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Proteção de Plantas com

Fungicidas

Prof. João Pedro Pimentel


UFRRJ – IB – DENF
Importância do Controle de Doenças

Por que Como controlar Quando


controlar ? ? controlar ?
PROTEÇÃO DE PLANTAS COM FUNGICIDAS

1.Introdução
2. Importância da utilização de fungicidas
3.Por que ainda precisamos dos fungicidas na agricultura?
3.1 Proteção de plantas com fungicidas ou controle químico de doenças ?
4.Mercado de fungicidas no Brasil
5.Conceitos gerais dos fungicidas
5.1 Desenvolvimento de fungicidas
5.2 Terminologia de uso corrente
5.3Isomeria química dos fungicidas
5.4 Função de um fungicida
5.5 Formas de ação do fungicida
6. Características desejáveis de um fungicida
6.1 Fungitoxicidade de um composto químico
6.2 Ação preventiva e curativa de um fungicida
7.Modo e mecanismo de ação dos fungicidas
7.1 Onde agem os fungicidas na célula fúngica?
Controle Químico:
Quando usá-lo?

• Quando as condições de competição atingirem


o Nível de Dano Econômico

• Quando outros métodos não são suficientes


para manter o nível de controle dentro do Nível
de Dano Aceitável
Por que precisamos de fungicidas na
agricultura brasileira?
• No Brasil temos produção o ano todo, até
três safras;
• Utilização de fungicidas tem 200 anos;
• Única medida economicamente viável p
garantir produtividade e qualidade;
• Exploração comercial impossível sem
fungicidas em muitos casos
• Fatores para manutenção e aumento da
produtividade
Mercado de Fungicidas no Brasil
Cultura 2005 2006 2010
Algodão 49 70 80
Batata 33 35 50
Café 30 30 110
Citros 18 22 30
Feijão 39 40 50
Trigo 67 70 80
Soja 319 800 1150
Tomate 20 22 25
Arroz 10 12 30
Milho - - 30
Outros 82 90 100
Total: 667 Total: 1400 Total: 1.635
Fonte : Klefmann,2012 val em 1ooo ton 8
Fungicidas Registrados no Brasil,2013

Ano - Período 1983 - 2012


Ingrediente Ativo 142
Grupo Químico 70
Classe
Protetor 47
Sistêmico 95
Empresas 45
Marca Comercial 405

Fonte : ANVISA,2013
9
Proteção de plantas ou controle químico?

a)Proteção
1.Ato ou efeito de proteger – se. 2.Abrigo ,
resguardo. ( Minidicionário Aurélio ,1993,
p.447 )
b)Proteção
Barreira que visa impedir o contato entre o
hospedeiro e o patógeno. (
Goulart,1991, p.139 )
Proteção de plantas ou controle químico ?

c)Controle Químico
- Aquele que se realiza por meio de defensivos agrícolas ,
para destruir , controlar ou impedir o desenvolvimento de
certa pragas , ervas daninhas e doenças. (Goulart,1991)
d)Controle Integrado
- Estratégia que procura utilizar todos os métodos
disponíveis para controlar , de forma efetiva , um inseto ,
patógeno ou plantas daninhas com menor custo e agressão
ao meio ambiente.( Borém,1998)
Eficácia da Proteção Química
• Depende do fungicida
• Intervalo de aplicação
• Timing de aplicação
• misturas utilizadas
• tecnologia de aplicação

FUNGICIDA

- FUNGITÓXICO AOS PATÓGENOS


- ESTABILIDADE METABÓLICA
- BAIXO IMPACTO AMBIENTAL
Proteção de Plantas
Desenvolvimento do Controle Químico

• ANOS 30 - FUNGICIDAS DITIOCARBAMATOS


• ANOS 40 – FUNGICIDAS NITRILAS
• ANOS 50 -FUNGICIDAS FTALIMIDAS
• ANOS 60 - FUNGICIDAS SISTÊMICOS
• ANOS 70- FUNGICIDAS ANTIOOMICETOS
• ANOS 80- FUNGICIDAS TRIAZÓIS
• ANOS 90- FUNGICIDAS ESTROBILURINAS
• ANOS 00- ATIVADORES DE PLANTAS
•ANOS 10 – NOVOS GRUPOS QUÍMICOS
Desenvolvimento dos Fungicidas
FASE GRUPO QUÍMICO LINHA DO TEMPO

1ª ENXOFRE 1000 a. C até 1882

2ª CÚPRICOS 1882 até 1934

3ª ORGÂNICOS 1934 a 1966

4ª ORGÂNICOS SISTÊMICOS 1966 a 1990

5ª FUNGICIDAS NATURAIS / 1990 a 2010


ATIVADORES DE PLANTAS/
SISTÊMICOS COM NOVO
MECANISMO DE AÇÃO
Desenvolvimento dos Fungicidas

FASE GRUPO QUÍMICO LINHA DO TEMPO

6ª FUNGICIDAS BIOLÓGICOS/ 2010 - 2020


SISTÊMICOS COM NOVO
MECANISMO DE AÇÃO

Fonte : (Azevedo,2013)
Desenvolvimento da Proteção de Plantas
com Fungicidas
Década de 2000 Década de 2010

• SDHIs
Succinate
DeHidrogenase
Inhibitors

• Misturas Triplas

• Novos Antioomicetos • Produtos


Biológicos
• Novos Triazóis

• Misturas
Estrobilurinas + Triazóis
Fungicidas
TERMINOLOGIA
CAEDO
FUNGICIDA MATAR FUNGOS
FUNGUS

RESTRITA A COMPOSTOS QUÍMICOS

1- COMPOSTOS FUNGISTÁTICOS – FUNGISTASE


(CÚPRICOS,TRIAZÓIS E ESTROBILURINAS)

2- COMPOSTOS ANTIESPORULANTES
(QUINOLINAS,TRIAZÓIS,CARBOXAMIDAS)
Conceitos Gerais dos Fungicidas

FUNGICIDAS SÃO AGENTES QUE MATAM OU


INIBEM O DESENVOLVIMENTO DE FUNGOS
Conceito Atual

• Fungicidas são compostos químicos , de origem


sintética ou natural , que atuam para proteger as
plantas contra a infecção de fungos,bactérias e
protozoários e/ou para erradicar infecções
fúngicas já estabelecidas.

Isomeria de Fungicidas
• Fungicidas são moléculas ou compostos químicos.
São moléculas químicas de estrutura e desenho
extremamente complexos.
• Dificilmente encontraremos no mercado de
agroquímicos, um fungicida que tenha uma
composição química simples. O mais comum é
composto químico ser uma mistura de vários
isômeros.
Isomeria

M P
ISÔMEROS DE MEFENOXAN
Características Desejáveis dos Fungicidas
• SER LETAL AOS PATÓGENOS EM BAIXAS DOSES

• NÃO SER FITOTÓXICO

• NÃO DEVE SER TÓXICO AO HOMEM E ANIMAIS

• NÃO DEVE DEIXAR RESÍDUOS TÓXICOS

• TER ESTABILIDADE

• SER COMPATÍVEL COM OUTROS agrotóxicos

• BOA TENACIDADE E ADERÊNCIA

• SER DE FÁCIL PREPARO E APLICAÇÃO

• NÃO DEVE SER CORROSIVO AO MAQUINÁRIO


Tópicos Importantes a Fungicidas
• Determinação de toxicidade
– DE50 e DL50

• Formulações sólida
Granulado (GR)
Líquida
Pó Molhável (PM)
Pó Seco (PS) Suspensão concentrada (SC)
Concentrado emulsionável (CE)

• Adjuvantes
– Umectantes, Emulsificantes, Espalhantes e Adesivos

• Compatibilidade Pulverização
Polvilhamento
Aplicação de granulados
Encharcamento
• Métodos de aplicação Fumigação
Quimigação ou fungigação
Pincelamento
Injeção
Toxicidade

• Determinação de toxicidade
– Dose Efetiva 50 = DE50
– Dose Letal = DL50
Fungitoxicidade de um Composto Químico

• Curva de resposta a dose (RD) : teste de germinação de


esporos
• Determinação da dose letal mínima e máxima e do DE50.
• Dose Efetiva Média(DE 50): é a concentração de dada
substância capaz de inibir 50% o crescimento micelial
ou a germinação de 50% dos esporos potencialmente
viáveis in vitro, de um determinado patógeno.
Fungitoxicidade de um Composto Químico
• Um valor baixo da DE 50 indica um alto poder fungicida(Reis &
Forcelini,1994).Por meio da DL 50 estima-se o índice
fungitóxico para os diferentes compostos químicos(Novo et
al,2001).
• Para que uma determinada substância seja considerada
fungicida, é preciso que satisfaça aos critérios propostos por
Edginton et al.(1971), QUE são: as que apresentam DE 50=
1ug/ml(=1ppm) são consideradas altamente fungitóxicas; as
com DE 50 entre 1 e 50 ug/ml, moderadamente fungitóxica as
com ED 50= 50 ug/ml não tóxicas.
DE50 : Dose Efetiva 50

0 g/ml 10 g/ml 50 g/ml 100 g/ml 250 g/ml

100
90
80
DE50 = 100 g/ml
Viabilidade

70
60
50
40
30
20
10
0
0 50 100 150 200 250
Concentração
Fungitoxicidade e Especificidade
• Fungitoxicidade x espectro de ação
• Fungitoxicidade x grupo químico
• Fungitoxidade de fungicidas protetores
• Fungitoxidade de fungicidas sistêmicos
• Exemplos :
Metalaxil,Furalaxil,Cimoxanil,Fenamidone,Propamoc
arb e Dimetomorfo( Oomicetos)
• Triazóis (Ascomicetos,Deuteromicetos e
Basidiomicetos)
• Estrobilurinas (Ascomicetos,Deuteromicetos e
Basidiomicetos e Oomicetos)
100
100

Ascomycetos: oidio,
Mycosphaerella, etc.

0
Basidiomycetos: ferrugens,
0
Rhizoctonia, etc.

Fenilamidas Deuteromycetos: Septoria,


Dicarboximidas Cercospora, Alternaria, etc.
Oomycetos:
míldios, etc.
100 100

100

0 0

Triazóis Estrobilurinas
Triazol+Estrob.

Figura 1. Espectro de ação de alguns grupos químicos de fungicidas sistêmicos


Testemunha 63,8% infecção
100

80

60

40

20

0
epoxyconazol tebuconazol flutriafol cyproconazol
g ia/ha
37,5 80 75 30

Figura 3. Fungitoxicidade de diferentes triazós para a ferrugem-da-soja


(Pakopsora pachyrhizi) expressa pela eficácia de controle 35 dias
após a aplicação dos produtos.
Dose letal 50

• Cobaias: ratos brancos


• Mesmo raciocínio da DE50

Toxicidade a mamiferos (DL50 ) de alguns fungicidas.


Adaptado de Maloy (1993)

Fungicida DL50 Fungicida DL50


(mg/Kg) (mg/Kg)
Cicloheximida 2 Carboxin 3820
Mercurial orgânico 30 Captafol 4600
Thiram 800 Captan 9000
Iprodione 2000 Triforine 16000
Classes toxicológicas de agrotóxicos, com base nos valores de DL50 oral e dérmica (há
outros critérios para separação) segundo o Ministério da Agricultura.

