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Seletividade de defensivos agrícolas aos

inimigos naturais

Antonio Cesar dos Santos, Adeney de F. Bueno e


Regiane C. O. de Freitas Bueno

O conceito de manejo integrado de pragas (MIP) preconiza a utilização de diversas


táticas de controle de forma harmônica visando complementar o controle biológico natural e
mantendo assim as populações pragas agrícolas abaixo do nível de dano econômico, conser vando o
ambiente e os artrópodes benéficos. Neste contexto, o controle biológico é de grande importância para a
sustentabilidade do sistema agrícola.
Entretanto, embora sejam inúmeros os exemplos de controle biológico de sucesso,
o controle químico ainda é indispensável em diversas culturas. Os defensivos agrícolas, como inseticidas,
fungicidas e acaricidas, representam uma importante ferramenta para o produtor e têm papel
significativo no sucesso da produção agrícola. No entanto, os produtos mais adequados para
serem utilizados no MIP são aqueles que combinam um bom controle da praga com o mínimo impacto sobre a
atividade dos inimigos naturais, sendo essa integração de produtos químicos com o controle biológico, na maioria dos
casos, crucial para o sucesso da agricultura. Assim, à seletividade dos inseticidas aos inimigos naturais é de
grande im portância e deve ser sempre considerada em qualquer tomada de decisão de quando e que tipo
de controle deve ser adotado para uma situação específica.
Ao ressaltar a importância do uso de defensivos seletivos na agricultura, deve-se
con siderar não somente os inseticidas e acaricidas, mas também herbicidas, fungicidas, regula dores de
crescimento e adubos foliares que são, na maioria das vezes, negligenciados nesse item e podem também
ter efeito sobre os agentes de controle biológico. As maneiras pelas quais um agroquímico, ou defensivo
agrícola, pode ou não ser seletivo não é única e todas devem ser consideradas ao se classificar um produto
como seletivo ou nocivo a um inimigo natural específico.

TIPOS DE SELETIVIDADE
A determinação da seletividade dos pesticidas aos inimigos naturais envolve estudos
diversos, sempre visando compatibilizar o controle biológico e o químico, em uma dimensão não só
química, mas também ecológica de equilíbrio. A seletividade, de maneira geral, pode
Antonio C. dos Santos ct al.

ser fisiológica e/ou ecológica e ambas são complementares e de grande importância para
o equilíbrio do sistema agrícola. Estão envolvidos neste campo da ciência que estuda a
seletividade dos agroquímicos aos artrópodes benéficos, métodos experimentais toxicológicos
padronizados, de curto, médio e longo prazo, indicados para avaliar os diferentes tipos de seletividade.

Seletividade fisiológica
A seletividade fisiológica é inerente ao composto químico, e é relacionada à tolerân cia de
um inimigo natural quando o mesmo é submetido ao contato direto, aos resíduos, ou ingestão de um produto
específico.
Este tipo de seletividade deve-se as diferenças fisiológicas entre as espécies
envolvi das sejam pragas, predadores, parasitóides, patógenos ou polinizadores (ver capítulo 19) e
pode ser determinada por uma concentração de um produto resulte em bom controle da praga não
afetando os artrópodes benéficos. Esta seletividade é, por exemplo, o que ocorre com alguns inseticidas
fosforados quando há uma redução na penetração do tegumento, ou um aumento na degradação da
molécula tóxica pelo sistema enzimático do inseto benéfico.
Existem diferentes intensidades de seletividade, o que significa que os defensivos
agrícolas não são classificados apenas como seletivos ou nocivos. O grau de seletividade fisiológica de um
produto é normalmente expresso pela razão entre a dose letal média (DL) à praga e ao inimigo
natural ou pela relação entre dosagem recomendada para o controle da praga e a DL, ao inimigo
natural. Assim, se for traçada uma curva de mortalidade da praga e de un inimigo natural para
um determinado produto, a dose para obter a melhor seletividade pode ser definida como o ponto da curva
em que a diferença entre a mortalidade da praga e do inimigo natural é máxima.
Muitas vezes é difícil de se alcançar o nível de seletividade fisiológica ideal. Muitos dos
inseticidas utilizados agem no sistema nervoso central e existe uma similaridade muito grande no
processo de transmissão dos impulsos nervosos não somente entre as diferentes ordens de insetos
(envolvendo pragas e inimigos naturais), mas também entre outros filos animais, o que leva a
similaridade de resposta da praga e do inimigo natural a uma determi nada dose de um inseticida.
Entretanto, é possível ao menos aumentar o grau dessa seletividade fisiológica através, por
exemplo, da redução de doses, desde que seja feita de forma criteriosa, suportados por dados de
pesquisa que comprovem a manutenção de um aceitável nivel de controle da praga.
Em um sistema agrícola equilibrado, o resultado esperado de uma tática de
controle nunca deve ser 100% de mortalidade da praga, como era no passado o objetivo de muitos
agricultores, mas sim reduzir a população dessa praga para um nível abaixo daquele de dano
econômico. Ao contrário do que se possa pensar, 100% de controle de uma praga, pode até ser um
resultado insatisfatório de uma tática de controie, devido aos efeitos prejudiciais indiretos causados aos
inimigos naturais em conseqüência da indisponibilidade de presas ou hospedeiros, o que entre uma
série de efeitos colaterais, pode resultar na rápida ressurgência das pragas.
Os novos avanços no controle de pragas, principalmente com o desenvolvimento dos inseticidas
de hormônio juvenil, inibidores de crescimento e alguns inseticidas de origem biológica, e mais
recentemente a biotecnologia com as plantas inseticidas, vêm ampliando as possibilidades do uso da
seletividade fisiológica. Os inseticidas inibidores da síntese de quitina
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Seletividade de defensivos agrícolas aos inimigos naturais

