EXTRATOS VEGETAIS NO CONTROLE DE

DOENÇAS DE PLANTAS
Ana Verônica M. de Aguiar1
Roseano Medeiros da Silva2
caju roxo, alho e gengibre. Os extratos vegetais
devem ser aplicados em substituição aos
fungicidas durante o período de abertura das
flores a intervalos semanais.

N
as plantas cultivadas, dentre os principais
fatores limitantes da produção estão as
doenças, podendo causar danos
econômicos de grandes proporções. O controle
de doenças é para ser feito quando atinge o nível
de dano econômico, ou seja, quando um
determinado número de plantas é afetado. Na
prática, este controle só é realizado quando o
seu custo de aplicação é menor que o dano
causado pela doença, isto é, quando é
economicamente viável.
A sociedade vem se preocupando como
uso indiscriminado de agrotóxicos, pois estes
podem causar danos ao Meio Ambiente e a
saúde quando utilizados de forma desregrada.
Uma alternativa que se mostra viável é o uso de
produtos naturais, oriundos de vegetais no
controle de algumas doenças. Alguns estão em
fase de testes em laboratórios, outros já são
amplamente utilizados por alguns produtores.
Alguns dos vegetais que tem efeito no
controle de doenças são: cravo-da-índia, canela,
nim, alho, capim-limão, erva-de-santa-maria,
entre outros.
Um exemplo da utilização desses extratos
é no controle da fusariose, principal doença do
abacaxizeiro no Brasil, sendo as principais
cultivares, Pérola e Smooth Cayenne,
susceptíveis. Uma forma de controle ecológico é
aplicação de extratos de aroeira, barbatimão,
De maneira geral, as novas tecnologias, se
promissoras, são difundidas e adotadas quando
existem interesses comerciais envolvidos,
quando programas governamentais específicos
de difusão e capacitação são realizados ou
mesmo quando despertam o interesse de
associações e cooperativas de produtores. Como
o controle oferecido por produtos alternativos é,
em geral, de menor magnitude que o controle
químico, é preciso que o produtor adote um
novo paradigma de controle, não só conhecendo
melhor a epidemia da doença, como também
utilizando, simultaneamente, outros métodos de
controle, como a resistência, a rotação de
culturas, alteração da época de plantio e outros.
Além desses aspectos, é importante que as
tecnologias alternativas desenvolvidas pela
pesquisa sejam economicamente viáveis, ou seja,
não devem custar mais do que o retorno em
renda que propiciarem ao produtor e essa
preocupação deve fazer parte dos projetos de
pesquisa e também dos programas de difusão
desenvolvidos pela extensão rural.

Jornal Agroinformativo Tropical – JAT (Grupo de Pesquisa Passiflora GPP – UFERSA – Mossoró/RN). Pg 1
Postado em 13 de junho de 2011. http://jornalagroinformativo.webnode.com.br
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Graduanda em Agronomia/UFERSA. 2Engenheiro Agrônomo, Mestrando em Agronomia/UFERSA.