Classe Denominação DL50 oral para ratos DL50 dérmica para ratos
Toxicológica (mg / kg) (mg / kg)
Formulação Formulação
Líquida Sólida Líquida Sólida
I Extremamente Tóxico  20 5  40  10
II Altamente Tóxico 20 - 200 5 – 50 40 – 400 10 – 100
III Medianamente Tóxico 200 - 2000 50 – 500 400 – 4000 100 – 1000
IV Pouco Tóxico  2000  500  4000  1000
AÇÃO PREVENTIVA VERSUS AÇÃO
CURATIVA DE FUNGICIDAS

- ATIVIDADE PREVENTIVA OCORRE ANTES DO PATÓGENO


COMEÇAR A SE DESENVOLVER. O FUNGICIDA AGE COMO
UMA BARREIRA PROTETORA E PREVINE A INFECÇÃO
(ATIVIDADE PROTETORA)

- ATIVIDADE CURATIVA OU PÓS-INFECÇÃO, O FUNGICIDA ESTÁ


PRESENTE DENTRO DO TECIDO E PÁRA O CRESCIMENTO DO
FUNGO. ESTE TIPO DE FUNGICIDA É MAIS EFETIVO
24 A 72 HORAS APÓS A INFECÇÃO

- É IMPORTANTE RESSALTAR QUE OS FUNGICIDAS NÃO CURAM


A PLANTA DA DOENÇA E NÃO SÃO EFETIVOS CONTRA INFECÇÕES
LATENTES AVANÇADAS
PADRÕES DE CRESCIMENTO FÚNGICO
Germinação e esporulação na
superfície da folha,crescimento
micelial abaixo da cutícula.
Exemplo: Sarna da macieira
Germinação, crescimento micelial e
esporulação na superfície da folha.
Exemplo: Oidio da videira
Germinação e esporulação na
superfície da folha,crescimento
micelial no mesófilo da folha.
Exemplo: Ferrugens, Cercospora

GERMINAÇÃO CRESCIMENTO ESPORULAÇÃO


MICELIAL
Efeitos nos fungos de estrobilurinas e triazóis

Germinação Penetração Crescimento Formação


Esporulação
do Esporo na Folha Micelial de Pústula

Azoxystrobina

Triazol

Muito Eficiente Pouca ou Sem Eficiência


MODO DE AÇÃO DOS GRUPOS
QUÍMICOS
Modo de Ação

I - Modo de Ação no Ciclo de Vida do Fungo:


– Preventivos
– Curativos
– Erradicantes

I I - Modo de Distribução ( Posição e/ou movimento na planta):


– Protetores (Contacto)
– Sistêmicos
– Translaminares
- Mesostêmicos
Mecanismo de Ação

É o efeito direto do fungicida sobre a


biologia do fungo ou sobre reação
bioquímica vital.
É o responsável pela morte do fungo.
Mecanismos de Ação dos Fungicidas

- Fungicidas protetores – múltiplos sítios de


ação interferem de diversas formas no fungo

- Fungicidas sistêmicos – único sítio de ação


alteração do metabolismo ou desorganização
das estruturas celulares
Mecanismo de Ação
• Funções nucleares (biossíntese e divisão)
• Proteínas/enzimas de patogenicidade
• Biossíntese de parede celular
• Biossíntese de melanina
• Respiração
• Permeabilidade de membrana

Fonte : FRAC ,2013 http://www.frac.info


Inibição da síntese de Inibição da síntese de Inibição da síntese de
melanina na parede celular glucano na parede celular lípidos e da membrana
MBI-R Acidos cinámicos Dicarboxamidas
Isobenzofuranonas Amidacarbamato de aminoácido Phosphorotiolatos
Pyrroloquinolinonas Validamycina Dithiolanos
Triazolobenzothiazoles Polioxynas Hydrocarbonos aromáticos
MBI-D Heteroarmáticos
Cyclopropanocarboxamidas
Parede celular Carbamatos
Propionamidas
Carboxamida
Membrana celular
INIBIDORES DE
SBI’s na Aparato de Golgi DA RESPIRAÇÃO
membrana C1: Pyrimidinaminas
Triazoles Diazosulfonates
Imidazoles Citoplasma C2: Carboxamidas
Pyrimidinas C3: Fungicidas QoI
Piperazinas DNA Mitocondria Inhibic. fosforilac. oxidativa
Pyridinas TPT
Morfolinas
Desacople fosforil. Oxidativa
Spiroketalaminas
O2 Dinitrophenylcrotonatos
Piperidinas
Dinitroanilinas
Hydroxyanilidas
RNA Pyrimidinonehydrazonas
Thiocarbamatos CO2 Producción de ATP
Allylamines Retículo
Thiophencarboxamidas
endoplasmático Aminoácidos
INIBIÇÃO DA MITOSE Proteínas Inhibidores
E divisão celular
Multi-sitio
Benzimidazoles
EBDC’s
Phenylcarbamatos
Fthalimidas
Benzamidas
Sulfamidas
Phenylureas Interferencia na síntese Cloronitrilos
Interferencia na síntese de Aminoácidos Inorgánicos
de ácidos nucleicos Interferencia na
e Proteínas Guanidinas
Indução de Phenylamidas Anilinopyrimidinas
transdução de
Triazinas
defesas da planta Hydroxypyrimidinas Blasticidin-S sinais Quinonas
Benzothiadiazol (BTH) Heteroaromaticos Kasugamicyna Quinolinas
Acidos carboxylicos Streptomicyna Phenylpyrroles
Figura 12. Sítios e mecanismo de ação do fungicida
propineb
CLASSIFICAÇÃO DOS FUNGICIDAS

• 2.Fungicidas protetores de contato


• 2.1Fungicidas protetores erradicantes
• 2.2 Seletividade e fitotoxicidade de fungicidas protetores
• 2.3 Compatibilidade física dos fungicidas protetores
• 2.4 Misturas de fungicidas e adubos foliares
• 2.5 Fatores que condicionam a escolha do fungicida protetor para o controle de
doenças
• 3. Fungicidas sistêmicos
• 4.Nova classificação dos fungicidas
• 4.1Fungicidas Penetrantes
• 4.2 Fungicidas mesostêmicos
• 5. Comparação entre fungicidas protetores e fungicidas sistêmicos
• 6.1Fungicidas protetores inorgânicos (primeira geração de produtos)
• 6.2.Fungicidas protetores orgânicos (segunda geração de produtos)
Classificação moderna dos fungicidas

MODO DE AÇÃO ATIVIDADE EFEITO


Protetores Superfície Contato
Protetores Superfície Erradicante
Penetrantes Profundidade Erradicante
Mesostêmicos Profundidade Erradicante
Sistêmicos Sistêmica Erradicante

Fonte : ( AZEVEDO,2007)
Principais uso dos fungicidas

• Desinfestação do solo
• Tratamento de sementes
• Tratamento de órgãos aéreos
• Tratamento de frutos em po
Classificação moderna dos fungicidas
ASPECTO BIOLÓGICO, FÍSICO OU QUÍMICO CATEGORIA
1- Mobilidade e| ou posicionamento na planta Tópicos ou
imóveis
Mesostêmicos
Sistêmicos
2- Momento de aplicação às subfases do Preventivos
processo infeccioso Curativos
Erradicantes
3-Absorção do fungicida pelos esporos De contato
Residuais ou
protetores
4- Mecanismo, ou modo de ação ou modo Multisítio
bioquímico de ação Monosítio
5- Grupo químico Vários

Fonte: REIS ET AL (2007)


Características de diferentes classes de fungicidas

CARACTERÍSTICA MESOSTÊMICO SISTÊMICO PENETRAN PROTET


TE OR
Ação na superfície Sim Sim Não Sim
da planta

Absorção pela Sim Não Não Não


camada de cera

Penetração no Sim Sim Sim Não


tecido foliar

Movimento Sim Sim Sim Não


translaminar

Translocação no Não Sim Não Não


sistema vascular

Fonte : ( AZEVEDO,2008)
Classificação dos Fungicidas
• Proteção de plantas
• Prevenção (aplicação e ação preventiva ) e
Terapia ( aplicação e ação curativa )
• Por que deve-se priorizar as aplicações
preventivas?
• Por que deve-se evitar as aplicações curativas?
Fungicidas Protetores de Contato
• O nível de controle quando se emprega estes fungicidas ,
depende: da eficácia do fungicida utilizado, da fungitoxicidade;
do intervalo de aplicação, do número de aplicações ,da
época de aplicação e da tecnologia de aplicação.

• O fungicida protetor deve ser fungitóxico, e ter grande


estabilidade , mesmo sob condições adversas de clima . Não
ser fitotóxico ou provocar desequilíbrio biológico.

• Os fungicidas protetores devem ser insolúveis em água ou ter


solubilidade lenta, isto para que o seu princípio ativo seja
liberado lentamente conferindo assim maior período de proteção
à planta.
Fungicidas Protetores de Contato

• Os fungicidas pertencentes a este grupo ,


normalmente exigem aplicações periódicas e
cobertura total dos órgãos suscetíveis. São lavados
pela água da chuva , sofrem hidrólise , fotólise e
reagem com a atmosfera.
• Soma -se a isto , que devido ao crescimento
vegetal(Figura 1) , surgem áreas desprotegidas ; por
isso são aplicados , dependendo da cultura e das
condições climáticas , em intervalos de 3 a 5 dias
Desvantagem do Fungicida Protetor
BROTAÇÃO NOVA
Fungicidas Sistêmicos

• Os fungicidas sistêmicos apresentam mobilidade


na superfície foliar e na planta (Hewitt,1998). Atuam
prevenindo o desenvolvimento da doença em
regiões da planta distante do local de aplicação.

• São aqueles fungicidas que penetram nas folhas ,


caules e sementes e/ou são absorvidos pelas raízes ,
sendo posteriormente translocados pelo sistema
vascular da planta (xilema preferencialmente e floema).
MOBILIDADE DOS FUNGICIDAS SISTÊMICOS NA PLANTA

Penetração

Translocação
Fungicidas Penetrantes

• FUNGICIDA PENETRANTE – os fungicidas deste grupo


penetram no tecido foliar e podem atuar como curativos
e erradicantes. Possuem ação translaminar ou de
profundidade, porém não translocam na planta.

• Um exemplo de fungicida penetrante é o cimoxanil do grupo


químico das acetamidas. Este fungicida devido sua ação de
profundidade tem sido utilizado com sucesso no controle da
requeima(P.infestans) nas culturas de batata e tomate.
CLASSIFICAÇÃO DE FUNGICIDAS
FUNGICIDAS PROTETORES

FUNGICIDAS SISTÊMICOS

FUNGICIDAS MESOSTÊMICOS
FUNGICIDA MESOSTÊMICO
W.Fischer&D . Hermann , 1998

• Um fungicida que possui uma alta


afinidade com a superfície foliar da planta
e é absorvido pelas camadas de cera da
planta.
• É redistribuído na superfície da planta
pelo movimento superficial da fase de
vapor e redeposição.
• Penetra no tecido da planta, tem atividade
translaminar. Não é translocado dentro do
sistema vascular.
CLASSIFICAÇÃO DOS FUNGICIDAS
MODO DE AÇÃO DO PRODUTO

• FUNGICIDAS PROTETORES, DE CONTATO


TENACIDADE,ADERÊNCIA,COBERTURA,
COMPATIBILIDADE,BAIXA SOLUBILIDADE
• FUNGICIDAS ERRADICANTES
• FUNGICIDAS MESOSTÊMICOS
• FUNGICIDAS SISTÊMICOS
Absorção , Translocação ,Estabilidade, Não
Fitotóxicos ,Seletividade
FUNGICIDAS PROTETORES
• FRUTOS DE DESCOBRIMENTOS OCASIONAIS
• BAIXA TOXICIDADE/FUNGITOXIDADE
• MECANISMO DE AÇÃO NÃO ESPECÍFICO
• INIBIDORES BIOQUÍMICOS MULTISITIO
• LARGO ESPECTRO DE AÇÃO
• UTILIZAÇÃO PREVENTIVA
• ALTAS DOSAGENS (RESÍDUOS)
• GRANDE IMPACTO AMBIENTAL
• NÃO CONTROLAM INFECÇÕES ESTABELECIDAS
• ECONOMICIDADE
FUNGICIDAS PROTETORES
DESVANTAGENS:

• PROBLEMAS DE RESÍDUOS
• ALTAS DOSAGENS
• NÚMERO EXCESSIVO DE APLICAÇÕES
• SÃO LAVADOS PELA CHUVA
• FITOTÓXICOS
• EFICIENTES EM BAIXA PRESSÃO DE DOENÇA
• DOENÇAS PROBLEMÁTICAS
Fungicidas Protetores Erradicantes
. São aqueles fungicidas que ao entrarem em contato com a parede celular
dos esporos causam a sua morte(Braga,1993). Quando aplicados sobre as
plantas tem por objetivo destruir o inóculo na superfície antes que ocorra
a germinação do propágulo.