e os aceleradores da ecdise, caracterizam-se por apresentarem baixa toxicidade a vertebrados e a muitos artrópodes
benéficos por sua ação essencialmente de ingestão, o que lhes confere um alto grau de seletividade em
relação a insetos e outros artrópodes que não ingerem a folhagem tratada. A utilização destes
produtos é viável em programas de manejo de pragas
Os biopesticidas são derivados de animais, plantas ou microrganismos como bactéri
as e fungos. Bacillus thuringiensis (Bi) é um dos biopesticidas mais utilizados no mundo e suas variedades
são patogênicas a um grande número de pragas, incluindo lepidópteros e dípteros. Quando Bt é
ingerido pelo inseto ocorre à solubilização do cristal de proteina no intestino e a formação de proteínas
chamadas delta endotoxinas que são tóxicas a um grande número de insetos. Outros exemplos são os
inseticidas derivados de um processo de fermen tação utilizando a bactéria Saccharopolyspora spinosa. Este
apresenta alta especificidade no controle de pragas em geral sendo bastante seletivo a predadores
em geral.
Ainda, um outro tipo de seletividade que sempre complementará a seletividade fisio
lógica e que também deve ser levada em consideração é a seletividade ecológica.

Seletividade ecológica
O emprego de agroquímicos de maneira ecologicamente seletiva que minimize a ex
posição dos inimigos naturais a esses e, ao mesmo tempo, controle os insetos-praga é deno minado de
seletividade ecológica. A seletividade ecológica ainda é subdividida de acordo com a forma pela qual a
exposição ao agroquímico é diferenciada entre pragas e artrópodes benéficos, podendo ser temporal ou espacial.
Um exemplo de seletividade ecológica espacial é o modo favorável e apropriado na
aplicação de um inseticida sistêmico no solo que circula na seiva da planta, atingindo apenas as pragas
sugadoras, preservando seus inimigos naturais que não entram em contato o pro duto químico.
Outro exemplo é a aplicação em áreas restritas, especialmente para pragas que atacam em
reboleiras e possuem pouca mobilidade, como os ácaros e as cochonilhas.
Na cultura da soja, outro importante exemplo é a aplicação de inseticidas na bordadura
junto com sal de cozinha para o controle de percevejos. Essa prática é eficiente porque os
percevejos no início da infestação se concentram na bordadura das lavouras e o sal de cozi nha atua como
um arrestante, fazendo com que o inseto prolongue sua alimentação e, conse quentemente o contato com o
produto. Essas técnicas permitem separar no espaço o insetici da e o artrópode benéfico, preservando esse último da
intoxicação que ocorreria se o mesmo entrasse em contato com o produto químico.
Um exemplo de seletividade ecológica temporal é não aplicar inseticidas no meio do dia,
evitando os horários em que os insetos polinizadores mais visitam as flores obtendo, desse modo, uma
separação no tempo entre a aplicação do produto químico e o período que o artrópode benéfico está
exposto a contaminação.
Essas práticas permitem que um produto químico, mesmo quando não seletivo fisio
logicamente, tenha uma seletividade ecológica, preservando os artrópodes benéficos da área e, consequentemente,
minimizando o impacto negativo do controle químico. A seletividade ecológica é possível graças às diferenças
de comportamento ou habitat entre as espécies, possibilitando que o produto entre mais em contato com
determinada espécie e não com outra. Ela baseia-se nas diferenças ecológicas existentes entre pragas,
inimigos naturais e
Antonio C. dos Santos et al.

polinizadores e requer um amplo conhecimento dos aspectos bioecológicos das


pragas e dos artrópodes benéficos.
Os conhecimentos atuais sobre o comportamento de predadores e parasitóides ainda
são insuficientes em muitos casos para que se faça um amplo uso da seletividade ecológica.

