as variedades de
citros, café, plantas invasoras e cerca de 30 espécies ornamentais.
Quando o foco inicial não é controlado, pode levar à erradicação de
todo o talhão afetado.

• O inseto suga a seiva da planta, injeta toxinas e provoca o


aparecimento da fumagina (fuligem que recobre folhas, frutos e
ramos).
Cochonilha Ortézia dos citros (Orthezia praelonga)

• Controle químico -Por se tratar de um inseto sugador de seiva, deve ser


dado preferência aos inseticidas sistêmicos. Alguns produtos como
dimethoato (75 a 125 ml / 100 l d’ água); acefato (120 a 150 g / 100 l d’
água) ; aldicarb (40 a 80 g / planta), são indicados.

• Controle biológico: Insetos e fungos benéficos reduzem


significativamente a população da ortezia. Dentre os insetos destacam-se os
coccinelídeos (joaninhas). O fungo Cladosporium sp., em associação com os
inseticidas triflumuron, methamidophos e diflubenzuron na concentração de
300 mil esporos controla eficientemente a praga.
Broca da laranjeira / Cratossomus flavofasciatus
COLEOPTERO
Broca da laranjeira / Cratossomus flavofasciatus

• O besouro, de coloração preta com listas amarelo-claro, deposita


(fêmea) os ovos no interior do tronco e ramos, onde a larva provoca
o dano. A dinâmica populacional dessa praga está bem estudada: a
população de adultos (besouro) ocorre sempre no período de julho a
novembro enquanto que as larvas se desenvolvem entre fevereiro e
junho. Estas são 100 % controladas com pasta de fosfeto de alumínio
ou meios físicos. Os besouros são fortemente atraídos pela planta
armadilha "maria preta", Cordia verbenaceae.
Broca da laranjeira / Cratossomus flavofasciatus
• Nível de ação: Anotar a porcentagem de plantas inspecionadas com a presença da
praga. O controle deve ser em foco inicial abrangendo toda a reboleira, exigindo
reaplicações.
• Controle químico da larva - localiza-se, na planta, o orifício de onde a serragem está
sendo expelida e faz-se a opção por um dos seguintes métodos:
• a) com o auxílio de um arame, atinge-se a larva no interior da galeria;
• b) por meio de uma seringa, injeta-se querosene ou um inseticida fosforado no orifício,
fechando-o em seguida com cera de abelha ou sabão em barra;
• c) introduz-se no orifício 2 a 3 gramas de gastoxim pasta (sulfeto de alumínio). Este
último é o mais seguro e eficiente - elimina 100% das larvas no interior da galeria e dá
segurança ao operário.
• Controle do adulto com uso de planta armadilha - no período de janeiro a junho,
efetua-se a coleta manual do besouro (2 a 3 vezes por semana), sobre a planta
armadilha "Maria Preta", Cordia curassavica. A "maria preta" deve ser plantada num
espaçamento de 100 a 150m, de preferência no contorno do pomar e em local não
sombreado. É importante que esta operação seja iniciada logo que apareçam os
primeiros besouros nas plantas armadilhas, isto ocorre no mês de janeiro/fevereiro.
PRINCIPAIS PRAGAS INSETOS DA SOJA
PRAGAS QUE ATACAM AS FOLHAS
Lagarta da Soja - Anticarsia gemmatalis
Lagarta falsa- medideira - Pseudoplusia includens
PRAGAS QUE ATACAM VAGENS E GRÃOS
PERCEVEJO VERDE - HEMIPTERO
PERCEVEJO VERDE PEQUENO
PERCEVEJO MARROM
PRAGAS QUE ATACAM AS HASTES E
PECÍOLOS
Bicudo da Soja
Bicudo da Soja
Broca do colmo ou Lagarta Elasmo
PRAGAS QUE ATACAM AS RAÍZES DA SOJA
CORÓS
Percevejo da Raíz
NÍVEL DE DANO ECONOMICO - NDE
NÍVEL DE DANO ECONOMICO - NDE

O Nível de Danos Econômico (NDE) é a


densidade populacional da praga que
causa prejuízo à cultura igual ou
superior ao custo do controle desta
praga.
NIVEL DE DANO ECONÔMICO

• Para calcular a NDE é necessário entender que a produção da cultura


é reduzida à medida que a densidade populacional da praga ou a sua
injúria aumenta.
NIVEL DE DANO ECONÔMICO

L=P-C
Onde:
L = lucro
P= preço do produto
C = custo da aplicação
NÍVEL DE DANO ECONOMICO -NDE

Nível de dano econômico: densidade


populacional de um inseto que causa prejuízo
econômico para a cultura semelhante ao custo
de adoção da medida de controle.

