Você está na página 1de 31

Manejo Integrado de

Pragas e Agroecologia

Dra. Marcia Nalesso Costa Harder


Eng. Agrônoma
Professora FATEC Piracicaba
Cursos de Biocombustíveis e Alimentos
Sustentabilidade
Estabelecendo o Problema
 Necessidades da produção agrícola;
 Pragas agrícolas;
• Uma maioria silenciosa…
• E uns poucos indomáveis…
A prática agrícola

convencional
Triunfalismo e utilitarismo sobre os recursos naturais;
 Dirigida por um sistema de valores industrial;
Monoculturas

 As paisagens agrícolas mundiais são plantadas com


12 espécies de grãos, 23 de oleráceas e 35 de
fruteiras;
 70 espécies de plantas distribuídas sobre 1,44 bilhões
de hectares de terra;
 Um hectare de floresta tropical tem tipicamente mais
de 100 espécies de árvores.
 Resultado desta simplificação da biodiversidade para fins agrícolas:

Um ecossistema artificial que requer constante intervenção humana


Crise na agricultura convencional
moderna:
◼ Degradação do solo;
◼ Salinização;
◼ Poluição por inseticidas no solo, água e
cadeias alimentares;
◼ Esgotamento da água subterrânea;
◼ Vulnerabilidade da homogeneidade
genética – diminuição das defesas
naturais;
Manejo Integrado de
Pragas
 Integração de todas as técnicas de
controle disponíveis e apropriadas para
manter as populações de pragas
abaixo do limiar de dano econômico,
causando o menor impacto possível ao
agroecossistema.
Fases do MIP
 Identificação das espécies de pragas e inimigos naturais;
 Monitorar destas populações dentro do agroecossistema;
 Definir o limiar de dano econômico;
 Usar técnicas de manejo apropriadas e agentes de controle
biológico;
 Avaliar a efetividade das medidas tomadas.
Monitoramento
 O monitoramento das populações de
pragas é a base do MIP.
 Tomada de decisão para acionamento
de medidas de controle.
 Verificação do resultado das
intervenções.
Armadilhas
 Armadilha com isca atrativa
Armadilha de barreira de vôo (Malésia)
Monitoramento indireto
“Spot-cards”
Controle Biológico
 Parasitóides, predadores, patógenos.

• Incrementar a população nativa;


• Introduzir novas espécies.
Parasitóides

 São especializados na escolha do hospedeiro;


 São menores que o hospedeiro;
 Os imaturos sempre matam o hospedeiro;
 A fêmea localiza e analisa o hospedeiro;
 Parasitam diferentes fases do hospedeiro.
Parasitóides
Predadores
 Mais inespecíficos;
 Permanecem mais tempo no
ambiente;
 Práticas de manejo que favoreçam
a colonização;
 Favorecidos com o aumento da
biodiversidade.
Parasitas e patógenos

Fungos Bactérias

Nematóides
Bacillus Thuringiensis
Controle físico ou cultural
 Rotação de culturas;
 Consórcio de culturas;
 Eliminação de criadouros;
 Cultura-armadilha;
 Catação de frutos atacados;
 Transgênicos?
Controle Químico
 Inseticidas:
 Clorados e fosforados;
 Piretróides;
 De origem microbiana
 Bacillus thuringiensis

 De origem virótica
 Baculovirus anticarsia

 De efeitos fisiológicos
 Ivermectina, Ciromazina.

 Seletividade.
Benefícios
 Resultados duradouros;
 Ambientalmente correto;
 Impede o uso desnecessário de pesticidas;
 Detecta as pestes em potencial antes que elas se tornem o maior
problema;
 Pró-ativo, não reativo;
 Promove um melhor relacionamento com a comunidade.
Barreiras
 Pode ser caro para ser implementado;
 Requer que todos envolvidos tenham participação ativa;
 Requer mais habilidades e conhecimentos que o controle
tradicional;
 Requer atenção contínua.
Agroecologia
Agroecologia é a ciência que usa a teoria ecológica para estudar,
planejar, gerenciar e avaliar os sistemas agrícolas produtivos e que
conservam os recursos naturais.
Manejo agroecológico
◼ Tecnologias de baixo-aporte;
◼ Reciclagem ótima de nutrientes e da
matéria orgânica;
◼ Fluxos fechados de energia;
◼ Conservação da água e do solo;
◼ Populações balanceadas de pragas e
inimigos naturais;
◼ Explora complementaridades e
sinergismos.
Modelo agroecológico Modelo industrial
Uso de energia solar, animal Uso predominante de
e humana energia fóssil
Médias e grandes
Escala de minifúndio
propriedades
Auto-suficiência e baixo Alto nível de insumos
nível de insumos externos. externos
Alta diversidade biológica, Baixíssima diversidade por
genética e produtiva. especialização.
Baixa produção de dejetos Alta produção de dejetos
Baseado no intercâmbio Baseado no intercâmbio
ecológico com a natureza econômico com o mercado
Conhecimento holístico e Conhecimento especializado
flexível. e padronizado.
Obrigada

Marcia Nalesso Costa Harder

marcia.harder@fatec.sp.gov.br

@marcianharder

Marcia Harder

Marcia Nalesso Costa Harder

Você também pode gostar