ESTUDOS DOS EFEITOS DE AGROQUÍMICOS SOBRE INIMIGOS NATURAIS E SUA


APLICAÇÃO PRÁTICA
Na classificação de um produto químico como seletivo ou não seletivo é de grande
importância considerar todos os aspectos bioecológicos envolvidos em uma metodologia de avaliação
consolidada e confiável. No Brasil e no mundo, os estudos de seletividade têm sido o alvo de muitas
discussões, algumas vezes sem chegar a um senso comum quanto às metodologias ou a uma
padronização dos procedimentos para avaliar estes efeitos colaterais dos agroquímicos sobre os organismos
benéficos, gerando algumas contradições nos resulta dos e conclusões encontrados.
Algumas causas dessas contradições são os muitos testes realizados em condições de campo, onde os efeitos
diretos da toxicidade do inseticida não foram claramente definidos. Muitas vezes a eliminação do predador
ocorre devido à eliminação de sua fonte de alimento (inseto-praga). Espécies diferentes também podem
responder diferentemente aos defensivos agrícolas, além das diferenças nas doses e estádios de
desenvolvimento do inseto. Como mencionado anteriormente, uma metodologia de avaliação que
considere todas essas dife renças bioecologicas se faz necessária.
Toda essa informação necessária mostra o caminho que as pesquisas em entomologia
ainda devem percorrer para que a seletividade seja ainda mais utilizada no contexto prático da agricultura.
Entretanto, desde 1990, nos últimos seis Congressos Brasileiros de Entomologia, somente em torno de 3%
dos resumos publicados abordavam o tema seletividade de agroquímicos a inimigos naturais e a grande
maioria das metodologias utilizadas nesses trabalhos foi oriunda da criatividade e critérios individuais dos
próprios pesquisadores. Numa tentativa de reverter essa situação, em 1974 foi formado o grupo de
trabalho para cooperação científica internacional no estudo da seletividade de pesticidas a organismos
benéficos, a "International Organization of Biological Control” (IOBC), sendo um de seus objetivos o
fomento de testes de seletividade no mundo baseados numa metodologia confiável. A IOBC, desde então,
tem promovido estudos para padronizar as metodologias de testes de seletividade. Segundo essa
organização, inicialmente deve-se submeter o inseto a condições extremas de contaminação
e se um alto percentual da população não morrer, então o produto pode ser considerado inócuo.
Caso contrário, passa-se ao teste de semi-campo e posteriormente de campo.
Dentre as espécies de inimigos naturais estudadas, algumas, além de seu potencial
como agentes de controle, apresentam alto grau de compatibilidade com a utilização conjun ta a
compostos químicos, como os crisopídeos e os parasitóides de ovos do gênero Trichogramma
(Hymenoptera: Trichogrammatidae) Os parasitóides de ovos são os insetos, dentre os inimigos
naturais, que mais têm despertado interesse mundial por matarem seus hospedeiros antes da
emergência da praga e do ataqee à planta. Além disso, espécies do gênero Trichogramma vêm
sendo comercializadas e liberadas com sucesso para o controle de diversos lepidópteros-praga
em várias partes do mundo, incluindo o Brasil. No entanto, a continuidade desse sucesso
depende do uso de produtos químicos que não interfiram no
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Seletividade de defensivos agrícolas aos inimigos
naturais
desempenho e desenvolvimento de suas populações seja através da seletividade
fisiológica, seja pela seletividade ecológica.
A sensibilidade do artrópode benéfico é diferente nos seus diferentes estádios de
de senvolvimento, sendo assim normalmente os testes de seletividade são realizados ao menos
em fases jovens e adultas.