Nível de controle: densidade populacional de


um inseto em que medidas de controle devem
ser adotadas para evitar que o NDE seja
atingido.

Nível de equilíbrio: densidade populacional


média de um inseto, durante um longo período
de tempo, que não causa prejuízo econômico
para a cultura.
MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS (MIP)
MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS

É o controle de pragas com base


ecológica em que todos os métodos
de controle podem ser empregados. O
MIP utiliza meios (técnicas) que visam
manter as pragas abaixo do nível de
dano econômico.
MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS

O controle pode ser feito por meio de insetos (controle biológico), uso
de feromônios, retirada e queima da parte do vegetal afetada,
adubação equilibrada, poda e raleio. O MIP é uma alternativa
proposta pela comunidade científica para diminuir o uso de
agroquímicos, que tornam os insetos mais resistentes e podem causar a
contaminação de alimentos e do lençol freático quando aplicados
indiscriminadamente.
COMPONENTES DO MIP
Etapas do MIP

1° Definição da Unidade de Manejo

2° Eleger as pragas chaves da cultura

3° Aplicar os componentes do MIP

4° Planejamento das Ações

5° Acompanhamento dos resultados


Etapas do MIP

1° Definição da Unidade de Manejo


A unidade básica de manejo de pragas é o talhão.
Cada talhão é independente do outro
Etapas do MIP

2° Diagnose e Amostragem
Eleger as pragas chaves da cultura
Elencar uma lista com as pragas mais importantes desta cultura por amostragem e
diagnose de doenças

Não econômicas: quando sua densidade populacional raramente ultrapassa o NDE.

Ocasionais: quando a densidade populacional ultrapassa o NDE em condições espécies,


como condições climáticas atípicas ou uso indevido de inseticidas.

Perenes: quando a densidade populacional atinge o NDE com frequência.

Severas: quando a densidade populacional está sempre acima do NDE caso as medidas de
controle não sejam adotadas.
Etapas do MIP

Métodos de Amostragem

Etapa da diagnose
Etapas do MIP

3° Aplicar os componentes do MIP

São os passos a serem tomadas quando do surgimento de ataques de insetos:

a) Avaliação do ecossistemas: avaliar a planta, a praga, os inimigos naturais e o clima

b) Tomada de decisão: Se a praga estiver no nível ou acima do NDE, os inimigos

naturais forem insuficientes para manter o nível de equilíbrio, se a planta estiver no

estágio suscetível à praga, condições climáticas favoráveis a praga

c) Escolha dos métodos de controle: optar por um ou mais método de controle,

levando-se em consideração fatores técnicos, econômicos, ecológicos e sociais.


Etapas do MIP

4° Planejamento das ações

Planejar: talhões, equipamentos, materiais, produtos, mão de obra, transporte,

alimentação, EPI, taxas e impostos e despesas.


Etapas do MIP

5° Acompanhamento dos resultados – Monitoramento

Após o combate, acompanhar a flutuação populacional da praga e dos inimigos

naturais e avaliar os efeitos da medida adotada.


ETAPAS DO MIP

Etapa de monitoramento
PLANTAS DANINHAS
PLANTAS DANINHAS

• Sinônimos: plantas daninhas, infestantes, invasoras, mato, erva


daninha, invasora, erva má.

• Definição: desenvolve onde não é desejada, causa mais danos que


benefícios, causa danos as plantas de interesse, uma planta fora de
lugar, indesejável, ocupa espaço destinado à outras atividades,
domina todas as artes de sobrevivência, exceto de crescer em fileiras.
PLANTAS DANINHAS

A ação das plantas


invasoras já é bastante
conhecida, competindo
por água, luz, nutriente e
espaço, causando muitos
prejuízos às culturas.
PLANTAS DANINHAS

• Características importantes:
• 1) Germinação e crescimento em condições adversas;

• 2) Alta capacidade de florescimento;

• 3) Alta produção de semente (120 mil – caruru);

• 4) Habilidade de dispersão;

• 5) Adaptação as práticas de manejo.