• Calda Sulfo-Cálcica, Enxofres Pós- Molháveis e GRDA, Dinocap, Dodine são


bons exemplos destes fungicidas.

• São erradicantes porque eliminam o patógeno na fonte de inóculo ,
mesmo aqueles que estão em estado de dormência. Os fungicidas
erradicantes devem também ser solúveis em água para remover as estruturas
do patógeno das partes da planta.
SELETIVIDADE DOS FUNGICIDAS

• Seletividade : Qualidade de seletivo

• Fitotoxicidade : ação danosa , deletéria , do


fungicida à planta . Tóxico ou nocivo a planta.
• Capacidade dos fungicidas causarem injúrias às
plantas , promovendo clorose , distorções , queima
e retardamento do crescimento , as vezes com
sérios reflexos na produção( Cruz Filho & Chaves,
1979).
FITOTOXICIDADE DE
FUNGICIDAS
Figura 1. Folíolos de batata da cultivar” Bintje”
com sintomas fitotoxicidade causada por estanho

Figura 2. Folhas de uva da cultivar Niágara com sintomas de


fitotoxicidade causada pela calda bordaleza
Difenoconazole - 50 ML / HA Tebuconazole - 1,0 KG / HA
Difenoconazole Kresoxim Metil
5O ML / 100 L 50 M L / 100L
CULTIVARES MAIS SENSÍVEIS AO

TEBUCONAZOLE *:
Variedades da Coodetec (CD-201 a CD-211,
CD-213-RR, CD-214-RR, CD-219 RR,
Tabarana, Perdiz, Conquista,
EMGOPA 313, M-SOY 8001, M-SOY 8329,
DM-Vitória,
Comparação entre fungicidas protetores e fungicidas
sistêmicos

Se analisarmos estritamente pelo lado evolutivo da síntese


química , os fungicidas sistêmicos levam vantagens sobre os
protetores. É inegável as qualidades biológicas desses
produtos. Essas vantagens são : a especificidade de ação, maior
fungitoxicidade inerente, maiores efeitos protetor, curativo e
erradicante, menor fitotoxicidade, menores doses e menor
contaminação ambiental.
Paradoxalmente,segundo (Kimati,1996), a especificidade de
ação que permite a atuação fungitóxica dentro da planta, traz
aos sistêmicos a desvantagem de possibilitar o surgimento de
populações resistentes do patógeno, sendo alguns grupos mais
vulneráveis que outros nesse aspecto.
Fungicidas Protetores
• Também denominados de fungicidas de contato
• Película ou filme sobre o tecido vegetal
• Em geral, inibe vários pontos do metabolismo do
fungo
• Principais grupos de fungicidas protetores
– Inorgânicos
– Orgânicos

Efeitos epidemiológicos
Redução de x0
Fungicidas Protetores Redução de r
Fungicidas Protetores
Enxofre
• Inorgânicos
Cobre solúvel  CuSO4
1a Geração
Cúpricos
Cobre fixo
• Óxido, hidróxido
• Sulfato básico
• Oxicloreto
Ditiocarbamatos
Nitrilas
• Orgânicos Ftalimidas
Estanhados
Guanidinas
2a Geração
Hidantoinas
Fenipirroles
Primeira Geração de Fungicidas

SULFURADOS INORGÂNICOS
• Grupo mais antigo de fungicidas
• Oidicidas específicos
• Ação sobre ácaros
• Ausência de resíduos tóxicos
• Problemas de compatibilidade
• Baixo custo
Fungicidas Protetores Inorgânicos
• Fungicidas à base de enxofre
– primeiro fungicidas aplicado em folhagens
– 1824: considerado como específico para controle de oídios
• Características dos produtos
Estrutura química: S8
Fungicidas à Base de Enxofre

• Grupo ativo
– Oxidação do enxofre gera compostos tóxicos:

1. Em contato com ar: S  SO2 (dióxido de enxofre)


2. Em contato com umidade: SO2  ácido sulfuroso   pH (fungi-
e fitotoxidez)
• A oxidação é processo temperatura-dependente:
–  temperatura :  eficácia do produto   fitotoxidez ?

MECANISMO DE AÇÃO: inibição de respiração.


Fungicidas Protetores Inorgânicos
Enxofre elementar
Recomendado principalmente para:
• Oídios em várias culturas.
• Fitotóxico para cucurbitáceas e rosáceas frutíferas, temperaturas > 26 a 30ºC.
• Formulado principalmente como PS e PM.
• Exemplos de produtos comerciais: Kumulus DF e Thiovit BR.

Calda sulfo-cálcica
• Combinação de cal hidratada com enxofre fervida  forma polissulfeto de cálcio
Recomendada principalmente para:
• Oídios
• Tratamentos no inverno  erradicar infecções em fruteiras de clima temperado.
• Fitotóxica para algumas plantas
• Efeito sobre ácaros e cochonilhas.
• Atualmente, interesse para uso em cultivos que empregam tecnologias alternativas de
controle  baixa toxicidade ao homem e ao ambiente.

Resistência
Não são conhecidos casos de resistência a enxofre
Efeito Epidemiológico
• Redução de X0
– Calda sulfocálcica  tratamento de inverno

• Redução de r
– Produtos à base de enxofre utilizados no tratamento de
doenças foliares
Fungicidas Protetores Inorgânicos
• Fungicidas à base de cobre
– primeiros fungicidas aplicados em folhagens
– 1885: Calda Bordalesa
– Eficiente no controle de bacterioses, míldios, ferrugens etc.
• Características dos produtos
– Estrutura química
• Compostos de cobre solúveis
– boa fungitoxicidade
– problemas com fitotoxidez  penetram na cutícula
• Compostos de cobre fixos ou insolúveis
– menos problemas com fitotoxidez (mas ainda podem ser fitotóxicos)
– se acumulam nas áreas onde são usados intensivamente
– Largo espectro
– Baixa toxicidade aguda
– Efetivos contra bactérias
– Baixo custo
Fungicidas Cúpricos
• Grupo ativo
– íons de cobre Cu2+
• Mecanismo de ação Glutationa

– Não é completamente conhecido


– Multi-sítio
• Desnaturação de proteínas e enzimas
• Principal grupo afetado: sulfidrila SH (thiol)
– Glutationa

Glutationa: tripeptídeo composto dos aas. -ác. glutâmico, cisteína e glicina.

Principal função biológica: Atua como agente redutor não enzimático importante para manter
as cadeias laterais de tióis da cisteína, da superfície de proteínas, num estado reduzido.

É usada para prevenir estresse oxidativo nas células e ajuda na captura de radicais livres
capazes de danificar DNA e RNA

http://micro.magnet.fsu.edu/aminoacids/pages/glutathione.html
Fungicidas Protetores Inorgânicos - Cúpricos
Compostos de cobre fixo
Oxicloreto de cobre
• Recomendado para: doenças de parte aérea
• PM: verde a verde azulada.
• Baixa fitotoxicidade, exceto para alho, rosáceas frutíferas e cucurbitáceas.
• Mistura com triadimenol e triadimefon, para controle da ferrugem do cafeeiro.
• Produtos comerciais: Garra SC, Cupravit Verde e Vitigran Azul BR.

Óxido cuproso
Recomendado para: podridão parda do cacaueiro
• Formulado como pó molhável, de coloração variando de amarelo a vermelho.
• Produtos relativamente fitotóxicos a alho, rosáceas frutíferas, crucíferas, cucurbitáceas
e algumas brássicas.
• Produto comercial: Cobre Sandoz BR (fora do mercado)

Sulfato básico de cobre


• Comercializado como PM.
• Pouco fitotóxico, mas pode causar injúrias em rosáceas frutíferas.
• Produtos comerciais: Sulfato de cobre Inderco, Agrimaicin 500 (Sulf. tribásico de Cu
+ oxitetraciclina)  bactérias.
Cobre Inorgânico
• Calda Viçosa (CuSO4 + cal hidratada + nutrientes)
– Prof. João da Cruz Filho, 1975: ferrugem do cafeeiro
– Mistura de CuSO4.5H2O com suspensão de cal virgem
– A concentração de CuSO4 varia de 0,5 a 2,0%
– Fornece boro e zinco às plantas.
– Recomendada para: manchas foliares e ferrugem do cafeeiro
– Produtos comerciais: ViçaCafé e ViçaHorta.

Componentes Quantidade (g)


Sulfato de cobre (25% de cobre) 500
Sulfato de zinco (21,5% de zinco) 600
Sulfato de magnésio (16 a 17% de MgO) 800
Ácido bórico (17,5% de boro) 200
Uréia (45% N) ou Cloreto de potássio 400
Cal hidratada (40 a 50% de CaO) 750
Resistência à Cúpricos

• Produtos inorgânicos:
– fungos: não conhecido
– bactérias:

• Produtos de cobre orgânico


– Pyrenophora spp.
Fungicidas Protetores
Enxofre
• Inorgânicos
Cobre solúvel  CuSO4
1a Geração
Cúpricos
Cobre fixo
• Óxido, hidróxido
• Sulfato básico
• Oxicloreto
Ditiocarbamatos
Nitrilas
• Orgânicos Ftalimidas
Estanhados
2a Geração Guanidinas
Hidantoinas
Fenipirroles
GRUPOS DE FUNGICIDAS DA 2a.
GERAÇÃO

DITIOCARBAMATOS
(METIL,ETIL)
R1
NH2 + CS2---->R1 N-C-S-H
R2
R2(FENIL,TOLUIL)
FUNGICIDAS
MANEB(Dithane)MANCOZEB (Manzate , Persist )
ZIRAM ( Fungitox ) THIRAM ( Rhodiauran )
Fungicidas Protetores Orgânicos
• Fungicidas à base de ditiocarbamatos
– 1934  vulcanização de borracha
– amplamente utilizados na agricultura
– pouco fitotóxicos
– Instáveis
– etileno tio-uréia (ETU) – um dos produtos de degradação
S
H ||
N-C-S-H
H
• Características dos produtos ácido ditiocarbâmico
– derivados do ácido ditiocarbâmico que contém enxofre.
– são combinados com metais: Fe (ferbam), Zn (ziram)Se Mn (maneb)
||
– com base no modo de ação e na estrutura, são divididos em:
–N–C–S–
• dimetilditiocarbamatos: Thiram, Ferbam e Ziram
• etilenobisditiocarbamatos: Zineb, Maneb, Mancozeb, Metiram
e Propineb
– molécula (estrutura química e grupo ativo)
Ditiocarbamatos - Dimetilditiocarbamatos

• Compostos mais antigos


• Thiram, Ferbam e Ziram

• Thiram (Disulfeto de tetrametilthiuram)


– Fungicida de baixa fitotoxicidade
– >>> Tratamento de sementes
– Pigmento róseo para que não sejam utilizadas na alimentação.
– Controle de doenças de parte aérea
– Controle de tombamentos causados por Fusarium sp, Pythium sp e
Rhizoctonia solani.
– Exemplos de produtos comerciais: Thiram 480 TS e Rhodiauram 700 e misturas
com sistêmicos (Vitavax + Thiram;Tecto + Thiram)
Ditiocarbamatos - Etilenobisditiocarbamatos
Maneb (etileno bisditiocarbamato de manganês)

• Pulverização em folhagem. Principalmente em hortaliças e fruteiras.


• Míldios, manchas foliares (Alternaria, Cercospora, Helminthosporium, Septoria etc.)