Constantemente são lançadas no mercado novas moléculas, sendo sempre
necessária a realização de novos testes de seletividade que devem ser conduzidos de
acordo com as normas já padronizadas pela IOBC. Entretanto, muitos resultados já
foram obtidos e são encontrados na literatura mais recentemente para espécies de
importância na agricultura brasileira. A seguir, nas Tabelas 1 e 2, são citados
exemplos de produtos que apresentam potencial de utilização em conjunto com o
controle biológico. O uso desses e demais produ tos seletivos devem ser fomentados
principalmente quando esses inimigos naturais estive rem presentes na área.
LITERATURA RECOMENDADA BACCI, L. et al. Inseticidas seletivos à tesourinha Doru
luteipes (Scudder) utilizados no controle do pulgão verde em brássicas. Horticultura Brasileira, v.20, n.2,
p.174-179, 2002. (7) BESERRA, E.B.; PARRA,J.R.P.Seletividade de lambdacialotrina a Trichogramma pretiosum
Riley, 1879 (Hymenoptera: Trichogrammatidae). Acta Scientiarum - Agronomy, v.27, n.2, p.321-326, 2005. (16)
BUENO, A.F; FREITAS, S. Effect of the insecticides abamectin and lutenuron on eggs and larvae of Chrysoperla
externa under laboratory conditions. BioControl, v.49, p.277-283, 2004. (9) CARVALHO, G.A. et al. Seletividade de
Inseticidas Para Ovos e Ninfas de Orius insidiosus (Say) (Hemiptera: Anthocoridae). Neotropical Entomology, v.34, n.3,
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broca-grande e seu impacto sobre Trichogramma pretiosum. Horticultura Brasileira, v.21, p.652-654, 2003. (18)
CRESPO, A.L.B et al. Seletividade fisiológica de inseticidas a Vespidae predadores de Ascia monuste orseis.
Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.37, n.3, p.237-242, 2002. (19) CZEPAK, C. et al. Seletividade de inseticidas ao
complexo de inimigos naturais na cultura do algodão (Gossypium hirsutum). Pesquisa Agropecuária Tropical, v.35,
n.2, p.123-127, 2005. (1) FERREIRA, A.J.; CARVALHO, G.A.; LASMAR, M.B.O. Seletividade de inseticidas usados
na cultura da macieira a duas populações de Chrysoperla externa (Hagen, 1861) (Neuroptera: Chrysopidae).
Ciência Rural, v.36, n.2, p.378 384, 2006. (5) CARVALHO, G.A.; PARRA, J.R.P.; BAPTISTA, G.C. Ação
residual de alguns inseticidas pulverizados em plantas de tomateiro sobre duas linhagens de
Trichogramma pretiosum Riley, 1879 (Hymenoptera: Trichogrammatidae) em casa de-vegetação. Ciência e
agrotecnologia, v.23, n.4, p.770-775, 1999. (17) GRAVENA, S. Controle biológico de insetos e ácaros no manejo
de pragas. In: CICLO DE PALESTRAS SOBRE CONTROLE BIOLÓGICO DE PRAGAS, II, Campinas, 1991.
Resumos... Campinas, 1991. p.42-59. (20) GRAVENA, S. Controle biológico na manejo integrado de pragas.
Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.27, p.281 299, 1992. (21) MAIA,V.B.; BUSOLI, A.C.; DELABIE, J.H.C.
Seletividade Fisiológica de endossulfam e deltametrina às operárias de A. chartifer spiriti For. (Hymenoptera:
Formicidae) em agroecossistema cacaueiro do sudeste da Bahia. Neotropical Entomology, v.30, n.3, p.449-454,
2001. (2) PICANÇO, M.C. et al. Seletividade de inseticidas a Doru luteipes (Scudder, 1876) (Dermaptera: Forficulidae) e
Cotesia sp. (Hymenoptera: Braconidae) inimigos naturais de Ascia monuste orseis (Godart, 1818) (Lepdoptera:
Pieridae. Ciên cia Rural, v.33, n.2. p. 183-188, 2003. (6) PRATISSOLI, D. et al. Ação transovariana de lufenuron
(50 g/l) sobre adultos de Spodoptera frugiperda (J. E. Smith) (Lepidoptera: Noctuidad e seu efeito sobre o
parasitóide de ovos Trichogramma pretiosum Riley (Hymenoptera: Trichogrammatidae). Ciencia e agrotecnologia,
v.28, n. 1, p.9-14, 2004. (15)
Antonio C. dos Santos et al.