Classe: Monocotiledônea (1) x Dicotiledônea (2)
Classe: Monocotiledônea (1) x Dicotiledônea (2)

• Raiz
Classe: Monocotiledônea (1) x Dicotiledônea (2)
• Folhas
Classe: Monocotiledônea (1) x Dicotiledônea (2)
Monocotiledônea (1) x Dicotiledônea (2)
• Flor
Ciclo de Vida

• Anuais: mono ou dicotiledôneas. Ciclo de 40 a 160 dias.


Produzem muitas sementes, aumentando as infestações. Se
dividem em: anuais de verão e anuais de inverno.

• Bianuais: ciclo maior de 1 ano e inferior a 2 anos.

• Perenes: Mono ou dicotiledôneas que vivem mais de 2 anos.


São divididas em perene simples (reproduzem por sementes, de
fácil controle) e perene complexas (reproduzem por sementes e
vegetativamente)
Hábito de crescimento

• Herbáceas: menores, no máximo 1m. Mono ou dicotiledônea. Ereta ou prostada;

• Sub-arbustiva: de 80cm a 1,5m. Ereto. (picão-preto)

• Arbustiva: possuem caule. De 1,5m a 2,5m. Ereto. (fedegoso)

• Arbóreas: possuem caule. Acima de 2,5m. Eret0.

• Trepadeiras: Se apoiam em outras plantas.


Reprodução
• Reprodução sexuada: reproduz por semente. Muitas sementes.

Fazem um banco de sementes no solo. Quando das práticas de

preparo e plantio eles germinam (ex.: carrapicho)

• Reprodução assexuada: reproduz por partes vegetativas. As

gemas dos nós no caule quando tocam no solo germinam. Propagam

em implementos sujos. (ex.: gramas e tiriricas)


PRINCIPAIS PLANTAS DANINHAS MONOCOTILEDONEAS

Capim Colonião (Panicum


maximum)
Planta perene, robusta,
entouceirada, com 1 a 2 m de
altura, reproduzida por sementes
e vegetativamente, com
floração e fertilização durante a
maios parte do ano; adaptada
às várias condições de clima e
solo.
PRINCIPAIS PLANTAS DANINHAS MONOCOTILEDONEAS

Capim brachiara (Brachiaria


decumbens Stapf)

A espécie é vigorosa e perene,


resistente à seca, adaptando-se
bem em regiões tropicais úmidas.
É pouco tolerante ao frio e cresce
bem em diversos tipos de solo,
porém, requer boa drenagem e
condições de média fertilidade,
vegetando bem em terrenos
arenosos e argilosos.
PRINCIPAIS PLANTAS DANINHAS MONOCOTILEDONEAS

Capim-colchão (Digitaria sanguinalis L.


Scop.)
Planta anual, com reprodução por semente
ou por enraizamento, a partir dos nós em
contato com o solo úmido. Melhor
desenvolvimento em solos com boa
fertilidade, boa iluminação. Suporta
elevadas temperaturas. Pode liberar
substâncias com efeitos alelopáticos. Seus
colmos são finos e inclinados.
PRINCIPAIS PLANTAS DANINHAS MONOCOTILEDONEAS

Capim Carrapixo, Timbête, Capim-amoroso


(Cenchrus echinatus L.)

Planta anual capaz de se desenvolver em


todos os tipos de solos. Reprodução por
semente, ocorre enraizamento através dos
nós presentes no colmos, quando em
contato com o solo. Planta herbácea, ereta
e sem pelos, com altura entre 20 e 60 cm.
PRINCIPAIS PLANTAS DANINHAS MONOCOTILEDONEAS

Tiririca – (Cyperys rotundus)

Planta herbácea, ereta, com porte entre 10


e 60 cm, com ramificações subterrâneas, em
diferentes níveis de profundidade e com
crescimento e brotação irregulares.
Planta perene, reproduzida por sementes,
tubérculos e bulbos subterrâneos; tolerante a
temperaturas elevadas; d
PRINCIPAIS PLANTAS DANINHAS DICOTILEDONEAS

Corda-de-viola (Ipomoea sp.)