• Degrada-se facilmente em presença de umidade


- Produto comercial: Maneb 800,Dithane

Mancozeb (etileno bisditiocarbamato de manganês e zinco)


• Recomendado para: mesmas doenças do Maneb
• Complexo de Maneb e Zinco, formulado em PM, de coloração amarelada.
• Zn dimimui a fitotoxicidade. H S
• Possui ação acaricida. | ||
• Produtos comerciais: CH2 – N – C – S –
| – (Zn)y
- Manzate 800, Persist SC.
CH2 – N – C – S – Mn –
| ||
H S x
Ditiocarbamatos - Etilenobisditiocarbamatos

Propineb (propileno bisditiocarbamato de zinco)


Registro no Brasil para: Alternaria solani, A. porri, Uromyces phaseoli,
Colletotrichum nicotianae Septoria lycopersici, Plasmopora viticola. Eficiente
para míldios (atualmente, registro apenas para P. viticola)
Produto de degradação: PTU (propileno tiouréia)
Produto comercial: Antracol
Fungicidas Aromáticos
• Diferentes finalidades como: tratamento de madeira, pulverização, tratamento de
semente, tratamento de solo etc.
• Alguns são extremamente tóxicos e de difícil decomposição  anel aromático

PCNB ou Quintozene (pentacloronitrobenzeno)

• Tratamento de sementes e de solo.


• Eficiente no controle de fungos que formam escleródios no solo (espécies de
Rhizoctonia, Sclerotinia, Botrytis e Sclerotium etc).
• Outros patógenos do solo, como Pythium, Phytophthora, Fusarium e Verticillium não
são afetados.
Exemplos de produtos comerciais: Plantacol e Kobutol 750.

Dicloran (2,6-dicloro-4-nitroanilina).

Utilizado em pulverização, em tratamento de semente e em pós-colheita.


É efetivo no controle de Botrytis spp., Rhizopus spp. e Monilinia fructicola.

Exemplo de produto comercial: Botran 750.


Fungicidas Aromáticos
DINOCAP (mistura de 2,6-dinitro-4-octilfenil crotonato e 4,6-dinitro-6-octilfenil
crotanato).
- Ação erradicante e protetora contra os oídios
- Controla ácaros.
- Pouco fitotóxico, exceto se aplicado a 30oC ou superior.
- Exemplo de produto comercial: Karathane CE.

Chlorotalonil (tetracloro isoftanitrila)


- Melhor fungicida protetor
- Possui amplo espectro de ação.
- Exemplos de produtos comerciais:
Bravonil Ultrex,Daconil 500PM e Vanox 750PM.
Nitrogenados Heterocíclicos
• Atuam como antimetabólicos de coenzimas e de vitaminas; interferem no transporte
celular e no crescimento de fungos.
• Aplicados via pulverização, em pós-colheita, solo e em sementes.
• Têm amplo espectro de ação e, geralmente, não são fitotóxicos.

Captan (N-triclorometiltio)-4-ciclohexeno-1,2 dicarboximida) - Ftalimida

• Fungicida mais importante do grupo.


• Tratamento de sementes, para controle de tombamento de mudas.
• Controle de doenças da parte aérea de hortaliças, fruteiras e ornamentais
• Ineficiente para míldios, oídios e ferrugens.
• Frutos, em pós-colheita, não deprecia a qualidade do produto
• O produto é de toxicidade relativamente baixa.
• Exemplos de produtos comerciais: Captan 500 PM e Orthocide 750

a) Inativação de enzimas
b) Alteração de funções da membrana
c) Quelação de íons metálicos
Nitrogenados Heterocíclicos

Folpet (N-triclorometiltioftalimida)
Propriedades semelhantes ao Captan.
Tratamento de folhagens e de sementes.
Exemplo de produto comercial: Folpet 500 PM

Anilazina (4,6-dicloro-N-(2-clorofenil)1,3,5-triazina-2-amina)

Eficiente no controle da pinta preta e septoriose do tomateiro.


No Brasil, foi registrado também para septoriose e helmintosporiose do trigo.
Exemplo de produto comercial: o Dyrene 750 PM.
Fungicidas Dicarboximidas
• Considerado como um dos grupos de fungicidas menos tóxicos
• Utilizados contra espécies de Botrytis, Sclerotinia, Monilinia, Sclerotium,
Rhizoctonia, Alternaria, Phoma, entre outros.
• Isolados de Botrytis cinerea resistentes a estes produtos.

Iprodione ((3-3,5-diclorofenil)–N-(isopropil)-2,4–dióxido–1-imidazoline carboximida)

Tratamento de parte aérea, de sementes e de solo.


Exemplo de produto comercial: Rovral.

Vinclozolin 3-(3,5-diclorofenil)-5-metil-5-vinil-1,3-oxazolidina-2,4-diona)

Controle de Botrytis cinerea, Sclerotinia sclerotiorum, Monilinia


fructigena e Sclerotium cepivorum.
Exemplo de produto comercial: Ronilan 500.

Procimidone N-(3,5-diclorofenil)-1,2-dimetilciclopropano-1,2-dicarboximida
Controle de Botrytis cinerea, Sclerotinia sclerotiorum, A. solani e
A. dauci, e Sclerotium cepivorum.
Exemplo de produto comercial: Sialex 500, Sumilex 500 PM.
Nitrogenados Alifáticos

Dodine (Acetato de n-docecilguanidina)

- Desenvolvido para controlar a sarna da macieira, mas controla outras doenças


foliares de rosáceas frutíferas.

- Tem propriedades de redistribuição e tem também ação PENETRANTE.

- Exemplos de produtos comerciais: Cyprex e Melprex.


Fungicidas Fenilpirroles
•Modo de ação
 Inibição de absorção de açúcares e aminoácidos
 Inibe MAP cinase e impede transdução de sinais osmóticos
 Detalhes sobre o modo de ação ainda não são conhecidos
 Baseados em pirrolnitrina de Pseudomonas pyrocina

• Fludioxonil
- >>> Podridões de colo e raiz
- Rhizoctonia, Fusarium solani, F. moniliforme, Macrophomina
- Feijão, milho, soja, amendoim, batata
- Produto comercial: Maxim e Maxim XL (metalaxyl-M + fludioxonil)

• Fenpiclonil
- Ainda não utilizado no Brasil
Outros fungicidas orgânicos - Protetores
Fungicida Grupo Recomendação Produto
comercial
Dazomet Tiadiazina Desinfestação do solo. Tem efeito herbicida, Basamid
nematicida e fungicida. Controla Pythium,
Rhizoctonia solani e Sclerotinia sclerotiorum

Dithianon Quinona Venturia, Glomerella, Taphrina, Botrytis e Elsinoe, Delan


em plantas frutíferas.

Pencycuron Feniluréia Controle Rhizoctonia solani (tombamento em Monceren


várias culturas e rizoctoniose da batata)

Trifenil Acetato de Estano-orgânico Manchas foliares e ferrugens em várias culturas. Brestan PM,
Estanho (Fentin Hokko Suzu
Acetato) 200

Fluazinan Piridinamina Recomendado principalmente para controle de Frowncide


Sclerotinia sclerotiorum em feijoeiro
Fludioxonil Fenilpirrole Controle Rhizoctonia solani (tombamento em Maxim
várias culturas e rizoctoniose da batata)
• Protetores Orgânicos Adicionais
– Dodine.................................. Dodex, Venturol
– Estanho Orgânico
• Trifenil acetato de estanho...Brestan, Hokko Suzu
• Trifenil hidróxido de estanho...Brestanid
– Edifenphos..........................Hinosan (só brusone)
– Fluazinan.............................Frowncide
– Fludioxonil....Maxim (Trat. Semente e R.solani)
– Pencycuron.....Monceren (Trat. Semente e R. solani)
– Tolylfluanid........................Euparen (Trat. Semente
Deut, R. solani)
Fungicidas Sistêmicos

Proteção Interna e Externa das Plantas


- PROPRIEDADES BIOLÓGICAS DOS FUNGICIDAS
SISTÊMICOS

• 1.Introdução
• 2.Por que precisamos de fungicidas sistêmicos na agricultura?
• 2.1 A teoria das funções epidemiológicas
• 3.Significado de uma molécula sistêmica
• 4. Características dos fungicidas sistêmicos
• 5.Propriedades biológicas de um fungicida sistêmico
• 5.1 Mobilidade dos fungicidas sistêmicos
• 5.1.1 Penetração
• 5.1.1.1 Absorção dos compostos sistêmicos
• 5.1.2 Translocação
• 5.1.3 Estabilidade metabólica
• 5.1.4 Toxicidade seletiva
• 5.1.5 Efeito curativo erradicante
Evolução dos Fungicidas

1000 a.C Década de 90 Década de 2000

SBIs

Triazóis

 Nome químico: Benzo[1,2,3]thiadiazole-7-carbothioic acid-S-methy


 Fórmula estrutural:

Benzothiadazole
Evolução dos Fungicidas
Década de 2000 Década de 2010

• SDHIs
Succinate
dehidrogenase
Inhibitors

• Misturas Triplas

• Novos Antioomicetos • Produtos


Biológicos
• Novos Triazóis

• Misturas
Estrobilurinas + Triazóis
FUNGICIDAS SISTÊMICOS
• SELETIVIDADE E
HISTÓRICO ESPECIFICIDADE
VON SCHEMELLING E • PENETRAÇÃO
KULKA(1966) • TRANSLOCAÇÃO
(CARBOXIN) • TOXICIDADE
SELETIVA
DELP E KLOPPING(1968) • ESTABILIDADE
METABÓLICA
(BENOMIL)
• EFEITO CURATIVO
• PERÍODO RESIDUAL
LONGO
Significado - Molécula Sistêmica

• FUNGICIDAS SISTÊMICOS
• são compostos químicos, constituídos de misturas de moléculas
isômeras, que uma vez aplicados às plantas penetram no tecido
foliar e se translocam para locais distantes do ponto de
aplicação.

• Fungicidas granulados sistêmicos aplicados no solo

• Fungicidas sistêmicos para o tratamento de sementes


Translaminar(folha)
TRANSLOCAÇÃO Acropetal (xilema)
Basipetal(floema)

Figura 1. Comportamento cinético de uma molécula sistêmica na planta e na


semente
Propriedades Biológicas dos
Fungicidas Sistêmicos
Penetração e absorção pela superfície
foliar
• Composição e anatomia das plantas superiores
• Espessura e composição da epiderme (cutícula,
cutina e camada de cera)
• Camada de cera – evitar a perda de água,
refletor da luz solar e isolante térmico
• Plantas superiores variam bastante em relação a
composição e espessura da cutícula
Espessura e Composição da Cutícula
• A cutícula reveste as folhas com uma camada de 0,5 – 0. 14
mm de espessura consistindo de cutina, lipídios
intracuticulares, polissacarídios, polipeptídios e fenóis.

• As ceras epicuticulares impedem a adesão de compostos em


solução aquosa na superfície da folha

• No entanto, a principal barreira à penetração de substâncias


polares através da cutícula são os lipídios intracuticulares.

• Deste modo, as taxas de penetração variam grandemente de


acordo com a proporção de lipídios intracuticular
Velocidade de Penetração dos Fungicidas
Sistêmicos

• Formulação (concentrado emulsionável)


• Grupo Químico (Triazóis,Estrobilurinas)
• Depósito na superfície foliar
• Alvo biológico
• Patógeno (Fungos Biotróficos)
Remoção de Fungicida Sistêmico por Chuva

• Tempo para absorção  60 minutos a aproximadamente 4 horas

• Propiconazole; Tebuconazole e Benzimidazóis:


- 80% do produto absorvido em 1 hora
- 20% absorvido dentro de 4 horas
- Se chover de 1,5 a 2h após a aplicação não há necessidade de
reaplicar

• Mancozeb é removido se chover forte dentro das 8 horas após a


aplicação
Milgroom et al., 1988
Translocação pelo Xilema
• Uma vez no interior da planta estes fungicidas conferem uma
ação protetora mais prolongada do que os fungicidas
residuais (15 a 25 dias); não ficam expostos a lixívia e a foto-
decomposição, não requerendo, por isso, aplicações tão
freqüentes.
• Também, tem sido observado que após a aplicação, por
exemplo, de triazóis sistêmicos em cereais de inverno, e tendo
secado a superfície foliar, pode chover uma hora após a
pulverização sem comprometer, negativamente, a eficiência.
Isso demonstra que a absorção destes fungicidas via cutícula
deve ser rápida. (Reis & Forcelini,2001)
Distribuição dos Fungicidas no Xilema
• As substâncias são acumuladas, principalmente, nos locais
de transpiração intensa, como por exemplo, os ápices e as
margens foliares.
• O transporte nos órgãos da planta com transpiração muito
pequena, como frutos e folhas jovens, é limitado.
• Em folhas expandidas, as substâncias móveis no xilema não
sofrem qualquer movimento basipetal.
• Por exemplo, se forem aplicados na base da folha, serão
transportados principalmente para o ápice. O transporte na
direção oposta é extremamente raro.
Translocação pelo Floema
• As substâncias móveis pelo simplasto atravessam os
plasmodesmas e são transportados via protoplasma das
células do córtex e por meio das células da endoderme para
os vasos.

