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MANEJO

INTEGRADO DE
PRAGAS
(MIP)
O QUE É MIP?
O manejo integrado de pragas é um conjunto de técnicas e medidas
sustentáveis para prevenir pestes e doenças na lavoura. O objetivo
principal do MIP é reduzir, principalmente, os custos com defensivos
agrícolas, monitorar as pragas e aumentar a produtividade, sendo
aplicável a várias culturas. Com a utilização do manejo integrado, estima-
se a redução de cinquenta por cento em aplicação de inseticidas. Todas
as técnicas são realizadas para que a população de pragas seja
controlada, mantendo-a abaixo dos níveis que causam danos
econômicos ao produtor.

São utilizadas diferentes ferramentas de controle, tais como os produtos


químicos, agentes biológicos(predadores, parasitoides e entomopatógenos
– bactérias, fungos ou vírus), extratos de plantas, feromônios, variedades
de plantas resistentes a pragas, manejo cultural, plantas iscas, liberação
de machos estéreis (TIE), dentre outras
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Como o MIP
funciona
No modelo de manejo integrado de pragas, prioriza-se
o controle natural, monitorando a população de pragas,
além de usar a cadeia alimentar a favor das culturas.
Raízes, folhas, hastes, flores e frutos devem ser
analisados com lupas e armadilhas.
Outro ponto a ser levado em conta é que como no MIP
se respeita e se prioriza o ambiente natural e biológico,
desde que não tragam prejuízos, é fundamental saber
quais insetos podem ser benéficos para a lavoura e
quais estão presentes (sem influência externa) no
cultivo. É que eles podem, em alguns casos, servir
como predadores naturais e aliados do manejo
integrado de pragas. É o chamado combate natural e
biológico.
Como é feito o
monitoramento no Manejo
Integrado de Pragas
O monitoramento da lavoura é fundamental para o
programa de manejo integrado de pragas, pois, permite ao
agricultor identificar o nível populacional da praga e assim
tomar a decisão de controle mais adequada.
O monitoramento é feito por amostragens, um número de
pontos é definido, de acordo com o tamanho da área em
hectares, e o técnico faz o caminhamento pré-
determinado. Dependendo do que ele encontra nesses
pontos, caso seja identificado um nível de dano superior
ao nível de controle, é preciso iniciar o combate à praga.

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Principais tipos de controle
do manejo integrado de
pragas

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CONTROLE CULTURAL
Esse é um tipo de controle que foca em
ações de prevenção. Práticas corretas de
manejo são importantes no controle cultural.
Rotação de cultura, uma adubação no
tempo certo, época de plantio adequado,
irrigação, poda, destruição de restos da
cultura na entressafra são algumas das
boas práticas a serem seguidas

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CONTROLE COMPORTAMENTAL
No controle comportamental, plantas “armadilhas” ou
repelentes, além da utilização de feromônios para a
interrupção da reprodução são muito utilizados.
As armadilhas consistem na captura de insetos para controle
populacional. Uma dela é a armadilha luminosa, que atraem
pela luz os insetos que possuem alguma atividade noturna
entre 19h e 5h da manhã. Esse método funciona para
besouros, mariposas, percevejos, cigarrinhas, moscas, grilos e
mosquitos. Outro tipo de armadilha são os cartões adesivos
que prendem os insetos assim que acontece o contato. Eles
são indicados para detecção e monitoramento de cigarrinhas,
moscas-brancas, mariposas, pequenos besouros e outros.

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CONTROLE FÍSICO
São medidas para impedir danos das pragas como
esmagamento de ovos, catação manual de lagartas,
inundação de área, formação de barreiras físicas e até a
modificação da temperatura e/ou luminosidade.
O uso de barreiras físicas, como valas e coberturas plásticas,
dificulta a locomoção dos insetos para a plantação.

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CONTROLE VARIETAL
Utilização de melhoramento genético através de plantações
resistentes. Esse tipo de método tem se tornado cada vez
mais comum entre os produtores. Uma outra forma de uso de
plantas resistentes seria a aplicação das plantas transgênicas,
em que um gene exógeno é transferido para a planta.
As vantagens desta tática incluem a facilidade de uso,
compatibilidade com outras táticas de controle de pragas,
baixo custo e impacto cumulativo sobre a praga com o
mínimo dano ambiental. Por outro lado, o desenvolvimento de
variedades tolerantes a pragas requer tempo e investimentos
consideráveis, e nem sempre as resistências obtidas se
tornam permanentes.

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CONTROLE BIOLOGICO
No controle biológico, busca-se atrair ou introduzir na plantação
inimigos naturais da praga ou doença, como insetos, fungos e
bactérias. Entre os benefícios estão a redução de acidentes
ambientais provocados pelo uso de agrotóxicos; alternativa
econômica para certos inseticidas; e a prevenção de perdas
econômicas de plantações. Por outro lado, as principais
desvantagens estão relacionadas a necessidade de um melhor
planejamento e uma gestão intensiva da cultura. O controle
biológico, toma mais tempo, às vezes os custos são superiores ao
uso de defensivos agrícolas, requer paciência e sistema de
acompanhamento e registros, além de treinamento da equipe.
Uma das formas de conservar os inimigos naturais é a utilização de
inseticidas químicos seletivos que matam as pragas mas que têm
pouco efeito sobre os inimigos naturais.
Quanto maior for a diversidade do agroecossistema, maiores as
chances dos inimigos naturais permanecerem na cultura e
contribuírem no controle das pragas.

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CONTROLE QUÍMICO
No manejo integrado de pragas, somente quando as táticas
anteriores se mostraram ineficazes para controlar a infestação na
plantação, então o uso de defensivos agrícolas se torna
justificável. Em muitas plantações, principalmente a soja,
inseticidas e herbicidas ainda são os principais meios de controle
de pragas e apresentam suas vantagens: são relativamente
baratos e fáceis de aplicar, transportar, além de serem versáteis,
pois podem ser apresentados em diferentes formas (aerossóis,
líquidos, granulados, iscas, e de liberação lenta).
Além do uso de produtos químicos seletivos, recomenda-se que o
agricultor realize sempre a rotação de agroquímicos pertencentes a
diferentes grupos, para evitar problemas associados a resistência
de pragas. Atualmente esse é um dos principais fatores
relacionados a ineficiência desta estratégia de controle.

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No Brasil, as pragas são ameaças cada vez mais presentes nas lavouras,
de norte a sul. O produtor precisa se conscientizar de que um ambiente
saudável e equilibrado oferece, naturalmente, uma resistência ao
surgimento e proliferação de organismos que causem danos às
culturas.

Utilizar corretamente as estratégias de manejo integrado de pragas


listadas anteriormente ajuda a manter o equilíbrio do ambiente,
preservando os inimigos naturais das pragas e impedindo prejuízos
econômicos. Além, claro, de diminuir consideravelmente o uso de
defensivos agrícolas, promovendo uma agricultura cada vez mais
sustentável

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OBRIGADO.

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