Planta herbácea trepadeira podendo


atingir até 3 m de comprimento. Sua
coloração e suas flores são de
aparência vistosa e raiz principal
pivotante.
Planta anual com reprodução por
sementes. Adaptação em qualquer tipo
de solo, com ou sem insolação.
PRINCIPAIS PLANTAS DANINHAS DICOTILEDONEAS

Picão-Preto (Bidens pilosa)

Planta herbácea, ereta, com porte


variando entre 20 e 150 cm, com
reprodução exclusivamente por
sementes. Possui desenvolvimento
rápido e alta produção de sementes;
nas condições tropicais, a planta pode
ser encontrada durante todo o ano.
PRINCIPAIS PLANTAS DANINHAS DICOTILEDONEAS

Caruru (Amaranthus viridis)

Planta vigorosa, no Nordeste


tem muito delas. É
considerada uma planta
daninha porque é difícil de
erradicar em terrenos, ela é
muito persistente.
DOENÇA
Doenças de plantas são

anormalidades provocadas por

microrganismos, como bactérias,

fungos e vírus, mas podem ainda

ser favorecidas por falta ou excesso

de fatores essenciais para o

crescimento das plantas, tais como

nutrientes, água e luz.


Doenças compreende microrganismos, fungos, bactérias e vírus.

Pragas compreende insetos, ácaro, nematoides, etc.

FAO – Food and Agriculture Organization (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação)
Fitopatologia é a ciência que estuda as doenças das

plantas e alterações provocadas por ataque de fungos,

bactérias e vírus.
PRINCIPAIS DOENÇAS
PRINCIPAIS DOENÇAS

Fungos

Bactérias

Vírus
CICLO DA DOENÇA
Doenças da cana de açúcar

• Existem mais de 100 doenças conhecidas da cana de açúcar;

• Cerca de 10 delas são importantes no Brasil;

• Estão controladas devido ao melhoramento genético das variedades

de cana de açúcar.
Doenças da cana de açúcar

Doença causadas por vírus


Mosaico

Doença causadas por bactérias


Escaldadura das folhas
Estrias vermelhas
Raquitismo da soqueira

Doença causadas por fungos


Carvão
Ferrugem
Marcha parda
Podridão abacaxi
Podridão de Fusariose
Podridão vermelha
Mosaico - SCMV

- Sintomas foliares;

- Grandes perdas na

história;

- Transmitida por pulgões

que picam plantas

contaminadas;

Folhas com sintomas de mosaico.


Alternância de coloração verde e amarela
Inoculação do Vírus do Mosaico

224
Escaldadura das folhas - Xanthomonas albilineans

- Doenças dos tecidos das folhas,

colonizadora dos vasos

- Perdas de 100%

- Transmitidas por ferramentas

infectadas;

- Talhões com reformas precoces;

- Tratamento térmicos das gemas.

Folhas com sintomas de escaldadura


Estrias vermelhas - Pseudomonas rubrilineans

- Associadas a solos de alta

fertilidade;

- As estrias descem afetando o

meristema apical;

- Variedades suscetíveis devem ser

plantadas em solos de baixa

fertilidade

Folhas com sintomas de estrias vermelhas


Raquitismo da soqueira - Leifsonia xyli
- Uma das principais doenças;

- Quase todas as variedades são

suscetíveis (em menor ou maior

grau);

- Contaminação via ferramentas de

corte;

- Transmissão por mudas

contaminadas;

- Desinfecção das ferramentas.


Colmos com raquitismo
VIVEIROS DE MUDAS

Do Tratamento Térmico
- Etapa fundamental para a produção de mudas sadias

Imersão de mini-toletes em água quente (52°C / 30 minutos) 228


TRATAMENTO TÉRMICO

Plantio em canteiros dos mini toletes tratados


229
TRATAMENTO TÉRMICO

Individualização das plantas

Canteiro germinado

230
Plantio em tubetes
Diagnóstico do Raquitismo da Soqueira

2. Feixe de cana identificado 3. Limpeza inicial do


com etiqueta. material.
1. Quebra dos colmos 4. Corte de cana em bisel.
no campo.