• Esta rota é bloqueada por incrustrações lipofílicas, as estrias


de Caspari na endoderme, por isso os fungicidas tem que
entrar no simplasto para serem transferidos para o xilema. A
entrada no simplasto requer propriedades lipofílicas do
fungicida.
Seletividade e Especificidade
• Os fungicidas sistêmicos ao penetrarem na planta , são
tóxicos, seletivamente, aos processos vitais metabólicos dos
fungos.
• O processo da seletividade é, geralmente, tão específico
que, entre milhares de diferentes fungos que atacam as
plantas, somente certos classes taxonômicas são afetadas
particularmente por cada fungicida sistêmico.
• A molécula química sistêmica deve ser rapidamente
absorvida pela planta, translocada, e inibir infecções no local
e à distância do local de aplicação, sem afetar os tecidos do
hospedeiro
Seletividade e Especificidade
• Nas plantas, os fungicidas sistêmicos podem ser
metabolizados sofrendo oxidações, reduções,
hidrólises, desmetilação ou formação de compostos
conjugados, podendo ser inativados na molécula, ou
mesmo na degradação total a compostos simples
como: CO2, H2O, nitrogênio orgânico, etc.

• Em certos casos, a aplicação de fungicidas sistêmicos


induz a produção de compostos químicos na planta,
que atuam como defesa à invasão do patógeno.
Toxicidade Seletiva
• A toxidade seletiva depende muito do alvo biológico ou seja da
espécie de planta. Existem diferenças de toxidade seletiva entre os
diversos grupos químicos de fungicidas sistêmicos. As diferenças
também ocorrem entre os fungicidas pertencentes a um mesmo
grupo químico , sendo muito conhecido as diferenças de seletividade
entre os triazóis.

• Devido a cinética de absorção e velocidade de translocação nas


plantas , e ao seu comportamento nos pontos de crescimento ,
alguns triazóis se acumulam nas zonas de crescimento , provocando
fitotoxicidade.

• Outro fator que tem influenciado na toxicidade seletiva dos triazóis é o


clima.Tem sido observado na cultura da soja(em algumas cultivares) um
aumento nos casos de fitoxicidade de triazóis (tebuconazole) em locais e
regiões onde a cultura sofre com estresse hídrico e altas temperaturas.
Toxicidade Seletiva
• Mas além de os fungicidas apresentarem seletividade entre a
planta e o fungo, podem ser seletivos também para fungos .
Esta propriedade não é evidente entre os fungicidas
protetores, mas é marcante entre os sistêmicos. Os fungicidas
sistêmicos podem ser específicos para determinados grupos
de fungos e/ou doenças como ferrugens, carvões, oídios etc.

• Alguns exemplos podem ser citados de especificidade dos


fungicidas sistêmicos. Fenilamidas (metalaxil, oxadixil) são
específicos para o controle de pseudo-fungos os Oomycetes
como Phytophthora, Plasmopara, Peronospara e
Pythium).Triazóis (propiconazole, difenoconazole,
tebuconazole) são específicos para o controle de manchas
foliares, óidios e ferrugens de cereais.
Estabilidade Metabólica
• A estabilidade metabólica diz respeito a resistência do composto sistêmico
aos intricados processos de degradação por parte da planta. A partir do
momento que o fungicida penetra na planta, fica sujeito a degradação
pelos mecanismos de defesa química ou estrutural da planta.

• Habitualmente os fungicidas são metabolizados e degradados por


muitas enzimas,coenzimas e ácidos orgânicos. Para que seja efetivo deve
resistir a rápida degradação. Esta resistência está diretamente ligada a
estrutura química do produto, sendo que o número de isômeros e
enantiômeros que compõe a formulação também tem influência na
estabilidade metabólica

• O fungicida deve possuir uma estrutura química que permita a penetração


nas células da planta e translocação nas rotas de transpiração
Estabilidade Metabólica
• Os diversos grupos de fungicidas sistêmicos possuem
estabilidade metabólica diferente. Os fungicidas pertencentes
ao grupo químico triazóis possuem uma maior estabilidade
metabólica que as fenilamidas.

• Da mesma forma, as estrobilurinas possuem maior


estabilidade metabólica que os benzimidazóis.

• A estabilidade metabólica pode variar até mesmo dentro de


um mesmo grupo químico de produtos, por exemplo, entre
os triazóis o propiconazole quando utilizado na cultura da
banana para o controle da Sigatoka Amarela, possui um
residual de 25 dias enquanto tebuconazole possui um
residual de 20 dias.
Período residual dos fungicidas sistêmicos

• Período de proteção:
• ação residual ou ação protetora- é o período
de tempo(horas ou dias), no qual o fungicida
permanece ativo na planta.
• Os fungicidas protetores ou residuais
permanecem na superfície e os sistêmicos no
interior das plantas.
Período residual dos fungicidas sistêmicos
• Segundo Balardin et al (2006), é o período em que ingrediente ativo (ia)
fica no interior dos tecidos da planta em concentração suficiente para
inibir ou retardar a infecção causada pelo patógeno.

• Neste caso,considera-se como residual absoluto, o período de tempo em


que os fungicidas podem conferir proteção à planta, ou seja, os
benzimidazóis apresentam um residual absoluto em torno de 15 dias, os
triazóis, entre 22 e 25 dias, e as estrobirulinas, entre 27 e 30 dias.

• Em se tratando de misturas de fungicidas de grupos diferentes, o efeito


sinérgico poderá acarretar um período residual absoluto maior do que o
observado para os produtos separados.Não havendo sinergismo entre os
componentes da mistura, espera-se que o residual da mistura seja o
mesmo que o do produto com maior residual.
Ação curativa e erradicante dos
fungicidas sistêmicos
• A ação curativa é confinada as fases pós-
infecção e de pré -sintoma.
• A atividade erradicante descreve os efeitos do
fungicida no estágio pós-sintoma, como por
exemplo, a ação inibitória do crescimento
miceliano dos oídios.
Efeitos nos Fungos - Época de Aplicação
Sintomas
Infecção Visíves Esporulação

Preventivo Curativo Erradicante


Preventivo
Infecção Ainda Não Estabelecida

Curativo
Infecção Estabelecida Mas Ainda Sem Sintomas

Erradicante
Infecção Estabelecida e Com Sintomas Visíveis
Anti-Esporulante
Inibindo a Esporulação sem Necessariamente Interromper o Crescimento
Vegetativo do Fungo
Efeitos nos fungos de benzimidazóis,estrobilurinas e
triazóis

Germinação Penetração Crescimento Formação


Esporulação
do Esporo na Folha Micelial de Pústula

Azoxistrobina,Carbendazim Ferrugem

Triazol

Muito Eficiente Pouca ou Sem Eficiência


FUNGICIDA COMPLETO
CARACTERÍSTICAS BENEFÍCIOS

- Alta Fungitoxicidade - Pequenas Doses


- Amplo Espectro de Ação - Controle de Várias Doenças
- Ação Sistêmica - Proteção Interna
- Translocação Rápida - Ação Imediata
- Toxicidade Seletiva - Não causa FITO

- Marca Forte
+
-Produtividade
- Formulação Líquida
- Qualidade
- Perfil Toxicológico
das culturas
- Efeito Verde
FUNGICIDA COMPLETO

- TRIAZÓIS
- ESTROBILURINAS

- Produtividade
- Qualidade
das culturas
- Alimento Seguro
BIOSSÍNTESE E DIVISÃO - Fenilamidas
• Doenças causadas por Oomycetes
• Metalaxil, Benalaxil, Oxadixyl
• Metalaxyl
– Inibe RNA polimerase I  Síntese protéica
– Facilmente translocado do sistema radicular para a parte aérea
– Resistência. lançado em 1977; resistência em 1980
– Produtos: Ridomil-Mancozeb BR (metalaxyl + mancozeb); Ridomil Gold (metalaxyl +
chlorothalonil), Ridomil 50 GR.

• Metalaxyl – M (mefenoxam)
– Isômero do metalaxyl (difere no arranjo de alguns átomos)
– Mais usado atualmente
– Produtos: Folio Gold (mefenoxam + chlorothalonil);
Maxim XL (mefenoxam + fludioxonil)

• Benalaxil
– Controle de P. infestans em batata e tomate.
– Produto: Galbem (benalxyl + chlorothalonil)
Fungicidas Benzimidazóis
• Kloping(1960) – atividade anti-helmíntica do
Thiazendazole
• Delp & Kloping(1968) – atividade anti-fúngica
do Benomil
• Boa fungitocixidade
• Amplo espectro de ação
• Boa sistemicidade/ Ação translaminar
• Efeito protetor erradicante
BIOSSÍNTESE E DIVISÃO - Benzimidazóis
• Amplamente utilizados
• Manchas, oídios, podridões, antracnoses
• Pouco eficiente: “dematiaceae”, ferrugens, míldios
• Bloqueadores da síntese de tubulina

-tubulina

X
-tubulina
Microtúbulo

Benzimidazóis

• Benomil
– Controle de várias doenças  era amplamente utilizado
– FORA DO MERCADO DESDE 2000
– Produto: Benlate
BIOSSÍNTESE E DIVISÃO - Benzimidazóis

• Carbendazim
– Produto de degradação do benomil
– Manchas foliares (soja, trigo, citros, tomate etc.); Antracnose (feijão); Sementes
(algodão)
– Produtos comerciais:Rodazim, Derosal 500SC ,Carbomax e Bendazol

• Tiofanato metílico
– Mesma recomendação do carbendazim
– Produtos comerciais: Cercobin 500 SC; Cerconil PM

• Tiabendazol
– Importante para tratamento pós-colheita de frutos
– Produtos comerciais: Tecto 100, Tecto 600
BIOSSÍNTESE E DIVISÃO – IBE’s

Inibidores da biossíntese de esteróis


(“SBI”; IBE)
Classe I - Inibidores da desmetilação do C14 da síntese
de esterol  DMI’s

Classe II – Morfolinas – Inibem a 8 - 7 isomerase e a


14 redutase

Classe III – Hidroxianilidas – Inibem C3 keto-redutase


Principais Grupos de Fungicidas
Sistêmicos

CLASSIFICAÇÃO ATUAL :

BASEADA NO MECANISMO DE AÇÃO DOS PRODUTOS


Fungicidas Inibidores da Biossíntese do
Ergosterol(IBEs) ou (SBIs)

• Compostos sistêmicos de alta fungitoxicidade


• Amplo espectro de ação
• Sistemicidade elevada / Seletividade
• Propriedades protetoras,erradicantes e curativas
• Quimicamente estáveis
• Longo efeito residual
• Absorção rápida pela planta
Qualidade Biológica dos Triazóis
• Alta fungitoxicidade(Doenças Importantes)
• Penetração e translocação rápida nos tecidos
vegetais
• Ação erradicativa/curativa
• Efeito residual prolongado
• Uso de dosagens menores
• Maior intervalo entre as aplicações
FUNGICIDAS INIBIDORES DA SÍNTESE DO
ERGOSTEROL

- Nos fungos sensíveis


(DEUTEROMICETOS,BASIDIOMICETOS e ASCOMICETOS)