FONTE
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Tabela 1. Exemplos de inseticidas seletivos a inimigos


naturais.
CLASSE INGREDIENTE ATIVO INIMIGO NATURAL
formas jovens adultos Inseticidas
Trichogramma pretiosum abamectin
Chrysoperla externa
Trichogramma pretiosun acefato
Trichogramma pretiosun azadirachta
Podisus nigrispinus benzoato de emamectina Chrysoperla externa betacyllutrin
joaninhas, tesourinhas, formigas, carabídeos
Cotesia sp. carbaril
Polybia sericea
Brachygastra lecheguwia. cartap
Trichograma pretiosum Orius insidiosus
Trichogramma pretiosum ciromazina
Orius insidiosus clorpirifós
Trichogramma pretiosum Polybia sericea
Azteca chartefex.spirit deltametrina
Doru luteipes Cotesia sp.
Protonectarina sylveirae diflubeÁzuron
joaninhas, tesourinhas, formigas, carabídeos esfen valerato
Trichogramma pretiosun etofenprox
Chrysoperla externa fosmet
Chrysoperla externa
joaninhas, tesourinhas, formigas, carabideos imidacloprid
Trichogramma pretiosum lambdacialotrina
Trichogramma pretiosum joaninhas, tesourinhas, formigas, carabídeos
Chrysoperla externa lufenuron
Polybia sericea
Trichograma pretiosum metamidofós
Trichograma pretiosum
Chrysoperla externa metoxifenozide
Trichogramma pretiosum
Trichogramma pretiosum paration metílico
Brachygastra lecheguana Suppurius cincticeps
Doru luteipes permetrina
Cotesia sp. Protonectarina sylveirac
Doru luteipes pirimicarbe
Trichogrammu pretiosum spinosad
Chrysoperla externa tebufenozide
Chrysoperla extema thiamethoxam
joaninhas, tesourinhas, formigas, carabídeos Chrysoperla extema Polybia
sericea
Doru luteipes trichlorfon
Cotesia sp. Brachygastra lecheguana Protonectarina sylveirae
Trichogramma pretiosum triflumurom
Chrysoperla externa Classe da IOBC: 1, inóculo; 2, levemente nocivo;
3, moderamente nocivo; 4, nocivo.
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Seletividade de defensivos agrícolas aos inimigos
naturais

FONTE
Tabela 2. Exemplos de acaricidas e fungicidas seletivos a inimigos naturais.
INGREDIENTE ATIVO INIMIGO NATURAL CLASSE
formas jovens adultos
Acaricidas óxido de fembutatina Ceraeochrysa cubana
Coccidophilus citricola
Fungicidas azoxistrobim
Orius insidiosus
benomil
Orius insidiosus
imibenconazole
Orius insidiosus
iprodione
Orius insidiosus
metalaxil + mancozebe
Orius insidiosus
triforine
Orius insidiosus

ROCHA, L.C.D.; CARVALHO, G.A. Adaptação da metodologia padrão da IOBC para estudos de
seletividade com Trichogramma pretiosun Riley, 1879 (Hymenoptera: Trichogramınatidae) em condições de
Laboratório. Acta Scientiarum. Agronomy, v.26, n.3, p.315-320, 2004. (10) ROCHA, L.C.D. et al. Toxicidade
de produtos fitossanitários utilizados na cultura do crisântemo para ovos e ninfas de Orius insidiosus (Say)
(Hemiptera: Anthocoridae). Neotropical Entomology, v.35, n.1, p.83,92, 2006. (8) SANTOS, A.C. Aspectos biológicos e
seletividade de agroquímicos a Coccidophilus citricola Brethes (Coleoptera: Coccinellidae). 1995. 100f.
Dissertação (Mestrado em Entomologia) - FCAV/Onesp, Jaboticabal. (22) SANTOS, L.P. et al. Seletividade de
inseticidas a Polybia (Trichothorax) sericea (Olivier, 1791) (Hymenoptera: Vespidae) em condições de
Laboratório. Revista Brasileira de Zoociências, v.5, n. 1, p.33-44, 2003. (13) SOUZA, B.; SANTA-CECÍLIA, L.C.;
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cubana (Hagen, 1861) (Neuroptera: Chrysopidae) em laboratório. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.31,
n.11, p.775-770, 1996. (3) ULHỘA,J.L.R, et al. Ação de inseticidas recomendados para o controle do
curuquere-do-algodoeiro para pupas e adul tos de Chrysoperla externa (Hagen, 1861) (Neuroptera:
Chrysopidae). Ciência e agrotecnologia, ed. esp., p.1365 1372, 2002.(4) VACARI, AM, et al. Seletividade de
óleo de nim (Azadirachta indica A. Juss.) sobre Podisus nigrispinus (Dallas, 1851) (Heteroptera: Pentatomidae).
Arquivos Instituto Biológico, v.71, n.1, p.749, 2004. (11) ZANUNCIO,T.V. et al. Fertility and life expectancy of the
predator Supputius cincticeps (Heteroptera: Pentatomidae) exposed to sublethal doses of permethrin. Biology
Research, v.38, p.31-39, 2005. (14)

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