6. Extração do caldo em microtubos.


5. Compressor adaptado
7. Adição do 231
conservante.
Carvão - Ustilago scitaminea

- Grandes perdas na história

(NA56-79);

- Parasita a planta;

- Perdas de 100%;

- Fácil dispersão dos esporos;

- Roguing;

- Variedades resistentes.
“Chicotes” formados pelo carvão
Inoculação do fungo do Carvão

233
Planta infectada
Ferrugem -Puccinia melanocephala

- Perdas de até 50% na

produtividade;

- Transmitida pelo vento;

- Regiões úmidas;

- Variedades resistentes.
Esporos na parte posterior da
folha

Folhas com sintomas de ferrugem


na parte anterior da folha
Ferrugem alaranjada-Puccinia kuehnii
PRINCIPAIS DOENÇAS

Ferrugem alaranjada
Fungo Puccinia kuehnii
Distribuição Geográfica da Puccinia kuehnii

EUA
2007
México
Guatemala
Costa Rica
Nicarágua Ásia
El Salvador 2001
Panamá Brasil
2007 2009

Austrália
2000
Histórico da introdução no Brasil

NE
2011

MT
GO
MG

ES

RJ
Araraquara
PR 2009

Cruz, 2012
Bioecologia
• A germinação dos esporos da doença ocorre em alta umidade relativa, de 90
a 100% (máxima entre 98 a 99%) e temperatura variando de 5 a 34ºC
(máxima entre 19 a 26ºC).

• Os esporos podem ser levados pelo vento, gotas de água de chuva e até
mesmo roupas infectadas nas lavouras, propagando a doença.

• Depois que uma planta é infectada pela ferrugem alaranjada, ela


permanecerá infectada por toda a vida.

• Normalmente, a ferrugem alaranjada não mata as plantas, mas faz com que
fiquem debilitadas prejudicando o crescimento e a produtividade.

• Ocorre principalmente no verão e outono, sendo favorecida por clima úmido


e quente.
Impacto econômico

• A ferrugem alaranjada pode ser uma potencial causadora de danos


econômicos, pois afeta as folhas da cana-de-açúcar diminuindo
a capacidade fotossintética o que contribui na redução da produção
de sacarose. Em 2000 na variedade Q124 na Austrália houve
um prejuízo de até 87% na produção.

Ferrari, 2012
Lesão causada pela Puccinia kuehnii na superfície da folha de cana de açúcar

Foto: Henrique, 2014


Urediniosporos de Puccinia kuehnii em superfície de folha de RB72454
Foto: Ferrari, 2013
Poros germinativo de Puccinia parahybanae em Ruellia
Fonte: Ratna, 2000
Controle
• Dentre os métodos recomendáveis para
controle da doença inclui-se a
substituição das cultivares suscetíveis
por cultivares resistentes;

Chapola, 2013
Controle

• O controle químico poderá ser recomendado em variedades

suscetíveis, e/ou regiões e/ou épocas de maior incidência ou ataque

severo da doença.
19 Produtos registrados para controle da Ferrugem Alaranjada
Divisão por Empresa (Fonte: MAPA, 2017)

Desali Primo
Effort Monaris
Elatus Priori

Status

CopSuper
19 Produtos registrados para controle da Ferrugem Alaranjada
Divisão por Grupo Químico (Fonte: MAPA, 2017)

Grupo Químico: Estrobilurina + Triazol (58%)

Monaris ©
Priori ©
Primo ©
Grupo Químico: Estrobilurina + Pirazol Carboxamida (21%)
Desali © Effort © Elatus ©

Grupo Químico: Oxicloreto de cobre (inorgânico) (16%)


CopSuper © Status ©

Grupo Químico: Estrobilurina + Carboxamida (5%)


Podridão Abacaxi - Ceratocystis paradoxa

- Doença do plantio;

- O corte da planta é a

porta de entrada para

a bactéria do fungo;
Perdas no plantio
- Usar aceleradores de

germinação.

Podridão abacaxi
Podridão Vermelha - Colletotrichum falcatum

- Associado a broca;

- Perdas de 70%;

- Ocorre nas mudas;

Podridão vermelha
PRINCIPAIS DOENÇAS CITRUS

Cancro cítrico
Bactéria Xanthomonas citri
PRINCIPAIS DOENÇAS BANANEIRA

Sigatoka amarela
Fungo Mycosphaerella
musicola Leach
PRINCIPAIS DOENÇAS BANANEIRA

Sigatoka-negra da bananeira
(Fungo Mycosphaerella fjiensis morelete)

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