- Em oídios, ferrugens inibem a formação do


haustorio.
- Com poucas excesões, são geralmente de
amplo espectro.
- São altamente efetivos a baixas doses.
FUNGICIDAS INIBIDORES DA
SÍNTESE DO ERGOSTEROL
- A maioria destes fungicidas são SISTÊMICOS com
translocação apoplástica(via XILEMA)
- Um retardamento do crescimento da planta
hospedeira, algumas vezes ocorre(FITOTOXIDEZ) .
Este efeito é devido ao bloqueio das enzimas do
citocromo envolvidas na biossíntese da Giberelina.
- Alguns fungicidas mostram atividade na fase de
vapor
• Inibidores da Biossíntese de Esteróis
(Biossíntese de Ergosterol)
– Triazóis
• Bitertanol.............................................. Baycor
• Cyproconazole...................................... Alto 100
• Propiconazole....................................... Tilt
• Tebuconazole........................................ Folicur
• Bromuconazole..................................... Condor
• Difenoconazole.......................................Score, Spectro
• Hexaconazole........................................ Anvil, Effect
• Triticonazole.......................................... Real
• Epoxiconazole.........................................Opus
• Triadimefon............................................Bayleton
• Triadimenol............................................Bayfidan
• Flutriafol.................................................Impact
• Myclobutanil...........................................Systane
BIOSSÍNTESE E DIVISÃO – IBE’s
CLASSE I – DMI - TRIAZÓIS
•Triazóis e conazóis: fungicidas sistêmicos importantes
• Afetam o crescimento micelial. Não afetam germinação de esporos

• Triadimefon
– Ferrugens e oídios.
– Produto comercial: Bayleton BR. (fora do mercado)

• Triadimenol
– similar ao triadimefon.
– Ferrugem do cafeeiro e de doenças do trigo (oídio, ferrugem do colmo e da folha,
helmintosporiose e septoriose).
– Produtos comerciais: Bayfidan CE, Baytan SC, Baysiston GR (triadimenol + inseticida
disulfoton).
BIOSSÍNTESE E DIVISÃO – IBE’s
CLASSE I – DMI - TRIAZÓIS

• Bitertanol
– controle de mancha castanha (Cercospora arachidicola) e mancha preta (C.
personata) em amendoim, feijão (ferrugem), maçã (sarna) e gladíolo
(ferrugem).
– Produto comercial: Baycor.

• Flutriafol
– controle de helmintosporiose, ferrugem e oídio do trigo.
– Produto comercial: Impact, Vincit 2,5 DS (trat.sementes de trigo).
– Um dos melhores triazóis para a ferrugem da soja
BIOSSÍNTESE E DIVISÃO – IBE’s
CLASSE I – DMI – TRIAZÓIS
• Propiconazole
- Doenças em várias culturas: mancha púrpura do alho, Mal-de-Sigatoka da
bananeira, manchas foliares e ferrugens do trigo etc.
- Produtos comerciais: Tilt, Juno.

• Difenoconazole
- Manchas foliares em amendoim, café, feijão, soja, citros, maçã, uva,
batata, tomate, cenoura (+ de 20 cuturas).
- Produtos comerciais: Score e Spectro.

• Ciproconazole
- Recomendado principalmente para ferrugem do cafeeiro
- Produtos comerciais:
Alto 100 (registrado para café, trigo, uva, melancia, melão, crisântemo e maçã);
Artea (soja e trigo)
Alto GR10 (registrado somente para ferrugem do cafeeiro)
Altomix 104 (Cypronazole + inseticida disulfoton).
BIOSSÍNTESE E DIVISÃO – IBE’s
CLASSE I – DMI – TRIAZÓIS-CONAZÓIS
• Imibenconazole
- Manchas foliares, oídios, antracnoses em várias culturas.
- Produto comercial: Manage.
• Bromuconazole
- Principalmente para o controle de manchas foliares.
- Produto comercial: Condor 200 CE e Condor 200 SC.
• Metconazole
- Manchas foliares e ferrugens em diferentes culturas.
- Produto comercial: Caramba 90
• Tetraconazole
- Recomendado para manchas foliares, ferrugens e antracnoses.
- Produto comercial: Domark 100 CE,Eminent
• Epoxiconazole
- recomendado para o controle de manchas foliares, oídio e ferrugens.
- Produto comercial: Opus
• Tebuconazole
- Controle de oídios, ferrugens e principalmente manchas foliares em várias culturas.
- Produto comercial: Folicur 200CE, Folicur PM,Orius,Tebuco Nortox,Ícaros.
• Hexaconazole
- Ferrugem do cafeeiro e sarna da macieira.
- Mistura hexaconazole+clorotalonil: ferrugem, mancha angular e antracnose do feijoeiro.
- Produto comercial: Anvil 100 SC e Effect (Hexaconazole + clorotalonil).
Triazóis-Conazóis
DOENÇA-GRUPO FUNGICIDA PRODUTO OBS.
COMERCIAL
TOMBAMENTO / PODRIDÃO DE Vários Vários Eryshiphe, Puccinia,
SEMENTES Fusarium, Rhizoctonia
sp. e Ustilago sp. etc.
MANCHAS FOLIARES Bromuconazole Condor 200 CE e SC
Difenconzacole Score e Spectro
Epoxiconazole Opus e Opus SC
Hexaconazole Anvil 100SC e Effect
Imibenconazole Manage
Metconazole Caramba 90
Propiconazole Tilt, Juno
Tebuconazole Folicur PM e 200 CE
Tetraconazole Domark 100CE
OÍDIOS Epoxiconazole Opus e Opus SC
Hexaconazole Anvil 100SC e Effect
Imibenconazole Manage
Tebuconazole Folicur PM e 200 CE
FERRUGENS Cyproconazole Alto 100, Alto GR10
Epoxiconazole Opus e Opus SC
Hexaconazole Anvil 100SC e Effect
Metconazole Caramba 90
Tebuconazole Folicur PM e 200 CE
Tetraconazole Domark 100CE
PODRIDÕES (inclusive pós-colheita)
ANTRACNOSES Imibenconazole Manage
Tetraconazole Domark 100CE
BIOSSÍNTESE E DIVISÃO – IBE’s
CLASSE I – DMI - IMIDAZOLE

•Fungicida inibidores da biossíntese do ergosterol


•Classe I - DMI

• Imazalil
- recomendado para tratamento em pós-colheita (citrus)
- Produto comercial: Magnate 500 CE (imazalil)

• Procloraz
- manchas foliares e antracnoses em várias culturas (procloraz)
- Produto comercial: Sportak 450 CE

• Triflumizole
- manchas foliares e oídio em algumas culturas (maçã, trigo e rosa).
- Produto comercial: Trifumine
BIOSSÍNTESE E DIVISÃO – IBE’s
CLASSE I – DMI - PIRIMIDINAS
•Fungicida inibidores da biossíntese do ergosterol
•Classe I – DMI
•>>> Oídios

• Nuarimol e fenarimol
– Oídios. Controle outras doenças ?
– Produto comercial:
• Rubigan 120CE (Fenarimol)
• Registro no Brasil para oídio em várias culturas, sarna macieira e mal-das-
folhas da seringueira
BIOSSÍNTESE E DIVISÃO – IBE’s
CLASSE I – DMI - PIPERAZINA

•Fungicida inibidores da biossíntese do ergosterol


•Classe I – DMI

• Triforine
- Oídio em maçã, melão, roseira, feijão e vagem
- Pode ser utilizado para ferrugens em feijão e vagem e sarna da macieira.
- Produto comercial: Saprol
BIOSSÍNTESE E DIVISÃO – IBE’s
CLASSE II – MORFOLINAS
•Fungicida inibidores da biossíntese do ergosterol
•Classe II – Inibem a 8 - 7 isomerase e a 14 redutase

• Fenpropimorph
- Trigo: controle de oídio (E. graminis) e ferrugens da folha e do colmo
- Produto comercial: Corbel

• Dimethomorph
- Requeima em tomate e batata
- Impede a síntese de parede celular de oomycetes  impede esporulação
- Produto comercial: Forum e Forum Plus (dimethomorph + chlorothalonil)
BIOSSÍNTESE E DIVISÃO – Organofosforados

• Edifenphos
- Controle da brusone do arroz
- Fungicida extremamente tóxico, classe toxicológica I
- Produto comercial: Hinosan 500CE, Hinosan Técnico

• Pirazophos
- Oídios em várias culturas tais como: trigo, maçã, melão, melancia, uva,
abóbora, feijão, pepino, ornamentais, e outras.
- Produto comercial: Afugan.
PROTEÍNAS RELACIONADAS À PATOGENICIDADE
Anilinopirimidinas
•Modo de ação
 inibiem a secreção de enzimas hidrolíticas (ex.: cutinase,
pectinase e celulase) necessárias à patogenicidade
 há evidência de também inibirem síntese de metionina
• Pyrimethanil
- >>> Sarna da macieira
- Alternaria spp.: A. solani (batata); A. dauci e A. porri (cebola)
- Mal de Sigatoka
- Produto comercial: Mythos

•Cyprodinil

- >>> Sarna da macieira


- Batata: pinta preta; cebola: mancha púrpura
- Produto comercial: Unix 750 WG.
INIBIDORES DE RESPIRAÇÃO – Carboxamidas
•Inibem succinato desidrogenase
•Eficientes para ferrugens, carvões e Rhizoctonia
• Carboxin
- Tratamento de sementes e é efetivo contra carvões
- Carvão e cárie causados por Ustilago, Tilletia e Sphacelotheca
- Tombamento causados por Rhizoctonia
- Produtos comerciais: Vitavax 750PM BR e Anchor SC (Carboxin + Thiram)

• Oxycarboxin
- Mais estável que carboxin
- Ferrugens, principalmente a do feijoeiro (Uromyces appendiculatus).
- Produtos comerciais: Hokko Plantvax 750 e Plantvax 750PM BR.

• Thifluzamida
- Controle de rizoctoniose em batata e ferrugem do cafeeiro
- Produto comercial: Pulsor 240 SC.
FUNGICIDA MESOSTÊMICO
W.Fischer&D . Hermann , 1998

• Um fungicida que possui uma alta afinidade


com a superfície foliar da planta e é absorvido
pelas camadas de cera da planta.
• É redistribuído na superfície da planta pelo
movimento superficial da fase de vapor e
redeposição.
• Penetra no tecido da planta, tem atividade
translaminar. Não é translocado dentro do
sistema vascular.
ESTROBILURINAS
Fungicidas naturais desenvolvidos a partir de substâncias
com ação anti-fúngica extraídas de cogumelos
• 1977: Descoberta i.a. Estrobilurina A
• 1979: Descoberta i.a. Oudemansina A
• 1982 : Inicio dos Trabalhos com1400 análogos
• 1984 : 1ª Patente Mundial.
• 1988 : Descoberta ICIA5504 - Milhares de testes em
dezenas de culturas
ESTROBILURINAS

• 1994: Primeiros registros do kresoxim-methyl na


Europa
• 1996: Primeiros Registros na Europa
• 1998: Primeiros Registros Brasil (Batata / Tomate e
Feijão)
• 1999-2000: Registro para mais 13 culturas:
Alho, Amendoim, Beterraba, Café, Cebola, Figo,
Pêssego, Pimentão, Pepino, Morango, Melão,
Melancia, Uva
INIBIDORES DE RESPIRAÇÃO
Inibidores de Quinona (“QoI – Quinone outside inhibitors”)
•Estrobilurinas ou metoxiacrilatos
•Acoplamento no citocromo b no complexo II da respiração
•Compostos recentes: Strobilurus tenacellus
 estrobilurina A
 oudemansina A
 myxothiazol A
Classes de Fungicidas QoI’s
I. Metoxyacrilatos
– compostos naturais: Strobilurinas A e B
– Análogos sintéticos: azoxystrobina e picoxystrobina

II. Metoxycarbamatos
– Pyraclostrobina

III. Oximinoacetatos
– Kresoxym-metil
– Tryfloxystrobina

IV. Oximinoacetamidas
– Metominostrobina

V. Oxazolidinedionas
– Famoxadone

VI. Imidazolinonas
– Fenamidone

VII. Antibióticos
– myxothiazol
ESTROBILURINAS
• Agem inibindo a respiração mitocondrial dos fungos,
impedindo a transferência de elétrons, evitando a formação de
ATP, e consequentemente a produção de energia

ESTROBILURINAS

Triazois

Benzimidazois

PROTETORES
INIBIDORES DE RESPIRAÇÃO
Inibidores de Quinona (“QoI – Quinone outside inhibitors”)
• Azoxistrobina
- Controle de várias doenças
- Produtos comerciais: Amistar, Priori,PrioriXtra
• Piraclostrobina
- Ferrugens, principalmente a do feijoeiro (Uromyces
appendiculatus).
- Produtos comerciais: F500, Comet,Opera
• Trifloxistrobina
- Controle de rizoctoniose em batata e ferrugem do cafeeiro
- Produto comercial: Stratego 250 EC (tryfloxystrobin + propiconazol)
-Nativo,Sphere
• Kresoxim-methyl
- Controle de rizoctoniose em batata e ferrugem do cafeeiro
- Produto comercial: Stroby, Stroby SC
INIBIDORES DE RESPIRAÇÃO
Oxazolidinedionas
•Principalmente Oomycetes
• Famoxadone
- Controle de Phytophthora infestans e Alternaria solani em batata;
Plasmopara viticola em videira

- Produtos comerciais: Equation (famoxadone + cymoxanil), Midas


(famoxadone + mancozeb)

• Fenamidone
- Míldio da roseira (Peronospora sparsa)
- Produtos comerciais: Censor
Outros fungicidas sistêmicos

• Etil fosfonato
- fosetyl Al.
- modo de ação não conhecido
- Phytophthora spp. causadoras de podridões de raízes e de colo
- Translocação basipetal
- Produto comercial: Aliette, Fosetyl-Al Técnico.

• Acetamida
- Cymoxanil
- Ação sistêmica local e baixa translocação ascendente.
- Provavelmente, modo de ação multisítio. Ainda não elucidado
- Míldios em videira e cucurbitáceas e mela em batata e tomate.
- Produtos comerciais: Curzate BR e Curzate M + Zinco.

• Aminoácido amida carbâmico


- Iprovalicarb (no Brasil)
- Novo grupo de fungicida sistêmico
- Principal modo proposto de ação: inibição da síntese da parede celular.
- Phytophthora infestans, P. capsici em pimentão e Plasmopara viticola
- Produto comercial: Positron Duo (iprovalicarb + propineb)
Fungicidas com outros modo de
ação
SÍNTESE DE MELANINA – MBI’s
•Fungicidas inibidores da biossíntese da melanina
•Apressório  melanina  pressão de turgor  penetração
•Uso “exclusivo” para Magnaphorte grisea

• Pyroquilon
- Produto comercial: Fongorene

• Tricyclazole
- Produto comercial: Bim 750BR

• Carpropamid
- Ainda em fase de registro no Brasil
- Produto comercial: Cleaness
• Apesar do modo de ação específico, NÃO se conhecem casos de resistência
Indutores de Resistência – Acibenzolar
• Acibenzolar-S-metil
- Indutor de resistência
- Vassoura de bruxa em cacau
- Clorose variegada dos citros (bacteriose)
- Pinta preta, requeima, pinta bacteriana e mancha bacteriana em tomateiro.
- Produto comercial: Bion

• Harpin
- Hrp
- Harpin é uma proteína encontrada em fitopatógenos:
Erwinia amylovora, E. chrysanthemi, Pseudomonas syringae, Ralstonia
solanacearum, Xanthomonas campestris.
Produto comercial: Messenger
PROGRAMAS DE PULVERIZAÇÃO COM FUNGICIDAS

1.Introdução
2.Conceitos e fundamentos dos programas de pulverização
3.Programas de pulverização e estádios fenológicos
4.Fatores intrínsecos dos programas de pulverização
4.1.Características da cultura , patógeno e ambiente
4.1.2.Critérios para a escolha dos fungicidas nos programas de pulverização
5.Modelos de programas de pulverização
5.1.Programas preventivos e sistemáticos
5.2.Programas erradicativos
5.3.Programas baseados nos estádios fenológicos da cultura
5.4.Programas de pulverização baseados em sistemas de previsão
6.Programas de pulverização de fungicidas para as principais culturas
6.1Programas de uso preventivo
6.2 Programas de uso erradicativo
Tabela 4.Evolução da recomendação do
controle químico de doenças de plantas

RECOMENDAÇÃO ÉPOCA DE INÍCIO


Calendário de aplicação Década de 50
Idade da planta Década de 80
Histórico da área Década de 80
Fenologia dos cultivos Década de 80-90
Amostragem de cultivos Década de 80-90
Condição do clima Década de 90
Sistema de previsão Década de 90-00
Programas de Controle de Doenças
• São as recomendações técnicas para o emprego
dos diversos fungicidas num sistema proteção de
plantas para a produção agrícola.

• Envolvem : a escolha do princípio ativo, a dose
efetiva de controle, as misturas , o início , número ,
época e intervalo de aplicação, os estádios
fenológicos e o timing de aplicação.
Fatores intrínsecos dos programas de
pulverização
• Cultura : suscetibilidade da cultivar , nível de resistência
parcial, arquitetura da planta ,época de plantio , espaçamento
,ciclo da cultura , manejo de adubação , valor de mercado e
alvo biológico

• Patógeno : virulência ,agressividade, presença de raças


fisiológicas , modo de disseminação, forma e capacidade de
sobrevivência , fungo necrotrófico ou biotrófico e
epidemiologia

• Ambiente : temperatura , umidade relativa do ar , período de
molhamento foliar , radiação solar e velocidade do vento
Critérios para a escolha do fungicida nos
programas de pulverização
• Conhecimento da doença ou doenças a
serem controladas. Para isso , saber
criteriosamente identificar as doenças pelos
sintomas e sinais , saber a época de
ocorrência ( períodos críticos ) e os prejuízos
causados por elas
• A segunda etapa é a escolha propriamente
dita do princípio ativo.
Programas de Pulverização
• São as diversas combinações entre fungicidas ou entre
fungicidas e inseticidas visando o controle de doenças
e ou o controle de pragas e doenças.

• Na prática os programas de pulverização visam


maximizar o controle racional de doenças e diminuir a
vulnerabilidade da cultura e os riscos de epidemias.

• Fenologia da cultura, grupos de fungicidas, aspectos


culturais e tecnologia de aplicação.
Pulverização de Fungicidas
Eficácia de um Fungicida

Tecnologia de Aplicação

Programa de Tratamento Fatores Biológicos


Fitossanitário
Fatores Agronômicos

Fatores Meteriológicos
Níveis de Complexidade de Doenças
LOCAL E ÉPOCA RESISTÊNCIA VAZIO FITOSSANITÁRIO
DE PLANTIO GENÉTICA

OÍDIO CONTROLE
FERRUGEM QUÍMICO MONTORAMENTO

MANCHA PARDA
ANTRACNOSE
MANCHA PÚRPURA Cultura da
Soja
MANCHA ALVO

FONTES DE PRÁTICAS
INÓCULO TRATAMENTO CULTURAIS
DE SEMENTES
CULTURAS E ALVOS BIOLÓGICOS
CULTURA PATÓGENO ALVO BIOLÓGICO
Algodão Ramularia .aureola Folhas Baixeiras
Algodão Colletotrichum lindemuthianum Folhas novas
Banana Paracercospora musae Folha vela
Banana Micospherella fijiiensis Folha vela
Café Hemileia vastatrix Face abaxial das folhas
Cacau Crinipeles perniciosa Botões florais, Frutos e brotações
Mamão Colletotrichum gloeosporioides Flores, frutos novos e folhas
Trigo Puccinia graminis Folha bandeira
Arroz Magnaporthe grisea Base da panícula ,Folhas
Feijão S.clerotinia sclerotiorum Flores
Videira Botrytis cinerea Flores
Morango Botrytis cinerea Botões florais
Rosa Botrytis cinerea Flores
Soja Phakopsora .pachyrhizi Folhas baixeiras.Folhas Superiores
Citros Colletotrichum gloeosporioides Flores
Abacaxi Fusarium subglutinans f.sp.ananas Inflorescência
Café Phoma costarricense Folhas novas
Tomate P. infestans Brotações, Folhas, Frutos e Hastes
Batata P. infestans Folhas e Hastes
Modelos de programas de pulverização

• Situações de controle ( preventiva e curativa)


• Vantagens da aplicação preventiva
• Doenças de taxa de progresso rápida (ferrugem da
soja,ferrugem do trigo e brusone)
• Doenças de taxa de progresso mais
lenta(cercosporiose,pinta preta,oidio)
• População do patógeno no momento da aplicação
(aplicação curativa)
Programas preventivos e sistemáticos

• Utilização de fungicidas protetores puros ou


em misturas
• Aplicação preventiva independente do estádio
fenológico (sem doença)
• Reaplicação necessária quando houver
reinfecção
• Paradigma : aplicação preventiva de fungicidas
sistêmicos
• O exemplo da ferrugem da soja
Variações dos Programas Preventivos
• Foundation Application - ( aplicação semanal
de fungicidas protetores para a Requeima)
• Calendário fixo ou semi-fixo durante o ciclo da
cultura
• Vacina com fungicidas sistêmicos
• Split Application (dosagem dividida do
fungicida)
Programas de pulverização erradicativos
• Utilização de fungicidas sistêmicos com propriedades
curativas e erradicantes
• Aplicação curativa indenpendente do estádio
fenológico da doença
• Vulnerabilidade dos programas erradicativos
• Diferença de efeito curativo dos fungicidas sistêmicos
• Dificuldade do timing de aplicação correto curativo
• Exemplos : Antioomicetos,Triazóis,Estrobilurinas (
Phytophthora,Alternaria,Venturia e Phakopsora)
Programas Erradicativos
• Para as doenças de final de ciclo da soja, cujo controle deu iníco a utilização de fungicidas na
cultura, os programas utilizados até hoje sempre foram curativos. Aqui o conceito é um
pouco diferente e as aplicações de fungicidas visam além da diminuição de inoculo, a
manutenção da senescência das folhas. As recomendações para o controle de DFC sofreram
algumas modificações, sendo que houve uma antecipação das aplicações dos estádios de R
5.1 para R4, ou seja, estão mais preventivas no sentido figurado.

• O controle químico do oídio na cultura da soja é outro exemplo de programa de controle


erradicativo/curativo. Deve ser iniciado quando o nível de infecção na planta atingir 20%
da área foliar , o que em condições favoráveis à doença durante a safra , deve ocorrer
entre 40 dias da semeadura ao início de formação de vagens. Caso a doença não atinja
esse nível até o estádio de R 6 ( enchimento pleno das vagens ) , não se deve fazer a
aplicação.

• Para a mancha alvo ( Corinespora cassicicola ) , o controle químico tem sido eficiente
quando a aplicação é feita com a severidade de 15 – 20% da área foliar. Nas cultivares
suscetíveis em condições favoráveis à doença , esses níveis ocorrem quando a soja atinge
os estádios de R 4 a R 5.1(Embrapa, 2007).
PRODUTOS PREVENTIVOS

Marca (Empresa) Princípio Ativo Culturas


Bravonil Chlorotalonil + de 40
500,Bravonil Ultrex
(Syngenta)
Daconil (Ihara) Chlorotalonil + de 40
Dacostar Chlorotalonil + de 40
500(Hokko)
Isotalonil 500 Chlorotalonil + de 40
SC(Sipcam)
Dithane(Dow) Mancozeb + de 40

Manzate(Du Pont) Mancozeb + de 40


SEGMENTO DOS PRODUTOS PREVENTIVOS
Marca (Empresa) Ativo •Culturas e alvos
•RANMAN CYAZOFAMID •BATATA,TOMATE REQUEIMA

•Dithane (Dow) •Mancozeb HF,cereais,grandes culturas

•Manzate( Du Pont) •Mancozeb •HF,cereais,grandes culturas

•Bravonil 500(Syngenta) •Chlorotalonil •HF,cereais,grandes culturas

•Bravonil Ultrex(Syngenta) •Chlorotalonil •HF,cereais,grandes culturas

•Daconil BR(Iharabrás) •Chlorotalonil •HF,cereais,grandes culturas

•Dacostar 500( Hokko) •Chlorotalonil •HF,cereais,grandes culturas

•Isotalonil 500 SC(Sipcam) •Chlorotalonil •HF,cereais,grandes culturas

•Mancozeb Sanach. 800 •Mancozeb •HF,cereais,grandes culturas

•Captam 500 PM(Hokko) •Captam •HF,cereais,grandes culturas

•Orthocide 500(Hokko) •Captam •HF,cereais,grandes culturas

•Folpam Agricur(Agricur) •Captam •HF,cereais,grandes culturas

•Antracol(Bayer) •Propineb •HF,cereais,grandes culturas


SEGMENTO DOS PRODUTOS CURATIVOS
Marca (Empresa) Princípio Ativo Culturas
Ridomil Gold( Metalaxyl+ Mancozeb Batata/tomate/uva/ce
Syngenta) bola/rosa
Folio Gold ( Syngenta) Metalaxyl+ Chlorotalonil Batata/tomate/cebola
/rosa/melão
Curzate (Du Pont) Cymoxanil + Mancozeb + Zn Batata/tomate/uva

Tatoo C ( Bayer) Propamocarb +Clorotalonil Batata/tomate

Midas (Du Pont) Famoxadone +Mancozeb Batata/tomate

Equation (Du Pont) Famoxadone+Cymoxanil Batata/tomate

Galben ( Hokko) Benalaxyl + Mancozeb Batata/tomate/uva

Positron Duo ( Bayer) Iprovalicarb + Propineb Batata/tomate/uva


Programas de pulverização baseados
na fenologia para soja, feijão,
algodão,batata, uva e citros.
Programas de pulverização baseados nos
estádios fenológicos

• A fenologia é o estudo dos eventos periódicos da


vida da planta em função da sua reação às
condições climáticas.
• A fenologia soma o conhecimento de todas as
etapas da vida do vegetal , desde a germinação até a
maturidade.
• A reunião ordenada destas informações permite
avaliar o grau de influência dos fatores envolvidos na
produção , bem como estabelecer estratégias de
manejo pertinentes com os estádios de crescimento
da planta.(Fanceli & Dourado,1998)
Figura 2.Estádios fenológicos da cultura da soja e ocorrência das
principais doenças de parte aérea
Fonte: (TAGRO,2006 )
Performance 2002/03
Estádios Fenológicos e Doenças
•Syngenta Programs

Timing
de Proteção
Critico

Vc V1 Vn R1 R2 R3 R4 R5 R6 R7 R8
---------- Fase Vegetativa ---------- ---------------- Fase Reprodutiva -----------

OÍDIO
FERRUGEM
RHIZOCTONIA
DFC
ANTRACNOSE
Performance 2002/03DE CONTROLE
PROGRAMAS
•Syngenta Programs
1a.aplicação 2a.aplicação
TRIAZOL ESTROB.+TRIAZOL
ESTROB.+TRIAZOL BENZIM.+TRIAZOL

Timing
de Proteção
Critico

Vc V1 Vn R1 R2 R3 R4 R5 R6 R7 R8
---------- Fase Vegetativa ---------- ---------------- Fase Reprodutiva -----------

OÍDIO
FERRUGEM
RHIZOCTONIA
DFC
ANTRACNOSE
FUNGICIDAS PARA O CONTROLE DE DOENÇAS EM SOJA

Benzimidazoles Benzimidazoles Triazoles Estrobilurina Estrobilurina +


Oxatins Alvo: DFC Alvo: Alvo: Triazoles
Fenilpirrole complex Ferrugem,DFC Ferrugem,DFC Alvo:
TRAT.SEMENTES Antracnose,Manch complexo complexo Ferrugem,DFC
a alvo
Carbendazin Thiophanate-methyl Tebuconazole Azoxystrobin Azoxystrobin+
Thiophanate- Cyproconazole
methyl

Carboxin+Thiran Carbendazim Flutriafol Pyraclostrobin Pyraclostrobin+


Epoxiconazole
Fludioxonil Epoxiconazole Tryfloxystrobin Trifloxystrobin+
Cyproconazole

Tetraconazole Trifloxystrobin+P
ropiconazole
Myclobutanil

Difenoconazole

Flunquinazole
Estádios Fenológicos da Cultura do Feijão
Fase .
Descrição Estádio
V Fase em que 50% das plantas da área semeada apresenta os
E cotilédones ao nível do solo V1
G Fase em que 50% das plantas da área semeada apresenta as duas
E
T
primárias (folhas simples – apresentam um único folíolo) V2
completamente desenvolvidas)
A
Fase em que 50% das plantas da área semeada apresenta a primeira
T
folha composta (três folíolos) completamente desenvolvida V3
I
V Fase em que 50% das plantas da área semeada apresenta a terceira
A folha composta (três folíolos) completamente desenvolvida V4
R Fase em que 50% das plantas da área semeada apresenta pelo
E menos um botão floral R5
P Fase em que 50% das plantas da área semeada apresenta pelo
R menos uma flor aberta R6
O
Fase em que 50% das plantas da área semeada apresenta pelo
D
U menos uma vagem R7
T Fase em que 50% das plantas da área semeada apresenta pelo
I menos uma vagem cheia R8
V
A Ponto de maturidade fisiológica R
ESTÁDIOS FENOLÓGICOS DO FEIJOEIRO
PROTEÇÃO COM FUNGICIDAS
.

Estádio V1 Estádio V2 Estádio V3 Estádio V4

Estádio R5 Estádio R6 Estádio R7 Estádio R8


.
OCORRÊNCIA DE DOENÇAS

Ferrugem M. Angular, Antacn.


Tombamento M. Angular, Antracn. Colheita
Oídio Ferrug., Oídio
V0 V1 V2 V3 V4 R5 R6 R7 R8 R9

0 7 14 21 60 dias
FEIJÃO : PROGRAMA DE CONTROLE DE DOENÇAS

(Fase R5) (Fase R6) (Fase R7) (Fase R8)

Botão Floral Floração Vagens Enchimento


Carbendazin Não aplicar Difenoconazole Benzimidazoles+Tria
Thiophanate- fungicidas Propiconazole zoles
Methyl Tebuconazole
Azoxystrobin Epoxiconazole
Pyraclostrobin
Trifloxystrobin
Estanhados
PROGRAMA FMC
Estádios fenológicos do algodoeiro e ocorrência de doenças

-15 0 20 40 60 80 100 120 140


DIAS APÓS A EMERGÊNCIA

TOMBAMENTO ALTERNÁRIA

RAMULOSE

RAMULÁRIA

BACTERIOSE

PODRIDÃO DE MAÇÃS

DOENÇAS FOL. FINAL CICLO


Fonte: Iamamoto, M.M. , 2001
Espectro de ação de grupos químicos de
fungicidas na cultura do algodão
GRUPO QUÍMICO RAMULOSE RAMULARIA PINTA FERRUGEM
PRETA
BENZIMIDAZÓIS ++ + ++ - -

ESTANHADOS +++ ++ + +

TRIAZÓIS + +++ +++ +++

ESTROBILURINAS +++ + +++

Fonte: (GTEC PARECIS,2013)


PROGRAMA FMC
PROGRAMA DE CONTROLE

BENZIMID.+ BENZIMID.+ ESTROB.+


ESTANHADO TRIAZOL TRIAZOL

-15 0 20 40 60 80 100 120 140


DIAS APÓS A EMERGÊNCIA

TOMBAMENTO ALTERNÁRIA

RAMULOSE

RAMULÁRIA

BACTERIOSE

PODRIDÃO DE MAÇÃS

DOENÇAS FOL. FINAL CICLO


Fonte: Iamamoto, M.M. , 2001
FUNGICIDAS PARA O CONTROLE DE DOENÇAS DO ALGODÃO

Oxatins Benzimidazoles Triazoles Estrobilurinas Estrobilurinas +


Benzimidazoles ALVO: ALVO: ALVO: Triazoles
Anilides Ramulose Ramularia Ramularia ALVO:
Phenilureia Ramularia DFC Complexo DFC Complexo Ramularia
TRAT.SEMENTES DFC Complexo
Carboxin+Thiran Thiophanate-methyl Difenoconazole Azoxystrobin Azoxystrobin+
Cyproconazole

Thiophanate-methyl Carbendazim Epoxiconazole Pyraclostrobin Pyraclostrobin+Ep


Carbendazim oxiconazole

Tolyfluanid Flutriafol Tryfloxystrobin Trifloxystrobin+Cy


proconazole

Pencycuron Myclobutanil

Propiconazole

Tebuconazole
CULTURA DA BATATA

Manifestação (sintomas) Desenvolvimento de Requeima


Interior do tecido vegetal
Requeima
Incubação
15-20 22-27 29-34 36-41
(pré-sintoma)

Infecção

Inóculo no ambiente (solo, ar, planta)

01-09 brotação 20-65 crescimento 80-100 senecência

11-15 germinação 40-90 desenvolvimento dos tuberculos


PROGRAMA DE CONTROLE DE REQUEIMA COM
PROTETORES

PLANTIO FASE VEGETATIVA TUBERIZAÇÃO MATURAÇÃO COLHEITA

MANCHA
ASFALTO REQUEIMA
PINTA PRETA
CANELA PRETA
PROGRAMA DE CONTROLE DE REQUEIMA COM PROTETORES E SISTÊMICOS

PROTETORES SISTE PROT. SISTE PROT. SISTE


MICO MICO MICO

PLANTIO FASE VEGETATIVA TUBERIZAÇÃO MATURAÇÃO COLHEITA

MANCHA
ASFALTO REQUEIMA
PINTA PRETA
CANELA PRETA
V03

PROGRAMA RACIONAL DE MANEJO DE REQUEIMA

FASE CRÍTICA

PRODUTO PRODUTO PRODUTO PRODUTO


DE DE DE DE
CONTATO CONTATO CONTATO CONTATO

CURVA DE PROBABILIDADE

E
DE OCORRÊNCIA
DE REQUEIMA E E

15 25 35
GERMINAÇÃO AMADURECIMENTO
(DAG) (DAG) (DAG)

ESTÁDIOS DE CRESCIMENTO DA CULTURA DA BATATA DAG - DIAS APÓS A GERMINAÇÃO


SEGMENTO DOS PRODUTOS CURATIVOS

Marca Princípio Ativo Culturas


(Empresa)
Harpon(Dow) Zoxamide +Cymoxanil Batata/tomate/uva

Forum (BASF) Dimethomorph Batata/tomate

Acrobat(BASF) Dimetomorph+Mancozeb Batata/tomate

Forum Dimetomorph+Chlorotalonil Batata/tomate


Plus(BASF)
Cabrio Pyraclostrobin+Metiram Batata/tomate
Top(BASF)
Censor(Bayer) Fenamidone+Propineb Batata/tomate
Programas de pulverização baseados na
fenologia para fruticultura
Programa Uva – Época Chuvosa
REGIÃO NORDESTE
CLOROTALONIL
MANCOZEB

ESTROBILURINA

ANTIOOMICETO

Míldio Míldio/Botrytis Míldio / Podridões

Brotação Floração Chumbinho ½ baga Colheita


CITROS- PROGRAMA DE CONTROLE DE DOENÇAS

MANCHA PRETA
QUEDA PREMAT. MELANOSE
VERRUGOSE

ESTROBILURINA/ ESTROBILURINA/
CÚPRICOS TRIAZOL TRIAZOL
CÚPRICOS CÚPRICOS
FUNGICIDAS ANTIOOMICETOS
SEGMENTO DOS PRODUTOS
1 CURATIVOS

SEGMENTO DOS PRODUTOS


2 PREVENTIVOS

SEGMENTO DOS ATIVADORES DE


3 RESISTÊNCIADE PLANTAS
Resistência de Fungos a Fungicidas
Causas da resistência
- Relativos ao fungicida
- Relativos ao uso do fungicida
- Base genética da resistência
- Adaptabilidade da linhagem resistente
- Natureza do patógeno e da doença
- Pressão de seleção exercida pelo fungicida
- Condições favoráveis a epidemia
Estrategias anti-resistência

• Monitoramento da resistência
• Redução da pressão de seleção
• Usar alternância e/ou misturas de
fungicida
• Manejo integrado de doenças
• Concientização do problema

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